VAN GOGH ASSASSINADO! NA LOUCA 29 ANOS NUM ENLOUOUECEU? MÃTA! SEXO

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08.08.2015 Views

Até para explicar por que escolhemos os governantes errados, Wilhelm Reichrecorre a suas teses de repressão sexual. Ele só pensa nisso (felizmente).Em outubro de 1935, trezentospsiquiatras, entre os maisconhecidos, .chamaram o mundoà reflexão. A Itália havia iniciadoseu ataque contra a Abissínia.Num instante, milhares deseres humanos, e entre eles mulheres,velhos e crianças, tinhamperecido sem poder se defender.Podia-se prever as dimensões queassumiria o assassinato coletivo,no caso de nova guerra mundial.Que uma nação como a Itália,cujas massas estavam famintas,respondesse com tanto entusiasmoe sem rebeliões, ao chamadoguerreiro, alguém podia esperar,sem dúvida; mas no entanto éincompreensível. Este fato fortaleciaa impressão geral de que oinundo não só se deixa governaraqui e ali por homens nos quaisos psiquiatras reconhecem sinaisde doença mental, mas tambémque os homens de todos oscontinentes são de fato doentesmentais; suas reações intelectuaissão anormais e estão em contradiçãocom seus próprios desejos esuas capacidades reais.Constitui um sintoma de reaçãopsíquica anormal estar famintoem meio à abundância, ficarexposto ao frio e à chuva tendoquantidade suficiente de carvão,de máquinas de construção, dispondode milhões de quilômetrosquadrados de terra, etc;acreditar que uma potênciadivina de larga barba brancadirige tudo, e que se está submetidoa esta potência pela morte epela perdição;entusiasmar-se com o massacrede pessoas que não fizeram mal aninguém e acreditar que é precisoconquistar um país do qualnunca se ouviu falar;ir vestido com farrapos esentir-se representante da "Grandezada Nação'-' à qual se pertence;desejar a sociedade sem classese confundí-la com a "comunidadedo povo" e seus caçadoresde benefícios;esquecer o que prometia umChefe de Estado antes de converter-seem guia da nação;ou ainda simplesmente depositarem indivíduos, inclusive emhomens de Estado, tanto poderiosobre a própria vida e destino;não poder refletir que mesmoaqueles que a gente elege comograndes dirigentes do Estado e da,.Economia são seres que dormem,comem, têm pertubações sexuais,defecam, estão dominados por impulsosinconscientes, incontrolados,como o mais comum dos mortais;proibir aos jovens na flor daidade a felicidade da união amorosa.Poderíamos continuar até oinfinito.O chamado de trezentos psiquiatrasera uma ação, umapolitização oficial desta ciênciaaté agora não alheia ao mundo epretensamente apolítica. Mas estaação era incompleta. Não seaprofundava nos fatos que poroutro lado expunha com grandeclareza. Não passava, da realidadeda doença mental, geralmentemuito difundida entre os homensde hoje em dia. Não se perguntavapor que o povo está tãodesmedidamente disposto a sacrificar-sepelo interesse de alguns.Não se percebia a oposição entreuma verdadeira satisfação dasnecessidades e uma satisfaçãoilusória no delírio do nacionalismo,absolutamente semelhanteaos estados de êxtase dos fanáticospor uma religião. A fome ea miséria do povo, em uma épocade progresso e de produtividadeda economia, tiveram como resultado— em lugar da economia davida, racional, planificada — oreforço da fome e o empobrecimento.0 movimento socialista sehavia eclipsado. O problema nãoé a psicologia dos homens deestado, mas sim a das massas.Atualmente os homens de Estadosão amigos, irmãos, primosou cunhados dos grandes empresários.Em troca, a massa dehomens pensantes, parcialmentecultos e instruídos, não vê isto enão atua; este é um problemaque não poderia resolver-se atravésde exames de "psico-diagnose-individual".As doenças psíquicas,como as perturbações doentendimento, a resignação, oservilismo, o masoquismo, a crençacega em um guia, etc., reduzidasa sua forma mais simples, nãopassam da expressão de umaperturbação na harmonia da vidavegetativa; e, em particular, davida sexual, sobre a base dasociedade dividida.Na ciência oficial, o capítuloda sexualidade ainda não foiescrito. E já não se pode duvidarque as reações psíquicas anormaistêm "sua origem na orientaçãodoentia da energia sexual insatisfeita.Tocamos, pois, a raiz da intoxicaçãopsíquica dos povos, quandoatacamos a questão da ordemsocial da vida sexual. A energiasexual é a energia construtiva doaparato psíquico. É ela que formaa estrutura sentimental e intelectualdos homens. A sexualidade(em linguagem fisiológica, a funçãosexual) é a energia vitalprodutiva por excelência. Reprimi-laseria alterar, não apenas noterreno médico, mas também demaneira geral, as funções vitaisfundamentais; encontramos a expressãomais essencial, sob oponto de vista social, no comportamentoirracional dos homens,em sua loucura, seu misticismo,sua religiosidade, em seu consentimentopara a guerra, etc.Disto conclui-se que a políticasexual deve partir desse problema:por que motivo se reprime avida amorosa dos homens?A necessidade deprazer nos agrupaTentaremos expor brevementede que forma a economia sexualconcebe a relação entre a vidapsíquica dos homens e o estadoeconômico da sociedade, quemodela as necessidades humanas,transforma-as, e particularmenteas reprime: eis como nasce aestrutura psíquica dos homens.Não. é inata, mas se desenvolveem cada indivíduo, durante ocombate perpétuo entre necessidadese sociedade. Não existeestrutura inata dos instintos; estaestrutura se adquire nos primeirosanos de vida. 0 inato é umamedida mais ou menos grande deenergia vegetativa. Pela ação dasociedade dividida nasce a estruturado "sujeito", dócil e rebeldeao mesmo tempo. A sociedade dofuturo quer o homem livre; deveconhecer não só a estrutura dohomem burguês, mas tambémconceber como quer estruturar oshomens e que forças deve empregar.O núcleo da psicologia práticae política é a política sexual, poiso funcionamento da alma é afunção sexual. Isso já foi demonstradopelo caráter da literatura eda produção cinematográfica; 90por cento de todas as novelas(romances), de toda a poesialírica, 99 por cento de todos osfilmes e espetáculos, etc., sãoproduções para as necessidadessexuais.As necessidades biológicas, nutriçãoe prazer sexual, fundamentama necessidade geral doshomens de agrupar-se em sociedade.As "relações de produção"que assim nascem, alteram asnecessidades fundamentais massem conseguir extingui-las, ecriam a partir delas novas exigências.As exigências humanas, alteradase renascidas, determinampor sua vez a continuação dodesenvolvimento da produção,dos meios de produção (ferramentase máquinas), e ao mesmotempo das relações de produção,se desenvolvem determinadas concepçõesspbre a vida, a moral, afilosofia, etc. Correspondem geralmenteao estado geral datécnica, portanto à capacidade decaptar a existência dominá-laA ideologia social assim nascidadetermina por sua vez a estruturados homens. Transforma-se dessamaneira numa força material e seconserva na estrutura dos homens.Todo o resto está ligado auma alternativa: ou todo o conjunto da sociedade participa daelaboração da ideologia social, ouapenas uma minoria o faz. Nasociedade do futuro onde nãoexistirão interesses de poder deuma minoria, a ideologia socialdeverá corresponder aos interessesvitais de todos os membros dasociedade.A vida sexual dos homens,pequena, miserável, pretensamente"apolítica", deve ser exploradae dominada, fundamentalmenteem relação às questões levantadas

pela sociétlade do futuro. A altapolítica não se joga, em verdade,nos almoços dos diplomatas, massim nesta minúscula existência.Por tudo isso é impossível deixarde lado a politização da chamadavida pessoal dos homens. Se os 4milhões de habitantes da terracompreendessem a atividade decem diplomatas dirigentes, entãotudo andaria bem; já não seorientaria a sociedade, não seorganizaria a satisfação das necessidadeshumanas com base eminteresses armamentistas ou emprincípios de ordem do dia. Porémesses 4 milhões de habitantes daterra não poderão ser donos deseu destino enquanto tomaremconsciência de sua modesta vidaparticular. E as potências internasque impedem isto chamam moralsexual e religião.A ordem econômica dos últimos200 anos modificou enormementea estrutura humana. Masesta modificação é pouco importante,comparada com a devastaçãoque a humanidade conheceu,desde que há milhares de anosentrou em vigor a repressão davida natural, e em primeiro lugar,da vida sexual. A subjugação,várias vezes milenária da vidainstintiva, criou primeiro o terrenopara a psicologia das massas:medo de autoridade, servilismo,incrível modéstia por um lado,brutalidade sádica por outro, religiãoe satisfação ilusória; sobreesta base consegue tundamentar-see manter-se uma economiade lucros bicentenária.Porém, não nos esqueçamos deque eram os processos sociais eeconômicos que haviam dadolugar, há milhares de anos, àmodificação da estrutura humana.Não se trata mais do problema deum maquinismo bicentenário,mas sim de uma estrutura humanade 6 000 anos de antigüidade,que até agora se mostrou incapazde colocar as máquinas a seuserviço. Por mais grandioso erevolucionário que tenha sido odescobrimento das leis da sociedadecapitalista, não seria suficiente,só isso, para resolver oproblema do servilismo e dopróprio envilecimento. É certoque em todas as partes haviagrupos humanos, setores oprimidos,lutando por "pão e liberdade";mas o grosso da massa semantém afastada, ou então lutapor liberdade ... ao lado de seusopressores! Que essa massapadeça desastres incríveis, elapercebe a todas as horas, dia adia, às próprias custas. Que lhedêem apenas pão e não todos osgosos da vida, isto reforça a suamodéstia. É que a liberdade — oque ela pode ser ou será — nãofoi mostrado até agora às massasde forma compreensível e concreta.Não se colocou em evidênciaas possibilidades de uma felicidadegeral na vida. Onde setentou agir nesse sentido, para"ganhar" as massas, apenas lhesmostraram as satisfações malsãs,miseráveis, deformadas pelo sentimentode culpa das "Noites"mesquinhas para pequenos-burgueses,do campo e das férias.Quando, na realidade, o núcleode uma vida ditosa é a felicidadesexual. No entanto nenhum políticoinfluente se animou a tocarnesse ponto. Sexo é um assuntoparticular, e não tem nada a vercom a política. A reação políticanão pensa de outro modo.A moral vai alémda sexualidadeObjetivamente — a crise sexualé uma manifestação da oposiçãode classes; mas como se representaobjetivamente este antagonismo?Que significa a "nova moralproletária"? É a moral capitalistaque se opõe à sexualidade, eportanto é ela que está na origemda contradição e da miséria; omovimento proletário supera estacontradição primeiramente atravésde uma ideologia favorável àsatisfação das necessidades sexuais,e de uma nova ordemna vida sexual. De modo queestas duas coisas vêm semprejuntas. Por um lado o capitalismoe a repressão da sexualidade nasociedade, por outro a novamoral e a satisfação das necessidadessexuais.Quando falamos de uma "novamoral" não dizemos nada; osentido concreto desta nova moralestá unicamente no conteúdoda satisfação racional das necessidades,e isto em outros âmbitosalém da sexualidade. Se a ideologiaproletária não reconhece queé nisto — entre outras coisas —que consiste seu sentido concreto,então, não pode falar de novamoral e ficará amarrada a fatossuperados.A nova moral consiste exatamenteem tornar supérflua aregulamentação e em produzir aregência automática da vida social.Tomemos o exemplo doroubo e o da moral que se opõeao roubo: que não tem fome nãotem necessidade de roubar, eportanto não precisa de umamoral que o impeça. A mesma leifundamental vale para a sexualidade;nenhuma pessoa satisfeitatem necessidade de violar e édesnecessário, portanto, proibi-ladisso.Outro erro seria crer que háuma sexualidade absoluta, queentra em conflito com a sociedadeatual. É por exemplo, umerro fundamental da psicanáliseoficial conceber os instintos comoum fato biológico absoluto;isso porém não pertence à essênciada psicanálise, que é especificamentedialética, mas ao mecanismode pensamento dos analistas,que por outro lado sempre é^completado por teses metafísicas.Pois bem, os instintos, tambémeles, nascem, evoluem e passam.Mas o lapso sobre o qual seestendem as modificações biológicasé tão grande, que se estasúltimas nos são impostas comofatos absolutos, os instintos pelocontrário são flutuantes e relativos.Para estudar os processossociais concretos, estritamente limitados,no tempo, é suficientecomprovar o conflito entre uminstinto biológico qualquer e amaneira como a ordem social o recebee trata. Para as leis biológicasda evolução sexual, com suas etapasdivididas em séculos, isto nãoacontece de maneira alguma; aquié preciso trabalhar para estabelecercom clareza a relatividade, ainstabilidade do sistema instintivo.Se devemos entender o processovital dos indivíduos como acondição preliminar de todoacontecimento social, significa admitirque a vida existe com suasnecessidades. Mas esta vida, emsi, não é absoluta; nasce e passapela troca de gerações, mas seconserva inalterada sob a formade células sexuais que se perpetuamde geração em geração.A vida em seu conjunto — porpouco que se tenha em conta osespaços cósmicos — é um produtomineral, e desaparecerá umdia, se acreditarmos na teoria dainstabilidade dos astros, quer dizer,um dia voltará ao mineral:hipótese necessária ao pensamentodialético. Nenhum outro pontode vista deixa entrever commaior clareza como são minúsculase insignificantes as ilusões doshomens sobre o seu "dever espiritual","transcendental".Podia-se concluir disto que aslutas sociais parecem absurdas,diante do processo cósmico, ondeo homem constitui apenas umapequena parcela; como é ridículo,poderia dizer-se, que os homensse matem uns aos outros para tero que fazer, ou para levar umHitler ao poder, organizando procissõesnacionalistas, quando noespaço as estrelas continuam girando.Não seria melhor gozarmosa natureza?Uma interpretação assim seriaextremamente falsa, já que justamenteo ponto de vista científicofala contra a reação e a favor deuma nova concepção do mundo;a primeira tenta encerrar o cosmo,infinito e o sentimento da natureza,no marco da idéia infinitamentereduzida da penitênciasexual e do sacrifício co'm finspatrióticos, coisa que a abstinênciasexual jamais conseguirá; estanova sociedade, pelo contrário,tenta pôr no devido lugar a vidainfinitamente pequena do indivíduoe da sociedade, no marcopoderoso de toda a evolução danatureza, e eliminar a contradiçãoprovocada por um "desarranjonovo" da natureza — seis milanos de exploração, de religião ede repressões sexuais — por mais"necessário" que isto fosse. Emsíntese: toma posição pela sexualidadecontra a ética sexual-antinatural,pela economia internacionalplanificada, contra a exploraçãoe pela superação das fronteirasnacionais. w. Reich (ife!

Até para explicar por que escolhemos os governantes errados, Wilhelm Reichrecorre a suas teses de repressão sexual. Ele só pensa nisso (felizmente).Em outubro de 1935, trezentospsiquiatras, entre os maisconhecidos, .chamaram o mundoà reflexão. A Itália havia iniciadoseu ataque contra a Abissínia.Num instante, milhares deseres humanos, e entre eles mulheres,velhos e crianças, tinhamperecido sem poder se defender.Podia-se prever as dimensões queassumiria o assassinato coletivo,no caso de nova guerra mundial.Que uma nação como a Itália,cujas massas estavam famintas,respondesse com tanto entusiasmoe sem rebeliões, ao chamadoguerreiro, alguém podia esperar,sem dúvida; mas no entanto éincompreensível. Este fato fortaleciaa impressão geral de que oinundo não só se deixa governaraqui e ali por homens nos quaisos psiquiatras reconhecem sinaisde doença mental, mas tambémque os homens de todos oscontinentes são de fato doentesmentais; suas reações intelectuaissão anormais e estão em contradiçãocom seus próprios desejos esuas capacidades reais.Constitui um sintoma de reaçãopsíquica anormal estar famintoem meio à abundância, ficarexposto ao frio e à chuva tendoquantidade suficiente de carvão,de máquinas de construção, dispondode milhões de quilômetrosquadrados de terra, etc;acreditar que uma potênciadivina de larga barba brancadirige tudo, e que se está submetidoa esta potência pela morte epela perdição;entusiasmar-se com o massacrede pessoas que não fizeram mal aninguém e acreditar que é precisoconquistar um país do qualnunca se ouviu falar;ir vestido com farrapos esentir-se representante da "Grandezada Nação'-' à qual se pertence;desejar a sociedade sem classese confundí-la com a "comunidadedo povo" e seus caçadoresde benefícios;esquecer o que prometia umChefe de Estado antes de converter-seem guia da nação;ou ainda simplesmente depositarem indivíduos, inclusive emhomens de Estado, tanto poderiosobre a própria vida e destino;não poder refletir que mesmoaqueles que a gente elege comograndes dirigentes do Estado e da,.Economia são seres que dormem,comem, têm pertubações sexuais,defecam, estão dominados por impulsosinconscientes, incontrolados,como o mais comum dos mortais;proibir aos jovens na flor daidade a felicidade da união amorosa.Poderíamos continuar até oinfinito.O chamado de trezentos psiquiatrasera uma ação, umapolitização oficial desta ciênciaaté agora não alheia ao mundo epretensamente apolítica. Mas estaação era incompleta. Não seaprofundava nos fatos que poroutro lado expunha com grandeclareza. Não passava, da realidadeda doença mental, geralmentemuito difundida entre os homensde hoje em dia. Não se perguntavapor que o povo está tãodesmedidamente disposto a sacrificar-sepelo interesse de alguns.Não se percebia a oposição entreuma verdadeira satisfação dasnecessidades e uma satisfaçãoilusória no delírio do nacionalismo,absolutamente semelhanteaos estados de êxtase dos fanáticospor uma religião. A fome ea miséria do povo, em uma épocade progresso e de produtividadeda economia, tiveram como resultado— em lugar da economia davida, racional, planificada — oreforço da fome e o empobrecimento.0 movimento socialista sehavia eclipsado. O problema nãoé a psicologia dos homens deestado, mas sim a das massas.Atualmente os homens de Estadosão amigos, irmãos, primosou cunhados dos grandes empresários.Em troca, a massa dehomens pensantes, parcialmentecultos e instruídos, não vê isto enão atua; este é um problemaque não poderia resolver-se atravésde exames de "psico-diagnose-individual".As doenças psíquicas,como as perturbações doentendimento, a resignação, oservilismo, o masoquismo, a crençacega em um guia, etc., reduzidasa sua forma mais simples, nãopassam da expressão de umaperturbação na harmonia da vidavegetativa; e, em particular, davida sexual, sobre a base dasociedade dividida.Na ciência oficial, o capítuloda sexualidade ainda não foiescrito. E já não se pode duvidarque as reações psíquicas anormaistêm "sua origem na orientaçãodoentia da energia sexual insatisfeita.Tocamos, pois, a raiz da intoxicaçãopsíquica dos povos, quandoatacamos a questão da ordemsocial da vida sexual. A energiasexual é a energia construtiva doaparato psíquico. É ela que formaa estrutura sentimental e intelectualdos homens. A sexualidade(em linguagem fisiológica, a funçãosexual) é a energia vitalprodutiva por excelência. Reprimi-laseria alterar, não apenas noterreno médico, mas também demaneira geral, as funções vitaisfundamentais; encontramos a expressãomais essencial, sob oponto de vista social, no comportamentoirracional dos homens,em sua loucura, seu misticismo,sua religiosidade, em seu consentimentopara a guerra, etc.Disto conclui-se que a políticasexual deve partir desse problema:por que motivo se reprime avida amorosa dos homens?A necessidade deprazer nos agrupaTentaremos expor brevementede que forma a economia sexualconcebe a relação entre a vidapsíquica dos homens e o estadoeconômico da sociedade, quemodela as necessidades humanas,transforma-as, e particularmenteas reprime: eis como nasce aestrutura psíquica dos homens.Não. é inata, mas se desenvolveem cada indivíduo, durante ocombate perpétuo entre necessidadese sociedade. Não existeestrutura inata dos instintos; estaestrutura se adquire nos primeirosanos de vida. 0 inato é umamedida mais ou menos grande deenergia vegetativa. Pela ação dasociedade dividida nasce a estruturado "sujeito", dócil e rebeldeao mesmo tempo. A sociedade dofuturo quer o homem livre; deveconhecer não só a estrutura dohomem burguês, mas tambémconceber como quer estruturar oshomens e que forças deve empregar.O núcleo da psicologia práticae política é a política sexual, poiso funcionamento da alma é afunção sexual. Isso já foi demonstradopelo caráter da literatura eda produção cinematográfica; 90por cento de todas as novelas(romances), de toda a poesialírica, 99 por cento de todos osfilmes e espetáculos, etc., sãoproduções para as necessidadessexuais.As necessidades biológicas, nutriçãoe prazer sexual, fundamentama necessidade geral doshomens de agrupar-se em sociedade.As "relações de produção"que assim nascem, alteram asnecessidades fundamentais massem conseguir extingui-las, ecriam a partir delas novas exigências.As exigências humanas, alteradase renascidas, determinampor sua vez a continuação dodesenvolvimento da produção,dos meios de produção (ferramentase máquinas), e ao mesmotempo das relações de produção,se desenvolvem determinadas concepçõesspbre a vida, a moral, afilosofia, etc. Correspondem geralmenteao estado geral datécnica, portanto à capacidade decaptar a existência dominá-laA ideologia social assim nascidadetermina por sua vez a estruturados homens. Transforma-se dessamaneira numa força material e seconserva na estrutura dos homens.Todo o resto está ligado auma alternativa: ou todo o conjunto da sociedade participa daelaboração da ideologia social, ouapenas uma minoria o faz. Nasociedade do futuro onde nãoexistirão interesses de poder deuma minoria, a ideologia socialdeverá corresponder aos interessesvitais de todos os membros dasociedade.A vida sexual dos homens,pequena, miserável, pretensamente"apolítica", deve ser exploradae dominada, fundamentalmenteem relação às questões levantadas

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