79O Mundo dos <strong>Trabalhadores</strong> e seus Arquivosalemanes y la formación del movimiento obrero argentino, Antología del Vorwärts (1886 –1901), Sandra Carreras, Horacio Tarcus, Jessica Zeller (eds.). Também em 2008apareceu, em coedição com a Academia Argentina de Letras, o volume contendouma edição digital fac-similar, o estudo introdutório e o índice da revista anarquistaMartín Fierro (1904-1905). Parte do acervo visual do CeDInCI foi reunidono volume Gráfica política de esquerda (2005). Além do mais, muitos integrantes daequipe do CeDInCI colaboraram em uma obra na qual dediquei vários anos, entendendoque era uma ferramenta insubstituível para um trabalho como o nosso.Refiro-me ao Diccionario biográfico de la izquierda argentina. De los anarquistas a la“nueva izquierda”. 1870-1976, o primeiro em seu gênero em América Latina.O CeDInCI publicou ainda, quatro catálogos com materiais do seu acervo:Catálogo de publicaciones políticas argentinas; Catálogo de publicaciones de los movimientossociales de la Argentina y el mundo; Catálogo de publicaciones culturales argentinas e Lossocialistas argentinos a través de su correspondencia.Em suma, o CeDInCI é um projeto independente, que se autofinanciaatravés das contribuições voluntárias de seus sócios e mediante a constante apresentaçãode projetos de catalogação, microfilmagem ou edição, sobretudo para instituiçõesdo exterior. Conseguiu compensar o escasso apoio recebido das instituiçõesdo próprio país com uma bem articulada rede de vínculos com instituiçõesamigas do exterior. Desde o ano 2006 o CeDInCI é membro da IALHI (InternationalAssociation of Labour History Institutions, www.ialhi.org) e desde o ano 2008 doCLACSO (Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales).Finalmente, mas não menos importante, gostaria de destacar que oCeDInCI trabalha incansavelmente na criação de uma consciência cívica acerca dovalor público desses acervos, da necessidade de que não se dispersem nem se alienem.Através de artigos em sua revista e jornais, de cursos e conferências, dirige-sea funcionários públicos e à população em geral buscando contribuir com umacultura de recuperação, de preservação, de valorização deste patrimônio. Contra aopacidade das instituições, fomenta a transparência: o cidadão tem direito de saberque fontes suas instituições preservam. Contra o espírito corporativo, a “apropriação”institucional e a “privatização” patrimonial, vêm advogando pelo livre acessoas fontes, atendendo não só às necessidades do pesquisador, mas inclusive ao direitodos cidadãos à informação. Se é certo aquilo de que o acesso dos cidadãos aosarquivos e bibliotecas públicas é um indicador da sua qualidade democrática, teríamosque concluir que a Argentina é um dos países menos democráticos da região.Comecei este artigo apontando que o problema dos arquivos e das bibliotecasargentinas não era exclusiva e decisivamente orçamentário. Dizia, pois,
que era mais grave: um problema de subdesenvolvimento cultural. A experiênciade onze anos de CeDInCI prova que se pode fazer muito com escassos recursoseconômicos e apenas uma dezena de profissionais capacitados e dispostos. Se asinstituições públicas visualizassem, como fizemos no CeDInCI, o valor históricodeste patrimônio, poderiam, também, gerar a confiança necessária para estabelecero espírito de legado, e enriquecer-se não só mediante compras, mas tambématravés de doações. Como nós, as bibliotecas e arquivos do Estado poderiam estabelecerprojetos de microfilmagem ou digitalização com instituições do exterior,pelos quais estas se encarregariam dos custos em troca de levar uma cópia, o quepermitiria às instituições argentinas preservar os originais, contar com uma cópiadigitalizada e ao mesmo tempo obter os recursos para financiar o trabalho. As alternativaspoderiam ser muitas, mas só uma consciência e uma vontade coletivasque assumam, com espírito benjaminiano, a máxima de que “o patrimônio está emperigo”, poderão gerar novos pactos entre recebedores e doadores, colecionadorese pesquisadores, instituições locais e do exterior, com o objetivo de frear a alienaçãoe a privatização de nosso patrimônio arquivístico e estabelecer as bases de um novociclo na história biblioteconômica e arquivística da Argentina.Notas1Em 1990 a chefe do Departamento de Conservación de la Biblioteca del Congreso de los Estados Unidos,Doris Hamburg, visitou o AGN e elaborou um informe devastador sobre sua situação. Quase vinteanos depois, a situação é a mesma, ou ainda mais grave. O Informe pode ser lido como adjunto aRecomendación 74/06 que o Defensor del Pueblo de la Nación levou ao Ministro do Interior a causado estado crítico da instituição, com data de 31/8/2006.2As próprias instituições do Estado argentino, como a SIGEN (Sindicatura General de la Nación)ou a Defensoría del Pueblo de la Nación, elaboraram reiteradamente informes críticos sobre agrave situação da BN. Um informe oficial da própria direção da instituição emanado no ano 2004reconhecia que “a Biblioteca Nacional descumpre com suas funções básicas, isto é, adquirir, conservar,preservar, restaurar e difundir o patrimônio editorial dos argentinos”. Apesar dos empenhos realizadosentre os anos 2004 e 2006, a BN voltou a funcionar como um centro cultural. Durante janeiro doano 2007 foi suscitado um forte debate público acerca da missão da Biblioteca Nacional a partir deuma carta que dirigi ao Secretário de Cultura da Nação apresentando minha renuncia ao cargo desubdiretor, debate que ainda se encontra acessível em diversas páginas na Internet.3Sobre a ausência de políticas públicas em matéria arquivística entendidas como uma “política damemória” veja-se as reflexões de Roberto Pittaluga, “Notas a la relación entre archivo e historia”, emPolíticas de la Memoria n° 6/7, p. 199 e seguintes.4Gilda Cubillo Moreno, “El coleccionismo y la compra-venta de bienes culturales en México”, enMemoria n° 128, México D.F., octubre de 1999.5Thomas Richards, The Imperial Archive: Knowledge and Fantasy of Empire, London, Verso, 1993, cit. enJosefina Ludmer, El cuerpo del delito. Un manual, Buenos Aires, Perfil, 1999, pp. 216-223.6Ana Laura Pérez, “El mercado de los originales”, en Cultura y Nación. Clarín, 20/7/2002, p. 3.7No ano 1968 o historiador Nicolás Iñigo Carrera levou a cabo um inventário das publicações periódicasentão disponíveis, entre outros depósitos, na Biblioteca Nacional. Ainda que a presença da80
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