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VAN GOGH ASSASSINADO! NA LOUCA 29 ANOS NUM ENLOUOUECEU? MÃTA! SEXO

van gogh assassinado! - Memórias Reveladas

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pela sociétlade do futuro. A altapolítica não se joga, em verdade,nos almoços dos diplomatas, massim nesta minúscula existência.Por tudo isso é impossível deixarde lado a politização da chamadavida pessoal dos homens. Se os 4milhões de habitantes da terracompreendessem a atividade decem diplomatas dirigentes, entãotudo andaria bem; já não seorientaria a sociedade, não seorganizaria a satisfação das necessidadeshumanas com base eminteresses armamentistas ou emprincípios de ordem do dia. Porémesses 4 milhões de habitantes daterra não poderão ser donos deseu destino enquanto tomaremconsciência de sua modesta vidaparticular. E as potências internasque impedem isto chamam moralsexual e religião.A ordem econômica dos últimos200 anos modificou enormementea estrutura humana. Masesta modificação é pouco importante,comparada com a devastaçãoque a humanidade conheceu,desde que há milhares de anosentrou em vigor a repressão davida natural, e em primeiro lugar,da vida sexual. A subjugação,várias vezes milenária da vidainstintiva, criou primeiro o terrenopara a psicologia das massas:medo de autoridade, servilismo,incrível modéstia por um lado,brutalidade sádica por outro, religiãoe satisfação ilusória; sobreesta base consegue tundamentar-see manter-se uma economiade lucros bicentenária.Porém, não nos esqueçamos deque eram os processos sociais eeconômicos que haviam dadolugar, há milhares de anos, àmodificação da estrutura humana.Não se trata mais do problema deum maquinismo bicentenário,mas sim de uma estrutura humanade 6 000 anos de antigüidade,que até agora se mostrou incapazde colocar as máquinas a seuserviço. Por mais grandioso erevolucionário que tenha sido odescobrimento das leis da sociedadecapitalista, não seria suficiente,só isso, para resolver oproblema do servilismo e dopróprio envilecimento. É certoque em todas as partes haviagrupos humanos, setores oprimidos,lutando por "pão e liberdade";mas o grosso da massa semantém afastada, ou então lutapor liberdade ... ao lado de seusopressores! Que essa massapadeça desastres incríveis, elapercebe a todas as horas, dia adia, às próprias custas. Que lhedêem apenas pão e não todos osgosos da vida, isto reforça a suamodéstia. É que a liberdade — oque ela pode ser ou será — nãofoi mostrado até agora às massasde forma compreensível e concreta.Não se colocou em evidênciaas possibilidades de uma felicidadegeral na vida. Onde setentou agir nesse sentido, para"ganhar" as massas, apenas lhesmostraram as satisfações malsãs,miseráveis, deformadas pelo sentimentode culpa das "Noites"mesquinhas para pequenos-burgueses,do campo e das férias.Quando, na realidade, o núcleode uma vida ditosa é a felicidadesexual. No entanto nenhum políticoinfluente se animou a tocarnesse ponto. Sexo é um assuntoparticular, e não tem nada a vercom a política. A reação políticanão pensa de outro modo.A moral vai alémda sexualidadeObjetivamente — a crise sexualé uma manifestação da oposiçãode classes; mas como se representaobjetivamente este antagonismo?Que significa a "nova moralproletária"? É a moral capitalistaque se opõe à sexualidade, eportanto é ela que está na origemda contradição e da miséria; omovimento proletário supera estacontradição primeiramente atravésde uma ideologia favorável àsatisfação das necessidades sexuais,e de uma nova ordemna vida sexual. De modo queestas duas coisas vêm semprejuntas. Por um lado o capitalismoe a repressão da sexualidade nasociedade, por outro a novamoral e a satisfação das necessidadessexuais.Quando falamos de uma "novamoral" não dizemos nada; osentido concreto desta nova moralestá unicamente no conteúdoda satisfação racional das necessidades,e isto em outros âmbitosalém da sexualidade. Se a ideologiaproletária não reconhece queé nisto — entre outras coisas —que consiste seu sentido concreto,então, não pode falar de novamoral e ficará amarrada a fatossuperados.A nova moral consiste exatamenteem tornar supérflua aregulamentação e em produzir aregência automática da vida social.Tomemos o exemplo doroubo e o da moral que se opõeao roubo: que não tem fome nãotem necessidade de roubar, eportanto não precisa de umamoral que o impeça. A mesma leifundamental vale para a sexualidade;nenhuma pessoa satisfeitatem necessidade de violar e édesnecessário, portanto, proibi-ladisso.Outro erro seria crer que háuma sexualidade absoluta, queentra em conflito com a sociedadeatual. É por exemplo, umerro fundamental da psicanáliseoficial conceber os instintos comoum fato biológico absoluto;isso porém não pertence à essênciada psicanálise, que é especificamentedialética, mas ao mecanismode pensamento dos analistas,que por outro lado sempre é^completado por teses metafísicas.Pois bem, os instintos, tambémeles, nascem, evoluem e passam.Mas o lapso sobre o qual seestendem as modificações biológicasé tão grande, que se estasúltimas nos são impostas comofatos absolutos, os instintos pelocontrário são flutuantes e relativos.Para estudar os processossociais concretos, estritamente limitados,no tempo, é suficientecomprovar o conflito entre uminstinto biológico qualquer e amaneira como a ordem social o recebee trata. Para as leis biológicasda evolução sexual, com suas etapasdivididas em séculos, isto nãoacontece de maneira alguma; aquié preciso trabalhar para estabelecercom clareza a relatividade, ainstabilidade do sistema instintivo.Se devemos entender o processovital dos indivíduos como acondição preliminar de todoacontecimento social, significa admitirque a vida existe com suasnecessidades. Mas esta vida, emsi, não é absoluta; nasce e passapela troca de gerações, mas seconserva inalterada sob a formade células sexuais que se perpetuamde geração em geração.A vida em seu conjunto — porpouco que se tenha em conta osespaços cósmicos — é um produtomineral, e desaparecerá umdia, se acreditarmos na teoria dainstabilidade dos astros, quer dizer,um dia voltará ao mineral:hipótese necessária ao pensamentodialético. Nenhum outro pontode vista deixa entrever commaior clareza como são minúsculase insignificantes as ilusões doshomens sobre o seu "dever espiritual","transcendental".Podia-se concluir disto que aslutas sociais parecem absurdas,diante do processo cósmico, ondeo homem constitui apenas umapequena parcela; como é ridículo,poderia dizer-se, que os homensse matem uns aos outros para tero que fazer, ou para levar umHitler ao poder, organizando procissõesnacionalistas, quando noespaço as estrelas continuam girando.Não seria melhor gozarmosa natureza?Uma interpretação assim seriaextremamente falsa, já que justamenteo ponto de vista científicofala contra a reação e a favor deuma nova concepção do mundo;a primeira tenta encerrar o cosmo,infinito e o sentimento da natureza,no marco da idéia infinitamentereduzida da penitênciasexual e do sacrifício co'm finspatrióticos, coisa que a abstinênciasexual jamais conseguirá; estanova sociedade, pelo contrário,tenta pôr no devido lugar a vidainfinitamente pequena do indivíduoe da sociedade, no marcopoderoso de toda a evolução danatureza, e eliminar a contradiçãoprovocada por um "desarranjonovo" da natureza — seis milanos de exploração, de religião ede repressões sexuais — por mais"necessário" que isto fosse. Emsíntese: toma posição pela sexualidadecontra a ética sexual-antinatural,pela economia internacionalplanificada, contra a exploraçãoe pela superação das fronteirasnacionais. w. Reich (ife!

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