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Trabalhadores

Livro O Mundo dos Trabalhadores e seus arquivos - Arquivo Nacional

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91O Mundo dos <strong>Trabalhadores</strong> e seus Arquivosservação e organização da documentação sobre o passado dos trabalhadores. Ogrande desafio ficou bem colocado, mas não resolvido, nos documentos oficias daconferência de Buenos Aires que aparecem no livro de Nájera e Fernández: “Quenos Falta: Recursos”! Dando ênfase no fato que “nos hace falta financiación,” odocumento final de Buenos Aires promete “aportar sugerencias sobre formas deobtención de fondos, sea a nivel nacional o regional” 23 . E hoje? Infelizmente, houvepouco progresso em termos de financiamento razoável e estável. Na realidade,as propostas mais abrangentes que saíram da iniciativa da Fundação Pablo Iglesiasnão chegaram a acontecer exatamente por falta de dinheiro. Revendo o fracassode AIRPATO em 2006, Nájera notou laconicamente que “la escasez de medioseconomicos ha sido la limitación principal”. A conclusão de Inocencio em PortoRico foi igual: “la conservación de documentos en este país es un desastre, peorque un huracán o peor que un fuego. La percepción en torno a lo que es el valorde la documentación es patética en Puerto Rico. . . Hay que asignar dinero, hayque asignar recursos” e garantir também “los recursos físicos para las instalaciones yel mantenimiento para conservar, custodiar y prolongar su disponibilidad..., garantizarsu integridad, y promover su búsqueda, porque de nada vale que se tenga elarchivo vacio” 24 . Sem ser materialista demais, todos nós podemos reconhecer queessa é a grande luta: a grana!Os vários relatórios que compõem o informe mexicano de 1992 oferecemuma pista para pensar a questão de recursos de forma estratégica. As reuniões queocorreram no México em 1991-92 refletem, sem dúvida, condições especificamentemexicanas, um país com uma tradição arquivística longa e com uma consciênciahistórica maior do que outros países. Também foi um país onde o movimentosindical ocupou um espaço central no aparato do Estado-Partido do PRI que semanteve no poder até 2000. Mas chama a atenção que as iniciativas mexicanasem 1992 era uma parceria entre o Archivo General de la Nación e o Centro deEstudios da Memoria Operaria e Socialista (CEMOS), fundado em 1983 e dirigidopor Arnaldo Verdugo, ex-dirigente do Partido Comunista Mexicano. Como osrelatórios explicam, os esforços de preservação voltados para o movimento sindicale trabalhista eram apenas uma parte de um programa geral, de quinze anos, “pararescatar, proteger y difundir el patrimonio documental de Mexico.” Como explicavam,todos têm responsabilidade na preservação, mas o Estado tem que assumir“plenamente la responsibilidad que le corresponde” 25 . Na realidade, a cooperaçãocom o Estado em 1992 separa o caso mexicano dos outros países ibero-americanos,e por razões fáceis de compreender dada a importância dos sindicatos dentro daestrutura do partido-estado priista. E hoje? Aqui no Brasil? Um progresso impres-

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