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Trabalhadores

Livro O Mundo dos Trabalhadores e seus arquivos - Arquivo Nacional

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215O Mundo dos <strong>Trabalhadores</strong> e seus Arquivosincumbência de organizar o sonhado “centro de documentação da República”.Desde que as negociações com os herdeiros tiveram início, somaram-se esforçose uma corrida contra o tempo e contra as propostas de compradores estrangeiros.Durante três anos, visitas e conversas se emaranharam em negociações intermináveiscom os filhos herdeiros, Germinal e Nilo.Em carta de 13 de junho, assinada pelos professores Fernando Novais, ÍtaloTronca, Paulo Sérgio de Moraes Sarmento Pinheiro e José Roberto do AmaralLapa dirigida ao então diretor do IFCH, professor Manoel Tosta Berlinck e respaldadapor pareceres vindos dos especialistas uspinianos, Azis Simão e AntonioCândido de Mello e Souza, oficializava-se a largada para a consolidação de umaousadia. Cuidadosamente, em nenhuma linha da missiva apareceram as palavras“anarquista” ou “movimento operário”, apenas “movimento trabalhista do séculoXX” – artimanhas necessárias para driblar o controle ideológico do momento,“não devemos esquecer a conjuntura política, fim da ditadura Médici”, ressaltava oprofessor Paulo Sérgio:A carta destacava as coleções de jornais e livros e o fato de quemuitos pesquisadores estrangeiros já haviam pesquisado noacervo em posse dos herdeiros, ainda para apressar as decisõesalertavam para o fato que somente não havia saído do paísem razão de legislação pertinente. O foco fora então dirigidoàs questões relativas às imigrações internacionais, à formaçãoda mão-de-obra industrial no Brasil, a evolução industrial, aconstituição da ideologia trabalhista e ao problema do populismo,abarcando assim grandes temas, talvez um pouco maisamenamente anunciados 6 .Em novembro de 1973, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado deSão Paulo (FAPESP) liberou o auxílio 7 de 50 mil cruzeiros e em 7 de janeiro do anoseguinte, o “professor Berlinck solicitou então ao reitor Zeferino Vaz a quantiacomplementar de 80 mil cruzeiros para acertar o preço, fechado em 130 mil cruzeirose em 28 de junho a transação foi realizada, com um pequeno abatimento,chegando ao montante de 120 mil cruzeiros”, ainda segundo o professor PauloSérgio.Em 1974, finalmente, a transferência para a UNICAMP deu-se “exclusivamentee graças a intervenção do professor Azis Simão” que os convenceu (os herdeiros)da seriedade do projeto.“Sem Zeferino Vaz não existiria esse arquivo hoje”, prossegue o professor:

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