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VAN GOGH ASSASSINADO! NA LOUCA 29 ANOS NUM ENLOUOUECEU? MÃTA! SEXO

van gogh assassinado! - Memórias Reveladas

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num estado de repouso próximo aoque precede o sono, em experiênciasfeitas nas aulas de pintura de umaescola secundária feminina (HerbertHead). Símbolos eternos de humanidade,aparecem também pintad;: pordoentes mentais europeus (Jung) o poresquizofrênicos brasileiros completamentedesconhecedores ao símbolo religiosooriental. Os que se debruçamsobre si próprios estarão sempre sujeitosa encontrar imagens dessa categoria,depositárias de inumeráveis vivênciasindividuais através de milênios. Daías analogias inevitáveis entre a pinturados artistas que preferem os modelosdo reino do sonho e da fantasia e apintura daqueles que se desgarrarampelos desfiladeiros de tais mundos.Surpreende o número de doentesmentais que buscam expressão gráfica.E freqüente desenharem sobre as paredesou em qualquer pequeno pedaçode papel que lhes caia nas mãos.Mesmo os mais inacessíveis, de contatomais difícil, raramente deixam dedesenhar se lhes entregamos o materialnecessário. Este fato curioso explica-sequando nos colocamos no> ponto devista da psicopatologia genética, admitindoocorrerem nas psicoses processosregressivos, que reconduzem o indivíduoa fases anteriores do seu própriodesenvolvimento ou mesmo da evoluçãoda humanidade. O pensamentoabstrato, aquisição mais recente , cedelugar na doença ao pensamento concreto,isto é, as idéias passam a apresentar-sesob a forma de imagens (aliás, omesmo acontece no sonho e nosestados intermediários entre sono evigília). Uma vez cindido e submerso opensamento lógico, fic% simultaneamenteprejudicada a linguagem verbal que éo seu instrumento de expressão. Desdeque seu pensamento flue agora emimagens, o indivíduo muito naturalmenteusará exprimir-se reproduzindo-as.Pode projetá-las, entretanto, semnenhum intento de comunicar-se comoutro, impulsionado por mera tendênciafisiológica à exteriorização. Nestecaso os desenhos nascem inteiros deum só jato, multiplicam-se em númeroespantoso e suas cores são quasesempre muito vivas. Mas apenas o egocomeça a lançar frágeis pontes para omundo real, aos modelos interioresvêm juntar-se objetos do mundo exteriorrecordados ou vistos no presente, aprodução diminue e faz-se atravéstrabalho mais demorado, o colorido seenriquece de nuances. Esses sinaisindicam que passos começam a serdados no caminho de volta à realidade,desenho ou pintura estão se tornandolinguagem emocional. A atividade artísticapoderá mesmo adquirir o sentidode um verdadeiro processo curativo.Compreende-se pois, a importânciada instalação de estúdios de pintura ede escultura nos hospitais psiquiátricos,tanto para meio de estudo de obscurosmecanismos psicopatológicos que setornam patentes nas produções plásticas,quanto pela função terapeuticade que a própria atividade artísticamuitas vezes se reveste.Levantar-se-á talvez a pergunta: senascem no inconsciente as fontes detoda a inspiração e o louco é aqueleque foi invadido pelas torrentes subterrâneas,então estaria ele mais queninguém em condições de criar obrasde arte? Decerto não basta sonharacordado, ter contato íntimo comimagens primígenas, falar a linguagemios símbolos, sofrer a tensãode intensos conflitos. Trate-se de artistassadios ou de artistas doentes,permanece misterioso o dom de captaras qualidades essencialmente significativasseja dos modelos interiores sejados modelos do mundo exterior. Haverádoentes artistas e não artistas, assimcomo entre os indivíduos que semantêm dentro das imprecisas fronteirasda normalidade só alguns possuema força de criar formas dotadas dopoder de suscitar emoções naquelesque as contemplam.Voltemos a acentuar o fato fundamental:os mais estranhos fenômenosencontrados nas doenças do espíritoem nada diferem qualitativamente demecanismos que também podem sersurpreendidos na vida psíquica normal.Nessas doenças são mudanças na estruturapsíquica que ocorrem. Estágiospretéritos da evolução emergem eimpõem suas maneiras correspondentesde sentir, perceber e pensar. Osindivíduos assim atingidos tornam-seinaptos para o nosso tipo de vida sociale por isso são segregados. Antes que seprocurasse entendê-los, concluiu-se quetinham a afetividade embotada e ainteligência em ruínas. Estariam, portanto,muito bem habitando edifícios--prisões chamados hospitais, abrigadose alimentados. Nas melhores dessascasas vêem-se leitos forrados de colchasmuito brancas e corredores de soalholustrosissimo. Mas que se procure sabercomo correm para seus habitantes aslongas horas dos dias, durantes meses eanos a fio. Venha-se vê-los vagando nospátios murados, tais fantasmas. Pois averdade é que as .tentativas depsicoterapia e ocupação terapêuticafeitas nos nossos hospitais têm apenas ovalor de amostras do que poderá serrealizado, não chegando ainda a adquirirsignificação, dado o reduzido númerode beneficiados em face da imensamaioria desatendida.Esta situação decorre de se haveradmitido arbitrariamente que nos doentesmentais se tenham extinguido asmúltiplas necessidades humanas alémde dormir, comer e quando muitotrabalhar em ofícios rudimentares.Entretanto, só os poderes da inérciafavorecem a aceitação conformista• 1Àdesse estado de coisas. Ninguém ignoraa extraordinária renovação da psiquiatriarealizada por Freud e Bleuler desdeos primeiros anos do século. Até entãose aceitava que a demência precoce(esquizofrenia) conduzisse inexoravelmenteà demência e ao apagamento daafetividade. Hoje está demonstrado quemesmo após longos anos de doença ainteligência pode conservar-se intata e asensibilidade vivíssima. E aqui estãopara prova os nossos artistas: Emigdio,internado há 25 anos, e Raphael,doente desde os 15 anos, ambos sob odiagnóstico de esquizofrenia.Os hospitais, porém, continuam seguindorotina de raízes em concepçõesjá superadas, muito distantes da culturaatual de seus médicos. Cumpre reformá-los.Sejam os trabalhos apresentadosuma mensagem de apelo neste sentido,dirigida a todos os que participaramintimamente do encantamento de formase de cores criadas por sereshumanos encerrados nos tristes lugaresque são os hospitais para alienados.(Nise da Silveira)Borboletas Negras doloridasQue vejo sempre na mata voarFantas de mel ha ProcuraBorboletas hei de sempre amarEu sou ha Borboleta queitaQue me ves sempre pousadaDeixa-me em Paz doradoraPorque Oh Deus do incerto amorCe um dia de mim lembrasahirei ha Procura e ha PensarEncontrei quem de mim se lembresou eu Venho agrader e ProsarEras que deixar saudadesDos tempos que la ce vãoDo meigo abraçar apertarDe uma lavadeira Precisa e amarVenha ou anoitecerDos dias de amargorVida sonha meditarDos anjos acalentarDeixe eu ser carbodas floresDe um Perfume entenecedorPensando estas em amargorOh mel de mim VaidadeOh cachopa cem contarDe dias e longos annoscem percentir ou caçohare esqritor a trabalharNegruras ha dor orfeãoDe tremidos vandavaessimbilante ha PerguntarAmando sou seu amarEu sou oh cagado da cascataQue vivo sempre ha rodarNo ceiro da verde grammaem sopapo PensadorPedrinha dos meus olharesSerás por deus inquecivelOh Deus deixa-me viverPorque outra ha de nacer

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