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State <strong>of</strong> the media in <strong>Southern</strong> <strong>Africa</strong> 2002<br />

África do Sul<br />

Por William Gumede e Goodman Chauke<br />

Gumede é o presidente do MISA-AS. Chauke é o Encarregado da Comunicação<br />

Social do MISA-AS.<br />

Acomunicação social passou por um período muito difícil em 2002. A<br />

comunicação social enfrentou muitas vezes fogo cerrado por parte<br />

dos políticos e funcionários governamentais que a acusavam de ser<br />

antipatriota. O anterior Presidente Sul <strong>Africa</strong>no, Nelson Mandela, sumariou<br />

este sentimento quando foi convidado pelo popular programa de rádio de<br />

Tim Modise em Abril. Mandela acusou a comunicação social de ser antipatriota<br />

por focar muito do seu espaço e da sua atenção no crime, não reconhecendo o<br />

que a África do Sul tinha já alcançado. Defendeu ainda a posição de que o<br />

tipo de informação que saía da África do Sul era responsável pela saída do<br />

investimento do país.<br />

A independência da Corporação de Radiodifusão da África do Sul (SABC) foi<br />

também um assunto muito importante. A estação pública foi envolvida em<br />

controvérsia quando Barney Mthombothi, o seu Chefe Executivo para as Notícias<br />

pediu a demissão no dia 3 de Julho. Mthombothi, um dos mais respeitados<br />

jornalistas da África do Sul, tinha uma reputação de ser independente.<br />

O Conselho de Administração da SABC e o seu Chefe Executivo, foram muito<br />

rápidos em sufocar especulações de que Mthombothi tinha caído em desgraça<br />

com os líderes mais importantes do Congresso Nacional <strong>Africa</strong>no no governo<br />

e com a direcção da estação que, de acordo com os rumores, estavam “infelizes”<br />

com as decisões editoriais de Mthombothi . Apesar de Mthombothi ter recusado<br />

a discutir as razões para a sua saída da SABC, contactos dentro da estação<br />

disseram que a última “gota” tinha sido a autorização concedida por<br />

Mthombothi, da transmissão de um vídeo sem ser editado, que expunha a<br />

corrupção na prisão de Grootvlei, em Bloemfontein.<br />

Ainda a controvérsia em redor da saída de Mthombothi da SABC não tinha<br />

morrido completamente, quando em 24 de Setembro, o Congresso dos Sindicatos<br />

da África do Sul (Cosatu), a maior federação sindical no país, organizou uma<br />

marcha contra a estação reivindicando uma “ transformação mais acelerada” na<br />

estação pública.<br />

2002<br />

A Cosatu estava indignada pela alegada predisposição da SABC contra os<br />

“negros, os pobres e a classe trabalhadora”. A federação sindical também se<br />

queixou pelo facto da SABC “nada ter feito” para promover as línguas das<br />

minorias no país. Um porta voz da Cosatu, Vukani Mde, disse que a SABC<br />

estava sob o controlo dos interesses das grandes companhias.<br />

104 So This Is Democracy?

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