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VAN GOGH ASSASSINADO! NA LOUCA 29 ANOS NUM ENLOUOUECEU? MÃTA! SEXO

van gogh assassinado! - Memórias Reveladas

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A primeira se matou com 19 anos.Nasce a segunda, a mãe lhe dá omesmo nome (a mãe é a irmã da quese matou). Quando a segunda tambémfaz 19 anos, entra em crise. Mas não ésó por causa do suicídio da tia. RonaldLaing, anti-psiquiatra inglês, entrevistoütoda a família da segunda Ruth; e oresultado são os diálogos adiante reproduzidos.Parece teatro.Mãe — Bom... o senhor entende,ela está doente há muito tempo, eantigamente dizia quç a culpa eranossa, que queríamos prendê-la numhospital; e as vezes queria nos bater;mas agora se queixa menos.Entrevistador*— Como explicam asacusações e queixas?Mãe — Bom... não, eu não meexplico, aoenas compreendo, perceboque ela está doente e não sabe o quediz.Entrevistador — Sabe o que ela querdizer quando,...Mãe - Porque, veja o senhor... elatenta nos bater e depois, no minutoseguinte, se desculpa ... — "Ah, mamãe,estou desolada, não quis fazerisso de verdade, não quis ..."Em oito anos de tratamento, nãosomente a família atribuiu à doençaseu "mau humor e ressentimento",bem como sua conduta incontrolâvel;os psiquiatras também, e parece queninguém, até onde pudemos saber,pensou em colocar isso em dúvida.Quando tinha uma "recaída", Ruthse vestia "de modo estranho" e tentava"imitar" o irmão, que era escritor.Entrevistador — A senhora diria quehabitualmente Ruth se comportavabem?Mãe — Sim, sim.Entrevistador - Em resumo, não hánenhum problema nesse sentido?Mãe: — Não, nenhum. É só duranteseus períodos de crise, o senhor entende.TEVE UM "ATAQUE"E SAIUDE MEIAS COLORIDASO irmão de Ruth tinha consciênciade que seus pais eram "pessoas limitadas".E "se mandou de casa". Os pais aceitaramaté certo ponto que ele tivesse ambições"artísticas", mas não poderiamadmitir que a filha também tivesse. Suaatitude em relação a coisas "artísticas"— literárias, musicais e plásticas — estáclaramente revelada na seguinte passagem:Quando esta entrevista foi feita,Ruth tinha 28 anos. Desde os 20 játinha sido hospitalizada seis vezes, edurante os últimos oito anos quase nãosaiu de hospital. Nos primeiros 18meses de sua primeira internação,diagnosticaram uma situação entre ahisteria e a esquizofrenia. Mais tarde,diversos psiquiatras de diversas tendênciasconcordaram em declará-la esquizofrênica.Os sintomas variaram, mas durantetodo esse tempo ela manteve umcomportamento paranóide, sujeito ailusões e a uma desordem de pensamentodo tipo esquizofrênico. Àsvêzes, tinha idéias suicidas ligadas a umestado depressivo ou a momentos deagitação.Antes de entrar pela primeira veznum hospital, Ruth vivia com os pais;e tinha um irmão de 32 anos que haviasaído de casa quando ela fez 14. Seupai somente aceitou ser entrevistado napresença da mulher; e informou queestaria de acordo com tudo o aue eladissesse. Fizemos 16 horas de entrevista,sendo 13 gravadas. EntrevistamosRuth; a mãe; o irmão; Ruth e a mãe; amãe e o pai; a mãe, o pai e Ruth.ERA UMA MENI<strong>NA</strong>TÃO BOA; DE REPENTE,QUERIA BATER <strong>NA</strong> MÃEO Sr. Gold e a mulher tinham asmesmas opiniões sobre a história dafilha. Segundo eles, a "depressão" deRuth foi um acontecimento súbito einesperado; ela teria sido uma criançanormal, fácil de educar, muito afetuosa,respeitosa, prevenida, muito chegadaà mãe, e que, às vêzes davapequenas demonstrações de irritação,rapidamente esquecidas. Ela se "conformava"inteiramente com a vontadedos pais, e isto os deixava muitosatisfeitos.Então, já com 20 anos, de modoinexplicável, ela começou a se sentirdeprimidae a se queixar de "irrealidade".Seu comportamento tornou-se"incontrolâvel" e depois disso, não fezmais do que ser doente o tempo todo,embora às vezes, nos intervalos entreos "ataques", voltasse a ser a mesmaboa menina de anteís, muito obediente,muito cordata, muito sensata etc.Examinaremos a seguir o que seuspais chamavam de "doença"-. Tantopara a mãe como para o pai, e tambémpara o irmão, os sinais mais evidentesda "doença" de Ruth eram o ressentimentoe o mau humor em relação aospais, da mesma forma que seu comportamento"incontrolâvel".Mãe — Ela é às vezes muitodesagradável; outras, menos — nãodemonstra agora tanto ressentimentoquanto no início da doença.Entrevistador — Quando foi que istoaconteceu?Mãe — Me ensinaram piano ... meforçaram a aprender, e eu tinha horror;tive que estudar anos, e tinha costumede ir a concertos com meu professor demúsica ... e durante todo tempo eudetestava música.Pai — Eu acho que uma pessoa podegostar de tocar algum instrumento — écomo um homem que aprende um trabalho.Agora ... ser artista, isso é muitoabstrato.Desse modo, Ruth é "doente", seveste "de maneira estranha" e "macaqueia"o irmão.Entrevistador — O que é que, pelaspalavras e atos, faz a senhora pensar queela está doente?Mãe — Eu sempre posso dizer quandoé que ela vai ter um ataque .. . quandoo ataque vai começar.Entrevistador — O que é que ela falaou faz nesses momentos? E em que suaconduta é diferente?Mãe — Ah, bom ... ela ficou estranha,ela não é normal. Além disso, nãose veste corretamente Quando tem um

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