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REGIONAL OVERVIEW
State of the media in Southern Africa 2002
sob circunstâncias impossíveis.
Manuel Vieira, correspondente da “Rádio Ecclesia” no Lubango (parte sul de
Angola) propriedade da igreja católica, foi intimado judicialmente pelo
gabinete de investigação criminal (DNIC) em Maio do ano passado, onde foi
interrogado sobre o artigo relacionado com o elevado número de mortes nos
campos de desmobilização da UNITA.
A CMM é o órgão que implementa as resoluções do acordo de paz de 04 de
Abril entre o partido no poder o Movimento Popular de Libertação de Angola
(MPLA) do presidente José Eduardo dos Santos e o movimento rebelde da
UNITA, assinado 45 dias depois da morte em combate do líder Jonas Sidónio
Malheiro Savimbi, ocorrido no dia 22 de Fevereiro de 2002. O acordo de paz
que pôs fim a guerra que durou quase 27 anos também proveu a desmobilização
de aproximadamente 50, 000 soldados da UNITA.
Os jornalistas angolanos operam num ambiente caracterizado como de
interferência por parte do governo. O trabalho dos jornalistas especialmente
aqueles que embarcaram na imprensa independente, é constantemente
obstruído tornando-o quase impossível para eles cobrirem as várias matérias
que incitam a opinião pública.
Em relação aos jornalistas que trabalham para a imprensa controlada pelo
estado, o uso de medidas drásticas é menos comum, mas só porque os
mecanismos de controlo são rígidos. A rigorosidade praticada na imprensa
controlada pelo estado é uma menos aceitável na vista do facto de que o
único diário no país – propriedade do estado – tornam as suas páginas
disponíveis a escritores que se escondem por detrás de pseudónimos para
conduzir uma ofensiva não controlada contra a imprensa privada.
Tendências? O sinal feito pelos governos da SADC de que a liberdade de
expressão estava num estado grave era de facto evidente. Toda a violação
daquele direito básico humano indica que a opinião discordante será punida.
E onde os ataques físicos não ditam a liderança da imprensa, a lei será mudada
para silenciar as vozes discordantes.
Mas então porque é que os governos da SADC estão tão arregaçados a silenciar
a imprensa? Os nossos governos não aparentam contentar-se com o
manuseamento das actividades do estado e providenciar ao seu povo as
necessidades básicas da vida. O governo pretende ainda manusear as próprias
vidas e controlar o pensamento dos cidadãos que governam. Este foi o principal
cajado da opressão colonial – esmagar qualquer pensamento não aceitável
dos nativos.
Aas formas mais efectivas através das quais os nossos governos atingiram
isto, foi através das chantagens e a supressão de todo criticismo e informação
So This Is Democracy? 21