Download - Media Institute of Southern Africa

BOTSWANA
State of the media in Southern Africa 2002
resultado, uma acção nos tribunais contra um dos apresentadores começou a ser
preparada, instituído por Botsalo Ntuane, Secretário Executivo do Partido
Democrático do Botswana no poder. Os dois apresentadores não conseguiram
que os seus contractos fossem renovados uma vez que a estação, como viria a
afirmar, não podia continuar a pagar os seus salários. Houve alegações de que a
estação de rádio teve problemas financeiros e o gestor anunciou que a estação
estava a envolvida num exercício de restruturação para superar as dificuldades.
O relacionamento entre as organizações da comunicação social durante o período
em revista, foi cordial apesar de se terem registado certas contrariedades e
provocações. O Secretário Executivo do partido no poder, Botsalo Ntuane, ao
regressar de um programa de licenciatura nos Reino Unido, criou “uma
tempestade num copo de água” quando criticou “Mmegi-The Reporter” por até
ser proprietário de uma impressora, que segundo ele, representava um monopólio
que não era digno da indústria da imprensa no Botswana que era ainda muito
inexperiente. Deram-lhe a oportunidade de defender a sua tese numa reunião
pública no “Museum Little Theatre” em Gaborone. Defendeu as suas alegações,
e a tempestade acabou por ser resolvida pela explicação dada pelo Chefe da
Redacção de “Mmegi” Titus Mbuya em relação a certos pontos pertinentes.
Depois de membros do Conselho de Direcção do jornal fazerem mais
esclarecimentos atempados sobre alguns assuntos cruciais, a reunião terminou
com ambas as partes a compreenderem os pontos de vista de cada uma.
Durante todo o ano, o espírito de unidade na fraternidade da comunicação social
não foi observado de forma normal nas empresas de comunicação social.
Isto deve-se ao tamanho da nossa população e à escassez de notícias – e portanto,
nada aconteceu que obrigasse à realização de reuniões frequentes. Mas, em
contraste, o dia 3 de Maio, todos os anos é um dia excitante para todas as
pessoas que estão envolvidas, por mais insignificante que seja, com a
comunicação social. Os manifestantes que marcharam neste dia, proporcionaram
uma imagem inesquecível em 2002.
O projecto de Lei de Controlo da Comunicação Social foi como uma sirene
ligada pelo governo, para fazer lembrar aos meios de comunicação privada os
músculos que o governo possui. No último ano correram notícias de que o
Ministro dos Negócios Externos, Tenente General Mompati Merafhe, queria
que o projecto de lei aprovado “agora” enquanto que o Ministro das
Comunicações, Ciência e Tecnologia, Boyce Sebetela, pretendia que isso
acontecesse “mais tarde” e o ano terminou sem que o projecto fosse aprovado.
A realidade é que o governo está ansioso por aprovar legislação que coloque a
imprensa sob um controlo mais apertado mas estremece porque tem que
desenvolver a sua “democracia”.
A nossa observação em relação a isto é que, apesar de nas democracias
verdadeiras a imprensa ser considerada como a Quarta Esfera do Estado, depois
So This Is Democracy? 37