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SOUTH AFRICA<br />

State <strong>of</strong> the media in <strong>Southern</strong> <strong>Africa</strong> 2002<br />

de impressão estão nas mãos de alguns monopólios apenas. Os patrocinadores<br />

são também notoriamente inconstantes, com muitos empresários negros<br />

proprietários na indústria local da comunicação social a queixarem-se de que<br />

a indústria de publicidade predominantemente nas mãos de brancos, evita a<br />

colocação de publicidade em jornais predominantemente para negros.<br />

Em Novembro de 2002, foi dito nas audições públicas sobre a indústria de<br />

marketing e de publicidade, conduzidas pela Comissão de Comunicações do<br />

Parlamento, que a indústria de marketing e de publicidade ainda era orientada<br />

e focada, predominantemente, para a população branca.<br />

A indústria da comunicação social actuou com grande preocupação quando<br />

foi descoberto que um aspecto pouco notado da Lei de Promoção de Acesso à<br />

Informação podia ameaçar a liberdade de imprensa – especialmente a<br />

identidade das fontes de informação que pedem para não serem identificadas<br />

– abrindo a porta a pessoas que quisessem exigir as notas escritas dos repórteres<br />

e outra informação escrita. A lei entrou em vigor no final de 2001 mas, questões<br />

foram levantadas em Novembro de 2002, sobre se, de acordo com a lei, uma<br />

vítima de crime tinha o direito de exigir informação guardada pela comunicação<br />

social. Em causa está o direito do público saber, frente à necessidade do<br />

jornalista proteger as suas fontes como um princípio básico da liberdade de<br />

imprensa e de proteger também a segurança física das fontes. A secção relevante<br />

da Lei ainda vai ser testada no tribunal.<br />

O discurso do ódio frente à liberdade artística, foi outra questão que aqueceu<br />

os ânimos. Em meados de 2002, a Comissão de Queixas contra a Radiodifusão<br />

da África do Sul, (BCCSA), recebeu uma queixa da Comissão dos Direitos<br />

Humanos (HRC) sobre uma canção chamada Amandiya por Mbongeni Ngema,<br />

sugerindo que a canção promovia o discurso do ódio. Ngema disse que a<br />

canção tinha sido composta com a intenção de sublinhar alegados problemas<br />

pr<strong>of</strong>undos no KwaZulu Natal, entre os Zulus e os Indianos. Contudo, muitas<br />

pessoas acreditavam que a canção criava o ódio num país que estava ainda a<br />

desenvolver esforços para se recuperar do seu passado racista. Eventualmente<br />

a transmissão canção foi proibida. Ngema foi persuadido por proeminentes<br />

Sul <strong>Africa</strong>nos, incluindo o ex Presidente Nelson Mandela, a retirar a canção<br />

das estações. Contudo, o MISA acredita que Ngema está no seu direito<br />

constitucional de utilizar a sua expressão artística para sublinhar uma<br />

deficiência séria na sociedade.<br />

So This Is Democracy? 109

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