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VAN GOGH ASSASSINADO! NA LOUCA 29 ANOS NUM ENLOUOUECEU? MÃTA! SEXO

van gogh assassinado! - Memórias Reveladas

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POR QUE NÃOMATAMOS LOGOESSA GENTE?"Eu juro que, se amanhã sefalasse na França em liquidar,por meios brandos, 50 a 80 mildoentes mentais e alienados (háum número bem maior em hospitaisoutras instituições, porém nãopodemos reduzir à inatividade asmilhares de pessoas que trabalhamem saúde, e, além do mais, há os.sindicatos), milhões de pessoasconsiderariam tal idéia justa, efalariam de sua realização comode uma obra humanitária, e haveriaquem seria condecorado por isso,legião de honra e tudo mais.Afirmo que haveria psiquiatrasdispostos a organizar a relaçãodas doenças passíveis deeutanásia, e a selecionar pessoassegundo esses critérios; poderiamser catalogadas, haveriacomunicados às sociedadescientíficas. E entre enfermeiros,administradores, assistentessociais, todos aqueles que tratamdia a dia dos doentes mentais,muitos deles topariam desembaraçaros hospitais psiquiátricos de umgrande número de doentes crônicos,ditos incuráveis, mesmo que issopermitisse apenas que se tratassemelhor dos restantes e fosse dadaa eles a chance de cura.Eu insisto sobre as vantagensreais de tal projeto, sobre asintenções muito louváveis quepoderiam justificá-lo, sobre osexcelentes sentimentos, a sinceracompaixão pelos doentes que oacompanhariam. Sejam quais foremos escrúpulos que nos assaltemquando encaramos frente a frente,sem estarmos preparados, a idéiade aplicar tal golpe aos doentesmentais, não devemos crer que aexecução de tal projeto sejaverdadeiramente dolorosa paraqualquer um de nós após certoamadurecimento e conseqüentepreparo técnico - nessas ocasiõesnão se improvisa.Estou certo de que cada um lhedará razão, e mesmo muitasfamílias ficarão agradecidas, semcontar que uma parte nãodesprezível do déficit da SegurançaSocial seria absorvido; que apsiquiatria ficaria aliviada, queisso poderia ser o início de umanova era terapêutica cheia depromessas - é sempre permitidosonhar... Enfim, os doentes quesobrassem, quer quisessem quer não,seriam mais bem tratadose por menor preço.Como objetar a isso? O quemais aflige nesse projeto, creioeu, o que cria o preconceito naspessoas é o fato de Hitler jáhavê-lo feito, e sua detestávelreputação deixada na Europa élembrada por alguns até hoje. (Emoutros lugares, isso se deu maissimplesmente, não sendo nem mesmonecessária a aplicação de medidasparticulares: na França, porexemplo, durante a ocupação, afome, por si só, matou muitosmilhares de doentes nos hospitaispsiquiátricos.) Se Hitler tivesseagido com menos precipitação emais sutileza, não estaríamoshoje onde estamos em relação aesse problema. E a "eutanásiajusta" dos doentes mentais - damesma maneira como se fala em"bomba justa " - teria podidoaliviar nossa sociedade de umfardo dia a dia mais pesado.Eu desafio todo diretor dehospital psiquiátrico, todoadministrador da Segurança Social,se ele é verdadeiramente sinceroconsigo mesmo, a negar que taisidéias tenham alguma vezatravessado seu espirito.Se, de resto, no século XIX e noinício do nosso, não se examinoua possibilidade de recorrer àliquidação física dos doentesmentais, foi indubitavelmenteporque o problema não tinha maiorexpressão econômica. Além do mais,o sistema ainda não estava tãocorrompido. Mas, acima de tudo,não havia de fato necessidade dematá-los; era bastante não vê-los.

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