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State <strong>of</strong> the media in <strong>Southern</strong> <strong>Africa</strong> 2002<br />

crítica. É preciso ter em conta que a Televisão que durante muitos anos transmitiu<br />

apenas em Luanda estendeu o trabalho a outras províncias do país e com dois<br />

canais.<br />

Para além da paz, um outro domínio que também dominou o espaço dos mídias<br />

no ano de 2002 prende-se com a maior atenção que foi prestada ao sistema<br />

judicial, marcado por dois acontecimentos importantes e que de algum modo<br />

contaram com o concurso da força da comunicação social.<br />

O primeiro tem a ver com a exoneração do Procurador Geral da República, Dr.<br />

Domingos Culolo, tendo em sua substituição sido nomeado um juiz de carreira<br />

do extinto tribunal popular revolucionário, um tribunal de excepção que durante<br />

a 1ª República foi uma das bases de apoio da repressão ideológica então<br />

reinante.<br />

Os mídias intensificaram as criticas ao funcionamento do sistema judicial e<br />

com particular acuidade para a inoperância e postura da Procuradoria Geral da<br />

República, enquanto órgão de controlo e fiscalizador da legalidade, tendo em<br />

conta as muitas denúncias públicas de violação dos direitos humanos nas cadeias<br />

e províncias, excesso de prisão preventiva e abuso de autoridade. Tratou-se de<br />

uma pressão oriunda tanto dos meios de comunicação social como de<br />

organizações cívicas que conheceu outros momentos igualmente importantes e<br />

que estão na base da exoneração do então Governador da província de Malanje,<br />

( uma das 18 províncias em que Angola se encontra dividida), Flávio Fernandes.<br />

O primeiro acto público que o novo Procurador desenvolveu foi um fórum<br />

com a imprensa pública e privada com vista a criar-se uma parceria sadia no<br />

relacionamento entre a imprensa, o governo e a justiça. Durante este fórum não<br />

passou despercebido o facto do novo Procurador Geral da República ter<br />

manifestado a sua disponibilidade total na assunção de uma nova dinâmica<br />

susceptível de corrigir as muitas distorções que se verificam a nível do sistema<br />

judicial e com intercepção com o órgão que dirige, assim como pediu aos mídia<br />

colaboração, espirito positivo e responsável na sua nobre missão de informar.<br />

Com isso o novo Procurador Geral da República lançou a semente para um<br />

espaço que legitimou mais tarde a intervenção da sociedade civil na defesa do<br />

interesse público.<br />

2002<br />

Os alertas surgidos de Angola no ano de 2002 com implicações judiciais estão<br />

relacionados com o caso do jornalista Gilberto Neto. Este jornalista continua a<br />

aguardar pelo prosseguimento da acção que interpôs no Tribunal Supremo contra<br />

o Ministério do Interior. O segundo caso está relacionado com o<br />

correspondente da Rádio Ecclésia, Emissora Católica de Angola, na província<br />

da Huíla, Manuel Vieira, que foi chamado à Investigação Criminal devido a um<br />

artigo que relatava a morte de um elevado número de cidadãos nos campos dos<br />

desmobilizados da UNITA.<br />

30 So This Is Democracy?

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