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State <strong>of</strong> the media in <strong>Southern</strong> <strong>Africa</strong> 2002<br />
comunicação social Sul <strong>Africa</strong>na . O debate foi causado pelo despedimento<br />
da antiga Editora da revista Pace, Kuli Roberts, em Janeiro de 2003. Kuli<br />
Roberts disse ao jornal Sowetan que não estava preparada para ser apenas<br />
“uma cara negra bonita”, como ela afirmou que a sua entidade patronal , a<br />
editora Caxton, pretendia que ela fosse. Disse também que apesar de ser ela a<br />
chefe da redacção, via-se forçada a responder perante um gestor júnior, de<br />
raça branca, que estava ainda a estagiar.<br />
A Caxton, que é proprietária de várias publicações na África do Sul, incluindo<br />
a revista Pace e o jornal The Citizen, desmentiu as alegações de Kuli Roberts.<br />
Contudo, o assunto manteve-se no domínio público durante bastante tempo.<br />
O Presidente do Fórum Nacional dos Editores Sul <strong>Africa</strong>nos, (Sanef), Mathatha<br />
Tsedu, disse que a Caxton, como companhia, não estava habituada a ter editores<br />
ou chefes de redacção com a autoridade geral. Citou o exemplo de como Tim<br />
du Plessis, então Editor do The Citizen (e presentemente editor do jornal em<br />
Afrikaans Rapport), foi despedido depois de se ter recusado a ser um editor<br />
de “fachada”, cumprindo escrupulosamente as instruções da editora e sem<br />
qualquer controlo editorial sobre o jornal. A sua (da Caxton) abordagem de<br />
ter uma cara negra e um homem branco a controlar o trabalho faz lembrar a<br />
velha SABC onde havia muitos negros a trabalhar sob a supervisão de brancos,<br />
disse Tsedu.<br />
A violência contra jornalistas foi também muito comum. O ano testemunhou<br />
vários jornalistas rurais a serem intimidados ou fisicamente agredidos devido<br />
às suas reportagens. Quatro jornalistas que trabalham para a agência de notícias<br />
rural <strong>Africa</strong>n Eye News Services (AENS), durante um período de nove meses,<br />
foram agredidos ou intimidados em incidentes separados em Nelspruit, a capital<br />
provincial de Mpumalanga, no Nordeste da África do Sul.<br />
Os incidentes levaram o MISA a pedir a protecção policial para os jornalistas.<br />
“Os jornalistas rurais, já de si, trabalham sob condições muito mais difíceis<br />
que os seus colegas nas cidades. Por outro lado têm um apoio institucional<br />
significativamente muito mais pequeno o que faz com que se torne muito<br />
mais importante que sejam dadas garantias efectivas da sociedade, como a<br />
protecção policial,” disse o MISA num comunicado.<br />
Os escritórios de Joanesburgo da Associação de Imprensa da África do Sul,<br />
(Sapa), a agência de notícias do país, foi assaltada o que fez com que toda a<br />
sua operação editorial fosse totalmente interrompida. Cinco homens, um deles<br />
armado com uma pistola, forçaram a entrada nos escritórios da agência<br />
noticiosa, amarraram um dos repórteres e roubaram equipamento vital à<br />
redacção da agência.<br />
2002<br />
Numa nota mais positiva, o semanário Mail & Guardian conseguiu uma<br />
importante vitória numa acção judicial com uma compensação de três milhões<br />
106 So This Is Democracy?