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Trabalhadores

Livro O Mundo dos Trabalhadores e seus arquivos - Arquivo Nacional

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O Mundo dos <strong>Trabalhadores</strong> e seus Arquivosquerda que acaba de ser produzida baseada na coleção do norte-americano RobertAlexander a partir de 1946. E existe também uma valiosa coleção microfilmada,também de Alexander, com dezenas de milhares de anotações sobre entrevistas compessoas de todos os ramos de atividade na América Latina na mesma época 28 .Indo além dos sindicatos: o exemplo brasileiro de 1992 e de hojeQuem e o que são os objetos de estudo da história latino-americana dotrabalho? A resposta tem implicações profundas em termos do escopo cronológicodo campo (o quando) assim como os limites culturais, geográficos, e linguísticos defato sob os quais ele opera (o onde). É possível traçar a trajetória do debate sobreisso na documentação reproduzida no livro de Nájera e Fernández. Em 1990, oprojeto começou focalizando os “archivos del movimiento obrero y sindical.” Essaterminologia reflete - para utilizar a fórmula que aparece num dos relatórios - aconvicção já bem estabelecida de que “la parte medular de la memoria históricaque deve ser salvaguardado” se centrou em “los archivos de los sindicatos ycentrales,” e de “aquellos partidos y organizaciones que actuan en el movimientoobrero”. Essa visão tradicional ofereceu uma resposta fácil à pergunta: Qual é a importânciados arquivos do movimento operário? “Porque en ellos se encuentra lashistoria de la clase trabajadora”. Mas o projeto da Fundação Pablo Iglesias tomououtro caminho. Chegando a 1992 em Buenos Aires, como anotou o equatorianoRoberto Roggiero, “ha cambiado un poco la denominación” da iniciativa para recuperar“un espectro más amplio como la práctica de los movimientos sociales enel cual están inserto el movimiento sindical”. Isso levou à denominação da reuniãode Buenos Aires como uma proposta sobre os “archivos y documentación de lostrabajadores y movimientos sociales.” E o documento final do encontro ficou comuma terminologia mais ou menos intermediária: “Archivos de los Trabajadores esus Organizaciones” 29 .O que há por trás dessa vacilação terminológica? Aqui eu preciso declarara minha crítica, assumida há muito tempo, de nossa adesão às definições de nossoobjeto de estudo desnecessariamente restritivo. Na realidade, estamos longe de ser“faberologistas” (estudiosos do trabalho), já que a maior parte das nossas atividadesestá dedicada ao estudo exclusivamente das populações assalariadas do século vinte,especialmente trabalhadores industriais, e suas mobilizações políticas e sindicais.Ao demarcar sua direção futura, a história do trabalho na América Latina deveriaaspirar a algo mais ambicioso e abrangente. Não podemos ficar satisfeitos com umestudo restrito de fato ao moderno, o urbano e o industrial, apresentados como seisso fosse a história do trabalho na região 30 .93

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