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o negro na universidade

O Negro na Universidade - Universidade Estadual de Londrina

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Do problema da “raça” às políticas de ação afirmativado Valle Silva <strong>na</strong>s décadas de 1970 e de 1980. Eles mostraram que,apesar do desenvolvimento social e econômico do país, o <strong>negro</strong>continuava em situação de inferioridade <strong>na</strong> sociedade brasileira.Hasenbalg e Valle Silva, utilizando-se dos dados produzidos pelosCensos do IBGE, a<strong>na</strong>lisaram a situação da população negra em relaçãoà população branca, e constataram que a discrimi<strong>na</strong>ção racial era oprincipal elemento <strong>na</strong> manutenção de desigualdade, apesar das mudançasestruturais no Brasil.Pesquisas e muitos estudiosos <strong>na</strong>s décadas posteriores mostrarama persistência dessas desigualdades. Também o Movimento Negrodenunciava continuamente as diferenças e as injustiças causadas peloracismo. Hoje, poucos ousam defender a existência de uma democraciaracial, mas ainda existem aqueles que insistem nesta tese. É nesse contextoque muitos se opõem às políticas de ação afirmativa, visto que elaspoderão romper com as desigualdades e as injustiças que permeiamtoda a história do <strong>negro</strong> no Brasil.As Políticas de Ação AfirmativaAs políticas de ação afirmativa são uma resposta à constataçãooficial daquilo que o Movimento Negro vinha divulgando há anos: asdesigualdades raciais e o persistente racismo que determi<strong>na</strong>m o destinoda grande parte da população brasileira, a negra.Alguns estudiosos a<strong>na</strong>lisam os mecanismos de manutenção dadesvantagem e da <strong>na</strong>turalização da situação de inferioridade dapopulação negra, como racismo institucio<strong>na</strong>l. 10As desvantagens aparecem nos dados oficiais e não-oficiais quemostram que os <strong>negro</strong>s têm menor expectativa de vida, menos acesso10SILVÉRIO, Valter Roberto. “Ação afirmativa e o combate ao racismo institucio<strong>na</strong>lno Brasil”. Cadernos de Pesquisa, Nov 2002, no.117, p.219-246 e WIEVIORKA,Michel. Em que mundo viveremos? São Paulo: Perspectiva, 2006.133

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