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State of the media in Southern Africa 2002
Estes elementos da UDF alvejaram o correspondente da BBC Raphael
Tenthani do “Daily Times” Mabvuto Banda, Ackimu Kaingana do “Malawi
News”, o Jornal “The Chronicle” e a equipe do “The Pride”. As reportagens
destes jornalistas são tidas como ameaça e um embaraço ao governo.
Na vizinha República da Tanzânia, o gabinete do primeiro-ministro emitiu no
dia 20 de Agosto uma declaração de quatro páginas advertindo os jornais de
que poderiam ser punidos por publicar materiais que violassem a ética
profissional.
Na Namíbia o presidente Sam Nujoma no ano passado assumiu o reinado da
pasta de Informação e Radiodifusão dizendo que era uma iniciativa que visava
sanar os problemas que abalavam a NBC e, prometeu disciplina por parte dos
trabalhadores da NBC. Sam Nujoma instruiu os funcionários da NBC a deixar
de apresentar filmes e séries estrangeiras que só eram de má influencia a
juventude Namibiana e a apresentar filmes que retratassem a Namíbia de uma
forma positiva.
Nujoma perpetuou o banimento de publicidades no diário “The Namibian”.
No dia 30 de Março de 2001, Nujoma arruinou o jornal com uma publicidade
de boicote clamando que o jornal era bastante critico contra as suas politicas.
Poucos meses mais tarde o presidente Sam Nujoma estendeu o banimento
que passou a incluir a ordem para não se fazer a aquisição do jornal com
dinheiro do estado.
Ainda na mesma índole, em Maio de 2001, o governo da Suazilândia baniu a
circulação a nível do país das versões da impressão do jornal “The Guardian”
e o “The Nation Magazine”. A vitória legal do “The Guardian” no dia 31 de
Agosto durou menos de uma semana, depois do governo ter apelado contra a
decisão do tribunal que permitiu o “The Guardian” a retomar as suas actividades
normais depois de quatro meses banido.
Os escritórios estavam encerrados. As tácticas de atraso aplicadas pelo governo
– e apoiadas pelo sistema de justiça desmoralizado – na verdade sucederam
em enfraquecer a voz alternativa no país.
Parece que os governos da Africa Austral estão a refinar as estratégias com
vista a asfixiar a liberdade de imprensa e de expressão na região.
No dia 03 de Outubro de 2002, a policia real da Suazilândia agindo sob as
ordens do tribunal invadiu o canal S, o único canal televisivo privado naquele
país, e confiscou uma cassete de vídeo que continha um sermão que foi
caracterizado pelo governo Swazi como “ameaça as fundações do reino”.
2002
No outro lado da região, os jornalistas Angolanos praticam a sua profissão
20 So This Is Democracy?