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State <strong>of</strong> the media in <strong>Southern</strong> <strong>Africa</strong> 2002<br />

Lei, alguns partidos tentaram questionar a sua conformidade com a Lei<br />

Constitucional. Espera-se, ainda, que o Tribunal Supremo ( que decide sobre<br />

matéria desta natureza, em virtude da inexistência de um Tribunal Constitucional<br />

em Angola), se pronuncie sobre a inconstitucionalidade ou não da Lei do Segredo<br />

de Estado.<br />

Podemos concluir que houve uma ligeira melhoria na atitude dos meios de<br />

comunicação estatal, que se tornaram mais abertos ao debate pluralista, com<br />

excepção do jornal de Angola, completamente em contrapasso dos demais que<br />

se esforçam em entrar para a competição, criando motivos de interesse público<br />

e de referência para a população. O jornal de Angola sem dúvida que se revelou<br />

o mais manipulado meio de comunicação com uma política pró- regime e com<br />

isso tornou-se num instrumento eficaz da contra-informação e propaganda quer<br />

pelas suas omissões sobre questões essências e de interesse público, quer na<br />

forma como trabalhou a informação e a opinião pública.<br />

Quanto aos meios de comunicação privados verifica-se uma certa precipitação<br />

na divulgação da notícias algumas vezes revelando um fraco trabalho de<br />

investigação e de fontes dúbias, o que é delicado na medida em que pode ser<br />

aproveitado pelos agentes provocadores para criarem um ambiente propício de<br />

fraude na informação e com isso desencadear-se um processo de desacreditar a<br />

imprensa privada no seio opinião pública nacional e estrangeira<br />

Em meu entender o caminho a percorrer exige a busca constante de um ponto<br />

de equilibro e compromisso com a verdade ao serviço do interesse público<br />

colectivo legitimado pelos pressupostos democráticos. Os mídia, os jornalistas,<br />

não devem ser puras silhuetas do poder. Independentemente de se ser<br />

politicamente activo é necessário manter o distanciamento necessário, a qualquer<br />

poder estabelecido como a imagem de marca do homem que informa. Por outro<br />

lado, não tem que haver nesta caminhada necessariamente a fatal conflitualidade<br />

e a permanente oposição entre os mídia e o governo.<br />

O jornalista não deve se confrontar com este dilema e, como o trabalho da<br />

comunicação social não constitui na sua génese um acto individual puro, com o<br />

indivíduo e para o indivíduo, está sempre impregnado dos valores e referências<br />

que a sociedade lhe outorga, é preciso que na defesa deste trabalho se note o<br />

traço de livre- pensador, pois é isto que confere aos mídia a avaliação de quarto<br />

poder.<br />

Neste contexto, o ano de 2002, com acontecimentos mais ou menos importantes,<br />

ainda não foi o ano determinante. De resto a luta dos mídia em Angola não está<br />

dissociada de todo contexto sócio - político, cuja democracia nascente marca<br />

passos demasiado lentos e algumas vezes confusos.<br />

2002<br />

32 So This Is Democracy?

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