Download - Media Institute of Southern Africa
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State <strong>of</strong> the media in <strong>Southern</strong> <strong>Africa</strong> 2002<br />
independentemente das fronteiras.<br />
Em Maio de 2002, EPIC Printers foi acusado como o terceiro defensor num<br />
caso de difamação de Mahao por ter imprimido a edição do “Public Eye” que<br />
continha a manchete “Escândalo sexual abala NUL”. Como resultado o EPIC<br />
Printers foi “levado ao tribunal por causa da calúnia não causada ou precipitada<br />
por nós como impressores, mas sim por vocês como publicadores” o presidente<br />
da empresa Mampone Nthongoa, ameaçou suspender a impressão do jornal a<br />
não ser que assinassem uma renúncia indicando que: “Qualquer comentário,<br />
convicções, opiniões, editoriais, analise de noticiais desta edição pertencem ao<br />
jornal e não a impressora EPC Printers.” Os jornais eram também exigidos a<br />
regularizarem as sua contas em atraso, e a efectuarem o pagamento total dos<br />
serviços que haviam de se seguir.<br />
EPC Printers em adição exigiu que o jornal tinha que assinar um documento<br />
legal em anexo declarando: “EPC Printers não assume qualquer responsabilidade,<br />
e nem deve ser responsabilizada por qualquer acção legal que advier na<br />
publicação de qualquer publicação/jornal”.<br />
Embora as publicações não tenham encerrado as suas portas, a esfera na qual<br />
devem fazer as suas publicações ficou poluído com a imposição de obstáculos<br />
judiciais e financeiros. De forma alguma se pode considerar a imprensa como<br />
sendo livre, quando permanecem sobre a ameaça de encerrar as suas portas ou<br />
qualquer intimação judicial que exige elevadas somas de valores monetários<br />
por difamação. Sem que o ambiente seja aquele no qual todos se sintam livres a<br />
tornar a imprensa o campo comum para o intercâmbio de ideias, jamais será<br />
realizada a verdadeira democracia.<br />
A imprensa independente começou a emergir com a realização das eleições<br />
democráticas em 1993. As ondas sonoras começaram a expandir-se para as<br />
estações de difusão independentes que não eram operados como departamentos<br />
do estado. Como este processo estava na fase embrionária, depois de muitos<br />
anos de controlo pelo estado, e a guerra da imprensa que existia entre os estados<br />
da <strong>Africa</strong> Austral e o então regime do Apartheid na <strong>Africa</strong> do Sul, a imprensa<br />
esperava que o povo usasse ao máximo a sua liberdade recentemente conquistada.<br />
Entretanto, a fraternidade da imprensa, começou a pressentir que alguns dos<br />
excessos na reportagem não eram de interesse público e como resultado, começou<br />
a procurar formas que dirimissem as reportagens desenfreadas pavimentando<br />
desta forma a via para uma aproximação cada vez mais pr<strong>of</strong>issional.<br />
2002<br />
Com o estabelecimento da democracia em 2002, atingiu-se um momento de<br />
carácter muito importante. Desde que acusávamos que ‘ganha quem merece’ o<br />
modelo de eleições de Westminster, por falta de oportunidades equiparadas na<br />
participação dos assuntos do nosso país e desde que fomos capazes de<br />
50 So This Is Democracy?