111O Mundo dos <strong>Trabalhadores</strong> e seus Arquivose privados de interesse público, e a tratar tecnicamente seus acervos, inclusive aquelesrelativos à ação repressora do Estado brasileiro, preservando os documentos e disseminandoas informações neles contidas, com agilidade e eficiência.Além disso, promoverá o recenseamento de arquivos produzidos e acumuladospor órgãos e entidades da Administração Pública, bem como por pessoas e entidadesde direito privado, em todo o território nacional, de interesse para o tema, visandoà sua localização, identificação, quantificação, organização, preservação e acesso.Dessa forma, estimulará o intercâmbio de dados e informações com programascongêneres, em especial na América Latina.Tratando-se de um centro de referência, deverá trabalhar com informações,reservando a custódia física dos documentos às diferentes entidades (arquivos, bibliotecas,centros de memória, museus, universidades e pessoas físicas) que já o fazemou que se dispõem a fazê-lo, dentro de suas respectivas esferas de jurisdição; bancode dados elaborado pelo próprio Centro com vistas à integração em rede dasinformações, dados e imagens dos acervos das instituições e entidades parceiras daRede Nacional de Cooperação e Informações Arquivísticas Memórias Reveladas;documentos microfilmados e/ou digitalizados, de modo a permitir acesso a seuconteúdo integral (uma vez liberados de dispositivos de classificação) via Portal doCentro.Tendo sido concebido como pólo catalisador de projetos e iniciativas deinúmeras entidades públicas e privadas existentes no país, o MEMÓRIAS RE-VELADAS dispõe-se a realizar um trabalho apartidário de interlocução com asorganizações que têm objetivos similares, respeitando princípios de jurisdição documentale partilhando procedimentos e resultados.Esperamos que em breve este projeto se transforme em realidade e que pormeio da Rede Nacional de Cooperação e Informações Arquivísticas do MemóriasReveladas, por ele preconizada, viabilize, pela primeira vez na área arquivística,enlaces entre instituições e entidades públicas e privadas assim como pessoas físicasintegradas em rede para intercâmbio de dados, informações e representaçõesdigitais de conjuntos documentais de interesse para estudo das lutas políticas e dosmovimentais sociais durante as décadas de 1960 a 1980, quando da vigência doRegime Militar no Brasil. E que esses registros informacionais cumpram, por fim,sua função social e dêem reconhecimento do direito à memória como um dos direitosfundamentais do homem, e que esses mesmos registros estimulem o estudo ea produção de conhecimento sobre este período sombrio de nossa História recente“para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça”, parafraseando DomPaulo Evaristo Arns.
Notas1Surgem, progressivamente, leis específicas em diversos países: Estados Unidos, em 1966; Noruega,em 1967; França, em 1978; Holanda, em 1978; Austrália e Canadá, em 1982.2Textos extraídos do artigo “Centro de Referência e Pesquisa sobre a Intolerância e a Repressão Política”,de autoria dos Professores Jaime Antunes da Silva, Diretor-Geral do Arquivo Nacional, JessieJane Vieira de Souza, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ e Ismênia de Lima Martins,do Departamento de História da UFF (Rio de Janeiro, fevereiro de 2005)3O GT estava assim constituído: Jaime Antunes da Silva, Diretor-Geral do Arquivo Nacional ePresidente do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, seu Coordenador; Ana Maria deAlmeida Camargo, Professora doutora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia,Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - USP (cursos de Graduação e Pós-Graduação) e Vice-Presidente da Associação de Arquivistas de São Paulo – Arq-SP; AugustinoPedro Veit, Assessor do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e Presidente da Comissãode Mortos e Desaparecidos Políticos; Cornelia Eckert, Professora doutora do Departamento deAntropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofiae Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e membro daAssociação Brasileira de Antropologia; Jessie Jane Vieira de Souza, Professora doutora do Departamentode História do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio deJaneiro – UFRJ (cursos de Graduação e Pós-Graduação); José Geraldo de Sousa Junior, Professorda Faculdade de Direito da Universidade de Brasília – UnB; Maria Alice Vieira, Historiadora daFundação Perseu Abramo; Maria Aparecida de Aquino, Professora doutora do Departamento deHistória da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo -USP (cursos de Graduação e Pós-Graduação); Mário de Souza Chagas, Professor doutor da Escolade Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO e representantedo Departamento de Museus – RJ do Ministério da Cultura – MinC; e Paulo Vannuchi, Presidentedo Instituto Cidadania, São Paulo.4Em 1934, conforme registra Lucas Figueiredo, em sua obra Ministério do Silêncio (Rio de Janeiro:Record, 2005) o presidente Getúlio Vargas criou em todos os ministérios civis as chamadas Seções deDefesa Nacional, mas poucas haviam saído do papel. No governo Costa e Silva foi realizada a reorganizaçãodas seções que foram rebatizadas de Divisões de Segurança e Informações ou simplesmenteDSI. Cada ministério civil recebeu em sua estrutura uma DSI, com o objetivo de informar a respeitode tudo o que acontecesse no âmbito dos ministérios civis, desde a conduta pessoal dos funcionáriosaté dados sobre a rotina de trabalho dos próprios ministros. A finalidade de sua criação era agilizar oenvio dessas informações à direção do Serviço Nacional de Informações. Logo após essa organização,já havia DSI em 13 ministérios: Agricultura, Comunicações, Cultura, Indústria e Comércio, Interior,Minas e Energia, Planejamento, Saúde, Trabalho, Transportes, Fazenda, Justiça e Relações Exteriores.Foram também criadas Assessorias de Segurança e Informações (ASI) em cada órgão público e autarquiafederal. Menores que as DSI, as ASIs eram braços do SNI operando em praticamente todosos organismos e empresas públicas da esfera federal – Correios, Petrobrás, Embratel, Embratur, Sunab,Funai, IBGE, universidades, bancos, Rede Ferroviária Federal, Itaipu, Ibama, Instituto Brasileiro doCafé, Eletrobrás, DNER etc.5Nota dos organizadores: Em cerimônia realizada no dia 13 de maio de 2009, no Palácio do Itamaraty,em Brasília/DF, com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foicriado o Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985): Memórias Reveladas, pelaPortaria nº 204 da Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff. Namesma ocasião o Presidente da República encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei nº5228/2009, que regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do artigo 5º, inciso II do §3º e no § 2º do art. 216 da CRFB/1988, e foi assinada a Portaria Interministerial nº 205 (que dispõesobre a realização da chamada pública para a apresentação de documentos ou informações produzidosou acumulados durante o Regime Militar), bem como o Edital de Chamamento Público nº 1/2009,do Diretor-Geral do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva, que tornou pública a chamada para112
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