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Trabalhadores

Livro O Mundo dos Trabalhadores e seus arquivos - Arquivo Nacional

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O Mundo dos <strong>Trabalhadores</strong> e seus Arquivosvenda para a Biblioteca Nacional ou para o Archivo General de la Nación: se dirigiráa centros e universidades do exterior ou aos colecionadores locais. Mas o problemada alienação de nosso patrimônio não radica nos livreiros. É inevitável que,pela falta de demanda do setor público, procurem o privado. Nem tampouco estános colecionadores nem nas instituições do exterior, pois nenhuma lei restringe acompra e a venda, e inclusive a saída de documentos históricos para o exterior. Oproblema está na falta de um marco legal regulatório e, sobretudo, na ausência depolíticas públicas acerca do patrimônio bibliográfico, hemerográfico e arquivístico.Drenagem patrimonial ao redor dos centros do primeiro mundoNo caso da venda para os colecionadores, o patrimônio se torna restritopara consulta pública; no caso da venda para centros e universidades fora do país,somente é acessível para aqueles que estejam em condições de viajar e estudar noexterior.Com respeito à drenagem patrimonial ao redor do exterior, não somentese vão dólares ou “cérebros”, mas também livros, revistas, cartas, manuscritos...Assim como os pesquisadores egípcios se veem obrigados a estudar a cultura deseu país nos museus de Londres e Paris, os pesquisadores da história e pensamentoargentinos só podem consultar fontes de inestimável valor da nossa cultura apresentando-seem cidades como Amsterdã ou Turim, Berlim e Califórnia.Há bibliotecas e arquivos inteiros que, por diferentes vias e variados motivos,foram saindo do país: a biblioteca monumental do sociólogo Ernesto Quesadaconstituiu a base sobre a qual se fundou o Instituto Ibero-americano de Berlim ea de Augustín P. Justo foi adquirida pela Biblioteca Nacional de Lima; o arquivodo filósofo Rodolfo Mondolfo, que seus descendentes doaram à Asociación DanteAlighieri de Buenos Aires, partiu, no entanto, há vários anos rumo à Itália; a bibliotecae arquivo do historiador Luis Sommi foi levada depois de sua morte para algumlugar de Moscou; Liborio Justo doou grande parte de sua considerável bibliotecae hemeroteca ao Arquivo Edgar Leuenroth de Campinas; o arquivo de VictoriaOcampo pode ser consultado na Universidade de Harvard, os de Álvaro Yunque eMaría Rosa Oliver na Universidade de Princeton; os de Roberto Arlt no InstitutoIbero-americano de Berlim; o de Diego Abad de Santillán no Instituto de HistóriaSocial de Amsterdã… exemplos podem ser dados em quantidade.O universitário americano, europeu, mexicano ou brasileiro tem a seualcance extraordinárias bibliotecas e arquivos, podendo consagrar a elas todo o seutempo e as suas energias; o pesquisador argentino que se propõe a trabalhar comeste tipo de patrimônio sabe que 50% de suas energias estarão destinadas à busca65

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