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SETOR RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA

Material do Professor - Setor Religiosidade Afro-Brasileira

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Isto nos ensina algo sobre nossa identidade: ela só se definea partir da comparação e do contraste com o “outro”.É a partir da percepção da diferença do outro que conseguimossaber quem somos nós. Desta forma, não existeuma identidade absoluta: ela sempre é relativa a outros,diferentes de nós.A aprendizagem do respeito à diversidade cultural, étnicoraciale religiosa é, desta forma, o primeiro dos temasabordados na visita ao Setor Religiosidade Afro-Brasileirado Mafro. Este tema é o fio condutor que permite umoutro olhar para o candomblé e o reconhecimento de suaimportância para a história da resistência negra e paraa preservação e reelaboração das culturas africanas noBrasil. Consideramos esta aprendizagem de tamanha importânciaque, por si só, já justificaria uma ação educativaem museu centrada na religiosidade afro-brasileira.Sabemos, no entanto, que pode não ser fácil romper asresistências de alguns alunos que, pertencendo a certasigrejas cristãs, reproduzem a atitude discriminatória quecaracteriza a forma como as religiões de matriz africanasão tratadas pelas mesmas. Uma maneira de desmontareste tipo de atitude e reverter os prejuízos que acarretaà formação de crianças e adolescentes é mostrar comoeste discurso foi construído e a quais interesses historicamentetem servido.A DISCRIMINAÇÃO DAS RELIGIÕESDE MATRIZ AFRICANA COMO PRÁTICARACISTAAs religiões de matriz africana sempre foram vistas pelasociedade branca dominante de forma discriminatória: inicialmentecomo feitiçaria e manifestação demoníaca, depoiscomo prática criminosa e finalmente como índice depatologia psíquica, de doença mental.

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