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seleção de textos, fotos, quadrinhos e repressão - Memórias ...

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Soares queature osbêbadosO que estou a lamentar é o seguinte osbêbados de Nampula precisam de serdefendidos, um dia tui eu beber no bardo Senhor Pinto Soares e outro meu amigoque estava sentado ao meu lado levoubofetadas pontapés socos e mais muitascoisas que são utilizadas para alejar umapessoa ou para castigar uma pessoa quemerece castigo.Eu como bêbado apeío para as autoridadescompetentes para ver este caso denós os bêbados (nakhajus) para sermosprotegidos, porque o Senhor PintoSoares precisa do dinheiro e o bêbadoprecisa do vinho. Pinto Soares .é umapessoa educada e o bêbado não e.Eu sei muito bem que nós alcoólicosquando estamos grosso talamos mal esem respeito, mas mesmo assim podiahaver proteção nos bares de Nampulaporque eu vi muitos brancos nos barespróprios da cidade bebem e ficam grossosaté out/os recusam de pagarem, masnão são maltratados. E porque nós no Bardo senhor Pinto Soares somos mal tratados,se eu não vou beber no hotel Portugalé porque tenho receio lá também vaio meu patrão tomar café agora eu nãoposso sentar junto com meu patrão, porqueamanhã se eu pedir aumento patrãovai dizer que o dinheiro não te chegamas tens pará gastar no vinho é por essarazão que eu gosto de beber no SenhorPinto Soares e no Senhor Martins, porquelá tenho os meus amigos da minhaclasse eu podia ir no hotel Portugal ondepodia ser respeitado mas as razões meimpedem são esse que eu escrevi bemacima desta carta, porque sei que emterras portuguesas não ná distinção só osenhor Pinto Soares é que quer semearódio entre o Portugueses e negro agradeçomuito e peço as autoridades paradefender os bêbados negros de Nampulaque estão desprotegidos, além de gastaremo seu miserável salário por cimaleva murro de Mucunha (Nota: branco,europeu).Pinto Soares, estamos no século vintee o senhor tenha Paciência porque dizuma História dos nossos ante passadosque, quer chuva tem que agüentar lama,senhor Soares que dinheiro então queature os bêbados se estou a mentir queum dos leitores de Nampula desminta oo que eu escrevi.a) Sou eu um dos bêbados, I.K., padeironesta cidade de Nampula.Encontrocom umavida viuvaNão se preocupe com os meus erros,porque sou pessoa de pouco estudo. Ocaso que me levou a escrever esta carta éa seguinte:Realizei o meu casamento em 25 deSetembro de 1966, com D. Sáfe Muchidãoda regedoria M'boi conselho deNamacurra. E com auxílio do "NossoSenhor", a Senhora gravidou-se no mesde janeiro do ano seguinte. Como eusou catiquista de Maumetanos, fui navila de Macuba onde encontra empregadona Mesquita dessa vila.Passando uns dias, da minha deslocaçãode Namacurra para a Mocuba aminha esposa deu luz. uma criança desexo masculino; e no dia 22 de junho de1967 com os dores de barriga que sentia,às 22 horas faleceu junto com a criança. Eno dia seguinte às 8 horas recebi telefoneque dizia a sua mulher deu luz. Passandouns momentos depois faleceu e acriança. Eu a ouvir aquilo fiquei 3 horasdo tempo, completamente na aparênciade um maluco, porque não tinna o quefazer enem chorar. Porque era uma coisaque eu não esperava agora.£ no dia seguinte num sábado tomeicomboio para a minha terra encontrei ocadáver sepultado. Depois de 3 diassegui para o trabalho, foi uma disgraçaimensa porque encontro-me com umavida viúva.a) A.C. Aboro, natural de Namacurra eresidente em Mocuba.

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