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o negro na universidade

O Negro na Universidade - Universidade Estadual de Londrina

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Maria Cristi<strong>na</strong> Elyote Marques Santosmenos favorecidos, a saber: <strong>negro</strong>s, índios, mulheres, idosos, crianças,adolescentes, até que, sendo respeitados, possam caminhar sozinhos.E, por fim, parece ser problema, desta vez, a questão pela qual<strong>negro</strong>s e pardos que sempre “conheceram seu lugar”, disputam benssociais valiosos e escassos, direcio<strong>na</strong>dos a outros setores da populaçãotradicio<strong>na</strong>lmente privilegiados. Assim, uma política mais pontual,emergente e temporária, não elimi<strong>na</strong> outra de caráter mais universal ede longo prazo. É fundamental ressaltar que, <strong>na</strong> atual conjunturaeducacio<strong>na</strong>l brasileira, as duas formas de política complementam-se.Dessa forma, entende-se que a melhor solução, a longo e médioprazo, é promover a melhoria do ensino básico e fundamental públicos,além de possibilitar uma distribuição de renda mais justa, a ponto detor<strong>na</strong>r as cotas dispensáveis. Contudo, em curto prazo, as cotas sãonecessárias, uma vez que não dá para esperar que todo o ensino melhore,que a economia se estabilize e gere igualdade, para ampliar a presençade <strong>negro</strong>s <strong>na</strong> <strong>universidade</strong>.As ações afirmativas no ensino superior encontram-seamplamente legitimadas nos princípios constitucio<strong>na</strong>is de regulação dasrelações sociais e do Estado brasileiro, em particular, no republicanismoque trata da distribuição da coisa pública, do bem comum, de modo ator<strong>na</strong>r a sociedade cada vez mais igualitária em oportunidades para osque não as têm. E, se a desigualdade está <strong>na</strong> falta de oportunidades dosgrupos cuja desigualdade social e racial apresentam fortes comprovaçõesde exclusão, não há que se falar em violação do art. 5 o . da Constituição,ou de seus princípios gerais, pois a Lei 4.151/2003 e a ResoluçãoCONSU 196/2002, que serviram de respaldo à discussão do temadeste estudo, propõem exatamente combater esse tipo de desigualdade.Leve-se fi<strong>na</strong>lmente em consideração que a restrição imposta pelascaracterísticas deste trabalho não permitiu o aprofundamento condizentecom a amplitude do tema abordado. Entretanto, as informações inseridase a análise efetuada deixam margem para outros enfoques que, gerando122

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