AIRTONl[SOARESCONTRAUM PAPELDERESPONSABILIDADEA SELECTA responsabiliza-se pelopapel que vende: só tem doimportado. E pelo preço que cobra:40% menos que as outras lojas.Por isso, pessoas de muitaresponsabilidade dirigem-se áSELECTA: publicitários,arquitetos, engenheiros,estudantes..V você é contra o Ai 5, o decreto 47",o arrocho salarial, a censura,as eleições indiretas,você também é oposição.Você está com o MDB,o partido da oposição.VOTE NELEdep. federal n° 336Milimetrado, onion-skin (blocos),parassol, opaline, carmen, cartõesde desenho Schoeller, em todosos tamanhos, folhas cortadas oumargeadas, todos os tipos deblocos de desenho numerados.SELECTAMarquês de Itú 134, (esq. Bento Freitas) fone 52-6556 (recados)PSICOLOGIA<strong>NA</strong> SOCIEDADE DE CONSUMOO CEPA - Centro de Estudos de PropagandaAplicada estará promovendo para outubro,o curso de Psicologia do^Consumidor:INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO COMPORTAMENTOE ATITUDES DO CONSUMIDOREste curso visa dar uma visãoexata do comportamento,motivação e atitudes doconsumidor frente à Sociedade deConsumo com suas mais avançadastécnicas de Marketing e o grandevolume de apelos publicitários doquotidiano.EM COLABORAÇÃO COM OCENTRO DE PESQUISAS : ESTUDOS COMPORTAMENTAIS( m o DE ESTUDOS DE PROPAGANDA APUICADANão perca: sai no mês denovembro o primeiro livro Ex-:poemas de Otoniel Santos Pereira,inclusive os premiados emconcurso continental, realizadosetembro passado pela Casa LatinoAmérica de Buenos Aires.estadodecoisasUm lançamento da Ex Editora Ltda.Nas grandes bancas e livrarias detodo o país.Aguarde.
POR QUE NÃOMATAMOS LOGOESSA GENTE?"Eu juro que, se amanhã sefalasse na França em liquidar,por meios brandos, 50 a 80 mildoentes mentais e alienados (háum número bem maior em hospitaisoutras instituições, porém nãopodemos reduzir à inatividade asmilhares de pessoas que trabalhamem saúde, e, além do mais, há os.sindicatos), milhões de pessoasconsiderariam tal idéia justa, efalariam de sua realização comode uma obra humanitária, e haveriaquem seria condecorado por isso,legião de honra e tudo mais.Afirmo que haveria psiquiatrasdispostos a organizar a relaçãodas doenças passíveis deeutanásia, e a selecionar pessoassegundo esses critérios; poderiamser catalogadas, haveriacomunicados às sociedadescientíficas. E entre enfermeiros,administradores, assistentessociais, todos aqueles que tratamdia a dia dos doentes mentais,muitos deles topariam desembaraçaros hospitais psiquiátricos de umgrande número de doentes crônicos,ditos incuráveis, mesmo que issopermitisse apenas que se tratassemelhor dos restantes e fosse dadaa eles a chance de cura.Eu insisto sobre as vantagensreais de tal projeto, sobre asintenções muito louváveis quepoderiam justificá-lo, sobre osexcelentes sentimentos, a sinceracompaixão pelos doentes que oacompanhariam. Sejam quais foremos escrúpulos que nos assaltemquando encaramos frente a frente,sem estarmos preparados, a idéiade aplicar tal golpe aos doentesmentais, não devemos crer que aexecução de tal projeto sejaverdadeiramente dolorosa paraqualquer um de nós após certoamadurecimento e conseqüentepreparo técnico - nessas ocasiõesnão se improvisa.Estou certo de que cada um lhedará razão, e mesmo muitasfamílias ficarão agradecidas, semcontar que uma parte nãodesprezível do déficit da SegurançaSocial seria absorvido; que apsiquiatria ficaria aliviada, queisso poderia ser o início de umanova era terapêutica cheia depromessas - é sempre permitidosonhar... Enfim, os doentes quesobrassem, quer quisessem quer não,seriam mais bem tratadose por menor preço.Como objetar a isso? O quemais aflige nesse projeto, creioeu, o que cria o preconceito naspessoas é o fato de Hitler jáhavê-lo feito, e sua detestávelreputação deixada na Europa élembrada por alguns até hoje. (Emoutros lugares, isso se deu maissimplesmente, não sendo nem mesmonecessária a aplicação de medidasparticulares: na França, porexemplo, durante a ocupação, afome, por si só, matou muitosmilhares de doentes nos hospitaispsiquiátricos.) Se Hitler tivesseagido com menos precipitação emais sutileza, não estaríamoshoje onde estamos em relação aesse problema. E a "eutanásiajusta" dos doentes mentais - damesma maneira como se fala em"bomba justa " - teria podidoaliviar nossa sociedade de umfardo dia a dia mais pesado.Eu desafio todo diretor dehospital psiquiátrico, todoadministrador da Segurança Social,se ele é verdadeiramente sinceroconsigo mesmo, a negar que taisidéias tenham alguma vezatravessado seu espirito.Se, de resto, no século XIX e noinício do nosso, não se examinoua possibilidade de recorrer àliquidação física dos doentesmentais, foi indubitavelmenteporque o problema não tinha maiorexpressão econômica. Além do mais,o sistema ainda não estava tãocorrompido. Mas, acima de tudo,não havia de fato necessidade dematá-los; era bastante não vê-los.