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A Analise de cantares

Maravilhoso estudo de Cantares

Maravilhoso estudo de Cantares

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Até final capitulo 3<br />

Capítulo 1 O Encontro<br />

1. O banquete<br />

2. {The Shulamite}<br />

‏ׁשיר הׁשירים אׁשר לׁשלמה׃ .3 1:1<br />

4. Shir hashirim asher liShlomo:<br />

1 Cântico dos cânticos, que é <strong>de</strong> Salomão.<br />

Salomão, Shelomo, paz, aquele que cuja natureza é pacífica. Ele simboliza a pessoa do<br />

Espírito, assim como Davi simboliza a pessoa <strong>de</strong> Cristo. O Espírito é chamado <strong>de</strong> Espírito<br />

<strong>de</strong> sabedoria. Salomão lembra e guarda a sua maior criação, sua mais bela canção. A melodia<br />

original <strong>de</strong> Cantares se per<strong>de</strong>u, embora muitos estudiosos tenham visto nos sinais musicais<br />

ao lado do texto E o Espírito Santo narra seu mais profundo cântico. Derrama seus mais<br />

profundos pensamentos e sentimentos nesse cântico em que empresta toda a beleza <strong>de</strong> seus<br />

sonhos, toda a poesia <strong>de</strong> seu coração, para narrar a mais importante, a mais memorável, a<br />

mais transcen<strong>de</strong>nte história <strong>de</strong> amor <strong>de</strong> sua existência eterna.


יׁשקני מנׁשיקות פיהו כי־טובים דדיך מיין׃ 1:2<br />

Yishakeni minshikot pihu ki-tovim do<strong>de</strong>ikha miyayin:<br />

Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho.<br />

A menina recebeu <strong>de</strong> sopetão um beijo <strong>de</strong> um jovem rei apaixonado. Estava embriagada<br />

ainda pelo excesso <strong>de</strong> vinho da festa <strong>de</strong> Benjamim e até da vinha que <strong>de</strong>veria estar<br />

guardando... das raposinhas.<br />

A Sunamita é aquela moça <strong>de</strong> caráter esplendido que tipifica a amada <strong>de</strong> Cristo, a igreja que<br />

consi<strong>de</strong>ra a intimida<strong>de</strong> com Cristo uma das coisas mais preciosas que já provou. É o inicio<br />

<strong>de</strong> uma vida maravilhosa, quando Cristo <strong>de</strong>sfila seus sinais e prodígios diante <strong>de</strong> uma<br />

humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong>slumbrada com sua tremenda glória. A boca <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> é um<br />

símbolo para falar <strong>de</strong> voz. Da palavra. Sua palavra é apaixonante. Maravilhante.<br />

Transformadora. Num <strong>de</strong>terminado contexto, esse amor que a Sunamita sente é melhor que<br />

o mundo que festeja as festivida<strong>de</strong>s da primavera, as celebrações do vinho, da alaegria e da<br />

colheita. Essa é a cena <strong>de</strong> Jesus na mesma festa mil anos <strong>de</strong>pois quando no dia <strong>de</strong> maior<br />

alegria e embriaguez, no dia das mais intensas danças e dos mais apaixonados cânticos, grita<br />

em João 7:<br />

“quem tem se<strong>de</strong>, venha a mim e beba!”<br />

A Sunamita fica <strong>de</strong>slumbrada. O primeiro beijo foi arrebatador.<br />

A festa parou no dia em que Jesus gritou. Até os bêbados ficaram sóbrios. O impacto é tão<br />

violento que mudou a dinâmica da festa. No mesmo instante em que Jesus gritou, alguns


soldados romanos haviam sido enviados para pren<strong>de</strong>-lo, E retornam <strong>de</strong> mãos vazias.<br />

Quando interrogados sobre o fracasso <strong>de</strong> sua missão tudo o que conseguem expressar é:<br />

“Nunca homem nenhum falou como aquele homem!”<br />

Havia mais po<strong>de</strong>r embriagante na palavra ungida <strong>de</strong> Cristo do que todo o vinho da festa que<br />

acontecia.<br />

Para muitos este é o instante em que seus olhos são abertos para enten<strong>de</strong>rem quem é Jesus.<br />

Quando os olhos se abrem para enten<strong>de</strong>r sua Soberania, seu reino, sua eternida<strong>de</strong>, seu Po<strong>de</strong>r<br />

e sua realida<strong>de</strong>. Quando os olhos se abrem para compreen<strong>de</strong>r que ele é o Dono <strong>de</strong> todas as<br />

coisas e que a visão <strong>de</strong> Apocalipse, quando João o enxerga com olhos <strong>de</strong> chama <strong>de</strong> fogo e<br />

CABELOS BRANCOS COMO A NEVE é só o eco <strong>de</strong> “Este é meu filho Amado, a Ele eu<br />

ouvi” quando Jesus é transfigurado sobre o BAAL-HERMOM, sobre o har Hermom, a<br />

montanha sagrada eternamente coberta pela neve cujo apelido é “cabelos brancos”. Há um<br />

momento em que uma paixão se inicia. Esse momento é distinto para muitos casais, mas a<br />

partir <strong>de</strong>le ambos passam a estar unidos em seus pensamentos. Carregam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si a<br />

pessoa amada, a pessoa querida, ela é pensada e repensada, imaginada, lembrada, torna-se o<br />

refrão <strong>de</strong> uma musica impossível <strong>de</strong> ser esquecida. Passa a ser <strong>de</strong>sejada como um sonho, e<br />

o afastamento já não é uma opção prazeirosa. O encontro e do <strong>de</strong>spertar a fé na pessoa <strong>de</strong><br />

Cristo produz em nós emoções profundas. Suas palavras reverberam vida, suas obras e<br />

atitu<strong>de</strong>s nos trazem intima alegria. E surge a necessida<strong>de</strong> que antes não existia <strong>de</strong> termos<br />

comunhão com ele. Amar a Cristo não é amar uma história, uma carta ou abraçar uma fé.<br />

Ressurreto dos mortos e assentado a direita do Pai, numa dimensão invisível está o Amado.<br />

E por ser vivo e ter po<strong>de</strong>r para tal po<strong>de</strong> comunicar-se, revelar-se, manifestar-se, tornar-se<br />

presente e interagir conosco espiritualmente. Ele po<strong>de</strong> encher-nos <strong>de</strong> sua paz, po<strong>de</strong><br />

compartilhar a sua alegria. Po<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r-nos sentir o amor com que nos ama. Esse mistério<br />

é <strong>de</strong>nominado “comunhão”.<br />

לריח ‏ׁשמניך טובים ‏ׁשמן תורק ‏ׁשמך על־כן עלמות אהבוך׃ 1:3<br />

Lereiakh shemaneikha tovim shemen turak shemekha al-ken alamot ahevukha:<br />

Suave é o aroma dos teus ungüentos; como o ungüento <strong>de</strong>rramado é o teu nome;<br />

por isso as virgens te amam.<br />

Unguento era o uma mistura <strong>de</strong> ervas que eram utilizadas para cura <strong>de</strong> feridas. Há um jogo<br />

com as palavras unguento e nome, possuem uma sonorida<strong>de</strong> próxima sem, shem, e a raiz <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> vem Semente. O nome <strong>de</strong> Jesus é como um bálsamo que foi dado para curar feridas<br />

que o mundo e o inferno causaram. Ele é revestido <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r sobrenatural capaz <strong>de</strong> curar<br />

as feridas da alma, do coração e mesmo físicas. A Igreja dos primeiros dias invocava o po<strong>de</strong>r<br />

do Nome, a Autorida<strong>de</strong> que havia no nome, <strong>de</strong> modo que Pedro para diante <strong>de</strong> um paralítico<br />

diante do templo, que lhe pe<strong>de</strong> esmola e lhe <strong>de</strong>clara: dinheiro eu não possuo. Mas tenho algo<br />

muito mais PRECIOSO. Porque o unguento da antiguida<strong>de</strong> era uma coisa muito cara, rara,<br />

preparada em lugares especiais, segundo técnicas que eram passadas somente às famílias<br />

médicas que os preparavam. Pedro cheio <strong>de</strong> “unguento” ou completamente cheio <strong>de</strong> fé na<br />

Autorida<strong>de</strong> da SEMENTE <strong>de</strong>clara: Em NOME <strong>de</strong> JESUS, levanta e anda! E a Autorida<strong>de</strong><br />

escondida no nome, assim como o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vida escondido na semente, faz germinar uma<br />

fé sobrenatural no coração do paralítico e este é curado imediatamente.


מׁשכני אחריך נרוצה ה ביאני המלך חדריו נגילה ונׂשמחה בך נזכירה דדיך מיין מיׁשרים אהבוך׃‎1:4‎<br />

Mashkheni akhareikha narutza heviani hamelekhkha darav nagila venismekha bakh<br />

nazkirah do<strong>de</strong>ikha miyayin meisharim ahevukha:<br />

Filhas <strong>de</strong> Jerusalém: Leva-me tu; correremos após ti.<br />

Sunamita: O rei me introduziu nas suas cámaras;<br />

Filhas <strong>de</strong> Jerusalém: em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos<br />

lembraremos, mais do que do vinho;<br />

Sunamita: os retos te amam.<br />

‏ׁשחורה אני ונאוה בנות ירוׁשלם כאהלי קדר כיריעות ‏ׁשלמה ׃ 1:5<br />

Shekhorah ani venavah benot Yerushalayim keaholei kedar kiriot Shelomo:<br />

I [am] black, but lovely, ye Daughters of Yerushalayim, as the tents of Kedar, as<br />

the curtains of Shlomo.<br />

Eu sou morena, porém formosa, ó filhas <strong>de</strong> Jerusalém, como as tendas <strong>de</strong> Quedar, como as<br />

cortinas <strong>de</strong> Salomão.<br />

אל־תראוני ‏ׁשאני ‏ׁשחרחרת ‏ׁשׁשזפתני הׁשמׁש בני אמי נחרו־בי ‏ׂשמני נטרה את־הכרמים כרמי 1:6<br />

‏ׁשלי לא נטרתי׃<br />

Al- tiruni sheani shekharkhoret sheshezafatni hashamesh benei imi nikharu – vi<br />

samuni noterah et-hakeramim karmi sheli lo natarti:<br />

{to her beloved - Shephard}


Não olheis para o eu ser morena; porque o sol resplan<strong>de</strong>ceu sobre mim; os filhos <strong>de</strong> minha<br />

mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém,<br />

não guar<strong>de</strong>i.<br />

São ínumeras dimensões da Sunamita. Uma é a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da própria moça. Outro é a<br />

representação da comunida<strong>de</strong> judaica, em relação ao seu passado, a lembrança da escravidão<br />

no Egito. E a que <strong>de</strong>senvolvo nesse verso é a a da universal assembléia, da Igreja sem<br />

restrição <strong>de</strong> raça, tribo ou nação. Que vou <strong>de</strong>nominar por simplificação <strong>de</strong> gentílica.<br />

Nossos agra<strong>de</strong>cimentos a Deepika Padukone...<br />

...sem a qual...<br />

...o estudo bíblico <strong>de</strong>ste verso<br />

...não seria<br />

...o mesmo...


Na Índia a tonalida<strong>de</strong> branca da pele feminina ainda é valorizada em muitas regiões. Na<br />

antiguida<strong>de</strong> as mulheres <strong>de</strong> tez branca gozavam <strong>de</strong> prestígio também. A maioria das moças<br />

<strong>de</strong> famílias menos abastadas eram invariavelmente morenas. Quanto mais escura a pele mais


ela aproximava-se <strong>de</strong> pertencer a uma <strong>de</strong>scendência que traria à memória: povos<br />

conquistados, diversas tribos nôma<strong>de</strong>s do <strong>de</strong>serto. Certamente traria à memória duras<br />

condições do <strong>de</strong>serto. Lembraria ao sol escaldante, ao calor, lembraria duras condições <strong>de</strong><br />

vida das moças morenas, castigadas pelo sol, numa socieda<strong>de</strong> em que tinham que realizar<br />

muitas ativida<strong>de</strong>s sob o sol, tais como cuidar <strong>de</strong> crianças, carregar água, lavar roupa. Isso as<br />

envelhecia antes do tempo. O pano <strong>de</strong> fundo do cântico dos cânticos é a socieda<strong>de</strong> pastoril<br />

israelita, e os povos que habitam na terra que hoje <strong>de</strong>nominamos oriente médio.<br />

A moça <strong>de</strong> Cantares <strong>de</strong> Salomão possui um trunfo que a torna superior a todas as questões<br />

culturais que envolvem sua situação.<br />

Ela é linda.<br />

Ela reconhece sem parcimônia que é formosa ao extremo. Tão bela <strong>de</strong> corpo que as moças<br />

da cida<strong>de</strong> olham com inveja para ela. Ar<strong>de</strong>m <strong>de</strong> inveja. E sem falsa modéstia diz que é<br />

maravilhosa. Que não seria a cor <strong>de</strong> sua pele que diminuiria a beleza que reconhecia que tinha<br />

e que lhe tornava tão esplendida como as mais belas tendas das tribos <strong>de</strong> Cedar. Ela que é<br />

morena <strong>de</strong> nascimento trata com <strong>de</strong>sdém a quem a <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nha. Seus irmãos invejosos a<br />

colocaram para tomar conta <strong>de</strong> uma vinha, serviço <strong>de</strong> homens, perigoso, e ela zomba das<br />

que a tratam mal dando uma <strong>de</strong>sculpa esfarrapada a respeito <strong>de</strong> sua cor. A ultima frase ecoa<br />

um sentimento <strong>de</strong> perda. Forçada a trabalhar nas vinhas alheias, <strong>de</strong> quem não teve<br />

responsabilida<strong>de</strong>, acabou por per<strong>de</strong>r o cuidado com a que lhe pertencia. A moça <strong>de</strong> beleza<br />

sem par é parte <strong>de</strong> um poema <strong>de</strong> amor composto a quatro mãos. É um dueto da alma humana<br />

e do coração divino. O Espírito Santo inspira o amor apaixonado e nele celebra igualmente<br />

seu amor por nós. Pelo ser humano. Pelo mundo. E pela amada por quem se apaixonou a<br />

quem chama <strong>de</strong> Igreja. Sua Igreja. A Igreja é a soma dos que amam ao Espírito <strong>de</strong> Deus,<br />

daqueles que o recebem e permitem serem transformados por ele. Que amam o que ele falou,<br />

sua carta escrita ao coração dos homens, as Escrituras.<br />

A mulher que foi <strong>de</strong>sprezada pelas filhas <strong>de</strong> Jerusalém sabe o quanto é formosa. As filhas <strong>de</strong><br />

Jerusalém são as filhas dos nobres, dos principes e da realeza; são filhas <strong>de</strong> mercadores e <strong>de</strong><br />

sacerdotes.


Pertenciam ao lugar mais caro para se morar na terra santa. E era caríssimo morar ali, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a antiguida<strong>de</strong>. Ali habitavam os músicos e a corte <strong>de</strong> Salomão.<br />

As filhas <strong>de</strong> Jerusalém retratadas no poema são soberbas, altivas, criam estar acima <strong>de</strong> todas<br />

as outras mulheres.<br />

Elas nos lembram, neste instante ao menos, aos ricos do mundo, aos políticos que ao<br />

assumirem seus cargos usam ao po<strong>de</strong>r como um escudo, aos religiosos que proclamam uma<br />

vida que não possuem, aos intelectuais e seu <strong>de</strong>sprezo por Deus e pela extrema beleza<br />

espiritual da igreja que ama a Cristo. Estes últimos riem da busca da pureza, da necessida<strong>de</strong><br />

da santida<strong>de</strong>, do chamado ao arrependimento pelos pecados. Eles <strong>de</strong>sprezam a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus, e olham para os que anseiam pela eternida<strong>de</strong> e pelo Reino dos Céus com tremendo<br />

<strong>de</strong>sdém.<br />

A Igreja gentílica, nascida da antiquíssima promessa dada a Abraão " Em ti serão benditas<br />

todas as famílias da terra" foi <strong>de</strong>sprezada pelos irmãos mais velhos. Os ju<strong>de</strong>us per<strong>de</strong>ram a<br />

universalida<strong>de</strong> do evangelho a eles confiado e advogaram somente para si uma promessa que<br />

pertencia a todos. Trataram a irmã mais nova como um serviçal. Enten<strong>de</strong>ram a si como<br />

her<strong>de</strong>iros e não enten<strong>de</strong>ram que ela era dona <strong>de</strong> direitos que não podiam ter negado. A igreja<br />

gentílica vem <strong>de</strong> homens e mulheres <strong>de</strong> toda a terra que viram seu mundo espiritual ruir. As<br />

nações não guardaram as antigas visões ou revelações dadas por Deus. Elas transformaram<br />

as palavras <strong>de</strong> seus profetas em imagens <strong>de</strong> animais e diante <strong>de</strong>las se encurvaram. As nações<br />

adoraram a <strong>de</strong>uses que não eram <strong>de</strong>uses. A vinha que lhe pertencia ela não guardou.


Mas algo mudou nessa moça atrevida. Ela tem um olhar diferente, uma postura diferente. A<br />

Igreja <strong>de</strong> Cristo sabe que sua herança espiritual a torna tão formosa aos olhos <strong>de</strong> Deus como<br />

os pavilhões <strong>de</strong> Salomão! Mas Salomão não habitava uma tenda. Pavilhão é o espaço coberto<br />

interior ou exterior <strong>de</strong> uma tenda. Ou um amplo salão <strong>de</strong> uma construção.


A moça se compara à casa com gigantescos salões, a fabulosa casa do bosque, a casa que<br />

Salomão construiu para si feita <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> cedro do Líbano.<br />

E ao mesmo tempo aos pavilhões do templo <strong>de</strong> Salomão. Ela é tão formosa quanto o mais<br />

sagrado templo construido na terra.


Cedar (Quedar) era uma antiga região da arábia, significa "cedro", uma região on<strong>de</strong> <strong>de</strong>veriam<br />

haver bosques frondosos <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong> cedros. Os Cedros permanecem ver<strong>de</strong>s durante todas<br />

as estações. Numa padraria coberta <strong>de</strong> neve eles se <strong>de</strong>stacariam como as únicas árvores<br />

ver<strong>de</strong>s. Ela irrita as filhas <strong>de</strong> Jerusalém com a suprema ousadia, comparando-se ao mesmo<br />

tempo com as tendas dos árabes que <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Ismael e com aquilo que elas consi<strong>de</strong>ram<br />

mais sagrado na capital <strong>de</strong> Israel, ao templo.<br />

Ismael era filho que Abraão teve <strong>de</strong> uma escrava, Hagar. Hagar foi expulsa <strong>de</strong> casa por sua<br />

senhora, Sara, esposa <strong>de</strong> Abraão. Vagando no <strong>de</strong>serto da arábia ela se aproxima do bosque<br />

<strong>de</strong> cedros sem provisões, sem <strong>de</strong>stino e sem condições <strong>de</strong> alimentar a crainça que agora<br />

<strong>de</strong>sfalece sobre uma rocha próximo a Cedar. Hagar se afasta para não ver o jovem morrer.<br />

Então um anjo aparece a jovem escrava e lhe provê as condições <strong>de</strong> sobrevivencia para ela e<br />

seu filho. E ainda lhe conce<strong>de</strong> uma promessa. Da promessa concedida a Hagar hoje temos<br />

o mundo árabe (em árabe: عرب ي ال عال م ‏,ال transl. al-'Alam al-'Arabi), relativo ao conjunto<br />

<strong>de</strong> países que falam o árabe e se distribuem, geograficamente, do oceano Atlântico, a oeste,<br />

até o mar Arábico, a leste, e do mar Mediterrâneo, a norte do Corno <strong>de</strong> África, até o nor<strong>de</strong>ste<br />

do oceano Índico. É constituído por 22 países e territórios com uma população combinada<br />

<strong>de</strong> 360 milhões <strong>de</strong> pessoas abrangendo o Norte <strong>de</strong> África e a Ásia Oci<strong>de</strong>ntal.


Eu sou tão bela quanto as tendas <strong>de</strong> Hagar! Aquela escrava que os vossos pais <strong>de</strong>sprezaram...<br />

Eu sou tão linda como as tribos <strong>de</strong> Ismael!<br />

Eu sou árabe (calma ju<strong>de</strong>u messiânico!) e formosa como o templo <strong>de</strong> Salomão!<br />

Quando Cristo anunciava o evangelho os escribas saduceus e os fariseus cheios <strong>de</strong> orgulho<br />

e <strong>de</strong>sprezando até on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>ram o que ele lhes ensinava perguntavam-lhe:<br />

- Quem te <strong>de</strong>u tal autorida<strong>de</strong>? Porque imaginavam-se como sendo os únicos que tinham o<br />

direito <strong>de</strong> falar e ensinar sobre as coisas contidas nas Escrituras. Imaginavam como legítimos<br />

intépretes da Lei e viam a si mesmos como representantes oficiais <strong>de</strong> Moisés.<br />

Logo após a ressurreição <strong>de</strong> Cristo a Igreja anuncia o evangelho e relê as profecias do Velho<br />

Testamento e grita que tem direito as promessas dadas aso ju<strong>de</strong>us, manifestando a presença<br />

divina <strong>de</strong> tal modo que nela há profetas, visões, revelações, visitações angelicais e toda sorte<br />

<strong>de</strong> milagres como os ju<strong>de</strong>us só conheciam ao ler as antigas páginas do canon hebraico.<br />

Quem <strong>de</strong>u a Cristo a sua Autorida<strong>de</strong> é o mesmo que inspirou as formas do templo <strong>de</strong><br />

Salomão. Uma noite a três mil anos atrás Davi, pai <strong>de</strong> Salomão o chamou e abriu diante <strong>de</strong><br />

seus olhos a planta <strong>de</strong> uma magnifico edificio. Um edifício que fora sendo-lhe inspirado<br />

gradativamente e que planejara construir. A planta do prédio fora concedida a ele como uma<br />

revelação é dada a um profeta. Os planos não vieram <strong>de</strong> sua mente. Davi acumulou materiais<br />

para o projeto por cerca <strong>de</strong> 14 anos. Antes <strong>de</strong> morrer ele passou os <strong>de</strong>senhos para seu filho<br />

Salomão que levou sete anos para edificá-lo.<br />

A igreja possui a beleza do ministério do Espírito Santo, <strong>de</strong> múltiplas formas, conce<strong>de</strong>ndolhe<br />

uma imagem tão bela quanto os pavilhões do templo mais belo que já existiu. Ela é<br />

estrangeira mas é adornada com graça e unção, ela ora com convicção e fé ela adora com<br />

emoção e sincerida<strong>de</strong>.


(nossos agra<strong>de</strong>cimentos aos pais d Padukone)<br />

הגידה לי ‏ׁשאהבה נפׁשי איכה תרעה איכה תרביץ בצהרים ‏ׁשלמה אהיה כעטיה על עדרי חבריך׃ 1:7<br />

Hagidah li sheahava nafshiei khatir eeikha tarbitz batzahorayim shalama ehye<br />

keotyah al edrei khavereikha:<br />

Tell me, O thou whom my soul loves, where thou feed, where you make your flock<br />

to rest at noon: for why should I be as one that turns asi<strong>de</strong> by the flocks of thy<br />

companions?<br />

Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma: On<strong>de</strong> apascentas o teu rebanho, on<strong>de</strong> o fazes<br />

<strong>de</strong>scansar ao meio-dia; pois por que razão seria eu como a que anda errante junto aos<br />

rebanhos <strong>de</strong> teus companheiros?<br />

אם־לא תדעי לך היפה בנׁשים צאי־לך בעקבי הצאן ורעי את־גדיתיך על מׁשכנות הרעים׃ 1:8<br />

Im-lo tedi lakh hayafah banashim tzei-lakh beikvei hatzon urei et-gediyotayikh al<br />

mishkenot haroim: If thou know not, O thou fairest among women, go thy way forth<br />

by the footsteps of the flock, and feed thy kids besi<strong>de</strong> the shepherds' tents.<br />

Se tu não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres, sai-te pelas pisadas do rebanho, e<br />

apascenta as tuas cabras junto às moradas dos pastores.<br />

A moça foi procurar a Salomão que estava disfarçado <strong>de</strong> pastor. E não per<strong>de</strong> seu tempo.<br />

De alguma maneira ela encontrou algum grupo <strong>de</strong> cabritos e para se aproximar sem levantar<br />

suspeitas do grupo <strong>de</strong> pastores vai arrastando com certa dificulda<strong>de</strong> o grupo <strong>de</strong> animais,<br />

fingindo ser pastora. Uma engraçadíssima cena. Para não levantar suspeitas <strong>de</strong> sua verda<strong>de</strong>ira<br />

intenção. Então ela o avista. E mais uma vez per<strong>de</strong> arespiração e OUSADAMENTE ela é<br />

que lhe dá uma cantada! On<strong>de</strong> você está indo, me leva! Eu não quero mais ninguém (porque


seria eu ‘como a que anda errante” junto ao rebanho <strong>de</strong> teus companheiros). Não quero<br />

andar “errante”. Porque com você...eu me encontrei! Não tenho que correr atrás <strong>de</strong> mais<br />

ninguém. On<strong>de</strong> você vai estar “<strong>de</strong>scansando” para que ali eu possa “<strong>de</strong>scansar” também?<br />

Uma belíssima parábola do amor da Igreja por Cristo. Lembra a ousadia da moça que vai<br />

empurrando a multidão para tocar as vestes <strong>de</strong> Jesus, da outra que para toda a multidão que<br />

segue a Jesus com seus gritos e que é convocada as pressas pelos discípulos e mesmo<br />

<strong>de</strong>stratada por Jesus não permite que ele continue seu caminho sem aten<strong>de</strong>-la, fazendo os<br />

olhos <strong>de</strong> Jesus brilharem <strong>de</strong> alegria com sua fé <strong>de</strong>smedida e ousada:<br />

- Mulher! Gran<strong>de</strong> é a tua fé! Nem emsmo em Israel encontre uma fé como a tua!<br />

A menina é ousada. Ousada como Jesus espera que a Igreja seja para com as coisas celestiais.<br />

Paulo, apóstolo, rabino, mestre, reivindica: “tendo pois ousadia entremos dinate do trono <strong>de</strong><br />

Deus!<br />

Ela anseia conhece-lo! Saber o que vai fazer enquanto há luz. Ela não quer per<strong>de</strong>r-se! O<br />

coração da igreja fiel não anseia um evangelho qualquer. Uma revelação qualquer. Uma<br />

direção que a distancie do amor <strong>de</strong> Cristo. Não quer andar errante. Como tantos estão.<br />

Milhares <strong>de</strong> igrejas caminham sem nehuma orientação divina, <strong>de</strong>sviando-se, errante, porque<br />

não segue os conselhos do Senhor:<br />

Aquele que tem ouvidos ouça o que o espírito hoje diz ás igrejas.<br />

“porque seria eu como a que CAMINHA errante”<br />

Andar é um símbolo nas Escrituras, Salmos exorta: “Bem-aventurado aquele que não<br />

ANDA no caminho dos pecadores e nem se ASSENTA na roda dos escarnecedores”.<br />

A menina não quer andar perdida. Ela não anseia PERDER-SE. Ela não quer errar o<br />

caminho.<br />

Vivemos hoje num mundo <strong>de</strong> controvérsias, <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> doutrinas julgadas bíblicas,<br />

movimentos espirituais falsificados.<br />

Ontem ouvia a rádio (01/julho/2014) e alguém falava a respeito <strong>de</strong> uma “substancia”<br />

exatamente usando o termo “substancia” a ser misturada ao “sangue do cor<strong>de</strong>iro” para<br />

libertação <strong>de</strong> vícios. A rádio fm, ao menos no RJ, protagoniza um assassinato da<br />

interpretação bíblica, que chega a ser dolorosa. Dezenas <strong>de</strong> pregadores que <strong>de</strong>sconhecem a<br />

beleza e a profundida<strong>de</strong> das Escrituras, palestrando sobre coisa alguma. O nada é nada não<br />

importa se veio da boca <strong>de</strong> um Querubim ou da minha. Porcaria é sempre porcaria. Lixo<br />

espiritual é sempre lixo. Imagina-se que se um sujeito diz que recebeu uma visão dada por<br />

um anjo em meio a pelo menos uma miría<strong>de</strong> <strong>de</strong> anjos, essa tal palavra, escrita em papel<br />

celestial, seja algo maravilhoso. Se não é, não importa o pacote. O falso profeta parece um<br />

bruxo. Ele ameaça até arrancar o seu nome do livro da vida se você não crer no que ele fala.<br />

E se a porcaria que ele fala é lixo, sem sentindo, <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> qualquer coisa nova, uma<br />

REPETIÇÃO <strong>de</strong> algo que uma criança <strong>de</strong> 6 anos apren<strong>de</strong> numa noite qualquer numa escola<br />

bíblica dominical, ele diz que você não compreen<strong>de</strong>u o mistério. O que é intrigante. A tal<br />

revelação parece morta, tá em putrefação, tá fe<strong>de</strong>ndo, tá <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfazendo e ele diz a coisa que<br />

ele está trazendo da parte <strong>de</strong> Deus, está viva! E se você diz que não, ele te con<strong>de</strong>na ao inferno.<br />

A Sunamita não <strong>de</strong>seja andar errante. Ela quer ouvir a voz <strong>de</strong> seu amado e ir <strong>de</strong>scansar em<br />

seus braços. Não quer uma interpretação expuria, pobre, inexata, um evangelho que a<br />

confunda. Que a <strong>de</strong>prima.<br />

Um dos anseios do coração da Igreja é ACERTAR. É saber o que está fazendo, é orientarse<br />

corretamente! A voz do Espírito é essencial para que ela não se perca. Para que ela não vá<br />

parar num lugar que pregue um “outro” evangelho. Para não se tornar como a Igreja <strong>de</strong><br />

Laodicéia. Pobre, miserável, cega e nua. No final <strong>de</strong>ste estudo tem uma visão mais<br />

abrangente sobre as duas faces <strong>de</strong> Laodicéia.


Neste momento vemos que a moça está acompanhada <strong>de</strong> um grupinho <strong>de</strong> cabritos. Gente!<br />

On<strong>de</strong> ela arranjou esses cabritos? Salomão sabe quem ela é. É tudo uma armação. Ele<br />

montou a cena, ele está atuando e não per<strong>de</strong> a chance e as portas abertas e manifestas do<br />

amor da bela moça. Nem pisca, a resposta é imediata. “mais formosa entre as mulheres” é<br />

mais que um elogio. É assim que ele a enxerga. É assim que ela o impacta, é assim que ele<br />

enxerga do balançar dos seus cabelos ao modo como ela caminha. Salomão possui dois<br />

cuidados, o primeiro é se afastar dos outros pastores num lugar em que possa ficar a sós com<br />

a moça. O segundo é que ele não quer que ela SE PERCA. Ele não cita um lugar<br />

<strong>de</strong>sconhecido, distante <strong>de</strong>mais, impossível <strong>de</strong> se acessar. Mas um caminho conhecido, com<br />

pistas á vista, <strong>de</strong> facílimo acesso. Um que mesmo uma “leiga” em ativida<strong>de</strong>s pastoris pu<strong>de</strong>sse<br />

reconhecer e percorrer.<br />

Ele a chama <strong>de</strong> Formosa, que é a mesma <strong>de</strong>signação dada a Raquel e a Ester, e ao próprio<br />

Messias que virá:<br />

Salmos<br />

45.2 Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por<br />

isso, Deus te abençoou para sempre.<br />

Salomão no futuro publicaria em Eclesiastes: “Tudo Deus fez formoso em seu tempo”<br />

Isaías relatará centenas <strong>de</strong> anos <strong>de</strong>pois:<br />

52.7 Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir<br />

a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!<br />

A beleza da moça o constrange. O conceito <strong>de</strong> formosura da antiguida<strong>de</strong> se estabelece por<br />

harmonia, graça, leveza, beleza, luminosida<strong>de</strong> e é parente do conceito <strong>de</strong> perfeição. Elas se<br />

misturam e completam. Inclusive uma PROFECIA ume os dois conceitos numa única visão:<br />

Ezq: 27.3<br />

3 e dize a Tiro, que habita na entrada do mar, e negocia com os povos em muitas ilhas: Assim<br />

diz o Senhor Deus: Ó Tiro, tu dizes: Eu sou perfeita em formosura.<br />

E<br />

Ezq 16.14<br />

14 Correu a tua fama entre as nações, por causa da tua beleza, pois era perfeita, graças<br />

ao esplendor que eu tinha posto sobre ti, diz o Senhor Deus.<br />

A Sunamita celestial, a Igreja universal <strong>de</strong> Cristo é <strong>de</strong> uma beleza única aos olhos do Espirito<br />

<strong>de</strong> Deus. Porque se vê refletido em seus atos <strong>de</strong> justiça, mansidão, paciência, amor não<br />

fingido, ternura, fé. A igreja é <strong>de</strong>ntre a humanida<strong>de</strong> a parcela <strong>de</strong> homens e mulheres que se<br />

apaixonaram pelo Pastor Supremo, que ouviram sua voz e <strong>de</strong>ixando para trás o mundo e<br />

tudo que nele há, o seguiram. Ela não compreen<strong>de</strong> nenhum assunto <strong>de</strong>sta existência como<br />

tão maravilhoso como o amor <strong>de</strong> Cristo. E por ter <strong>de</strong>le se aproximado foi transformada,<br />

recebeu um esplendor <strong>de</strong> justiça, foi feita morada <strong>de</strong> Deus, habitação do Espírito e em virtu<strong>de</strong><br />

disso, suas palavras e atitu<strong>de</strong>s são diferentes. Ela não pragueja e nem amaldiçoa! Ela não


<strong>de</strong>seja e nem planeja o mal. Ela anseia por não portar-se inconvenientemente. Essa<br />

idoneida<strong>de</strong> do coração dos separados é vista por Deus como algo <strong>de</strong> extrema beleza.<br />

Tito chama a lealda<strong>de</strong>, para com todos, da Igreja <strong>de</strong> Cristo <strong>de</strong> “ornamentos da doutrina”<br />

10 nem <strong>de</strong>fraudando, antes mostrando perfeita lealda<strong>de</strong>, para que em tudo sejam ornamento<br />

da doutrina <strong>de</strong> Deus nosso Salvador.<br />

Quando a Igreja vive a doutrina <strong>de</strong> Cristo é uma figura belíssima. Porque sua doutrina torna<br />

a humanida<strong>de</strong> belíssima aos olhos <strong>de</strong> Deus. Vivemos num mundo <strong>de</strong> políticos corruptos, <strong>de</strong><br />

pastores que pastoreiam para si mesmos, numa realida<strong>de</strong> em que nos leva as portas do templo<br />

em Jerusalém quando um grupo <strong>de</strong> malfeitores se assenhorou do Sinédrio, quando o<br />

sacerdócio corrompido enche o templo <strong>de</strong> Jerusalém <strong>de</strong> vendilhões com intenso comércio<br />

dos animais que seriam necessários para as festas da páscoa, cobrando preços exorbitantes<br />

pelos animais que seriam sacrificados, inflacionados pela festa e pela ganancia. Os ju<strong>de</strong>us<br />

eram quase que dirigidos ao monopólio <strong>de</strong> animais que pertencia a família <strong>de</strong> Caifás para<br />

terem o que oferecer nos dias antece<strong>de</strong>ntes ao Yok Pur, o dia da expiação nacional, que era<br />

encerrado solenemente pelo segundo sacrifício do cor<strong>de</strong>iro vespertino, exatamente as três<br />

horas da tar<strong>de</strong>.<br />

A beleza dos ministérios das igrejas é justamente medida pela idoneida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse ministério.<br />

Como é feio um escândalo financeiro, moral. Como é feio um evangelho distorcido, uma<br />

manifestação espiritual falsificada. Como é feio quando profetas entregam profecias que não<br />

existem, contam visões que jamais tiveram e impõem à congregação obrigações espirituais as<br />

quais o Espírito Santo jamais or<strong>de</strong>nou.<br />

Politicos <strong>de</strong>stroem seus nomes e sua carreira em busca <strong>de</strong> ganhos financeiros. A corrupção<br />

enfeia as cida<strong>de</strong>s, a <strong>de</strong>sonestida<strong>de</strong> <strong>de</strong>svia o dinheiro necessário para as reformas que trariam<br />

educação, cultura, emprego, prosperida<strong>de</strong>. A amargura humana, a malda<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>sonestida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>stroem a beleza que Deus anseia ver nos homens. O afastamento dos i<strong>de</strong>ais divinos, da<br />

compaixão; do amor não fingido; da amiza<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira e <strong>de</strong> todos os caminhos agradáveis<br />

ao coração <strong>de</strong> Deus tornam ao ser humano, absurdamente feio.<br />

A Sunamita é abusivamente formosa e agradável a vista. È extremamente agradável<br />

contempla-la. Fitá-la. Olhar para seus passos, ve-la dançar, correr, rir, brincar.<br />

È assim que da eternida<strong>de</strong> Deus contemplou um grupo <strong>de</strong> pessoas que ouviria sua voz,<br />

infelizmente não todos. Não que ele não os amasse. Não que não fosse da vonta<strong>de</strong> divina<br />

que todos fossem formosos como seu Jesus é a seus olhos.<br />

O contraste com a beleza é a imperfeição, o distorcido. O que não é agradável, o que não<br />

<strong>de</strong>sejamos ver. O abominável.<br />

20 Abominação para o Senhor são os perversos <strong>de</strong> coração; mas os que são perfeitos em seu<br />

caminho são o seu <strong>de</strong>leite.<br />

E para que todos fossem formosos, Deus conce<strong>de</strong>u-nos o Desejado das nações, o Messias,<br />

o Cristo, o seu único Filho. Conce<strong>de</strong>ndo-lhes um caminho fácil <strong>de</strong> ser encontrado<br />

:<br />

Como diz a versão <strong>de</strong> Welington (o sujeito que escreve este texto) <strong>de</strong> João 3:16


Jo 3:16<br />

Porque Deus amou-nos <strong>de</strong> tal modo que enlouqueceu. Abraçando uma causa louca<br />

com coragem inadmissivel, lançando-se numa empreitada suicida, sob a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

riscos incalculáveis, apoiando-se <strong>de</strong> modo inusitado na fragilida<strong>de</strong> da esperança<br />

humana dando ao homem o que tinha <strong>de</strong> mais absoluto <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si sua Vida, seu<br />

sonho, sua essencia, seu Filho Amado, tão precioso a si quanto o unico <strong>de</strong> sua<br />

espécie, Para que todo aquele que vier a nascer na terra e crer nesse ato impossivel<br />

da mais absurda viagem transcen<strong>de</strong>ntal cheia <strong>de</strong> humilhação, tormento, loucura e<br />

confiança, já realizada com sucesso in<strong>de</strong>scritivel, possa receber o direito inalienável<br />

<strong>de</strong> viver para toda a eternida<strong>de</strong>.<br />

Evangelho do apóstolo João, capitulo Terceiro, Décimo Sexto Versiculo.<br />

Ele amou a humanida<strong>de</strong> e a ela quis formosear. O que me lembra <strong>de</strong> como é abominável aos<br />

olhos <strong>de</strong> Cristo uma doutrina distorcida. O uso dos dons espirituais para domínio ou proveito<br />

próprio. O anuncio <strong>de</strong> falsos milagres. Salomão anseia a beleza <strong>de</strong> uma moça que não o<br />

busca por causa <strong>de</strong> sua riqueza. Por causa <strong>de</strong> sua glória. O Espírito <strong>de</strong> Deus anseia por<br />

corações que almejem a sua presença.<br />

E seu anuncio é um anuncio <strong>de</strong> Graça, <strong>de</strong> Favor. Salvação. Uma das preocupações <strong>de</strong><br />

Salomão com a moça é que enquanto a orienta, enquanto a conduz para perto <strong>de</strong> si, ela NÃO<br />

SE PERCA.<br />

Porque é <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong>le que todo ser humano se salve. Não há e nunca houve em tempo algum<br />

algum grupo separado para a perdição. Jamais nasceu na terra um homem sem esperança<br />

<strong>de</strong>ssa formosura.<br />

Basta seguir o caminho das ovelhas. O pastor oriental vai à frente do rebanho cantando, ou<br />

falando, ou citando o nome das ovelhas. Ele as chama, faz carinho nelas e segue em frente,<br />

e elas vão se guinado pela sua voz. O caminho das ovelhas é a participação da counhão com<br />

os irmãos, <strong>de</strong> sua alegria, <strong>de</strong> suas lutas. É apren<strong>de</strong>r com a experiência, com o testemunho,<br />

com o aprendizado dos que já estão um pouco a frente. É o lugar on<strong>de</strong> a voz do Espírito<br />

Santo é ouvida. Se uma ovelha não ouvisse o grito do pastor, ela se dispersa, ela sai do<br />

caminho em busca <strong>de</strong>le! Pulpitos sem unção não norteiam ovelhas. Ensino sem base<br />

espiritual, sem profundida<strong>de</strong> não as mantém no caminho. Revelações sem sentido, sem<br />

verda<strong>de</strong>, sem discernimento espiritual não po<strong>de</strong> guiá-las! Exegese expuria, hermenêutica<br />

torta, meramente humana, palavras dadas fora <strong>de</strong> seu tempo.<br />

Uma das grandiosas lutas <strong>de</strong> todos os pregadores é <strong>de</strong> serem porta-vozes <strong>de</strong> Deus. Eles<br />

anseiam falar palavras que o Espírito <strong>de</strong> Deus dirigirá à Igreja. Anseiam ser “canais” serem<br />

mensageiros dos <strong>de</strong>sígnios divinos, ministros <strong>de</strong> um evangelho não contaminado, profundo<br />

e transformador. O efeito <strong>de</strong> uma pregação ungida, <strong>de</strong> uma meditação profunda, <strong>de</strong> uma<br />

palavra entregue no tempo e segundo a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, ou segundo uma revelação é algo<br />

extraordinário.<br />

A moça da canção se ‘disfarça’ <strong>de</strong> pastora. Mas é assim que O Espírito enxerga a Sunamita<br />

celestial. Pastoreando. Cristo chama a igreja para participar <strong>de</strong> seu pastorado. Para do mesmo<br />

modo apren<strong>de</strong>r a cuidar <strong>de</strong> ovelhas, apren<strong>de</strong>r a cuidar <strong>de</strong> vidas, a alimentar espiritualmente<br />

aos que se tornarem parte do rebanho, do mesmo modo que o pastor cuida e ama suas<br />

ovelhas.


לססתי ברכבי פרעה דמיתיך רעיתי׃ .1 1:9<br />

2. Lesusati berikhvei Paroh dimitikh rayati:<br />

3. I have compared thee, O my love, to a mare of Pharaoh's chariots.<br />

As éguas dos carros <strong>de</strong> Faraó te comparo, ó minha querida.<br />

As éguas dos carros <strong>de</strong> Faraó.<br />

As éguas<br />

As variações básicas dos árabes puro sangue a entre muitas variações são o Muniqi, Saglawi,<br />

Abayyan e Kuhailan, todos <strong>de</strong>scendo do Kuhaylan, que significa "puro-sangue". Cada cepa<br />

apresentou características distintas, não há dúvida que o resultado das necessida<strong>de</strong>s<br />

individuais ou tipo preferência dos membros da tribo. O cavalo árabe <strong>de</strong> hoje é um produto<br />

<strong>de</strong> cruzamento constante <strong>de</strong>ssas cepas. Como nenhum indivíduo carrega o sangue <strong>de</strong> um<br />

único, não diluído. Isso não quer dizer que um árabe do <strong>de</strong>serto puro, não diluído. É aí que<br />

resi<strong>de</strong> uma das principais diferenças entre o árabe egípcio e os <strong>de</strong> outras linhagens. Seus<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes são um padrão internacional para a raça dos puros-sangue árabes.<br />

As éguas <strong>de</strong> faraó são animais <strong>de</strong> guerra. Usados por tribos árabes à milênios. As forças<br />

inglesas compreen<strong>de</strong>ram que seria impossível combater aos árabes montados em purossangue.<br />

Dos primeiros cavalos documentados no Egito haviam se estabelecido como <strong>de</strong> maior<br />

importância. Eles foram amados, admirados e queridos da nobreza aos nôma<strong>de</strong>s do <strong>de</strong>serto.<br />

O Alcorão <strong>de</strong> Mohamed ensina que: "todo homem <strong>de</strong>ve amar seu cavalo." Guerreiros<br />

beduínos montados em seus melhores cavalos árabes provaram serem invencíveis como a<br />

propagação <strong>de</strong> energia do Islã em todo o mundo civilizado. Ahmad Ibn Tuleu, (1193-1250),


um cavaleiro extraordinário mameluco construíu jardins palacianos e um magnífico<br />

hipódromo para abrigar sua coleção <strong>de</strong> cavalos árabes escolhidos. Os cavalos <strong>de</strong> Saladino<br />

impediram Ricardo Coração <strong>de</strong> Leão <strong>de</strong> conquistar ao Egito e foram saudados por Sir Walter<br />

Scott em The Talisman. "Desprezavam a areia atrás <strong>de</strong>les - pareciam <strong>de</strong>vorar o <strong>de</strong>serto diante<br />

<strong>de</strong>les".<br />

Os carros <strong>de</strong> Faráo<br />

Somente 11 carruagens <strong>de</strong> faraós foram preservadas da antiguida<strong>de</strong>. Seis <strong>de</strong>las na tumba <strong>de</strong><br />

Tuntankamon. Este rei é <strong>de</strong> aproximadamente 340 anos antes da época <strong>de</strong> Cantares (1.327<br />

ou 1.323 a.C.), então temos uma excelente base para comparação dos carros das dinastias<br />

egípcias posteriores.<br />

Os carros <strong>de</strong> faraó se dividiam em dois tipos, os <strong>de</strong> guerra/caça e os cerimoniais. Eles eram<br />

<strong>de</strong> exclusivo uso do faró e <strong>de</strong> sua familia. No carro <strong>de</strong> guerra havia as imagens no interior e<br />

no exterior, com asas da <strong>de</strong>usa Isis que segundo a mitologia egípcia protegia o corpo <strong>de</strong> seu<br />

marido Osíris dos ataques <strong>de</strong> uma outra divinda<strong>de</strong>. Há neste carro uma representação do<br />

céu com um sinal que simbolizava as duas terras do Egito, e figuras <strong>de</strong> escravos que circudam<br />

as duas terras. O <strong>de</strong>us Horus do qual o faraó invocava sua sacen<strong>de</strong>ncia divina estava ali<br />

representado também. Com duas significativas inscrições: O gran<strong>de</strong> Deus e Senhor dos céus.<br />

O falcão que representava Horus segurava um símbolo chamado shen que significava<br />

ETERNIDADE. Sob as figuras o nome <strong>de</strong> Faró e <strong>de</strong> sua esposa. Debaixo do nome <strong>de</strong> Faró<br />

o titulo: Imagem viva <strong>de</strong> Amom e Senhor da Existencia. Ao lado do nome <strong>de</strong> sua esposa:<br />

Aquela que vive para Amon.<br />

Depois a figura <strong>de</strong> um pássaro ( RKHYT) com as asas levantadas e o sina tb (todos) Na<br />

frente do pássaro uma estrela. A cena inteira significava que todas as pessoas do Egito<br />

<strong>de</strong>veriam adorar ao rei que era ao mesmo tempo OSIRIS e 'TUTANKHAMUN'.<br />

Na parte inferior há uma representação do sinal SEMATAWY que se refere à unificação do<br />

Alto e do Baixo Egito, há também dois cativos emaranhados <strong>de</strong>ntro do sinal Sematawy.<br />

O segundo carro é <strong>de</strong>corado com padrões em espiral e esta é a principal diferença na<br />

<strong>de</strong>coração da estrutura <strong>de</strong>stes dois carros. Ele é semelhante ao primeiro, porém o corpo<br />

inteiro é coberto com folhas <strong>de</strong> ouro e incrustada com pedras semi-preciosas.<br />

Seu nome em egípcio antigo foi wrrt ou mrkbt.


O Carro <strong>de</strong> Tutankamon<br />

Após a reconstrução dos carros <strong>de</strong>ste faraó, foi possível distinguir entre dois tipos diferentes<br />

<strong>de</strong> carros. Estes dois tipos são os seguintes:<br />

Estaduais ou cerimoniais<br />

De caça ou guerra.<br />

A carruagem cerimonial foi usada pelo rei durante as cerimônias ou ao visitar diferentes<br />

partes do país para verificar o seu povo. Temos cenas do reinado <strong>de</strong> Akhenaton<br />

representando o rei andava <strong>de</strong> carro seguido por outros carros que transportam sua esposa<br />

e filhas, eo resto <strong>de</strong> seus funcionários.<br />

Esses carros eram mais pesados do que os carros <strong>de</strong> guerra e foram incrustados com pedras<br />

semi-preciosas, ouro, prata e bronze e <strong>de</strong>corado com <strong>de</strong>senhos, altamente ornamentado.<br />

Estes carros não foram construídos para serem velozes; Foram construídos para causar<br />

efeito. Também foram construídos para o conforto com gran<strong>de</strong>s guarda-chuvas anexados<br />

para oferecer sombra para aqueles que andavam neles.<br />

Salomão compara a moça a um dos mais cobiçados bens <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> sua época. Um dos<br />

animais mais notáveis que a terra do Egito havia presenciado e cuja <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ncia originaria<br />

toda a família <strong>de</strong> puro-sangues árabes da terra. Mas numa época em que ainda não havia<br />

mistura <strong>de</strong> raças, representam uma puríssima raça <strong>de</strong> cavalos, superiores às melhores raças<br />

que possuimos na atualida<strong>de</strong>. Cavalos amados por sua força, lealda<strong>de</strong>, beleza, habilida<strong>de</strong> e<br />

coragem. Não havia na época as questões éticas sobre ‘inferiorida<strong>de</strong>’ dos animais e da<br />

‘supremacia’ do homem <strong>de</strong> tal modo que houvesse indignida<strong>de</strong> em ser chamado pelas<br />

virtu<strong>de</strong>s dos animais. Até hoje possuimos adjetivos, ‘forte como um touro’, graciosa como<br />

uma ‘gazela’ rápido como um ‘guepardo’. Fiel como um ‘pombo’. A moça é elogiada <strong>de</strong><br />

modo espetacular. E não é uma égua puro-sangue qualquer. Faz parte <strong>de</strong> um grupo dos<br />

mais seletos cavalos da terra, os mais puros, raros e caros cavalos <strong>de</strong> sua raça, que sãos<br />

certamente os reprodutores ou principais <strong>de</strong> sua linhagem, separados somente para uso do<br />

Faraó. Somente <strong>de</strong>le. Cavalos <strong>de</strong>stinados àquele que era consi<strong>de</strong>rado “Deus” na terra do<br />

Egito. E ainda associado a uma das obras <strong>de</strong> arte mais cobiçadas da antiguida<strong>de</strong>. Os carros<br />

<strong>de</strong> faraó. As éguas que puxavam o carro <strong>de</strong> faraó <strong>de</strong>sfilavam constantemente pelas terras do<br />

egito sendo reverenciados pela multidão. Era o faraó que era o supremo sacerdote da terra<br />

do egito e graindiosos cermoniais eram presididos por ele. Ele <strong>de</strong>sfilaria com os mais belos<br />

cavalos que o mundo po<strong>de</strong> contemplar, num carro preciosíssimo, para realizar atos tais como<br />

invocar a cheia do Rio Nilo. Tudo em seu carro era representativo. Nele estava simbolizado,<br />

domínio, po<strong>de</strong>r, autorida<strong>de</strong>, filiação divina, natureza divina e proteção do amor <strong>de</strong> uma<br />

esposa. Até no carro <strong>de</strong> faraó havia uma história <strong>de</strong> amor.<br />

A Sunamita era comparada a uma raça única, separada a serviço <strong>de</strong> um homem que era<br />

tratado como uma divinda<strong>de</strong>. Uma moça pobre, serva, com roupas <strong>de</strong> uma pastora, cercada<br />

no meio <strong>de</strong> cabritos roubados, com a pele <strong>de</strong>scascando <strong>de</strong> tanto sol, que foi forçada a adiar<br />

sua infancia e a colocar <strong>de</strong> lado sua adolescencia recebia queima-rosto simplesmente que era<br />

maravilhosa, corajosa, <strong>de</strong>terminada, única, invejada, belíssima, forte, digna <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>sfilando<br />

diante <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas. Uma dos bens mais valiosos da terra. E que ele sabia <strong>de</strong> sua<br />

luta e <strong>de</strong> seu trabalho servil. Na carruagem <strong>de</strong> Faraó tinha pintado algiuns escravos. Ou seja,<br />

mesmo te tratando como uma escrava, observação ao <strong>de</strong>talhe, ele está disfarçado <strong>de</strong> pastor,<br />

como se fosse um homem igual a ela, um trabalhador. Ele diz que ela é algo que vai muito<br />

além <strong>de</strong> tudo que ele um dia imaginaria possuir. Uma égua <strong>de</strong> Faraó não possuia valor. Eram


7 vezes mais caras que o mais precioso cavalo da terra <strong>de</strong> todo Egito. E tá dando uma indireta.<br />

Des<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> é o pai que dá o dote da filha. Há um "preço" a ser pago pelo casamento<br />

<strong>de</strong>la. "ele sutilmente diz que é ele que está disposto a pagar o dote, mas que sabe que não<br />

possui os recursos porque para ele ,ela é <strong>de</strong> valor inigualável, acima <strong>de</strong> suas posses .<br />

Não é pouco elogio não.<br />

Não é pouco elogio não.<br />

Nunca em tempo algum em qualquer romance uma moça foi tão elogiada em tão poucas<br />

palavras. Lesusati berikhvei Paroh dimitikh rayati, foram QUATRO palavras em hebraico<br />

para dizer isso tudo!<br />

Se alguém algum dia questionou a sabedoria <strong>de</strong> Salomão, <strong>de</strong>safio a fazer o mesmo.<br />

É claro que com a ajuda do Espírito <strong>de</strong> Deus fazer poesia é um ato <strong>de</strong> suprema covardia.<br />

Deixando <strong>de</strong> lado as reclamações invejosas da minha parte, po<strong>de</strong>mos ver a alta estima e como o<br />

Espírito <strong>de</strong> Deus vê sua mada, ou anseia ve-la. No carro do Faraó há a figura <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>usa<br />

protegendo o corpo <strong>de</strong> seu amado!<br />

Na madrugada do domingo Maria irmã <strong>de</strong> Lázaro (posso ter errado <strong>de</strong> Maria) vai até o<br />

sepulcro para ungir o corpo <strong>de</strong> Jesus. Nardo ela tinha bastante. Quando chega lá se <strong>de</strong>sespera<br />

ao ver que a pedra fora removida e (com certeza absoluta) ter entrado lá e vasculhado o lugar<br />

em busca do corpo do amado mestre e nada encontrar. Ela se senta em <strong>de</strong>sespero e chora<br />

em meio ao jardim, gritando <strong>de</strong> dor em sua alma. Então alguém que ela pensa ser o jardineiro<br />

se aproxima <strong>de</strong>la e ela vê nele a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber on<strong>de</strong> haviam levado o corpo <strong>de</strong> seu<br />

Senhor. Ela o convoca e cai aos seus pés dizendo clamando para que ele lhe indique on<strong>de</strong><br />

levaram o corpo <strong>de</strong>le e que se ele lhe mostrar ira lá e SOZINHA o trará <strong>de</strong> volta ser for<br />

necessário.<br />

O mesmo tipo <strong>de</strong> amor é evocado na cena do carro <strong>de</strong> Faraó. Jesus vê na Igreja coragem e<br />

ousadia. Os apóstolos são açoitados e coagidos pela alta corte israelita, o sinédrio, que<br />

inclusive havia con<strong>de</strong>nado injustamente à morte a Cristo e quando saem <strong>de</strong> lá pregam mais<br />

ainda. Milhares seriam os testemunhos dos atos <strong>de</strong> coragem <strong>de</strong>smedida dos que amam a<br />

Cristo ao redor da terra. O Espírito <strong>de</strong> Deus não nos vê como nós nos vemos a nós mesmos.<br />

A moça está mal vestida, fugindo do trabalho forçado e é chamada <strong>de</strong> única em toda a terra.<br />

O Espírito vê os dons, os ministérios, as operações celestiais e coisas invisiveis presentes na<br />

igreja <strong>de</strong> valor inestimável. O carro cerimonial do faraó era coberto <strong>de</strong> ouro e cravaejado <strong>de</strong><br />

jóias. É assim que Deus nos vê, preciosos diante <strong>de</strong>le, revestidos <strong>de</strong> valor, cobertos <strong>de</strong><br />

riquezas celestiais. E é essa a visão que quer que tenhamos <strong>de</strong> nós mesmos.<br />

Uma coisa invisivel, propositalmente invisvel no texto, um tesouro escondido. Os Carros <strong>de</strong><br />

faraó eram carregados por 4 animais. Quatro animais magníficos, <strong>de</strong> valor inestimável<br />

treinados para andar em perfeita harmonia e sincronismo. O quatro é muito usado em<br />

Cantares. Neste verso esse numero aparece <strong>de</strong> forma visivel, quatro palavras e <strong>de</strong> forma<br />

invisvel (poucos sabem que eram uma quadriga <strong>de</strong> cavalos que arrastava o carro). Os cavalos<br />

só podiam estar ali após treinados para trotarem como se fosse um unico animal. Essa<br />

belíssima imagem nos conduz a quatro Querubins que possuem face <strong>de</strong> animais, que andam<br />

SINCRONIZADAMENTE lá no Livro <strong>de</strong> Ezequiel. E que são chamados <strong>de</strong> animais<br />

viventes lá em Apocalipse.<br />

Porque o Espírito enxerga a Igreja tão gloriosa quanto os Querubins.<br />

Tem uma outra questão no texto. Em todo o texto.<br />

O Espírito Santo suplantará espiritualmente a qualida<strong>de</strong> dos elogios <strong>de</strong> Salomão na dimensão<br />

humana. É como uma competição santa. Mas neste dueto, a voz do Espírito canta mais alto<br />

que a voz <strong>de</strong> Salomão.


נאוו לחייך בתרים צוארך בחרוזים׃ 1:10<br />

Navu lekhayayikh batorim tzavarekh bakharuzim:<br />

Thy cheeks are comely with rows [of jewels], thy neck with chains [of zahav].<br />

Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares.<br />

Tua face e o teu pescoço tem linhas tão graciosas como jóias.


Moça do Exército Israelense<br />

Salomão observa-a por inteiro. E diferente <strong>de</strong> alguns namorados, noivos e esposos, vê cada<br />

parte da beleza da futura esposa. Ele diz que ela é tão bela quanto as jóias que está usando.<br />

Mais <strong>de</strong>talhadamente, que o rosto <strong>de</strong>la é uma jóia engastada entre outras jóias. O rei está<br />

maravilhado com sua beleza e seus olhos ultrapassam os enfeites que a cobrem porque ela<br />

aos seus olhos é mais bela do que tudo que usa para tornar-se aos seus próprios olhos, mais<br />

bonita. Des<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> as mulheres usam jóias e enfeites. Elas se enfeitavam mais ou<br />

menos como hoje, porém com uma varieda<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> enfeites, e com mais motivos. As<br />

jóias eram cobertas <strong>de</strong> significados, as pedras faziam referencia em alguns casos a divinda<strong>de</strong>s,<br />

eram usadas como amuletos também. Tidas com po<strong>de</strong>res mágicos por diversas civilizações,<br />

ou como peças que atraima a sorte e que afastavam os espíritos maus. Algumas <strong>de</strong>signavam<br />

a origem <strong>de</strong> quem usava, assim como a sua classe social. Ou seja, ainda encontramos nos<br />

nossos dias os mesmos variados simbolismos das jóias do passado. As jóias que ela usa são<br />

trabalhos <strong>de</strong> exímios artesãos, como po<strong>de</strong>remos perceber na leitura <strong>de</strong> Cantares. Como era<br />

uma moça pobre <strong>de</strong>duzimos que ela as usa por empréstimo da mãe que a enfeitou, ou das<br />

amigas.


Mais uma vez O Espírito <strong>de</strong> Deus vê a preciosida<strong>de</strong> da Igreja. Sua beleza espiritual vale mais<br />

que as obras da criação. O valor da alma humana é tamanho que Davi, pai <strong>de</strong> Salomão<br />

cantava uma outra canção com este tema:<br />

Sl 49:8<br />

pois a re<strong>de</strong>nção da sua vida é caríssima, <strong>de</strong> sorte que os seus recursos não dariam;<br />

O pescoço é usado nas Escrituras em diversas cenas e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> como é tratado, há<br />

um significado difente. Como símbolo <strong>de</strong> reencontro, que agarrado quando irmãos se<br />

abraçam após a briga, símbolo da própria pessoa, o equivalente a expressão idiomática com<br />

palavra ‘costas’ na frase “sai <strong>de</strong> cima <strong>de</strong> minhas costas’, ‘colocam tudo nas minhas costas’.<br />

Os prisioneiros cativos eram acorrentados pelo pescoço, colocar a mão no pescoço <strong>de</strong><br />

alguém ainda hoje é consi<strong>de</strong>rado um ato <strong>de</strong> extrema <strong>de</strong>scortesia e violência. Quando Josué<br />

vence uma batalha contra vários reis, estes são trazidos e colocados no chão, os chefes das<br />

tribos pisam simbolicamente seus pescoços, significava que os dominadores haviam sido<br />

dominados. Que estavam subjugados. Jesus é chamado <strong>de</strong> o cabeça da igreja por Paulo.<br />

Vendo na Sunamita a Igreja po<strong>de</strong>mos chamá-la <strong>de</strong> o Corpo <strong>de</strong> Cristo. O pescoço é aquilo<br />

que liga o corpo a cabeça e que ferido, po<strong>de</strong> matar ao corpo. Salomão irá elogiar ao pescoço<br />

da amada pelo menos QUATRO vezes no texto <strong>de</strong> Cantares. E aparecerá quatro vezes nos<br />

Evangelhos e saiba que não é coincidência. A diferença é que aqui Salomão olha para a<br />

Sunamita. Representando o olhar amoroso <strong>de</strong> <strong>de</strong>us pela sua Igreja, Lá nos evangelhos Cristo<br />

olha não para um “pescoço” amigo. Olha para o pescoço <strong>de</strong> inimigos. E <strong>de</strong> um inimigo que<br />

aparentemente <strong>de</strong>veria estar cuidando <strong>de</strong> sua amada. Nas consi<strong>de</strong>rações finais que<br />

abordam a profecia <strong>de</strong>ste estudo a gente aprofunda o tema. De modos distintos. Ele ama<br />

aos enfeites nele, aos adornos <strong>de</strong>le. O Espírito ama aquilo que sustenta a cabeça <strong>de</strong> sua<br />

amada. Aquilo que liga a cabeça ao corpo, Cristo à sua igreja. A comunhão, a adoração, a<br />

intercessão, o louvor, os afetos, a alegria, a santida<strong>de</strong>, a justiça, o amor, a fé. O pescoço<br />

simboliza espiritualmente a todas essas realida<strong>de</strong>s em conjunto, que aos olhos <strong>de</strong>le é um<br />

conjunto admirável, belíssimo.<br />

Que necessita <strong>de</strong> perfeição. Que ele almeja ver cheio <strong>de</strong> beleza. Enfeitado. Com obras <strong>de</strong><br />

exímios artesões. O Espírito <strong>de</strong> Deus quer ver sua igreja do modo apaixonado com que<br />

Salomão se <strong>de</strong>slumbra com a beleza don pescoço <strong>de</strong> sua amada.<br />

Anel grego com selo Bea<strong>de</strong>d Armlet Period: New Kingdom Dynasty: Dynasty 18 Date:<br />

ca. 1550–1525 B.C. Geography: Country of Origin Egypt Medium: Gold, carnelian, lapis<br />

lazuli, blue and green glass, faience on bronze or copper wire


Filhas <strong>de</strong> Jerusalém<br />

תורי זהב נעׂשה־לך עם נקדות הכסף׃‎1:11‎<br />

Torei zahav naase-lakh im nekudot hakasef:<br />

We will make thee bor<strong>de</strong>rs of gold with studs of silver.<br />

Enfeites (tranças) <strong>de</strong> ouro te faremos, com incrustações <strong>de</strong> prata.<br />

Cantares é uma peça que era interpetrada por um coro <strong>de</strong> vozes com vários personagens.<br />

Temos diversos personagens em Cantares e quatro vozes distintas:<br />

A amada – a Sunamita<br />

O amado – Salomão<br />

Os irmãos <strong>de</strong> Sunamita<br />

As filhas <strong>de</strong> Jerusalém<br />

Quem canta este trecho são as filhas <strong>de</strong> Jerusalém. Elas querem enfeitar seus cabelos para<br />

que ela se encontre com Salomão. Intentam fazer tranças douradas, ou enrolar fios <strong>de</strong> ouro<br />

em seus cabelos, tratados com hena. Seus cabelos ganham um tom avermelhado com fios<br />

dourados e pontos trechos prateados. A simplicida<strong>de</strong> da menina ganha contornos <strong>de</strong> uma<br />

princesa. Ela está sendo enfeitada como uma princesa egípcia. Como uma noiva indiana.<br />

Como uma menina da alta socieda<strong>de</strong> israelita <strong>de</strong> sua época. Ouro e a prata são materiais<br />

raros, trazidos <strong>de</strong> minas que ficam na Africa e na Asia. O processo <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> pingentes<br />

<strong>de</strong> prata e correntes <strong>de</strong> ouro envolve fogo, fundição, altíssimas temperaturas e mol<strong>de</strong>s, e<br />

posterior trabalho <strong>de</strong> ourivesaria. O ouro e a prata são revestidos <strong>de</strong> significados sacerdotais,<br />

intimamente relacionados ao templo e ao culto nos dias do templo <strong>de</strong> Salomão. O ouro<br />

simbolização a riqueza <strong>de</strong> uma nação, seu po<strong>de</strong>rio econômico e logo seu po<strong>de</strong>rio militar, pela<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> exércitos, uma ativida<strong>de</strong> extremamente dispendiosa. Os<br />

soldados <strong>de</strong> elite eram geralmenete mercenários, soldados estrangeiros que vendiam seus<br />

serviços <strong>de</strong> proteção por meio <strong>de</strong> altos salários. Até hoje o ouro simboliza po<strong>de</strong>r. Mobiliza o<br />

po<strong>de</strong>r politico, é lastro <strong>de</strong> diversas moedas. A prata era o material dos incensários, <strong>de</strong>la se<br />

faziam várias peças do santuário, material das moedas israelitas. Lemos sobre o preço <strong>de</strong> um<br />

escravo 30 moedas, restituição por um escravo ferido por uma chifrada ou coice <strong>de</strong> um boi,<br />

30 moedas, o preço pelo resgate do homem, imposto pagao ao templo, do israelita ao atingir<br />

20 anos, uma moeda <strong>de</strong> prata, meio siclo. Lemos sobre Abimeleque pagando mil moedas a<br />

Abraão como pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpas por ter tocado em Sara sem saber que era sua esposa. E<br />

lemos sobre a traição do Messias por 30 moedas, cada moeda valia meio-siclo. Meta<strong>de</strong> do<br />

valor da multa por uma chifrada <strong>de</strong> um boi. A prata associas-se com o preço pago pela nossa<br />

salvação. Ela representa preço <strong>de</strong> resgate, ela simboliza divida sendo paga, multa. Prata nas<br />

Escrituras lembra-nos remissão <strong>de</strong> pecados, lembra-nos preço pago pela nossa Salvação. A


Igreja <strong>de</strong> Cristo tem seus cabelos enfeitados pelas riquezas celestiais, pelo PODER tremendo<br />

que o Espírito lhe conce<strong>de</strong> e pelo preço do sacrifício.<br />

Este momento em que as amigas da noiva a enfeitam os cabelos da Sunamita com ouro<br />

e prata, vem nos a mente os anjos que Jesus avisou a Natanael que <strong>de</strong>sceriam sobre seu<br />

ministério.<br />

João 1:48-51<br />

Perguntou-lhe Natanael: Don<strong>de</strong> me conheces? Respon<strong>de</strong>u-lhe Jesus: Antes que Felipe te<br />

chamasse, eu te vi, quando estavas <strong>de</strong>baixo da figueira. Respon<strong>de</strong>u-lhe Natanael: Rabi, tu és<br />

o Filho <strong>de</strong> Deus, tu és rei <strong>de</strong> Israel. Ao que lhe disse Jesus: Porque te disse: Vi-te <strong>de</strong>baixo da<br />

figueira, crês? Coisas maiores do que estas, verás. E acrescentou: Em verda<strong>de</strong>, em verda<strong>de</strong><br />

vos digo que vereis o céu aberto, e os anjos <strong>de</strong> Deus subindo e <strong>de</strong>scendo sobre o Filho<br />

do homem.<br />

A igreja possui amigos que <strong>de</strong>la cuidam e a ela enfeitam. Espíritos ministradores que <strong>de</strong>scem<br />

e trazem dons e talentos, que adornam-na com Po<strong>de</strong>r para herdar a Salvação. Nesse<br />

momento a voz do cântico reflete um cuidado, um presente, uma dádiva que a <strong>de</strong>ixa ainda<br />

mais bela. Ainda mais preparada para seu gran<strong>de</strong> propósito.<br />

Que é CONQUISTAR ao noivo! Sem enten<strong>de</strong>r ainda que o coração <strong>de</strong> Salomão já lhe<br />

pertence. Mas, ainda que a Sunamita neste ponto do livro não saiba, a Igreja <strong>de</strong>ve saber,<br />

que o coração <strong>de</strong> Cristo já se enchia <strong>de</strong> amor por ela antes que ela viesse a existir.<br />

O Ouro é uma dimensão <strong>de</strong> PODER e AUTORIDADE Espiritual presente nos<br />

pensamentos, que enfeitam a cabeça da Amada. E a prata fala da Re<strong>de</strong>nção, que a torna<br />

humil<strong>de</strong>. Ela não se ensoberbece, não se enaltece ainda que opere milagres, ainda que expulse<br />

<strong>de</strong>mônios e ainda que ressuscite mortos. Ela não se contamina com o ouro que usa. Porque<br />

tão importante para enfeitá-la são os pingentes <strong>de</strong> prata. É isso que estabelece o contraste.<br />

Todas as jóias são engastadas em materiais <strong>de</strong> cores diferentes, criando um belíssimo efeito<br />

pelo contraste ou combinação das cores. Eu quase me senti um <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> jóias agora. Uma<br />

perfeita combinação entre Po<strong>de</strong>r e Gratidão, Autorida<strong>de</strong> exercida com humilda<strong>de</strong>. Porque<br />

pelo sacrifício <strong>de</strong> Cristo é que alcançamos o direito as riquezas celestiais.<br />

עד־ׁשהמלך במסבו נרדי נתן ריחו׃‎1:12‎<br />

Ad-shehamelekh bimsibo nirdi natan reikho:<br />

While the melekh [sitteth] at his table, my spikenard sen<strong>de</strong>th forth its fragrance.<br />

Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume.<br />

Nem sempre há uma or<strong>de</strong>m cronológica dos eventos em Cantares, as vezes há um contracanto,<br />

há um acontecimento que se nós tivéssemos escrito, teríamos colocado mais adiante.<br />

Mas é propositalmente poético. E <strong>de</strong>scaradamente profético. Nes caso é uma janela <strong>de</strong> seu


amanhã... que irá chegar mais adiante na canção. Como um trecho antecipado <strong>de</strong> um conto,<br />

<strong>de</strong> uma narrativa. Como se ela “percebesse” o futuro. Esse movimento do texto é uma<br />

forma poética <strong>de</strong> mostrar o amanhã. E no amnhã ela estará assentada na mesa do Rei<br />

enquanto seu nardo dará o seu perfume. O nardo era uma substancia aromática raríssima e<br />

importada da India. Há um mistério em Israel que envolve a India. E que nos envolve. Um<br />

amor profundo do Senhor pela nação que HOJE vive a atmosfera <strong>de</strong> divinda<strong>de</strong>s, a atmosfera<br />

espiritual na qual Israel viveu a três mila nos atrás. O nardo era usado para o<br />

embalsamamento dos mortos, para evitar o mal-cheiro dos cadáveres, e também para ungir<br />

os cabelos <strong>de</strong> homens e mulheres, em sinal <strong>de</strong> profundo respeito, em ocasiões especiais. Era<br />

um perfume caríssimo, guardado em vasos cerâmicos, alguns <strong>de</strong> alabastro.<br />

Ela se vê perfumada com uma preciosa essência. Essência que um dia será abundantemente<br />

<strong>de</strong>rramada sobre a cabeça <strong>de</strong> Cristo. Com a qual ele ainda estará perfumado ao ressuscitar<br />

dos mortos! Jesus cheirava a nardo! O lugar on<strong>de</strong> ele estava sepultado estava impreganado<br />

ainda pela essência quando os apóstolos <strong>de</strong>sceram para ver se o corpo ainda estava lá. Maria<br />

após abraçar a Cristo ressurreto no Jardim do sepulcro fica cheirando a nardo! Nas escrituras<br />

associamos pequenos <strong>de</strong>talhes. Memórias, sonhos, atitu<strong>de</strong>s. Reminiscencias. Tendo em vista<br />

a eternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu Escritor, o Espírito <strong>de</strong> Deus, ele a teceu como exímio roteirista. De<br />

Genesis a Apocalipse são <strong>de</strong>ixadas pistas, eventos e ligações que só vamos conectar lendo a<br />

história completa. O nardo vai ganhando significados na medida em que nós o vemos<br />

presentes em tantos momentos significantes. Como os presentes <strong>de</strong> uma amigo, <strong>de</strong> uma<br />

amiga, a lembrança <strong>de</strong> uma viagem, os artefatos encontrados após muitos anos, que tem um<br />

significado especial porque fazem parte <strong>de</strong> importantes eventos <strong>de</strong> nossa vida. O rei<br />

assentado a mesa nos dá a impressão que está ceando, ou conversando. Com os olhos<br />

voltados para a Sunamita. Mas mesmo que ela estivesse num ponto em que ele não pu<strong>de</strong>sse<br />

ve-la, ele sentiria sua presença pelo seu perfume!<br />

Esta passagem <strong>de</strong> Cantares é repetida por Paulo <strong>de</strong> outro modo:<br />

ll Cor. 2:15, 16<br />

“… porque para Deus somos o aroma <strong>de</strong> Cristo entre os que estão salvos e os que estão<br />

perecendo. Para estes somos cheiro <strong>de</strong> morte, para aqueles, fragrância <strong>de</strong> vida…”<br />

Cheiro <strong>de</strong> vida, perfume da ressurreição. Cheiro <strong>de</strong> morte, preparo para o sepultamento.<br />

Jesus afirma que o mundo JAZ no maligno. Que está morto espiritualmente. Jazer é um<br />

terrível tempo verbal. A ressurreição aponta para a recompensa, para o significado <strong>de</strong> ser


agradável a Deus. Fala-nos <strong>de</strong> vida que suplanta a morte. E ao mesmo tempo vindica a<br />

autorida<strong>de</strong> e a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> que os homens amaram mais as trevas que a luz. Que a um<br />

principio <strong>de</strong> vida e um <strong>de</strong> morte, que há uma diferença para os que busacam a Deus e os que<br />

não fazem. Uma lembrança <strong>de</strong> que haverá um juízo e que há uma herança, mas não os que<br />

viverem na malda<strong>de</strong> não a herdarão.<br />

צרור המר דודי לי בין ‏ׁשדי ילין׃‎1:13‎<br />

1. Tzeror hamor Dodi li bein shadai yalin:<br />

2. A bundle of myrrh is my beloved unto me; he shall lie all night between my breasts.<br />

13 O meu amado é para mim como um ramalhete <strong>de</strong> mirra, posto entre os meus seios.<br />

A moça pensa nele <strong>de</strong> modo intimo, anseia carrega-lo próximo do coração. Junto a sua<br />

respiração. A moça da antiguida<strong>de</strong> se perfumava <strong>de</strong> muitos modos. Um <strong>de</strong>les era carregando<br />

um saquimho <strong>de</strong> linho com um pouco <strong>de</strong> folhas <strong>de</strong> mirra moídas, e por dias este exalaria o<br />

perfume da mirra. Perfumando-a.<br />

M I R R A<br />

As especiarias têm gran<strong>de</strong> sentido na Bíblia. A mirra foi usada <strong>de</strong> diversas formas. Cantares<br />

usa essas especiarias, é como se o livro <strong>de</strong>stilasse as mais variadas fragâncias, e é verda<strong>de</strong>. O<br />

tema leva à consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>sses famosos perfumes do Oriente e da terra <strong>de</strong> Israel. Vimos<br />

Jacó enviando em tempo <strong>de</strong> seca, <strong>de</strong>ssas especiarias ao Faraó do Egito.<br />

Sobre as vestes do Messias, profeticamente o livro <strong>de</strong> Salmos anunciaria:<br />

“Todos os teus vestidos cheiram a mirra e a aloés, a cassia”. Salmo 45:5,<br />

Mateus 2:11 fala da mirra com a qual os magos presentearam a Jesus.<br />

A vida <strong>de</strong> Jesus está muito entrelaçada com a mirra.<br />

O nome mirra com leves variações, é encontrado em várias linguas: murru (acadiano), marra<br />

(árabe); myrra (grego). Em português “amargo”. Provavelmente trata-se <strong>de</strong> gosto amargo da<br />

resina. Paradoxalmente este arbusto <strong>de</strong>leitável foi encontrado no mercado em forma<br />

cristalina, o mor dror, um dos ingredientes do incenso do Templo (Êxodo 30:23). Dror<br />

significa - como pérola.<br />

Os cristais eram vendidos em saquinhos, dai a expressão “um saquitel <strong>de</strong> mirra” (Cantares<br />

1:13). Dissolvidos em óleo, os cristais se tornam mais amargos que a mirra líquida ou fluída<br />

- Cantares 5:5).<br />

A Mirra aparecerá sólida num saquitel entre os seios da moça e liquida gotejando pelas mãos<br />

<strong>de</strong>la ao abrir a porta para seu amado.<br />

A mirra foi como que a preferida <strong>de</strong> Salomão que a cita 7 (sete) vezes no livro <strong>de</strong> Cantares.


A mirra é uma resina <strong>de</strong>rivada da planta <strong>de</strong> mesmo nome.<br />

A mirra verda<strong>de</strong>ira era valiosa e estimada pelos antigos tanto como perfume como incenso<br />

nos templos. Era também usada como unguento e bálsamo. Natural das costas orientais da<br />

África, Abssinia, Arábia e Somália. Antigamente a substância obtida <strong>de</strong> sua resina era<br />

comercializada. Hoje cresce em áreas rochosas, nos montes calcáreos do Oriente Médio e<br />

em muitas partes do norte da África.<br />

Em Cantares 5:13, a mirra é proeminente: a mirra foi usada por Davi e Salomão e também é<br />

<strong>de</strong>scrita em Mateus 2:11, Marcos, João e em Salmos 45:8.<br />

A Bíblia <strong>de</strong>screve a mirra como a mais popular e preciosa resina. Os egípcios antigamente<br />

usavam a mirra como incenso nos templos e como embalsamento para seus mortos.<br />

Apocalipse 18:13 fala do comércio dos gran<strong>de</strong>s impérios do Oriente. A mirra está ligada a<br />

Jesus do seu nascimento à sua morte.<br />

Mateus 2:11 e ainda na crucificação Jesus provou <strong>de</strong>la. Marcos 15:23<br />

Nico<strong>de</strong>mos trouxe um mistura <strong>de</strong> mirra e aloés com lençóis para enrolar o corpo <strong>de</strong> Jesus<br />

(João 19:39-40, Êxodo 30:23, Ester 2:12, Salmos 45:8, Provérbios 7:17, Cantares 1:3, 3:6, 5:5-<br />

14, Mateus 2:11, Marcos 15:23, João 19:39 e Apocalipse 18:13).<br />

São arbustos baixos, do tipo moita, galhos grossos e duros. As folhas crescem em cachos e<br />

no caule encontram-se espinhos afiados.<br />

A resina é abundante e é obtida pela incisão artificial. A ma<strong>de</strong>ira e a casca são fortemente<br />

odoríferas. Logo que é exçudada a resina é macia, clara, dura, branca ou amarela-escuro. Por<br />

um pouco é oleosa, solidificando-se rapidamente quando pinga sobre as pedras em baixo dos<br />

galhos. É amarga e levemente pungente ao paladar. Já se usou em medicina como tônico<br />

adstringente externamente como um agente <strong>de</strong> limpeza. Nos paises orientais é muito<br />

apreciada como substância aromática, medicinal e como perfume.<br />

As mulheres que foram ao sepulcro <strong>de</strong> Jesus também levaram, entre as especiarias, a mirra.<br />

Era embalada em vasos. Os israelitas também usavam-na muito como perfume e Davi a<br />

canta pela sua fragrância e Salomão <strong>de</strong>liciou-se nela. Foi um dos ingredientes do santo óleo,<br />

como aloés, cássia e canela.<br />

Cantares se refere a um canho <strong>de</strong> mirra em vez <strong>de</strong> um pedaço como se po<strong>de</strong>ria esperar <strong>de</strong><br />

uma tal resina.<br />

Como dissemos, Jesus provou <strong>de</strong>la no Gólgota, talvez uma bebida existente entre os<br />

soldados, mas seja qual fosse, era <strong>de</strong> um gosto amargo. Jesus quando ferido na cruz, quando<br />

no Getsêmane suou sangue, foi como se pedaços <strong>de</strong> mirra se lhe tivessem atingido. A igreja<br />

<strong>de</strong> Jesus se orna com mirra e todos os unguentos aromáticos. Então esta especiaria se associa<br />

a ele do nascer ao morrer. Sua vida foi pontilhada <strong>de</strong> pedaços amargos, <strong>de</strong> mirra.<br />

O Gólgota foi para Jesus o jardim da mirra. A semelhança da extração da mirra através da<br />

incisão, Jesus também foi ferido ali. O sangue <strong>de</strong> Jesus ensopou aquele lugar - era a mirra<br />

que pingava em gotas brilhantes como água e sangue - a água da vida e o sangue da salvação.<br />

Foi a hora mais amarga <strong>de</strong> Jesus mas também <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>u o precioso perfume <strong>de</strong><br />

Cristo. Era a hora da amargura, a hora do perfume, a hora do incenso no Templo, a hora da<br />

oferta da tar<strong>de</strong> da minhah - presente <strong>de</strong> Deus para o homem, a hora em que Ele garantiu<br />

nossa entrada no Santuário e no Santo dos Santos. Foi a hora do rasgar-se do véu por inteiro,<br />

como Jesus por inteiro se <strong>de</strong>u ao mundo. A hora mais sublime para o Pai, porque o Filho<br />

cumpriu tudo o que <strong>de</strong>le exigiu.<br />

E tudo isso a Sunamita celestial guarda entre os seus seios. Os seios falam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

antiguida<strong>de</strong> da intimida<strong>de</strong> nupcial. As mulheres orientais não <strong>de</strong>scobriam sequer a fronte<br />

diante <strong>de</strong> estranhos. Que se dirá dos seios. Todas as estátuas <strong>de</strong> divinda<strong>de</strong>s antigas são


etratadas com seios <strong>de</strong>snudos. Com gran<strong>de</strong>s seios. A beleza <strong>de</strong> uma moça era julgada pela<br />

beleza <strong>de</strong> seus seios, a fertilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la estabelecida pelo tamanho <strong>de</strong>les e <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> amamentação. A pobreza e a fome representados pela magreza dos mesmos, a infância<br />

por sua ausência. A moça está falando <strong>de</strong> algo que não é visível aos olhos <strong>de</strong> ninguém. Porque<br />

nessa época ao menos, ela está recoberta <strong>de</strong> vestidos que não permitem ver um <strong>de</strong>cote.<br />

Simboliza que ela está contando um segredo. Um mistério. A igreja revela que no coração<br />

guarda o sofrimento <strong>de</strong> Cristo, <strong>de</strong> modo profundo, intimo e por isso, por amar seu sacrifício,<br />

cheira a mirra.<br />

אׁשכל הכפר דודי לי בכרמי עין גדי ׃ 1:14


1. Eshkol hakofer Dodi li bekharmei Ein Gedi:<br />

2. My beloved is unto me as a cluster of henna blossoms in the vineyards of Ein Gedi.<br />

14 Como um ramalhete <strong>de</strong> hena nas vinhas <strong>de</strong> Engedi é para mim o meu amado.<br />

Engedi.


En Gedi (em hebraico: עין ‏,גדי lit. Nascente do Cabrito; é um oásis localizado a Oeste do Mar<br />

Morto, perto <strong>de</strong> Massada e das cavernas <strong>de</strong> Qumran. Localização 31° 27' N 35° 23' E. É<br />

conhecido pelas suas grutas, nascentes, e a sua rica diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fauna e flora. Engedi<br />

Significa – Fonte do cabrito. Lá atualmente existe um Jardim Botanico


A cida<strong>de</strong> judaica <strong>de</strong> Ein Gedi era uma importante fonte <strong>de</strong> bálsamo para o mundo Greco-<br />

Romano.


Ramalhete <strong>de</strong> Henna.


Sunamita compara Salomão a um ramalhete <strong>de</strong> Henna, um produto precioso para as<br />

mulheres da época, usado por diversos motivos, <strong>de</strong> um lugar especial. Engedi ainda possui<br />

hoje, passados milhares <strong>de</strong> anos, um excepcional jardim Botanico. Po<strong>de</strong>mos imaginar o que<br />

foi a 3000 anos atrás. Ou melhor. Não po<strong>de</strong>mos. Basicamente, o paraíso em terras<br />

Israelenses. A hena era na época uma das poucas opções para o exercício da cidadania<br />

feminina <strong>de</strong> seus cabelos. A pintura. Temos hoje no mercado centenas <strong>de</strong> produtos, talvez<br />

mais que mil tinturas diferentes. Mas na época <strong>de</strong> Cantares só existia uma. A henna. A moça<br />

que leu essas linhas até aqui tem agora a PERFEITA noção da PRECIOSIDADE daquele<br />

produto para uma menina daquela época. Sunamita afirma que seu amado é como um<br />

produto raro, indispensável para que ela se sinta mais bela, se torne agradável à vista. E trate<br />

<strong>de</strong> sua longa cabeleira. Era moda, prática comum entre as jovens <strong>de</strong> Israel, assim como das<br />

meninas dos povos <strong>de</strong> todo o Oriente e além. E ela era uma moça pobre, que dificilmente<br />

tinha acesso a produtos <strong>de</strong> beleza <strong>de</strong> tamanha qualida<strong>de</strong>. Alguns produtos <strong>de</strong> beleza são tão<br />

caros que até escrever o preço aqui nestas folhas traria escândalo. Ela orgulhosamente fala<br />

<strong>de</strong> algo que está nos limites <strong>de</strong> sua economia, mas que lhe traria imensa alegria. Essa parte<br />

da canção é o refrão da Igreja que ama a Cristo. Por muitos anos <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> igrejas entoaram


um cântico que dizia “como é precioso, ó Deus, estar junto <strong>de</strong> ti” e entoam <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

cânticos com o mesmo teor. A henna penetra os fios do cabelo e os restaura. Regenera o<br />

cabelo danificado. Eu não vou continuar dado as minhas limitações nessa área capilar. Mas<br />

relembra imediatamente, reconstrução, cura, restauração. Uma das grandiosas faculda<strong>de</strong>s do<br />

Espírito <strong>de</strong> Deus em comunhão com a Igreja <strong>de</strong> Cristo é seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> restaurar. De<br />

regenerar. De curar feridas, <strong>de</strong> refazer laços familiares partidos, <strong>de</strong> reconstruir a mente <strong>de</strong><br />

uma pessoa castigada pelo vício, pelo medo, pela angustia. Sua presença é restauradora.<br />

Ministérios bíblicos são conhecidos e amados quando uma <strong>de</strong> suas gran<strong>de</strong>s características é<br />

<strong>de</strong> ter pessoas restauradas. Gente reconciliada com a vida, lares on<strong>de</strong> havia violência sendo<br />

uma morada <strong>de</strong> paz. A gran<strong>de</strong> obra do Espírito Santo é justamente a restauração <strong>de</strong> nossas<br />

vidas, reconstruindo que se <strong>de</strong>struiu com o tempo, trazendo esperança on<strong>de</strong> só havia<br />

<strong>de</strong>sespero. Não há a presença do Espírito on<strong>de</strong> não há restauração. Não há visão verda<strong>de</strong>ira<br />

ou dom verda<strong>de</strong>iro se não existir restauração, cura, maravilhamento, <strong>de</strong>slumbramento, vida<br />

abundante e alegria indisfarçável. Ele é hena para nossos cabelos, ele é paz para nosso<br />

coração.


1. {The Beloved}<br />

הנך יפה רעיתי הנך יפה עיניך יונים׃ .2 1:15<br />

3. Hinakh yafarah rayati hinakh yafah einayikh yonim:<br />

4. Behold, thou are fair, my love; behold, thou are fair; thou have doves' eyes.<br />

15 Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das<br />

pombas. (Ou teus olhos são como pombas)


http://www.tatzpit.com/site/en/pages/inPage.asp?catID=9&subID=27<br />

http://www.tatzpit.com/site/en/pages/inPage.asp?catID=9&subID=27<br />

Israel possui uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pombas, mas Salomão caracteriza uma que habita nas rochas,<br />

que morava em alats montanhas e se abrigava do inverno nas fendas do penhasco. A pomba<br />

era uma o anima que os pobres sacrificama no templo, por não disporem <strong>de</strong> recursos para<br />

disporem <strong>de</strong> uma ovelha, cabrito ou bezerro. Os olhos <strong>de</strong> Salomão fitam os olhos <strong>de</strong><br />

Sunamita e dizem que eles são parecidos com o da pomba. Que algo neles lembrava o olhar<br />

<strong>de</strong>ste pássaro. A pomba não possui expressão, não é capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar nem alegria e nem<br />

sofrimento através <strong>de</strong> seus olhos. Os animais apresentam-se por vezes com expressões na<br />

qual enxergamos emoções.<br />

Mas a pomba não.


O modo como um pombo expressa suas emoções é movendo-se ou urrulando. Correndo,<br />

voando, dançando. Um pombo apaixonado realiza uma engraçadíssima dança diante da<br />

amada. Os pombos tem um caráter pacífico. Não veremos um filme <strong>de</strong> terror baseado em<br />

pombos (bem...). Salomão está dizendo que pagaria para saber o que ela está pensando.<br />

Quando uma namorada fica em silencio é um momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> temor para o homem. Os<br />

olhos <strong>de</strong>la não <strong>de</strong>scortinavam seu interior, não transmitiam nem sua dor, nem sua alegria e<br />

nem sua paixão. Um olhar chio <strong>de</strong> mistério. Quando chegar o dia em que Jesus for dar inicio<br />

ao seu ministério sobre ele será visto pela primeira, e quase ultima vez, o Espírito Santo em<br />

forma <strong>de</strong> um ser vivo. A primeira vez que ele, o Espírito Criador, se <strong>de</strong>ixa ENXERGAR, o<br />

faz em forma <strong>de</strong> uma pomba. O Espírito vê na amada sua natureza, sua simplicida<strong>de</strong>, sua<br />

paz. Note que o Espírito <strong>de</strong> Deus não <strong>de</strong>sce na forma <strong>de</strong> um POMBO. Mas <strong>de</strong> uma Pomba,<br />

a mesma palavra usada em Cânticos. Em hebraico o gênero da palavra “espírito” é feminino.<br />

É ruah. No grego também. A pneuma. Alma, outra palavra relacionada à nossa formação<br />

espiritual é também feminino, tanto em grego como em hebraico. Psique e Nefesh,<br />

respecticamente.<br />

O Espírito se vê INTEGRALMENTE refletido na Igreja. Em Cristo não há diferença,<br />

servo, livre, ju<strong>de</strong>u, gentio, homem ou mulher. Todos somos tratados <strong>de</strong> modo semelhante,<br />

com os mesmos direitos, her<strong>de</strong>iros da mesma vocação, das mesmas riquezas. Ouvi sobre<br />

<strong>de</strong>terminadas igrejas que impe<strong>de</strong>m das mulheres ensinarem ou pregarem em seus púlpitos.<br />

Não é assim que o Espírito enxerga o ministério feminino, ou a condição espiritual da mulher<br />

em Cristo. O olhar da amada não permite que ela expresse o que sente, é uma CORTESIA.<br />

A Sunamita está vermelha e seus olhos brilham. A moça apaixonada se <strong>de</strong>nuncia até pela<br />

dilatação das pupilas.


Mas Salomão <strong>de</strong> modo cortês não a <strong>de</strong>ixa envergonhada. Há uma bela representação <strong>de</strong>ssa<br />

relação entre a Igreja e o Espírito <strong>de</strong> Deus. Paulo afirma em Romanos que nós não sabemos<br />

nos expressar diante <strong>de</strong> Deus. Não sabemos na maioria das vezes como orar, como pedir e<br />

nem o que pedir. Oramos para que Deus modifique em nós aquilo que nem sequer<br />

conhecemos. Falamos coisas em orações e ajuntamos trechos das Escrituras ás nossas<br />

súplicas, confundimos realida<strong>de</strong>s espirituais, e é dito que o mesmo Espírito conhecendo a<br />

nossa incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos expressarmos corretamente diante <strong>de</strong> Deus, reconhecendo<br />

profundamente a intenção <strong>de</strong> nosso espírito, interce<strong>de</strong>ndo a Deus juntamente conosco com<br />

gemidos inexprimíveis. A pomba não precisa dizer nada. Ele percebe seus sentimentos. Uma<br />

bélissima<br />

representação <strong>de</strong> nossa condição. A pomba da paz, (Sunamita também significa paz).<br />

Existem duas possibilida<strong>de</strong>s para o texto. A segunda é traduzir por “seus olhos são como<br />

pombas”.<br />

Significaria nesse momento que eles não param quietos. Nunca estão imóveis. Estão sempre<br />

a procura <strong>de</strong> algo. E que ela estava intencionalmente <strong>de</strong>sviando os olhos <strong>de</strong>le por que estava<br />

com vergonha.<br />

Se traduzirmos <strong>de</strong>ste modo teremos outro belíssimo paralelo. Inquietação lembra ansieda<strong>de</strong>.<br />

Não an<strong>de</strong>is ansiosos e nem preocupados com que haveis <strong>de</strong> beber, comer ou vestir. Conduznos<br />

ao sermão do Amado diante <strong>de</strong> uma inquieta multidão no Sermão do monte. E a<br />

vergonha que ela sente conduz-nos a outra passagem das Escrituras: “porque não se<br />

envergonha <strong>de</strong> nos chamar <strong>de</strong> filhos”.<br />

Os olhos nas Escrituras representam o espírito humano. O interior do ser humano. As<br />

intenções mais profundas da alma.<br />

Gênesis 3.5 Porque Deus sabe que no dia em que <strong>de</strong>le comer<strong>de</strong>s se vos abrirão os olhos<br />

e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.<br />

Jesus <strong>de</strong>clarará:<br />

São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo<br />

será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas.<br />

Olhos são representações da alma, do coração, da consciência. “abrir os olhos” é sinônimo<br />

compreen<strong>de</strong>r profundamente. Daí as “visões” dos profetas, que “enxergam” a realida<strong>de</strong><br />

invisível. Na antiguida<strong>de</strong> a revelação era tão intimamente ligada a visão espiritual que o<br />

profeta era chamado <strong>de</strong> “vi<strong>de</strong>nte”. Antes <strong>de</strong> se chamar profeta, os profetas eram chamados<br />

<strong>de</strong> “vi<strong>de</strong>ntes”: Aqueles que enxergam; aqueles que veem.<br />

Os olhos da moça são como as pombas. Salomão se encanta com o movimento dos olhos<br />

da amada. O Espírito se encanta com o mover do coração da Igreja. Com a mudança <strong>de</strong><br />

consciência. Quando a alma, o coração, o caráter, as atitu<strong>de</strong>s e visão espiritual da Igreja


efletem a ele mesmo. Parecem pombas! E não pombas comuns. São pombas imaculadas.<br />

Ou no hebraico: PERFEITAS. Nossos textos traduzem o adjetivo “tamát” por Imaculada.<br />

As ofertas <strong>de</strong>veriam ser “tamát” para Deus. A moça é chamada <strong>de</strong> “perfeita” mas, a palavra<br />

que Salomão usa é quase <strong>de</strong> uso exclusivo do sacerdócio. Quando o profeta Ezequiel e o<br />

livro <strong>de</strong> lamentações se referem à beleza “perfeita” usam o adjetivo keliylah e não tamát,<br />

como em Ct 5,2 e 6,9.<br />

O Espírito <strong>de</strong> Deus olha nela um caráter sacerdotal. Ele vê uma pomba que é usada para o<br />

sacrifício dos pobres. E na verda<strong>de</strong> ele se vê assim. Porque o sacrifício <strong>de</strong> Cristo está nas suas<br />

recordações, profundamente gravado na pessoa do Espírito. Porque ele estava em Cristo<br />

reconciliando o mundo com Deus, po<strong>de</strong>ria afirmar. Ela é perfeita e aperfeiçoada nele. Com<br />

base num Sacerdócio Eterno. Mesmo porque as pombas não recebiam “tamat” quando eram<br />

sacrificadas. Somente os cor<strong>de</strong>iros, bezerros e cabritos. A igreja é inferior aos anjos.<br />

Humanamente somos inferiores a Cristo, na carne. Ele venceu a morte porque na nossa<br />

imperfeição não po<strong>de</strong>ríamos. Jesus viveu e morreu sem pecado, mas nós fomos inclusos<br />

nessa perfeição mediante seu sacrifício.<br />

Em Cânticos Salomão chamará sua amada sete vezes <strong>de</strong> Pomba.<br />

Eis que és formosa, ó amada minha, eis que és formosa; os teus olhos são como pombas.<br />

Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das la<strong>de</strong>iras, mostra-me o<br />

teu semblante faze-me ouvir a tua voz; porque a tua voz é doce, e o teu semblante formoso.<br />

Eu dormia, mas o meu coração velava. Eis a voz do meu amado! Está batendo: Abre-me,<br />

minha irmã, amada minha, pomba minha, minha imaculada; porque a minha cabeça está<br />

cheia <strong>de</strong> orvalho, os meus cabelos das gotas da noite.<br />

Mas uma só é a minha pomba, a minha imaculada; ela e a única <strong>de</strong> sua mãe, a escolhida<br />

da que a <strong>de</strong>u à luz. As filhas viram-na e lhe chamaram bem-aventurada; viram-na as rainhas<br />

e as concubinas, e louvaram-na.<br />

Como és formosa, amada minha, eis que és formosa! Os teus olhos são como pombas por<br />

<strong>de</strong>trás do teu véu; o teu cabelo é como o rebanho <strong>de</strong> cabras que <strong>de</strong>scem pelas colinas <strong>de</strong><br />

Gilea<strong>de</strong>.<br />

Os seus olhos são como pombas junto às correntes das águas, lavados em leite, postos<br />

em engaste.


1. {The Shulamite}<br />

הנך יפה דודי אף נעים אף־ערׂשנו רעננה׃ .2 1:16<br />

3. Hinkha yafeh Dodi af naim af-arsenu raananah:<br />

4. Behold, thou are handsome, my beloved, yea, pleasant: also our bed is green.<br />

16 Eis que és formoso, ó amado meu, e também amável; o nosso leito é ver<strong>de</strong>.<br />

A Sunamita contempla o jovem Salomão. O rapaz é lindo aos seus olhos. Não só aos seus,<br />

mas aos olhos <strong>de</strong> toda uma geração <strong>de</strong> moças. Não parece ter existido muita oposição por<br />

parte <strong>de</strong> várias princesas em se casarem com o belo rei. A começar da mais po<strong>de</strong>rosa princesa<br />

<strong>de</strong> sua época. A filha do faraó. E agora Sunamita tem a chance <strong>de</strong> estar sozinha com um dos<br />

homens mais cobiçados <strong>de</strong> sua época. Como a lei permitia o casamento com várias esposas,<br />

apesar <strong>de</strong>la ainda não saber <strong>de</strong> quem se tratava o moço, equivaleria em nossa cultura a um<br />

dos solteiros mais requisitados do momento. E na conversa com ele, musico, cantor, poeta,<br />

ensaísta e só Deus sabe mais o que, ela <strong>de</strong>scobriu mais uma virtu<strong>de</strong>. Ele era uma pessoa<br />

amável. Ele a tratava com imenso carinho. Sentada no gramado, perto das cabras<br />

roubadas, ao lado <strong>de</strong> belíssima floresta, como no próximo verso, ela está admirada com a<br />

ternura do rapaz.<br />

Prestai atenção nesse fato, ó homens <strong>de</strong> toda terra.<br />

Na dimensão espiritual lemos o encontro com a beleza da Palavra <strong>de</strong> Cristo. Com a ternura<br />

do convite da salvação. Com a amabilida<strong>de</strong> do perdão, com a visão <strong>de</strong> um Espírito que<br />

conhece as nossas fraquezas. Nossos medos. Nossas dores. E que fala-nos suavemente, a<br />

maior parte do tempo. O leito é ver<strong>de</strong>. Sunamita está num campo ver<strong>de</strong>jante. Talvez numa<br />

colina. Evoca imediatamente o mais famoso e conhecido Salmo das Escrituras, o Salmo <strong>de</strong><br />

Davi, quando o mesmo fala: “<strong>de</strong>itar-me faz em VERDES campos!” Lembrando que Salomão<br />

está “metamorfoseado” <strong>de</strong> pastor! O termo “<strong>de</strong>itar” nas Escrituras evoca repouso,<br />

segurança, o sono. Deitamos-nos para repousar. Os campos são ver<strong>de</strong>jantes, não são feitos<br />

<strong>de</strong> palha seca, reverberam vida, novida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. A grama sempre se renova. O Espírito<br />

não nos convida para repousar sobre um mundo morto <strong>de</strong> regras religiosas. Não nos convida<br />

a seguir a letra das Escrituras vivendo com base nas experiências já vividas por aqueles que<br />

a escreveram. TODOS OS ESCRITORES E PERSONAGENS DAS ESCRITURAS<br />

ESTÃO MORTOS. Com a exceção <strong>de</strong> três, talvez quatro (Enoque transladado, Elias<br />

raptado, Jesus ressurreto e possivelmente Moisés, ludibriando a morte. Oficialmente<br />

<strong>de</strong>clarado morto, mas po<strong>de</strong> ter sido só por questões burocráticas celestiais, por assim dizer.<br />

Lembre-se que Satanás e Miguel discutiram a respeito do corpo <strong>de</strong> Moisés? Basicamente<br />

Satanás questionava a Miguel:- On<strong>de</strong> está a evi<strong>de</strong>ncia? On<strong>de</strong> está o cadáver? Ca<strong>de</strong> o corpo?<br />

– o que nos leva a questão..como o sujeito que tinha nas mãos a chave da morte, pelo menos<br />

á época dos acontecimentos, não sabia on<strong>de</strong> estava o corpo do falecido...). Deixando <strong>de</strong> lado<br />

esses quatro personagens, todos os <strong>de</strong>mais estão <strong>de</strong>vidamente enterrados. A LETRA É<br />

MORTA. Ela relata o PASSADO. Nós vivemos no PRESENTE. As Escrituras nos indicam<br />

o CAMINHO da VIDA PLENA, a partir <strong>de</strong> experiências pessoais com Cristo e seu Espírito.<br />

Nós vivemos as Escrituras em nós. Não vivemos NELA. Não resumimos nossa vida ao que<br />

está ESCRITO. Nós vivemos em NOVIDADE DE VIDA, inspirados pelas ESCRITURAS,<br />

coisas novas, experiências novas, na dimensão humana e na dimensão espiritual. Uma das<br />

maiores LOUCURAS dos teólogos é tentar NORMATIZAR a revelação divina, ou criar<br />

REGRAS para manutenção do STATUS QUO da BIBLIA SELANDO NELA a VOZ do<br />

ESPÍRITO <strong>de</strong> DEUS. Vivemos no ESPÍRITO inspirados na PALAVRA, alicerçados


NELA, po<strong>de</strong>ndo receber INCLUSIVE novas visões sobre as coisas <strong>de</strong> Deus. Em qualquer<br />

momento. Isso se chama LIBERDADE, se não CONTRADIZEREM frontalmente aquilo<br />

que está ESCRITO.<br />

II Corintios 3:17<br />

Ora, o Senhor é Espírito; e on<strong>de</strong> está o Espírito do Senhor, aí há liberda<strong>de</strong>.<br />

RECLAMAÇÕES<br />

Des<strong>de</strong> que, claro, não inventem um segundo Messias, uma quinta pessoa da trinda<strong>de</strong>, uma<br />

Obra Espiritual qualquer que substitua a Cristo como Salvador, e a instituição <strong>de</strong> coisas<br />

mágicas originalíssimas, tais como a unção do sal, como subsídio para péssimo uso <strong>de</strong>sta<br />

liberda<strong>de</strong>.<br />

A imaginação humana não é substituta do Espírito <strong>de</strong> Deus. O espírito humano não recebeu<br />

po<strong>de</strong>res mágicos. Nem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “profetizar” ou <strong>de</strong> “<strong>de</strong>clarar” aquilo que não saiu da<br />

boca <strong>de</strong> Deus. Isso se chama <strong>de</strong> “alucinação”. A mentira espiritual é uma PRAGA que po<strong>de</strong><br />

se <strong>de</strong>sdobrar e em vários aspectos.<br />

DOUTRINÁRIOS – Evangelho expúrio, antologicamente errado, grosseiro no<br />

conhecimento da Palavra em vários níveis, contaminado pela incredulida<strong>de</strong>, pelo<br />

materialismo, pela rejeição dos dons, pela escravidão teológica a um sistema doutrinário<br />

qualquer, carecendo <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> intelectual. No outro extremoindo às raias da<br />

interpretação espiritualista, mítica, alegórica, imaginativa, <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> fundamentos <strong>de</strong><br />

interpretação, literários, por <strong>de</strong>sprezo completo do vasto trabalho intelectual dos estudiosos<br />

das Escrituras.<br />

ESPIRITUAIS - Em substituição a liberda<strong>de</strong> espiritual em CRISTO que necessita <strong>de</strong><br />

SUBMISSÃO a voz do Espírito, a criação <strong>de</strong> um monstro espiritual qualquer. Uma BRUXA.<br />

Um dragão. Um monstro em que é misturado a cobiça humana, à perversão sexual, ao<br />

fanatismo, à falácia, e a dons falsificados.<br />

No meio termo há igrejas em que há <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ter experiências verda<strong>de</strong>iras e que possui dons<br />

espirituais, on<strong>de</strong> há curas, mas a li<strong>de</strong>rança é corrompida pelo amor ao dinheiro, que como<br />

todos já <strong>de</strong>viam saber, é o que rege o mundo, e não as conjecturas do Adam Smith. No livro<br />

“Hitler ganhou a guerra” – Graziliano Ramos os leitores po<strong>de</strong>m ter uma profunda noção do<br />

significado da frase “o amor ao dinheiro é a raiz <strong>de</strong> todos os males”. Outra situação é on<strong>de</strong><br />

os dons espirituais são manifestos, juntamente com outras situações espirituais falsificadas.<br />

Fake. Um misto entre joio e trigo na seara dos dons espirituais. Uma fonte <strong>de</strong> água<br />

contaminada, que é a coisa MAIS VENENOSA que a terra já viu. A diluição das coisas <strong>de</strong><br />

Deus com uma doutrina amaldiçoada é algo TENEBROSO. Por <strong>de</strong>mais tenebroso.<br />

COMPORTAMENTAIS – Boa doutrina, coerente, abrangente, dons espirituais verda<strong>de</strong>iros<br />

e falta <strong>de</strong> uma visão amorososa, escrava <strong>de</strong> usos e costumes, presa a questões menores,<br />

escravidão ministerial, criação <strong>de</strong> obrigações em relação a Igreja,intromissão na vida pessoal<br />

<strong>de</strong> membros, individualismo exarcebado, <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> conduta em função do “en<strong>de</strong>usamento”<br />

do grupo em relação aos <strong>de</strong>mais.<br />

A chave para a profundida<strong>de</strong> das Escrituras é a meditação nela, é a aplicação das verda<strong>de</strong>s<br />

nela contidas em nossa vida. Um manual <strong>de</strong> vida só faz sentido aplicado, corretamente.<br />

Como não tinha exatamente on<strong>de</strong> encaixar essa frase, coloquei aqui, dái a quebra <strong>de</strong> contexto.<br />

Não reclame não.


Isso tudo porque a grama é ver<strong>de</strong>. Porque os pastos são ver<strong>de</strong>jantes. A brisa passa pelo<br />

gramado em rajadas vibrantes, lá do alto da colina Sunamita vê a dança das folhas ver<strong>de</strong>s das<br />

árvores, a beleza da natureza cheia <strong>de</strong> vida. A igreja é permeada <strong>de</strong> Vida, que se manifesta<br />

HOJE, que a alegra, renova, energiza, fá-la suspirar, hoje.<br />

קרות בתינו ארזים רחיטנו ברותים׃ .1 1:17<br />

2. Korot bateinu arazim rakhi tenu rahi tenu berotim:<br />

The beams of our house are cedars, and our rafters and panels are cypresses or pines<br />

17 As traves da nossa casa são <strong>de</strong> cedro, as nossas varandas <strong>de</strong> cipreste.<br />

Cedro-do-líbano pertence à família das Pináceas. O seu principal habitat é nas cordilheiras<br />

do do Líbano, sendo esta última o seu limite mais meridional. O tronco dos maiores<br />

exemplares, que <strong>de</strong>sta árvore existem na floresta do Líbano, me<strong>de</strong> 15 metros <strong>de</strong><br />

circunferência, sendo a sua altura <strong>de</strong> quase 30 metros. Os poetas hebreus consi<strong>de</strong>ravam o<br />

cedro-do-líbano, como o símbolo do po<strong>de</strong>r e da majesta<strong>de</strong>, da gran<strong>de</strong>za e da beleza, da força<br />

e da permanência (is 2.13 – Ez 17.3,22,23 – 31.3 a 18 – Am 2.9 – Zc 11.1,2). O cedro, no<br />

seu firme e contínuo crescimento, é comparado ao progresso espiritual do homem justo (Sl<br />

92.12). Nas suas florestas naturais, a ma<strong>de</strong>ira do cedro é <strong>de</strong> superior qualida<strong>de</strong>. O principal<br />

ma<strong>de</strong>iramento do primeiro templo e dos palácios reais, como o <strong>de</strong> Davi (1 Cr 14.1) era <strong>de</strong><br />

cedro, sendo este último edifício chamado ‘a Casa do Boaque do Líbano’ (1 Rs 7.2). O cedro<br />

tornou-se tão comum em Jerusalém durante o reinado <strong>de</strong> Salomão que substituiu a ma<strong>de</strong>ira<br />

do sicômoro, consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> inferior. (1 Rs 10.27 – 2 Cr 9.27 – Ct 1.17). Os<br />

posteriores reis <strong>de</strong> Judá, os imperadores da Assíria tinham habitações igualmente feitas<br />

daquela preciosa ma<strong>de</strong>ira (Jr 22. 14,15 – Sf 2.14). Os navios <strong>de</strong> Tiro tiveram os seus mastros<br />

feitos <strong>de</strong> troncos dos cedros-do-líbano (Ez 27.5). Foi ainda o Líbano que forneceu a ma<strong>de</strong>ira<br />

dos seus cedros para o segundo templo <strong>de</strong> Zorobabel (Ed 3.7), e para o templo <strong>de</strong> Hero<strong>de</strong>s.<br />

Quando Jesus entrar no templo em Jerusalém, mil anos após Cânticos, pisará uma habitação<br />

feita <strong>de</strong> Cedros. Sunamita olha a imensidão cercada <strong>de</strong> florestas com cedros, cipestres,<br />

tamareiras, palmeiras. O céu estrelado por telhado, as colunas erguidas são os cipestres e<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> sua sombra era o lugar em que gostaria <strong>de</strong> passar grn<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> seus dias. A<br />

varanda <strong>de</strong> sua humil<strong>de</strong> e majestosa residência. Os cedros evocam a justiça, que os profetas<br />

ansiavam plena. Um pedaço <strong>de</strong> Cedro era usado nos rituais do tabernáculo:<br />

Levítico 14:52<br />

Assim expiará aquela casa com o sangue da ave, e com as águas correntes, e com a<br />

ave viva, e com o pau <strong>de</strong> cedro, e com o hissopo, e com o carmesim.


Um bastão <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira trabalhada. O Cedro unia-se ao hissopo e ao carmesin, misturava-se<br />

ao sangue da ave e aspargia gostas <strong>de</strong> seu sangue nos aposentos da casa que se <strong>de</strong>sejava<br />

santificar. No hebraico, o termo "expiação" é kaphar. Segundo a <strong>de</strong>finição dos estudiosos,<br />

significa "cobrir". Este conceito está <strong>de</strong>scrito em textos como Sl 32:1 e 85:2, no texto<br />

hebraico. Além disto, a palavra "expiação" é <strong>de</strong>finida como: "aplacar", "apaziguar",<br />

"perdoar", "purificar", pacificar", "reconciliar por".<br />

A união <strong>de</strong>ssas figuras aponta para A crucificação. Os soldados romanos oferecerão uma<br />

bebiba à base <strong>de</strong> vinagre e mirra ao crucificado numa esponja <strong>de</strong> hissopo.<br />

Tito Lívio (em latim: Titus Livius; Pádua c. 59 a.C.) ,Marco Túlio Cícero, em latim Marcus<br />

Tullius Cicero (Arpino, 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 106 a.C. — Formia, 7 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 43 a.C.),<br />

Públio (Caio) Cornélio Tácito ou simplesmente Tácito, (55 - 120 d.C.), Tito Mácio Plauto<br />

(cerca <strong>de</strong> 230 a.C. - 180 a.C E Julius Firmicus Maternus nos conce<strong>de</strong>m relatos sobre a<br />

crucificação romana na antiguida<strong>de</strong>. Ao usar o “cedro” para “expiar” unindo-o ao sangue,<br />

ao hissopo, águas correntes e ao carmesim, vemos uma cena profética, uma representação<br />

diária das realida<strong>de</strong>s espirituais que se tornariam reais naquela fatítica páscoa on<strong>de</strong> Jesus<br />

morreu.<br />

O Cedro vinha <strong>de</strong> longe, era usado nas naus <strong>de</strong> Tiro, a mais orgulhosa cida<strong>de</strong> da antiguida<strong>de</strong><br />

que ficava numa ilha a 600 mestros da costa, servia para construção das casas dos Israelitas,<br />

na época do cântico po<strong>de</strong>ria dizer que Jerusalém era praticamente feita <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> cedro.<br />

A bela moça não mora na cida<strong>de</strong>, na riquissima cida<strong>de</strong>, mas ali <strong>de</strong>itada sob o toldo das estrelas<br />

fez sua casa da terra e das árvores as vigas <strong>de</strong> sua residência.<br />

O Espírito santo cercou a Igreja <strong>de</strong> justiça. Equipou-a com justos ou justificados. A base da<br />

justiça é a fé, fé num sacrifício que para nós é passado, mas para a Sunamita era futuro. Os<br />

cedros evocam majesta<strong>de</strong>. Força. Grandiosida<strong>de</strong>. As Escrituras afirma que Deus <strong>de</strong>monstra<br />

a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r na ressurreição <strong>de</strong> Cristo. Imaginariamos que seria isso na criação<br />

do universo. Mas na mente <strong>de</strong> Deus, a maior manifestação <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r é a ressurreição do<br />

pedaço <strong>de</strong> cedro misturado com sangue <strong>de</strong> aves, hissopo e carmesim. Há um po<strong>de</strong>r que<br />

emana da ressurreição que ultrapassa nossos entendimentos. Isso conce<strong>de</strong> PODER ao justo,<br />

FORÇA que lhe dá robuztes no frio, ao vento, á geada. O que aconteceu no calvário nos


colocou em uma condição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, acima <strong>de</strong> TODO PODER QUE SE LEVANTA<br />

NESTE MUNDO.<br />

O cedro é muito forte. Porque ele representa o po<strong>de</strong>r estabelecido pela justiça, fruto da<br />

expiação, que está e atua sobre nós.<br />

E qual a sobreexcelente gran<strong>de</strong>za do seu po<strong>de</strong>r sobre nós, os que cremos, segundo a<br />

operação da força do seu po<strong>de</strong>r,<br />

Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o <strong>de</strong>ntre os mortos, e pondo-o à sua direita<br />

20<br />

nos céus.<br />

Acima <strong>de</strong> todo o principado, e po<strong>de</strong>r, e potesta<strong>de</strong>, e domínio, e <strong>de</strong> todo o nome que se<br />

21<br />

nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;<br />

E as varandas são <strong>de</strong> Cipestre


On<strong>de</strong> há muita sombra, muito refrigério. Muito agradável é a vida a qual o Espírito convidounos<br />

a viver.<br />

I am the rose of Sharon, and the lily of the valleys<br />

1 Eu sou a rosa <strong>de</strong> Sarom, o lírio dos vales.<br />

1. {The Shulamite}<br />

אני חבצלת הׁשרון ‏ׁשוׁשנת העמקים׃ .2 2:1<br />

3. Ani khavatselet haSharon shoshanat haamakim:


Sulamita morava na Galiléia e se chamava pelo nome <strong>de</strong> duas flores uma das redon<strong>de</strong>zas <strong>de</strong><br />

Nazaré e outra <strong>de</strong> um vale que ficava na região que um dia seria chamada <strong>de</strong> SAMARIA: O<br />

havatzélet era da planície <strong>de</strong> Samaria e os shoshanim das redon<strong>de</strong>zas <strong>de</strong> Nazareth<br />

(Nivalda os coloca ambos como pertencentes á região <strong>de</strong> Nazareth, po<strong>de</strong>m estar ali presentes<br />

também, – mas é importante que compreen<strong>de</strong>r ela nãopensava numa uma planta da região<br />

<strong>de</strong> Nazareth, mas numa flor da planície <strong>de</strong> Sarom). O lírio (havatzélet), existe em Israel há<br />

mais <strong>de</strong> 3.000 anos. Esta palavra vem <strong>de</strong> uma raiz relativa a flores nativas batzal e a maior<br />

característica é que ela é planta <strong>de</strong> bulbo (as rosas não o são). De acordo com o targum o<br />

havatzélet, é o narciso (tradução também preferida pela Bíblia <strong>de</strong> Jerusalém). Shoshanat,<br />

shoshanim (pl) são lírios, bem como a palavra havatzélet, que quer dizer lírio, se assemelha<br />

aos crocus <strong>de</strong> outono que eram vermelhos como os lírios do oriente, lilazes ou brancos. Os<br />

shoshanim lírios comuns dos vales profundos entre montanhas, enquanto que o primeiro<br />

(havatzélet), é lírio das montanhas conforme já dissemos. O lírio tem 6 pétalas e shoshana<br />

vem da raiz <strong>de</strong> shesh que quer dizer seis. O havatzélet é um lírio diferente, citado juntamente<br />

com os lírios dos vales. Os lírios dos vales são plantas também <strong>de</strong> bulbo e ambas se<br />

i<strong>de</strong>ntificam plenamente. O havatzélet, é portanto, um lírio dos montes da Galiléia e os<br />

shoshanim são os lírios do vale. A brancura do havatzélet chamou a atenção da noiva.<br />

(Extraido do Livro - Jesus na Ecologia <strong>de</strong> Israel - Nivalda Gueiros Leitão).<br />

Sunamita é se compara a uma flor <strong>de</strong> Sarom. Está revelando um gran<strong>de</strong> segredo. Ela aponta<br />

para a terra <strong>de</strong> seu NASCIMENTO. Quem diria! Viveu sua vida toda em Sunem, mas suas<br />

origens são <strong>de</strong> outro lugar. Ali era a região on<strong>de</strong> viviam os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes da tribo <strong>de</strong> Manassés.<br />

Ela é natural da tribo <strong>de</strong> Manassés! E se ela é <strong>de</strong>scente <strong>de</strong> Manassés nos reserva uma gran<strong>de</strong><br />

surpresa.<br />

Gênesis 46:20<br />

E nasceram a José na terra do Egito Manassés e Efraim, que lhe <strong>de</strong>u Asenate, filha <strong>de</strong><br />

Potífera, sacerdote <strong>de</strong> Om.<br />

Ela é <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> José, e tem como ancestral uma egípcia! Que era filha <strong>de</strong> um<br />

sacerdote. Sua herança espiritual vinha <strong>de</strong> um sacerdócio egípcio! Israel viveu uma<br />

profunda ligação com o Egito.<br />

E agora vemos a profundida<strong>de</strong> do elogio que Salomão lhe fez ao associá-la aos carros <strong>de</strong><br />

Faraó!<br />

Jacó ao morrer abençoa a José:<br />

21<br />

Depois disse Israel a José: Eis que eu morro; mas Deus será convosco, e vos fará tornar<br />

para a terra <strong>de</strong> vossos pais.<br />

22<br />

E eu te dou um pedaço <strong>de</strong> terra a mais do que a teus irmãos, o qual tomei com a<br />

minha espada e com o meu arco da mão dos amorreus.<br />

José recebeu um pequeno pedaço <strong>de</strong> terra que seu pai havia conseguido numa batalha. É<br />

uma batalha invisível, nós não a percebemos em Genesis, porque <strong>de</strong>la nada foi escrito. É<br />

para nós uma revelação. Não imaginamos Jacó com uma espada nas mãos, além da cena da<br />

luta com o anjo. Além das terras prometidas a Abrãao e a Moisés, <strong>de</strong>scobrimos uma pequena<br />

proprieda<strong>de</strong> que já pertencia legitimamente aos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Israel. Um pequeno sítio.


Fora da palestina. A igreja é uma grandiosa proprieda<strong>de</strong> tomada das mãos dos amorreus,<br />

pela força e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Cristo.<br />

A Planície <strong>de</strong> Sarom é mencionada na Bíblia (1 Crônicas 5:16, 1 Crônicas 27:29; Isaías 33:9,<br />

Isaías 35:2, Isaías 65:10), incluindo a famosa referência à "rosa <strong>de</strong> Sarom" (Cântico 2:1). Ela<br />

pertence a Samaria da época <strong>de</strong> Cristo. Nos tempos antigos, a planície foi particularmente<br />

fértil e populosa. Imigrantes sionistas chegaram no início do século 20, e povoaram a região<br />

com muitos assentamentos. Sharon, Sarom ou Sarona (em hebraico: ‏(ןֹורָׁן é a meta<strong>de</strong> norte<br />

da planície costeira <strong>de</strong> Israel, norte <strong>de</strong> Gush Dan e sua maior cida<strong>de</strong> é Netanya. As outras<br />

maiores cida<strong>de</strong>s nesta região são Ra'anana, Ramat Hasharon e Kefar Sava.<br />

Sunamita se compara a uma flor <strong>de</strong> uma planície costeira, <strong>de</strong> uma região célebre, on<strong>de</strong> ao<br />

fundo se vê o Carmelo, monte da luta entre os profetas <strong>de</strong> Baal e Elias.


O distrito <strong>de</strong> Cesaréia <strong>de</strong> Filipe se encontra aos pés do monte. É uma área preciosa. Ali havia<br />

muitos cervos. O Salmo 42 foi escrito aqui: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim<br />

clama por ti, Oh Deus, a minha alma. A minha alma tem se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, do Deus vivo; quando virei, e me<br />

apresentarei diante <strong>de</strong> Deus?”. Esses cervos <strong>de</strong>sejavam águas vivas, on<strong>de</strong> podiam achá-las?<br />

Esta área está muito próxima do Mar da Galiléia, para o norte. Em Isaías 9:1 lemos: “Mas<br />

não haverá sempre escuridão para a que está agora em angústia, tal como a aflição que lhe veio no tempo que<br />

levianamente tocaram a primeira vez à terra <strong>de</strong> Zabulom e à terra <strong>de</strong> Naftali; pois ao fim encherá <strong>de</strong> glória<br />

o caminho do mar, daquele lado do Jordão, na Galiléia dos gentios”.<br />

Esta é uma profecia maravilhosa. Um dia, o Messias viria, e ele faria <strong>de</strong>ste lugar – O mar<br />

da Galiléia– o centro da sua obra. “O povo que andava em trevas viu gran<strong>de</strong> luz; os que moravam na<br />

terra da sombra <strong>de</strong> morte, luz resplan<strong>de</strong>ceu sobre eles”. Por que diz “terra <strong>de</strong> sombra”? Porque essa era<br />

uma zona <strong>de</strong> vulcões. Toda a terra nesse lugar é <strong>de</strong> uma cor escura, e por isso absorve muito<br />

a luz solar. Por essa razão, também o trigo cresce muito rapidamente, porque recebe muita<br />

energia do sol. Por isso, quando os sacerdotes ofereciam as primícias no templo, eles tinham<br />

muito claro que os primeiros frutos vinham da terra da Galiléia. Se você olhar à distância<br />

todas as casas estão construídas com rocha escura. Quando o Senhor estava em Cafarnaum,<br />

ou no mar da Galiléia, olhando à distância via uma terra escura. É a “terra <strong>de</strong> sombra”.<br />

Planicie <strong>de</strong> Sarom. Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cesaréia. Ao fundo o monte Carmelo.<br />

É nessa planície que ocorreram eventos muito significativos. Depois <strong>de</strong> uma visão<br />

extraordinária que teve enquanto estava em Jope, Pedro iniciou o ministério entre os gentios,<br />

pregando a um centurião romano chamado Cornélio na Cesaréia (Atos 10) que fica situada


em Sharom. Filipe pregou e viveu aqui e teve quatro filhas que profetizavam (Atos 8:40;<br />

21:8–9). Paulo foi prisioneiro na cida<strong>de</strong> durante dois anos, na mesma planície (Atos 23–26).<br />

Ele pregou a Félix, Festo e a Hero<strong>de</strong>s Agripa II, que disse: “Por pouco me queres persuadir<br />

a que me faça cristão!” (Atos 26:28).<br />

É em Sarom que se inicia o ministério do Espírito a todos os povos da terra, através <strong>de</strong><br />

Pedro. Lá o primeiro gentio será batizado com Espírito Santo e abrirá as portas do Evangelho<br />

aos povos, raças, tribos e nações. Em Sharom finalmente se inciará o cumprimento da antiga<br />

promessa “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, dito para Abrãao. Em Sarom<br />

Pedro terá a visão extraordinária dos animais puros e impuros sendo <strong>de</strong>scidos até ele num<br />

lençol por quatro vezes. Porque Deus amou o mundo <strong>de</strong> tal maneira que o santificou. Cada<br />

pedaço <strong>de</strong>le. Cada animal.<br />

Quando Jesus morre no calvário seu sangue purificava a terra inteira. Toda ela foi comprada<br />

para Deus através <strong>de</strong> Cristo. Cada centro <strong>de</strong> tortura, cada prisão, cada zona <strong>de</strong> prostituição,<br />

cada cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>struídas pelas drogas, cada lugar on<strong>de</strong> corpos são lançados mutilados, cada<br />

pedaço <strong>de</strong> chão on<strong>de</strong> um monge budista cai incendiado <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um suicídio ritual, cada<br />

pedaço <strong>de</strong> terreiro que é usado para rituais macabros <strong>de</strong> magia negra. Toda a terra foi<br />

santificada para Deus. Já não existem lugares sagrados, como no Velho Testamento. Nem<br />

coisas separadas como flores ou púlpitos. O chão <strong>de</strong> uma igreja não é mais sagrado que<br />

um pedaço <strong>de</strong> cemitério <strong>de</strong> indigentes. Este é o mistério revelado a mulher<br />

Samaritana que cria que o único local sagrado da terra, o único em que po<strong>de</strong>ria “cultuar” a<br />

Deus, eram as ruínas <strong>de</strong> um antigo templo samaritano, no monte <strong>de</strong> Samaria. É o segredo<br />

contado por Jesus “on<strong>de</strong> quer que ouverem dois ou três reunidos em meu nome, ai eu<br />

estarei”. Todo o UNIVERSO físico foi impactado pela morte <strong>de</strong> Jesus. E preparado por ele.<br />

Basta que a sunamita chegue. Baste que ela pise.<br />

Josué é obrigado a tirar as sandálias para pisar um lugar santo, porque ali o anjo do senhor<br />

estava pisando e santificando o local, na época da tomada <strong>de</strong> Jericó. Agora, on<strong>de</strong> quer que<br />

pisar a Igreja, sobre ela repousa o PODER que habitava o Anjo do Senhor. Ela é que<br />

santifica a terra on<strong>de</strong> habita. On<strong>de</strong> quer que a igreja ore, toda maldição terá que <strong>de</strong>ixar o<br />

local. Tanto faz se era um centro <strong>de</strong> excelência na busca do diabo, ou uma antiga casa <strong>de</strong><br />

prostituição.<br />

Sunamita é a rosa <strong>de</strong> Sarom. Mas também é uma moça da região da Galiléia. Em Sarom a<br />

revelação que Cristo <strong>de</strong>u sobre si seria anunciado ao mundo inteiro.<br />

1. {The Beloved}<br />

כׁשוׁשנה בין החוחים כן רעיתי בין הבנות׃‎2:2‎ .2<br />

3. Keshoshanah bein hakhokhim ken rayati bein habanot:<br />

As the lily among thorns, so [is] my love among the daughters


2 Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas.<br />

A palavra no hebraico para espinho é hoah hohim (pl). Estes espinhos são comuns, como<br />

planta nociva aos campos <strong>de</strong> trigo, em ruinas ou lugares abandonados (II Reis 14:9,<br />

Provérbios 26:9, Jó 31:39-40, Isaías 34:13, Mateus 13:7). Esta planta nociva brota também<br />

em solos <strong>de</strong> aluvião ou nas altitu<strong>de</strong>s mais baixas do país (Israel). Geralmente trata-se <strong>de</strong> uma<br />

planta chamada “espinho dourado” que é comum se ver nas regiões do Golan e Galiléia.<br />

Espinhos nos levam a visão <strong>de</strong> uma coroa <strong>de</strong> espinhos, nos levam a amargura humana, a<br />

raiva, o ódio, a mentira, a traição. Os maltratos. Dentre as dimensões humanas <strong>de</strong> Cantares<br />

o Espírito enxerga a humanida<strong>de</strong>. Toda ela. E vê <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta os ímpios e os inocentes. Ele<br />

contempla as violações dos direitos humanos em toda a terra. É o caso <strong>de</strong> duas primas<br />

indianas <strong>de</strong> 14 e 16 anos encontradas mortas por enforcamento na última quarta-feira <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> terem sido vítimas <strong>de</strong> estupro coletivo no estado <strong>de</strong> Uttar Pra<strong>de</strong>sh.<br />

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140530_estupro_enforcamento_ind<br />

ia_rb.shtml<br />

Quase 17 mil mulheres foram mortas vítimas <strong>de</strong> agressões, entre 2009 e 2011, por causa <strong>de</strong><br />

conflitos <strong>de</strong> gênero, ou seja, apenas por ser do sexo feminino, segundo o estudo Violência<br />

Contra a mulher: Feminicídios no Brasil, divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Ipea (Instituto<br />

<strong>de</strong> Pesquisa Econômica Aplicada). O número representa uma média <strong>de</strong> 5.664 mortes <strong>de</strong><br />

mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia ou ainda um óbito<br />

a cada hora e meia. Segundo Amartya Sen, prêmio Nobel <strong>de</strong> Economia <strong>de</strong> 1998, mais <strong>de</strong> 100<br />

milhões <strong>de</strong> mulheres <strong>de</strong>sapareceram ou foram mortas em todo o mundo vítimas da<br />

discriminação em 10 anos.<br />

De acordo com uma pesquisa mundial com os dados disponíveis <strong>de</strong> 2013, 35 por cento das<br />

mulheres em todo o mundo têm experimentado ou violência física e /ou sexual por parceiro<br />

íntimo ou violência sexual por estranhos. No entanto, alguns estudos mostram que em alguns<br />

países a violência alcança até 70 por cento das mulheres.


Na Austrália, Canadá, Israel, África do Sul e Estados Unidos, violência por parceiro íntimo<br />

é responsável por entre 40 e 70 por cento das vítimas <strong>de</strong> assassinato do sexo feminino.<br />

Mais <strong>de</strong> 64 milhões <strong>de</strong> meninas no mundo inteiro estão noivas ainda crianças. 46 por cento<br />

das mulheres com ida<strong>de</strong>s entre 20-24 no Sul da Ásia e 41 por cento na África Oci<strong>de</strong>ntal e<br />

Central relataram que elas se casaram antes da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 18 anos.<br />

Casamento infantil, resultando em gravi<strong>de</strong>s precoce e in<strong>de</strong>sejada, apresenta riscos que<br />

ameaçam a vida <strong>de</strong> meninas adolescentes; Em todo o mundo, as complicações relacionadas<br />

com a gravi<strong>de</strong>z são a principal causa <strong>de</strong> morte <strong>de</strong> 15 a 19 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, as meninas.<br />

Aproximadamente 140 milhões <strong>de</strong> meninas e mulheres no mundo sofreram mutilação<br />

genital feminina / excisão.<br />

O tráfico enreda milhões <strong>de</strong> mulheres e meninas em escravidão mo<strong>de</strong>rna. Mulheres e<br />

meninas representam 55 por cento dos cerca <strong>de</strong> 20,9 milhões <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong> trabalho forçado<br />

no mundo. Destas 4,5 milhões <strong>de</strong> mulheres foram forçadas à exploração sexual.<br />

O estupro tem sido uma tática crescente em guerras mo<strong>de</strong>rnas. Estimativas conservadoras<br />

sugerem que 20.000 a 50.000 mulheres foram estupradas durante a guerra <strong>de</strong> 1992-1995 na<br />

Bósnia e Herzegovina, enquanto que cerca <strong>de</strong> 250.000 a 500.000 mulheres e meninas foram<br />

alvo do genocídio <strong>de</strong> 1994 em Ruanda. 40 e 50 por cento das mulheres em países da União<br />

Europeia experimentam assédios sexuais não <strong>de</strong>sejados, contato físico ou outras formas <strong>de</strong><br />

assédio sexual no trabalho. Nos Estados Unidos, 83 por cento das adolescentes com ida<strong>de</strong>s<br />

compreendidas entre 12 e 16 sofreram algum tipo <strong>de</strong> assédio sexual nas escolas públicas. Nos<br />

Estados Unidos, 11,8 por cento das novas infecções pelo HIV entre as mulheres <strong>de</strong> mais <strong>de</strong><br />

20 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> durante o ano anterior foram atribuídas à violência por parceiro íntimo.<br />

Espinhos evocam dor. Muita dor. A dor da cruz, a dor da mentira, a dor da malda<strong>de</strong>.<br />

Espinhos fala-nos <strong>de</strong> ministros corruptos, <strong>de</strong> profetas falsos, <strong>de</strong> politicos mentirosos, do<br />

roubo, da vilania, da violencia, material, fisica, moral ou espiritual. Jesus ao ser con<strong>de</strong>nado a<br />

morte provou a violencia juridica, a perda injusta <strong>de</strong> direitos, a violencia do estado, perda da<br />

liberda<strong>de</strong> a que tinha direito, a perda da cidadania, morrendo como um estrangeiro, a perda<br />

da honra, tratado como um assassino, a violencia fisica religiosa, bateram nele <strong>de</strong>ntro do<br />

templo, a violencia fisica das autorida<strong>de</strong>s, os soldados não tinham or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> tripudiar dos<br />

prisioneiros, o fazem por prazer, a aviolencia fisica do estado, a pena <strong>de</strong> morte. ‘Espinhos’<br />

falam-nos <strong>de</strong> mestres contaminados por doutrinas malignas, fala <strong>de</strong> filosofias cuja origem é<br />

o inferno e cujo fim é a perdição. A mentira religiosa, a profética, a doutrinária ferem como<br />

espinhos. A falta <strong>de</strong> amor, a animosida<strong>de</strong>, o sectarismo, a falta <strong>de</strong> compaixão, <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sincerida<strong>de</strong>. Pais que maltratam seus filhos, maridos maltrando esposas,<br />

ministros pastores suas ovelhas. Lí<strong>de</strong>res aproveitando <strong>de</strong> sua posição para roubar o que não<br />

lhe pertence, induzir pessoas a realizarem a sua vonta<strong>de</strong> pessoal. O que gera dor, <strong>de</strong>cepção,<br />

e angustia. O ministério <strong>de</strong>struido pela fofoca, pela mentira, pelo ato ardiloso. A menina<br />

enganada pela amiga, o negócio sem ética, a confiança não correspondida <strong>de</strong> quem se<br />

esperava responsabilida<strong>de</strong> e cujos atos trouxeram perda, perda violenta. Espinhos.<br />

A Sunamita é um lírio entre os espinhos. É bom tocar nela, não nos fere, não nos machuca,<br />

não nos causa dor.<br />

Ela é o amor entre as filhas. Ela é conhecida não porque domina, não porque coage, não<br />

porque abusa <strong>de</strong> sau autorida<strong>de</strong>. Antes porque ama.<br />

Um ministério segundo o Espírito não será conecido no futuro pela gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> suas curas.<br />

Pela beleza ou profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas revelações. Pela gloriosida<strong>de</strong> das visitações angelicasi.<br />

Pela notorieda<strong>de</strong> das curas. Mas pelo amor não fingido pelo carinho <strong>de</strong> uma igreja que age<br />

amorosamente. Por isso se distingue entre as filhas. São <strong>de</strong>zenas ou centenas <strong>de</strong> ministérios.<br />

Muitos eram flores e agora <strong>de</strong>les só restaram espinhos. Mas o Espírito olha para uma Igreja<br />

que se sobressai no meio <strong>de</strong> muitas, que ainda que sejam filhas, ou participantes dos


mistérios, da graça, da filiação, não se sobressaem no profundo e <strong>de</strong>sinteressado amor. Hoje<br />

são milhares que se <strong>de</strong>ixam igrejas por causa da indiferença, pela fragilida<strong>de</strong> das relações<br />

humanas. Pela falta <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>.<br />

Paulo profetiza quando anuncia que ainda que falasse a língua dos homens e dos anjos e não<br />

tivesse amor, <strong>de</strong> nada isso adiantaria. Nada servem revelações divinas, nada adianta po<strong>de</strong>r,<br />

unção, revelação, profecia, milagres, se não houver genuína sauda<strong>de</strong>, companheirismo,<br />

amiza<strong>de</strong>, amor ao próximo. A profecia, a revelação, a operação milagrosa, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

exclusivamente da fé. Mas a fé po<strong>de</strong> ser exercida sem amor. Porque os dons são uma dádiva<br />

inalienável, o po<strong>de</strong>r concedido ao homem não é retomado pela sua intransigência, pelo seu<br />

<strong>de</strong>samor. O nome disso é Graça. Mas a revelação não opera salvação. Por isso os <strong>de</strong>sastres<br />

absolutos <strong>de</strong> ministérios on<strong>de</strong> apesar da operação dos dons, não há preservação <strong>de</strong> vidas,<br />

não há crescimento. A mistura da profecia e da falta <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> é a morte espiritual é o<br />

ESCANDALO. Escândalo é algo mais profundo do que <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> conduta da li<strong>de</strong>rança da<br />

Igreja. Escandalizar significa ultrajar a consciência alheia, horrorizar, levra o outro ao repudio,<br />

é vilipendiar a alma do outro <strong>de</strong> um modo tão profundo que este não mais quer ver, ouvir,<br />

sentir as coisas que o feriram. O escândalo leva a rejeição completa, ao nojo, a abominação<br />

da alma. Conduz a uma condição <strong>de</strong> inacessibilida<strong>de</strong> do coração. Escandalizar significa gerar<br />

uma condição <strong>de</strong> rejeição profunda em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ato, <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> um conjunto<br />

<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s que imprimem uma impressão duradoura, por vezes permanentes na outra<br />

pessoa. A profecia falsa, a doutrina expuria, o comportamento hipócrita, etc.<br />

Porém, on<strong>de</strong> há abundancia do amor, há uma gran<strong>de</strong> distinção. Salomão já tinha neste<br />

momento muitas mulheres. Mas ele se apaixona pela doçura <strong>de</strong> Sunamita. Ela é muito doce.<br />

1. {The Shulamite}<br />

כתפוח בעצי היער כן דודי בין הבנים בצלו חמדתי ויׁשבתי ופריו מתוק לחכי׃ .2 2:3<br />

3. Ketapuakh baatzei hayaar ken Dodi bein habanim betzilo khimadti veyashavti<br />

ufiryo matok lekhiki<br />

4. As the apple tree among the trees of the wood, so is my beloved among the sons. I<br />

sat down un<strong>de</strong>r his shadow with great <strong>de</strong>light, and his fruit was sweet to my taste.<br />

3 Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; <strong>de</strong>sejo muito<br />

a sua sombra, e <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>la me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.


A Sunamita distingue seu amado, pela sua beleza, pela sua doçura, <strong>de</strong>ntre as árvores do<br />

bosque. A maçã é um fruto que era iguaria da mesa <strong>de</strong> reis. Era apreciada por crianças, por<br />

adultos, por adolescentes, gente <strong>de</strong> todas as classes sociais. E apreciada por todas as nações.<br />

Importada ou cultivada, se distinguia pelas flores, pelo cheiro.


Algumas espécies <strong>de</strong> macieiras crescidas conce<strong>de</strong>m excelente sombra. O fruto <strong>de</strong> polpa<br />

branca que quando exposto vai escurecendo pela oxidação, <strong>de</strong> um vermelho que lembra os<br />

lábios femininos, por isso mesmo usado como símbolo <strong>de</strong> amor por diversos poemas e textos<br />

religiosos da antiguida<strong>de</strong>.


A palavra hebraica para maçã é tapuach, cujo valor numérico equivale à expressão Sekh Akeida,<br />

que quer dizer algo como Cor<strong>de</strong>iro do Aliança.<br />

A macieira tem uma imagem que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> a tornou a árvore preferida para<br />

<strong>de</strong>signar outra famosa árvore. A árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. A macieira era<br />

conhecida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> e associada em diversas culturas a alimento dos <strong>de</strong>uses.<br />

Sunamita vive <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> uma cultura que representava, que evocava, que simbolizava a<br />

árvore <strong>de</strong> Genesis, através da macieira. O fruto da árvore do Conhecimento é <strong>de</strong>nominado<br />

<strong>de</strong> pomo, simplesmente, fruto. Ao passar o texto do grego para o latim, os tradutores usaram<br />

o termo "pomum", que acabaria sendo traduzido como maçã nas línguas mo<strong>de</strong>rnas.


A sunamita vê a árvore mais romântica <strong>de</strong> sua época. Uma das mais belas e perfumadas e<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>la, numa cobertura <strong>de</strong> flores, ela <strong>de</strong>sejava estar assentada. Saomão é para ela esse<br />

lugar especial. A representação do texto nos leva a outro lugar bem mais distante. A Igreja<br />

<strong>de</strong> Cristo olha para ele como a sombra <strong>de</strong> outra árvore. Uma árvore celestial <strong>de</strong>baixo da qual<br />

ela gostaria <strong>de</strong> repousar. Porém essa árvore estava no É<strong>de</strong>m, um jardim que existiu no início<br />

dos tempos. Para a igreja <strong>de</strong>scansar <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>la teria que entrar no É<strong>de</strong>m. Ezequiel recebe<br />

a revelação <strong>de</strong> uma árvore cujo fruto é para a cura das nações. E em Apocalipse nos é<br />

mostrada essa árvore, no NOVO UNIVERSO que Deus criará:<br />

Apocalipse 22<br />

2<br />

14<br />

no meio da rua principal da cida<strong>de</strong>. De cada lado do rio estava a árvore da vida,<br />

que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para a<br />

cura das nações.<br />

Felizes os que lavam as suas vestes, e assim têm direito à árvore da vida e po<strong>de</strong>m<br />

entrar na cida<strong>de</strong> pelas portas.<br />

Para a Sunamita celestial <strong>de</strong>itar-se à sombra <strong>de</strong>ssa árvore celestial terá que ascen<strong>de</strong>r aos céus,<br />

alcançar a eternida<strong>de</strong>, chegar ao amanhã, e ao que virá <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le. É uma bela figura em<br />

forma <strong>de</strong> poesia, o sonho da eterna salvação, a esperança dos céus, a aspiração à presença do<br />

Amado, cujo fruto é a Vida Eterna.<br />

<strong>de</strong>sejo muito a sua sombra<br />

Esse é um dos mistérios que norteiam as orações, os sonhos, os pensamentos da Igreja <strong>de</strong><br />

Cristo. Ela <strong>de</strong>seja muito essa sombra. Muito.<br />

e <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>la me assento


Em seus sonhos Sunamita já se vê protegida e guardada <strong>de</strong>baixo da Macieira. Já está assentada<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>la, já tomou uma <strong>de</strong>cisão. Esse sujeito é o homem <strong>de</strong> minha vida. É com ele que<br />

anseio viver.<br />

A Igreja <strong>de</strong> Cristo não herdará sua salvação amanhã. Ou um dia. Ela já se assentou nas regiões<br />

celestiais em Cristo. Já tem direito a árvore da Vida. Ela já está <strong>de</strong>baixo da sombra, embora<br />

ainda não tenha efetivamente comido do seu fruto. Somos mortais. Ainda não recebemos<br />

corpos que suportem viver no lugar on<strong>de</strong> os anjos habitam. Mas já nos assentamos, já<br />

participamos <strong>de</strong>ste mistério <strong>de</strong> salvação. E do que ele manifesta. A cura que um dia alcançará<br />

TODAS AS NAÇÕES já acontece hoje no seio da Igreja. A restauração que um dia mudará<br />

o universo, já se iniciou nos corações, nas mentes e corpos dos que amaram a Cristo.<br />

{The Shulamite to Banot Yerushalayim}<br />

Heviani el-beit hayayin vediglo alai ahavah:<br />

הביאני אל־בית היין ודגלו עלי אהבה ׃ 2:4


He brought me into the house of wine, and his banner over me was love.<br />

Levou-me à casa do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor.<br />

O BANQUETE REAL<br />

Sargão II, na inauguração <strong>de</strong> seus palácios, Dur-Sarrukin, <strong>de</strong>u um grandioso banquete.<br />

Senaqueribe fez o mesmo para o <strong>de</strong> Ninive. Assurbanipal II ( 883-859 a. C.) ofereceu, após<br />

a conclusão do palácio <strong>de</strong> Kalhu um banquete para 69.574 convidados. (pag 62 História da<br />

Alimentação, ed. Estação Liberda<strong>de</strong>). Os convidados eram presenteados nos banquetes reais<br />

com roupas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor, jóias, vinhos caros e até porções dos alimentos especiais da<br />

corte. Em Babilonia e Assiria os alimentos consumidos eram primeiramente oferecidos aos<br />

<strong>de</strong>uses (Constituiam uma libação. Literalmente oferecidos, <strong>de</strong>positados e <strong>de</strong>ixados diante das<br />

estátuas das divinda<strong>de</strong>s, como oferendas. A comida real era composta do mesmo tipo <strong>de</strong><br />

alimentos oferecidos aos <strong>de</strong>uses) separavam parte do que havia sido consagrado aos <strong>de</strong>uses,<br />

que eram trazidos ao rei que po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>le repartir aos altos funcionários <strong>de</strong> sua hierarquia.<br />

Dezenas ou centenas <strong>de</strong> mesas eram separadas com a proximida<strong>de</strong> real selecionada a partir<br />

<strong>de</strong> rígida hierarquia, que ia <strong>de</strong> membros <strong>de</strong> sua família, seus conselheiros reais, seus generais<br />

e nobres, os altos funcionários da corte, os governadores das províncias, os nobres da cida<strong>de</strong><br />

e ricos comerciários, os dignatários e as autorida<strong>de</strong>s, os convidados divesos, os profissionais<br />

do palácio, os guardas do palácio. Era uma gran<strong>de</strong> honra participar do banquete real que<br />

po<strong>de</strong>ria se esten<strong>de</strong>r por dias, com um cardápio requintado, uma organização minuciosa, com<br />

artistas convidados, músicos, danças com belíssimas dançarinas, e várias atrações para<br />

diversão dos convidados. Um grupo imenso trabalhava intensamente no preparo do<br />

banquete, na distribuição, na limpeza dos salões, na distribuição <strong>de</strong> presentes, nos ritos <strong>de</strong><br />

entrada e saída do palácio, na vilgilancia do evento. Os banquetes celebravam os gran<strong>de</strong>s<br />

eventos da vida nacional, as gran<strong>de</strong>s vitórias e conquistas bélicas, o casamento real. Os haréns<br />

reais realizavam normalmente sus banquetes separadamente, haviam listas diferentes <strong>de</strong><br />

alimentação e o próprio suprimento <strong>de</strong> vinho para os palácios das mulheres. Havia uma<br />

questão <strong>de</strong> hábitos alimentares distintos das princesas e rainhas, a maioria das mulheres dos<br />

reis da antiguida<strong>de</strong> eram estrangeiras, princesas estrangeiras que trouxeram com elas seu<br />

séquito real, as mulheres que as vestiam e banhavam, enfeitavam e perfumavam, oficiais<br />

eunucos, cozinheiros e oficiais.<br />

O BANQUETE SAGRADO<br />

O ofício em homenagem aos <strong>de</strong>uses criou uma categoria especial <strong>de</strong> funcionários dos<br />

templos das divinda<strong>de</strong>s da antiguida<strong>de</strong>. Pa<strong>de</strong>iros, açougueiros, cervejeiros, pasteleiros,<br />

cozinheiros cuja função era receber a oferta em alimento bruto e prepara-los para os<br />

banquetes religiosos. Eles preparavam os pratos oferecidos as estátuas dos <strong>de</strong>uses. Os oficiais<br />

e sacerdotes recebiam uma parte do que eles ofereciam então era uma comida <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Seguima um clendário litúrgico com responsáveis <strong>de</strong>terminando as datas festivas a essa ou<br />

aquela divinda<strong>de</strong>. As refeições servidas refletiam a hierarquia e importância das divinda<strong>de</strong>s.<br />

Em alguns rituais os sacerdotes traziam as estátuas para fora dos santuários e as<br />

posicionavam como num banquete real, on<strong>de</strong> eram servidas como um banquete real, por<br />

funcionários do templo. Os sacerdotes se misturavam às divinda<strong>de</strong>s e se assentavam junto<br />

com elas comendo parte dos alimentos oferecidos, com queima <strong>de</strong> incenso, lavando a mão


com óleo perfumado, ungindo suas frontes, cantando hinos e tocando musicas religiosas <strong>de</strong><br />

adoração aos <strong>de</strong>uses. ( festa <strong>de</strong> Akinu, afrescos do templo <strong>de</strong> Anu, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Uruk, época<br />

selêucida, século III ao século I a. C).<br />

Salomão sai dos campos e volta cida<strong>de</strong> conduzindo a moça a uma faustosa refeição. E é ele<br />

que paga a comanda. Ele a leva a um lugar que para ela é um restaurante <strong>de</strong> luxo. Um<br />

aposento separado <strong>de</strong> uma das pousadas da festa que acontece, um lugar separado, no<br />

povoado mais próximo ao campo on<strong>de</strong> tinham passado o entar<strong>de</strong>cer. Ela caminhará ao seu<br />

lado, vai <strong>de</strong>sviar das poças, vai suspen<strong>de</strong>r os galhos por on<strong>de</strong> ela passar. Ele a carregará no<br />

colo para que ela não suje os pés. Ofercerá a ela o que ela mais gosta numa sala <strong>de</strong> banquete.<br />

E o que ela sente enquanto ele a CONDUZ à sala é o seu carinho <strong>de</strong>svelado. Como uma<br />

ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>sfraldada <strong>de</strong> um exército, cujas insígnias escritas não traziam o nome <strong>de</strong> um reino,<br />

antes estivesse escrito “amor”.<br />

Essa é a cena retratada nos evangelhos quando Jesus separa o local para a ultima ceia, uma<br />

refeição preparada por um misterioso estaleiro cujo nome nunca foi revelado, com um jantar<br />

finíssimo capaz <strong>de</strong> alimentar sobejamente a pelo menos 13 pessoas. Lá on<strong>de</strong> ele lava os pés<br />

dos discípulos, lá on<strong>de</strong> ele faz a ultima oração <strong>de</strong> seu ministério por eles, lá on<strong>de</strong> ele <strong>de</strong>clarlhes<br />

seu amor e se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>. Porque o estandarte sobre sua Igreja é o seu impressionante e<br />

corajoso amor.<br />

Salomão havia coberto a Sunamita para protegê-la do vento, do frio, talvez da chuva que caía<br />

nessa região. Ele a enrolou <strong>de</strong>sajeitamente, como se a envolvesse com uma ban<strong>de</strong>ira. Na<br />

verda<strong>de</strong>... bem que po<strong>de</strong>ria ser uma ban<strong>de</strong>ira, literalmente. Jamais teria conseguido chegar nos<br />

campos sem ser escoltado por guardas fortemente armados. Mas teriam que estar disfarçados<br />

também para que a “trapaça” da conquista <strong>de</strong>sse certo. Em algum instante ele pegou alguma<br />

manta <strong>de</strong> algum dos soldados disfarçados <strong>de</strong> pastores. E há uma possibilida<strong>de</strong> não tão remota<br />

que a tal manta tivesse os símbolos <strong>de</strong> Salomão.<br />

Porém...um pastor a convidou a cear...a “casa do banquete” do texto é também traduzida<br />

como “casa do vinho”. Uma taberna da antiguida<strong>de</strong>. Mas a história possui reviravoltas<br />

tremendas. Ele estará naquela semana na presença <strong>de</strong> seus súditos e nobres como rei, e e<br />

Sunamita irá entrar no segundo banquete, um banquete que não aparece no texto, um<br />

banquete real. No primeiro ela é convidada, mas no segundo ela entrará com ousadia, sem<br />

ser convidada. Um dia ela será levada voluntariamente, já como rainha, para a sala do<br />

banquete on<strong>de</strong> será honrada. O primeiro banquete lembra a ceia com o pastor que dá a vida<br />

pelas ovelhas. E o segundo lembra o reencontro com o ressurreto, não na terra. Mas no céu.<br />

Há um evento magnífico para qual a Igreja foi convocada. E que só po<strong>de</strong>rá estar lá por plena<br />

ousadia. Ela é <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> “as bodas do Cor<strong>de</strong>iro”.<br />

Os banquetes da antiguida<strong>de</strong> evocavam o divino, embora não fossem <strong>de</strong>uses o que ali se<br />

representava, embora Daniel tenha rejeitado tal “privilégio” na corte do rei Nabucodonozor,<br />

por oferecerem a ídolos aquilo que <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong>dicado a Deus, os banquetes da antiguida<strong>de</strong><br />

possuem uma sombra, uma aspiração, um <strong>de</strong>sejo, que se cumpre <strong>de</strong> modo profético no<br />

evento <strong>de</strong>nominado “ARREBATAMENTO”. Paulo recebeu uma revelação sobre um<br />

“rapto” dos que crêem “convocados” para uma reunião, ou assembleia celestial. Um rapto<br />

da mada que é o cumprimento espiritual da brinca<strong>de</strong>iras das vinhas, das festas <strong>de</strong> Benjamim.<br />

Note a poesia, quem recebe a revelação do “rapto” dos amados <strong>de</strong> Deus é justamente um<br />

benjamita. Paulo <strong>de</strong> Tarso, era <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte da tribo <strong>de</strong> benjamim. O banquete em que a<br />

Igreja recebe a perfeição, a transformação, on<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> transfiguração que Pedro,<br />

João e Tiago viram ocorrer sobre o monte Hermon em Jesus, quando ele brilha intensamente


como se fosse o amanhecer, acontece com a Igreja <strong>de</strong> Cristo. Ela receberá “roupas celestiais”<br />

ou corpos glorificados, ela será conduzida por “oficiais do rei” até a sala do banquete, anjos<br />

a conduzirão até o encontro celestial on<strong>de</strong> haverá uma gran<strong>de</strong> festa, com direito a cantos <strong>de</strong><br />

adoração, a unção, não com azeite, mas com o Espírito <strong>de</strong> Deus, num lugar que “cheira a<br />

incenso”, que representa o anelo <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> intercessores, que oraram, creram,<br />

interce<strong>de</strong>ram por ele. Ele, o ressurreto que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores conce<strong>de</strong>rá<br />

presentes, galardões, honrará a fé com bens inalienáveis. O encontro celestial é na verda<strong>de</strong><br />

um banquete real e um banquete sagrado.<br />

Apocalipse 19.7<br />

Alegremo-nos, exultemos e <strong>de</strong>mos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do<br />

Cor<strong>de</strong>iro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,<br />

Apocalipse 19.9<br />

Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das<br />

bodas do Cor<strong>de</strong>iro. E acrescentou: São estas as verda<strong>de</strong>iras palavras <strong>de</strong> Deus<br />

O estandarte era a ban<strong>de</strong>ira que os oficiais carregavam à frente das tribos quando marchavam,<br />

elas representam os brasões dos reinos da ida<strong>de</strong> média, elas dão origem as ban<strong>de</strong>iras dos<br />

países na mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. Sobre a Igreja repousa a ban<strong>de</strong>ira do amor <strong>de</strong> Cristo. A ban<strong>de</strong>ira<br />

ou o estandarte não po<strong>de</strong>ria ser tocado por qualquer pessoa. A águia romana era o estandarte<br />

das legiões romanas, aparece colocada sobre o tumulo <strong>de</strong> Cristo, significando que ali<br />

repousava a autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Roma e que ninguém po<strong>de</strong>ria tocar naquele estandarte, ou no<br />

tumulo sem a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> um governador.<br />

A lealda<strong>de</strong> das tropas romanas aos seus estandartes, em que estava a águia e as letras SPQR<br />

(Senatus Populusque Romanus - Senado e Povo <strong>de</strong> Roma), era inspirada pela influência<br />

conjunta da religião e da honra. A águia que rebrilhava à frente da legião tornava-se objeto<br />

da sua mais profunda <strong>de</strong>voção; era consi<strong>de</strong>rado tão ímpio quão ignominioso o abandono<br />

<strong>de</strong>ssa insígnia sagrada numa hora <strong>de</strong> perigo.<br />

Hitler retomando as tradições da antiguida<strong>de</strong> consagrou as ban<strong>de</strong>iras do partido nazista com<br />

o sangue <strong>de</strong> aliados mortos, para reforçar o simbolismo da suática.


Os estandartes e ban<strong>de</strong>iras eram símbolos <strong>de</strong> muita importância para a Legião, e venerados<br />

pelos<br />

soldados. A partir <strong>de</strong> 104 a.C., após a reforma <strong>de</strong> Mario, cada legião passou a usar uma<br />

aquila<br />

(águia) como símbolo <strong>de</strong> estandarte. O símbolo era levado por um oficial conhecido como<br />

aquilifer,<br />

e sua perda era consi<strong>de</strong>rada uma gran<strong>de</strong> vergonha e freqüentemente levava à dispersão da<br />

própria legião.<br />

Com o nascimento do Império Romano, as legiões criaram uma ligação com seu lí<strong>de</strong>r, o<br />

próprio<br />

Imperador. Cada legião possuia outro oficial, chamado imaginifer, cuja tarefa era carregar<br />

uma<br />

lança com um imago (imagem, escultura) do imperador como pontifex maximus.<br />

Além disso, cada legião possuía um vexillifer, que carregava um vexillum ou signum, com<br />

nome e<br />

emblema da legião <strong>de</strong>scritos, próprios da legião.


Cada tribo israelita possui uma ban<strong>de</strong>ira, como não há evi<strong>de</strong>ncias arqueológicas os estudiosos<br />

usam as referencias das Escrituras para imaginar o que elas po<strong>de</strong>riam conter com base nas<br />

profecias dadas por meio <strong>de</strong> Jacó.


Sunamita expressa que o estandarte sobre ela, não era a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma das tribos <strong>de</strong><br />

Israel, ou símbolo da Casa <strong>de</strong> Davi. Era algo para ela <strong>de</strong> muito maior valor que uma<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cívica. Que um símbolo <strong>de</strong> guerra. Era o amor que seu amado tinha por ela.<br />

O amor <strong>de</strong> Cristo sobre a Igreja é um estandarte sagrado, um símbolo <strong>de</strong> guerra, <strong>de</strong> proteção,<br />

<strong>de</strong> suprema importância. Ele não carrega a ban<strong>de</strong>ira, ele a protege com ela. Porque era<br />

o símbolo numa guerra da coisa mais importante a ser guarnecida por um exército, e ele a<br />

coloca <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>la! ELA É PARA ELE, MAIS IMPORTANTE QUE SUA BANDEIRA.<br />

Ela é a razão <strong>de</strong> sua ban<strong>de</strong>ira. É pela alma humana, pela salvação do ser humano, pela vida<br />

<strong>de</strong> sua Igreja que o amor <strong>de</strong> Deus resplan<strong>de</strong>ce, manifesta-se <strong>de</strong> modo incomparável. É por<br />

amor <strong>de</strong> nós, por amor <strong>de</strong> sua escolhida, e esse é o significado do Evangelho. Cristo<br />

esten<strong>de</strong>ndo sua ban<strong>de</strong>ira sobre nós.<br />

סמכוני 1. 2:5<br />

2. Samkhuni baashishot rapduni batapukhim ki-kholat ahavah ani:<br />

3. Strengthen me! with the raisins, refresh me! with apples: for I am sick with love.<br />

באׁשיׁשות רפדוני בתפוחים כי־חולת אהבה אני׃<br />

Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque <strong>de</strong>sfaleço <strong>de</strong> amor.<br />

As passas são as uvas secas pelo sol ou <strong>de</strong>sidratadas por forte calor. Chegou o momento em<br />

que a moça se apaixona pelo rapaz.<br />

Dil ye mera bas mein nahi (hindi)<br />

Este meu coração não está no meu controle<br />

(musica do filme Barfi)<br />

Kahin pyaar na ho jaaye<br />

Não <strong>de</strong>ixe que eu me apaixone<br />

Pyaar na ho jaaye<br />

Não <strong>de</strong>ixe que eu me apaixone<br />

Ae dil bataa yeh tujhe kya hua<br />

Oh coração, me diga, o que aconteceu com você<br />

Tu hai kyoon beqaraar itnaa<br />

Por que está tão inquieto<br />

Kahin pyaar na ho jaaye<br />

Não <strong>de</strong>ixe que eu me apaixone<br />

(musica do filme Barfi)<br />

http://www.hindilyrics.net/hindi-songs-translations.html<br />

Paixão, do latim passione = sofrimento, sentimento excessivo; amor ar<strong>de</strong>nte; afecto<br />

violento.<br />

Paixão, palavra <strong>de</strong> origem Grega <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> paschein, pa<strong>de</strong>cer uma <strong>de</strong>terminada acção ou


efeito <strong>de</strong> algum evento. É algo que acontece à pessoa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sua vonta<strong>de</strong> ou<br />

mesmo contra ela. De paschein <strong>de</strong>riva pathos e patologia. Pathos <strong>de</strong>signa tanto emoção como<br />

sofrimento e doença. As paixões, entendidas como emoções, mobilizam a pessoa impondose<br />

à sua vonta<strong>de</strong> e à sua razão.<br />

No Blog abaixo há um artigo mais abrangente sobre o assunto:<br />

http://consultorio<strong>de</strong>psicologia.blogs.sapo.pt/65740.html<br />

Sunamita sente tudo isso. O Cântico é quase uma peça <strong>de</strong> teatro, um jogral, é o momento<br />

na musica em que ela se vira para o back-vocal da banda e canta o refrão. Se fosse um filme<br />

é o momento em que ela se vira para o telespectador e revela, num monólogo, o drama <strong>de</strong><br />

seu coração. Ela se sente tão “enfraquecida” pelo sentimento que pe<strong>de</strong> que alguém lhe dê<br />

passas, justamente o produto já acabado das uvas da fazenda na qual ela <strong>de</strong>via estar<br />

trabalhando, em vez <strong>de</strong> estar namorando. As adolescentes americanas quando terminam um<br />

namoro pegam um pote <strong>de</strong> sorvete <strong>de</strong> chocolate e o comem inteiro. Moças adoram doces.<br />

Note que ela não pe<strong>de</strong> nada que seja salgado para alimentá-la. E vem logo a contradição em<br />

nossa mente, como é que alguém imagina curar-se ou consolar-se dos males do coração com<br />

doces?<br />

É só uma distração. Ela quer algo que atordoe seus sentidos para não pensar nele, porque<br />

seu amor por ele a faz sofrer. Você provavelmente perguntaria, mas os dois não estão juntos?<br />

Sim e não. Ele está com ela, mas ela sofre antecipadamente pelo fato que terá que se separar<br />

<strong>de</strong>le assim que terminar o jantar. E talvez nunca mais o encontre. Pesa sobre ela a vida que<br />

<strong>de</strong>sejaria ter e ainda não tinha. Ela ainda era a menina pobre que caçava raposas para<br />

sobreviver, diante <strong>de</strong> um sonho.<br />

É o momento profético em que a Igreja é separada <strong>de</strong> Cristo pelo Sinédrio. É o sofrimento<br />

dos seguidores <strong>de</strong> Cristo ao saber que ele será crucificado. É a angustia após sua morte, sem<br />

saber o que irá acontecer com eles.<br />

- Rapazes, guar<strong>de</strong>m as guitarras. Para sempre. O sonho acabou.<br />

No nosso hoje, a Igreja necessita da presença <strong>de</strong> Cristo, mas Cristo não está na terra. Ainda<br />

não. Ele está à direita do Pai. Ela o ouve e o percebe, tem comunhão com ele através do<br />

Espírito Santo que o representa na terra. Mas... se o amanhã não chegar? E se as intercessões,<br />

nossa vida, nossa oração não for o bastante para alcançarmos o lugar on<strong>de</strong> Jesus está, para<br />

com ele vivermos para sempre? E se a pregação não for ungida, se a presença divina não for<br />

manifesta por causa <strong>de</strong> nossos erros? A igreja que ama a Cristo sofre também, aspira um<br />

amanhã <strong>de</strong> vida plena; livre da escravidão da fazenda, e das malditas raposas. Nós<br />

gostaríamos <strong>de</strong> não mais sofrer dores. Medo. Enfermida<strong>de</strong>s. Pavores. Insegurança. Perdas.<br />

Queriamos não sentir sauda<strong>de</strong>. Nem dor.


‏ׂשמאלו תחת לראׁשי וימינו תחבקני׃‎2:6‎ .1<br />

2. Semolo takhat leroshi vimino tekhabkeni:<br />

3. His left hand [is] un<strong>de</strong>r my head, and his right hand doth embrace me.<br />

A sua mão esquerda esteja <strong>de</strong>baixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace.<br />

E por isso mesmo ela <strong>de</strong>seja não sentir medo, segura fortemente pelos braços do amado.<br />

Porque nos braços <strong>de</strong> Salomão, ela simplesmente esquecerá o mundo que a envolve. O<br />

abraço é uma das formas mais belas da manifestação do carinho humano. É uma linguagem<br />

<strong>de</strong> afeto universal. O termo “mão” em hebraico muitas vezes significa “força”. Ou alcance<br />

do po<strong>de</strong>r ou da autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguém. A mão esquerda e a mão direita tem uma diferença<br />

<strong>de</strong> significado nas diversas culturas do Oriente. A direita era a mão que os reis utilizavam<br />

para erguer o cetro ou a espada, gestos com muitos significados relacionados ao po<strong>de</strong>r real,<br />

para acenar e pedir silencio, para convocar uma pessoa, para selar os atos do estado. Sunamita<br />

não sabe que Salomão é o mais po<strong>de</strong>roso rei <strong>de</strong> sua época. Ela não imagina que ao envolvida<br />

por ele estará sendo abraçada pela mão que <strong>de</strong>creta todos os atos oficiais do estado israelita.<br />

A mão que repousará sobre sua cintura tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vida e morte sobre milhões <strong>de</strong><br />

pessoas. A cabeça da moça israelita é envolta numa manta, a cena é <strong>de</strong>la literalmente ‘caindo’<br />

sobre os braços <strong>de</strong>le que a segura para que ela não estatele no chão. Ela se imagina sustentada<br />

como uma criança é sustentada para ser colocada no berço ou na re<strong>de</strong>. Se você não segurar<br />

sua cabeça ela pen<strong>de</strong>rá para trás. A mão esquerda não tinha um gran<strong>de</strong> significado para os<br />

orientais. Na India ela é usada exclusivamente para o asseio pessoal, para trabalhos mais<br />

pesados e rústicos. Eles a consi<strong>de</strong>ram impura. Não se cumprimentam e nem pegam na<br />

comida com a mão esquerda. Os canhotos eram mais <strong>de</strong>sprezados que os <strong>de</strong>stros. Quase<br />

consi<strong>de</strong>rados anormais. Por isso é extraordinário quando as escrituras colocam a existência<br />

na tribo <strong>de</strong> Benjamim <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> lançadores <strong>de</strong> funda que eram extremamente hábeis,<br />

porém canhotos. Mas há passagens reveladoras:<br />

Então o sacerdote pegará um pouco <strong>de</strong> óleo da caneca e o <strong>de</strong>rramará na palma da sua<br />

própria mão esquerda,<br />

Levítico 14:15<br />

E outra em Provérbios<br />

Na mão direita, a sabedoria garante a você vida longa;<br />

na mão esquerda, riquezas e honra.<br />

Provérbios 3:16<br />

Então <strong>de</strong>rrubarei o arco da sua mão esquerda e farei suas flechas caírem da sua mão<br />

direita.<br />

Ezequiel 39:3<br />

as três companhias tocaram as trombetas e <strong>de</strong>spedaçaram os jarros. Empunhando as<br />

tochas com a mão esquerda e as trombetas com a direita, gritaram: "À espada, pelo Senhor


e por Gi<strong>de</strong>ão!"<br />

Juízes 7:20<br />

A mão esquerda segurava o arco que era retesado com a direita. No testemunho da cura <strong>de</strong><br />

um leproso o sacerdote <strong>de</strong>rramava óleo sobre a palma da mão esquerda, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns<br />

ritos colocava a palama da mão esquerda na cabeça do leproso que era <strong>de</strong>clarado limpo.<br />

O Espírito <strong>de</strong> Deus anseia firmar a mente da Igreja com a sua mão que <strong>de</strong>tém suas riquezas,<br />

sua honra, seu arco, sua tocha <strong>de</strong> luz. E purificar sua mente com sua presença para <strong>de</strong>clarar<br />

sua cura e sua purificação. Arco era o rifle <strong>de</strong> longa distancia da antiguida<strong>de</strong>. Os arqueiros<br />

eram temidos pelo seu terrível po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> matar a distancia. As tochas eram a iluminação<br />

navegante, luz pessoal que iluminava o caminho <strong>de</strong> um viajante.<br />

A mão direita <strong>de</strong> Cristo é possui suas riquezas e sua honra. E na esquerda ele segura o arco.<br />

Na esquerda ele <strong>de</strong>rruba o óleo e como sacerdote celestial o <strong>de</strong>rrama em nossa cabeça.<br />

1. The Mai<strong>de</strong>n's charge to the banot Yerushalayim<br />

2. 2:7 {Refrain}<br />

הׁשבעתי אתכם בנות ירוׁשלם בצבאות או באילות הׂשדה אם־תעירו ואם־תעוררו את־האהבה עד .3<br />

‏ׁשתחפ ץ׃<br />

4. Hishbati etkhem benot Yerushalayim bitzvaot o beailot hasa<strong>de</strong> im-tairu veim-teorru<br />

et-haahavah ad shetekhpatz:<br />

I charge you, O ye daughters of Yerushalayim, by the roes, and by the hinds of the field, that<br />

ye stir not up, nor awake [my] dod (love), till he please.<br />

7 Conjuro-vos, ó filhas <strong>de</strong> Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acor<strong>de</strong>is nem<br />

<strong>de</strong>sperteis o meu amor, até que queira.


Leiam o capitulo “ A magia em <strong>cantares</strong>”.<br />

Ampliando a visão do texto, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado a perturbação das meninas <strong>de</strong> Jerusalém,<br />

vamos olhar a natureza citada no verso. Gazelas e Cervas do Campo. A Sunamita é muito<br />

suave no falar. Muito doce. Nesse instante da canção ela mostra o quanto é meiga. Ela não<br />

amaldiçoa, não invoca uma lei, ou seus direitos, que ela humil<strong>de</strong>mente sabe que não possui.<br />

Ela está diante <strong>de</strong> mulheres lindas, perfumadas, ricas, ela uma menina trabalhadora do campo,<br />

elas representantes <strong>de</strong> ricos comerciários. Ela reclama com os olhos na natureza israelita e<br />

neste momento da canção nossos olhos se voltam para os cervos e as gazelas, que são<br />

naturalmente tão pacíficos quanto a Sunamita. Elas fogem ao menor sinal <strong>de</strong> perigo, se<br />

escon<strong>de</strong>m a qualquer mudança <strong>de</strong> odor. Os cervos conseguem perceber água a enormes<br />

distancias e pelo fato <strong>de</strong> não terem meios <strong>de</strong> ataque a sua <strong>de</strong>fesa é correr. São extremamente<br />

ágeis. E o modo como se movimentam foi cantado em poesias <strong>de</strong> vários povos e em pinturas<br />

diversas. São harmoniosas correndo, graciosas. Elas quase nunca tropeçam, ainda que<br />

correndo por uma floresta escura.<br />

Su Dongpo, poeta chinês <strong>de</strong>clarará:<br />

Quando olha para si em uniforme <strong>de</strong> gala, sorri: "Sou por natureza um gamo selvagem/<br />

e não consigo suportar canga ou freio/ Para quê estes dourados e trajes grotescos/ os<br />

botões <strong>de</strong> ja<strong>de</strong> e as presilhas <strong>de</strong> seda?"


(Le Mon<strong>de</strong>"Amanhã: Murasaki Shikibu, a primeira romancista do Japão)<br />

São indomesticáveis. Não suportam o jugo, o peso ou o trabalho forçado. Elas sentem muita<br />

se<strong>de</strong> e correm <strong>de</strong>sesperadamente em busca <strong>de</strong> água. Elas cantam quando querem se acasalar.<br />

São consi<strong>de</strong>rados animais puros.<br />

A tribo <strong>de</strong> Naftali é comparado a uma gazela:<br />

Gênesis 49:21<br />

Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas.<br />

Eram animais carinhosos, as femeas da espécie se ligavam somente a um único macho por<br />

toda sua vida, que as protegia.<br />

Eram provimento <strong>de</strong> alimentação aos israelitas, faziam parte do provimento da realeza, o<br />

palácio <strong>de</strong> Salomão recebia cervos e gazelas abatidas para alimentação. Embora servissem <strong>de</strong><br />

alimentos não eram animais sacrificiais. Não eram oferecidos ou aceitos como holocausto<br />

ou sacrifício no templo.<br />

Elas eram símbolo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. Habitam o alto das montanhas, enfrentavam o frio,<br />

abrigavam-se nas rochas. Tinham filhotes aos pares, geralmente gêmeos.<br />

A visão <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> vida plena, amorosa, o tremendo <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> viver, simbolizado pela<br />

se<strong>de</strong>, quando a corça berrava, gritava e gemia, e sua alegria simbolizada pela sua<br />

impressionante corrida.<br />

A Sunamita sabe que se as moças da cida<strong>de</strong> olharem para a formosura <strong>de</strong> seu amado, irão<br />

<strong>de</strong>seja-lo. Irão usar sua sedução, malícia, charme, posição, riqueza e até po<strong>de</strong>r para atraí-lo,<br />

APRISIONÁ-LO. Lembremos que Sunamita não sabe que o pastor é Salomão disfarçado.<br />

Ela não tem idéia que nehuma <strong>de</strong>las tem o mínimo efeito sobre ele, acostumado a intriga dos<br />

palácios, recebendo diariamente seus pais para tratar <strong>de</strong> negócios. Mas a moça teme per<strong>de</strong>lo.<br />

Teme que elas <strong>de</strong>spertem nele o sentimento que ela já <strong>de</strong>spertou nele, e ainda não sabe!<br />

Ela olha o quadro <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> plena das corças e pe<strong>de</strong> para que elas se inspirem nisso. Emite<br />

or<strong>de</strong>ns (conjuro-vos), não porque tenha autorida<strong>de</strong> human para isso. Com base na esperança.<br />

Com base no sonho. Crendo que ao ver o uniservo, ou melhor, o universo, elas <strong>de</strong>spertarão...<br />

Ela almeja a liberda<strong>de</strong>, evoca o texto que Paulo fala que a própria criação geme, aguardando<br />

a liberda<strong>de</strong> dos filhos <strong>de</strong> Deus!<br />

{The Shulamite}<br />

קול דודי הנה־זה בא מדלג על־ההרים מקפץ על־הגבעות׃‎2:8‎ .1<br />

2. Kol dodi hineh-zeh ba medaleg al-heharim mekapetz al-hagevaot:<br />

3. The voice of my beloved, behold, he cometh leaping upon the mountains,<br />

skipping upon the hills.<br />

8 Esta é a voz do meu amado; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre<br />

os outeiros.


Sunamita ouve Salomão a chamar, vindo correndo encontra-la. Voz que ela já apren<strong>de</strong>u a<br />

reconhecer. Aos 23 anos Salomão é uma atleta. Corre vigorosamente, mesmo porque possui<br />

pouco tempo para se encontrar as escondidas com a menina. O gamo corre sobre montes<br />

escarpados pisando com muita firmeza no solo, difilmente um animal conseguiria alcançálo.<br />

As cabras montesas são exímias alpinistas, mas os gamos conseguem correr sobre as<br />

escarpas e tem força para pular enquanto sobem uma montanha. Numa terra <strong>de</strong> tantos<br />

aci<strong>de</strong>ntes geográficos como Israel o caminho mais rápido, um atalho é sobre os montes e<br />

encostas, mais rápido que contorna-los. Muitas das estratégias <strong>de</strong> guerra dos israelitas passava<br />

necessariamente pelas montanhas, fosse a fuga, fosse a emboscada, fosse alcançar uma tropa<br />

que por causa dos carros seguiria sempre por terreno plano. Anibal, célebre general utilizouse<br />

<strong>de</strong> montanhas como estratégia. O exército <strong>de</strong> Aníbal, um dos maiores estrategistas<br />

militares da história, saiu da Península Ibérica, passou pelos Pirineus e pelos Alpes e acabou<br />

na planície do Pó, on<strong>de</strong> triunfou sobre três legiões que Roma enviara para <strong>de</strong>rrotá-lo. As<br />

batalhas ficaram conhecidas como Ticino (novembro <strong>de</strong> 218 a.C), Trebia (<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 218<br />

a.C) e Trasímeno (junho <strong>de</strong> 217 a.C).<br />

Os montes na época <strong>de</strong> Sunamita eram ainda <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> totens, postes-ídolos e templos.<br />

Nos anos posteriores seriam tomados por toda sorte <strong>de</strong> culto e adoração às <strong>de</strong>ida<strong>de</strong>s das<br />

nações.<br />

Ela ainda os contempla cheios <strong>de</strong> excelente natureza e <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> urbanização.<br />

Uma antiga profecia associa os montes a vinda do Messias. Os ju<strong>de</strong>us criam que quando este<br />

viesse até os mortos ressuscitariam.<br />

“Naquele dia estarão os Seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está <strong>de</strong>fronte <strong>de</strong> Jerusalém<br />

para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o oci<strong>de</strong>nte, e<br />

haverá um vale muito gran<strong>de</strong>; e meta<strong>de</strong> do monte se removerá para o norte, e a outra meta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>le para o sul.”. Zacarias 14:4.<br />

Tanto que muitos israelitas procuram ser enterrados no monte das oliveiras.<br />

Tumbas judaicas no monte das Oliveiras. Enterravam seus entes ali porque imaginaram que<br />

seriam os primeiros a ressuscitar em sua vinda,


http://graftedinelena.wordpress.com/israel-travel/<br />

Os montes <strong>de</strong> Israel são ricos em significados. A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém era chamada <strong>de</strong> Sião<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> suas colinas, o monte Sião on<strong>de</strong> um dia existiu uma fortaleza dos<br />

jebuzeus tomada por Davi.<br />

O templo é edificado sobre um monte, outra colina da cida<strong>de</strong>, o monte Moriá, on<strong>de</strong> um dia<br />

Abraão levou Isaque para ser sacrificado. Ao seu lado está o monte das Oliveiras. Foi no<br />

vale entre os dois que seu pai se encontrou com um anjo. O templo que Salomão contruira<br />

e cujas colunas resplam<strong>de</strong>ciam como fogo ao por do sol, por serem feias <strong>de</strong> bronze, contruiu<br />

sobre o monte Moriá. O Getsamani ficava na encosta do monte das oliveiras. Jesus morre<br />

sobre outra colina <strong>de</strong>nominda calvário, do lado externo da antiga cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém.<br />

Sobre um monte a Lei foi concedida a Moisés, o Horebve, sobre outro monte ele é<br />

enterrado, sobre o Carmelo ocorrerá a famosa luta entre os profetas <strong>de</strong> Baal e Elias, e é<br />

justamente sobre um monte que Gi<strong>de</strong>ão obterá tremenda vitória sobre os midianitas. Num<br />

monte, sobre o Hermom, Jesus se transfigurará diante <strong>de</strong> seus discípulos, ficando com vestes<br />

celestiais, brilhando intensamente.<br />

Os montes evocam muitas cenas proféticas.<br />

Sunamita anseia que seu amado volte <strong>de</strong>pressa, e esse é o sentimento da pequena comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> discípulos quando Jesus caminha pela ultima vez com suas testemunhas fora da cida<strong>de</strong> e<br />

vai até um monte. Outro monte. E <strong>de</strong>ssa colina ascen<strong>de</strong> aos céus. Os apóstolos criam que<br />

Jesus voltaria a qualquer instante, ainda em sua geração. A ultima frase do ultimo livro das<br />

Escrituras escritas pelo ultimo apóstolo vivo, escrito pela ultima testemunha ocular da paixão<br />

<strong>de</strong> Cristo <strong>de</strong>clara uma profecia que nos diz:<br />

“Certamente, cedo venho”<br />

É a resposta ao anseio da Sunamita celestial. Ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes.


דומה דודי לצבי או לעפר האילים הנה־זה עומד אחר כתלנו מׁשגיח מן־החלנות מציץ מן־ 2:9<br />

החרכים׃<br />

1. Domeh Dodi litzvi o leofer haayalim hineh-zeh omed akhar katlenu mashgiakh<br />

min-hakhalonot metzitz min-hakharakim<br />

2. My beloved is like a gazelle or a young stag. Behold, he stands behind our wall; He<br />

is gazing through the windows, peering through the lattice.<br />

O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho do veado; eis que está <strong>de</strong>trás da nossa<br />

pare<strong>de</strong>, olhando pelas janelas, espreitando pelas gra<strong>de</strong>s.<br />

Sorrateiramente Salomão aparece do nada e assusta a menina. Veloz e arisco, brincando com<br />

ela. As casas da antiguida<strong>de</strong> possuíam dois pavimentos, varandas, quartos no alto, cortinas,<br />

gra<strong>de</strong>s. Não eram <strong>de</strong> difícil acesso aos animais. Era facílimo para uma gazela subir num<br />

terraço <strong>de</strong> uma casa. E se ela o fizesse, chegaria <strong>de</strong> mansinho, quase imperceptível,<br />

enconstaria o nariz para sentir os odores do quarto, normalmente perfumados com essências,<br />

com especiarias. Seu olfato po<strong>de</strong>roso sentiria o cheiro <strong>de</strong> uma tamara esquecida sobre uma<br />

mesa ou sofá.<br />

E uma dona <strong>de</strong> casa só perceberia ele a noite, pois as sombras o abrigariam, quando erguesse<br />

a lamparina e os olhos da corça refletissem a a luz da lanterna. Antes que pu<strong>de</strong>sse alcançar<br />

o animal ele já estaria a <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros do terraço.<br />

O mundo espiritual nos enxerga. O tempo inteiro. Anjos <strong>de</strong>scem e sobem, espíritois <strong>de</strong> toda<br />

sorte e origem passam ao nosso redor e até em nossos lares sem que os percebamos. Apesar<br />

<strong>de</strong> assustador e estranho, esse paragrafo é absolutamente correto. Vivemos e nos movemos<br />

num universo espiritual, entre forças, po<strong>de</strong>res, potesta<strong>de</strong>s, vivemos entre dois mundos. Mas<br />

para nossa grata surpresa o Espírito amorosamente nos observa. E nos vigia. Ele nos gaurda.<br />

Envia anjos, realiza coisas espirituais enquanto dormimos, enquanto <strong>de</strong>scansamos. Declaranos<br />

o que está oculto, escondido. Abre para nós janelas para que possamos ve-lo. Percebelo.<br />

Os dons espirituais as vezes nos assustam. Uma visão é dada repentinamente. Uma revelação<br />

que surge no momento mais inesperado. Nós não vemos a Deus, mas ele está presente, atrás<br />

da pare<strong>de</strong> das dimensões, atrás do muro das nossas limitações.<br />

Espreitando por entre as gra<strong>de</strong>s.


ענה דודי ואמר לי קומי לך רעיתי יפתי ולכי־לך׃‎2:10‎ .1<br />

2. Anah Dodi veamar li kumi lakh rayati yafati ulekhi-lakh:<br />

3. My beloved spoke, and said to me:<br />

4. {HE} "Rise up, my love, my fair one, And come away.<br />

10 O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.<br />

כי־הנה הסתו עבר הגׁשם חלף הלך לו׃‎2:11‎ .1<br />

2. Ki-hineh hasetav avar hageshem khalaf halakh lo:


3. For, Behold, the winter is past, the rain is over [and] gone;<br />

A cena é <strong>de</strong> Sunamita <strong>de</strong>itada no segundo andar num quarto cercado <strong>de</strong> gra<strong>de</strong>s e cortinas, e<br />

Salomão anseia dançar com ela na festas, ele anseia sua presença, sua companhia e não quer<br />

<strong>de</strong>ixa-la dormindo! As noites foram <strong>de</strong> intensa ativida<strong>de</strong> e correria, o dia <strong>de</strong> muitos afazeres,<br />

a moça fugia a noitinha para estar com ele, dormia altas horas da madrugada e ia para o labor<br />

diário <strong>de</strong> correr atrás das raposas, estava exausta. Mas o tempo <strong>de</strong> Salomão terminava, suas<br />

obrigações lhe chamavam e sabia que tinha pouco tempo para estar com seu amor. Ele a<br />

acha linda até dormindo. A imagem é muito bela, <strong>de</strong>ntro da dimensão espiritual, vivemos a<br />

situação paradoxal. O Espírito é eterno e imortal. Deus não tem inicio e nem fim <strong>de</strong> dias.<br />

Mas nós somos finitos e passageriros. Nossos dias passam ligeiros como a sombra.<br />

Acordamos infantes, ao meio-dia somosa adolescentes, ao entar<strong>de</strong>cer somos adultos e ao<br />

anoitecer já estamos idosos. Nós temos muito pouco tempo para <strong>de</strong>sfrutarmos da presença<br />

divina, do amor e da festa que acontece ao nosso redor. A urgência em que nos levantemos<br />

é nossa, para <strong>de</strong>sfrutarmos dEle. A profundida<strong>de</strong> do conhecimento <strong>de</strong> Deus vem pela<br />

meditação e pelo estudo da Escrituras, que toma tempo, <strong>de</strong>dicação, apesar do cansaço da<br />

vida, dos afazeres, das dificulda<strong>de</strong>s. Levantar nas Escrituras é sempre associado a uma<br />

postura <strong>de</strong> estar atento, preparar-se para realizar algo, ou no caso dos profetas, para ouvi-lo.<br />

Samuel está <strong>de</strong>itado e é chamado, necessita levantar-se. Ezequiel é solicitado a estar <strong>de</strong> pé<br />

porque <strong>de</strong>us queria falar com ele. Os homens respeitados no Oriente eram cumprimentados<br />

por todos que ficavam <strong>de</strong> pé ao passarem. E o Espírito anseia que estejamos <strong>de</strong>spertos,<br />

ouvindo-o, indo com ele à lugares que ele quer nos conduzir. Ele <strong>de</strong>seja que passeemos com<br />

ele. Nunca nos vê senão com olhos amorosos. Ele vê sua Igreja Formosa. A palavra que<br />

também é traduzida por PERFEITA.<br />

11 Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi;<br />

Chovia muito nessa época do ano e a estiagem era o momento propício para as festas, para<br />

a colheita, para a fabricação do vinho. No final do inverno os frutos que foram colhidos no<br />

final do outono estavam maduros. Era o inicio da época das flores, do acasalamento das<br />

aves e dos animais da floresta, os cantos se tornavam melodiosos. A natureza explodia em<br />

cores vívidas. Os dias chuvoso perto do Hermon eram gélidos. Dias gelados. Parte das<br />

fontes agora <strong>de</strong>gelava, corre<strong>de</strong>iras podiam ser vistas. A primavera era o tempo <strong>de</strong> namoro<br />

por causa da festa, por causa da representação da própria primavera. Era uma época<br />

extremamente romântica na dimensão do Oriente. A primavera evoca espiritualida<strong>de</strong>, calor,<br />

frutos, flores. Na dimensão espiritual sugere o <strong>de</strong>sejo da Igreja <strong>de</strong> sentir e viver a plenitu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua vida espiritual. Um dos anseios da Igreja é a unção, a manifestação dos dons, a<br />

operação milagrosa, a manifestação do espírito trazendo renovação, cura, renovação. As<br />

Igrejas <strong>de</strong>nominam essa primavera espiritual <strong>de</strong> “avivamento”. Frio nas Escrituras é tempo<br />

<strong>de</strong> mãos adormecidas, lembra frieza <strong>de</strong> coração, sentidos amortecidos. Desconforto. O frio<br />

matava os pobres por não possuírem roupas a<strong>de</strong>quadas. Os profetas viram cenas terríveis <strong>de</strong><br />

que banqueiros sem escrúpulos emprestavam a juros altos a uma comunida<strong>de</strong> trabalhadora<br />

e se esta não tivesse como pagar, penhoravam suas roupas e se no tempo <strong>de</strong>vido não<br />

pu<strong>de</strong>ssem pagar os juros, após terem perdido as posses, após terem seus filhos vendidos<br />

como escravos, eram <strong>de</strong>ixados nus. Um dos bens mais preciosos dos tempos antigos era uma<br />

capa para proteção do frio. Ela era um equipamento básico <strong>de</strong> proteção contra a intempérie.<br />

Os agiotas tomavam a capa e <strong>de</strong>ixavam os endividados morrerem <strong>de</strong> frio. O frio espiritual<br />

mata. Centenas <strong>de</strong> seminários ao redor do mundo já pregaram um evangelho frio. Morto.


Sem vida. Roubaram a fé sobrenatural <strong>de</strong> muitos, <strong>de</strong>bocharam da profecia, dos dons, das<br />

operações espirituais. Negaram veementemente a pessoa do espírito <strong>de</strong> Deus. Negaram<br />

sonhos que foram or<strong>de</strong>nados à Igreja pela Profecia <strong>de</strong> Joel. Ainda hoje, 2014, milhares<br />

negam milagres, sinais e maravilhas. Pregam um evangelho mentiroso, ou usurário. Centenas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominações exigem dinheiro <strong>de</strong> seus membros e formalizam isso com textos do Velho<br />

Testamento, pregam um Evangelho <strong>de</strong> Usura, com solicitações <strong>de</strong> dinheiro anti-éticas.<br />

Expõem os que os seguem a todo tipo <strong>de</strong> exploração. Criam necessida<strong>de</strong>s financeiras<br />

gigantescas em nome da manutenção <strong>de</strong> seu império, televisivo, radiofônico, imobiliário. A<br />

primavera fala da alegria da comunhão, sem obrigações. On<strong>de</strong> a generosida<strong>de</strong> é fruto <strong>de</strong> um<br />

coração voluntário e movido pela alegria. On<strong>de</strong> o Espírito flui sem restrições e sem a<br />

contaminação da avareza intelectual, espiritual, teológica.<br />

הנצנים נראו בארץ עת הזמיר הגיע וקול התור נׁשמע בארצנו׃‎2:12‎ .1<br />

2. Hanitzanim niru baeretz et hazamir higia vekol hator nishma beartzenu:<br />

3. The flowers appear on the land; the time of the singing [of birds] is<br />

come, and the voice of the turtle is heard in our land;<br />

Tempo <strong>de</strong> matar, e tempo <strong>de</strong> curar; tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubar, e tempo <strong>de</strong> edificar; Eclesiastes 3:3<br />

A primavera havia chegado em Israel. Salomão evoca a beleza da natureza manifestando toda sua<br />

glória para motivar a menina cansada para mais uma noite <strong>de</strong> folguedo, alegria, canto, danças e vinho.<br />

Não era o tempo <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>itada. A or<strong>de</strong>m em que ele vai <strong>de</strong>screvendo a floração e a frutificação da<br />

vi<strong>de</strong> e da figueira, logo após este verso tem um eco profundo na história <strong>de</strong> Israel e da Igreja. A rola<br />

neste texto é o Zamir.<br />

Desconhece-se a origem <strong>de</strong>ste pássaro, todavia sabe-se que passava por Israel logo <strong>de</strong>pois<br />

do Outono. A Palestina era o local on<strong>de</strong> ele escolhia sua fêmea para seu acasalamento, por isso o<br />

Zamir cantava, exibindo todo o seu repertório, uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 28 cantos distintos.<br />

Interessante é notar que tanto o macho como a fêmea eram pássaros migratórios, e andando<br />

tanto tempo juntos só acasalavam na Palestina, e não aceitavam as espécies naturais da terra.<br />

Muitos ornitólogos tem comparado o Zamir daquelas pairagens com o Rouxinol Brasileiro<br />

ou o Car<strong>de</strong>al Americano.<br />

A primeira coisa que o Zamir fazia ao chegar na planície <strong>de</strong> Sarom, por ocasião do Nitsanim,<br />

era <strong>de</strong>marcar seu território com um claro e conhecido assobio, tal qual o Car<strong>de</strong>al Americano. Esta<br />

ação especificava o local on<strong>de</strong> nenhum outro macho po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>scer, nem tão pouco se aproximar.<br />

Este lindo pássaro tinha cerca <strong>de</strong> 20 cm <strong>de</strong> comprimento e uma plumagem <strong>de</strong> brilhantes<br />

penas vermelhas.<br />

Diz o original hebraico em Cantares 2:12 [`eit hazamir higía] = tempo do Zamir cantar / chegar / vir<br />

/ alcançar / ationgir / tocar / infectar / apalpar.


Toda a natureza é lúdica e nela foi estabelecido pela sabedoria <strong>de</strong> Deus símbolos <strong>de</strong> sua graça, <strong>de</strong> seu<br />

amor, <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r. Os céus DECLARAM a glória do senhor, não é uma paráfrase, é uma revelação.<br />

Em cada nação po<strong>de</strong>ríamos reconhecer com facilida<strong>de</strong> o passaredo nacional, ou regional e nele<br />

encontrar símiles profundas, pequenas poesias, contos, histórias e representações que nos ensinariam<br />

sobre O espírito, sobre o Pai, sobre Cristo. O mundo é repleto <strong>de</strong> suas marcas. Israel é <strong>de</strong>scrito<br />

vividamente nas Escrituras, sua ecologia, sua geografia e nele po<strong>de</strong>mos observar essas “<strong>de</strong>clarações<br />

proféticas” essas “palavras <strong>de</strong> Conhecimento” ou imagens cheias <strong>de</strong> significados, esclarecendo-nos<br />

um pouco mais sobre os mistérios da Salvação. A vi<strong>de</strong> representa a Igreja, Israel se reconhece na<br />

Figueira, as flores nos falam <strong>de</strong> renovação, e vem-nos a mente a regeneração do Espírito, a transição<br />

entre as épocas evoca o tempo passando, reflete o tempo humano, e o tempo <strong>de</strong> Deus, as coisas<br />

passageiras e as coisas eternas. A moça que <strong>de</strong>sperta e que viu <strong>de</strong> perto o inverno, sentindo seu abraço<br />

gelado, viu o tempo passando pelas estações que se repetem, também para a moça eterna, a Igreja <strong>de</strong><br />

Cristo, que nasce junto <strong>de</strong> Adão, no Jardim e percorre o tempo ao lado do Espírito até o raiar do<br />

Novo dia, a Nova Criação, a eterna Primavera num universo pleno <strong>de</strong> Vida abundante. O tempo em<br />

Cantares, tar<strong>de</strong>, manhã, noite, madrugada refletem as épocas <strong>de</strong> Deus, seus dias, que coinci<strong>de</strong>m com<br />

os milênios da história humana, e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa história uma em particular, a do Seu Amor, a dos<br />

eventos mais importantes para o seu coração em relação ao ser humano. Sem entrar na questão<br />

profética, esse estudo é limitado a enfatizar algumas visões do texto, limitado pelas limitações do<br />

autor, cabendo ao leitor meditar nas <strong>de</strong>mais. A Palavra <strong>de</strong> Deus é ilimitada. Quero focar, enfatizar<br />

um tempo, um período que o texto evoca. O HOJE. O AGORA.<br />

O Amado convoca sua Amada e afirma para ela que era chegado o tempo <strong>de</strong> cantar.<br />

A dimensão do HOJE nas Escrituras é muito importante. O Livro <strong>de</strong> Hebreus afirma se HOJE<br />

ouvir<strong>de</strong>s a voz do Espirito <strong>de</strong> Deus; mostrando que algo que para o Sunamita era o futuro, e algo<br />

que para nós é o passado, A CRUZ, produz um efeito no HOJE <strong>de</strong> nossas vidas. Antigas profecias<br />

foram cumpridas e nos dão HOJE direitos espirituais, Graça, Perdão, Acesso ao Trono. Os milagres<br />

do Velho Testamento ocorrerão com base num Evento Futuro. A Ressurreição <strong>de</strong> Cristo é que selou<br />

os tempos, mais eu po<strong>de</strong>r retroagia até o É<strong>de</strong>n. Nós vivemos após o cumprimento da profecia <strong>de</strong><br />

Joel, Nos últimos dias diz o Senhor eis que <strong>de</strong>rramarei o meu espírito sobre toda a carne! Após o<br />

cumprimento do Pentecostes “ Ficai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>r”, e<br />

embora haja profecias bíblicas ainda não cumpridas, temos HOJE operando sobre nós esferas <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r celestial, dons concedidos e a Autorida<strong>de</strong> presente que Abraão, Moisés ou Elias jamais<br />

sonharam. Vivemos HOJE no cumprimento <strong>de</strong> TUDO que a natureza israelita apontava. Vivemos<br />

HOJE na esfera do TUDO ESTÁ CUMPRIDO. Por isso po<strong>de</strong>mos LEVANTAR-NOS porque o<br />

TEMPO DE CANTAR CHEGOU.<br />

O TEMPO E O INTERCESSOR<br />

O nome com que os ju<strong>de</strong>us conheciam a Deus significa “Eu sou”. Quando os soldados que vão<br />

capturar a Cristo perguntam quem é o tal <strong>de</strong> “Jesus” ao grupo dos apóstolos, é este que respon<strong>de</strong>:<br />

SOU EU. Mas, quando o fala para os soldados, diz exatamente - EU SOU - ou o equivalente em<br />

aramaico. Quando Jesus diz isso, os guardas caem. Ou, são lançados para trás por uma tremenda<br />

manifestação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Eram cerca <strong>de</strong> 50 homens que tombaram ruidosamente no chão quando Jesus<br />

assim pronúncia “Eu sou”<br />

O termo “eu sou” dá uma idéia <strong>de</strong> PRESENTE, algo contínuo, algo que o passado não alterou algo<br />

que o futuro não afetará.


Hebreus estabelece essa visão <strong>de</strong> outra maneira<br />

Jesus Cristo é o mesmo HOJE, sempre e eternamente.<br />

O tempo nos leva para o PRESENTE. Não é um Cristo do passado, não realizou coisas que Hoje<br />

não possa realizar, e não haverá tempo em que não po<strong>de</strong>rá FAZER as coisas que hoje faz. Os<br />

apóstolos não criam numa época passada do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus.<br />

Os profetas do Velho Testamento falavam num tempo verbal do hebraico que muitos lêem as<br />

profecias como se já tivessem ocorrido no passado. Quando falavam do futuro ‘dia do Senhor’, que<br />

ainda ocorrerá no final dos tempos, narravam como se o tivesse acontecido. Como se fossem<br />

historiadores da eternida<strong>de</strong>.<br />

O profeta vê o futuro, como já fosse o passado.<br />

O adorador vê o futuro como se fosse o presente.<br />

E o Intercessor?<br />

O intercessor só possui um único tempo verbal. O presente. Ele não tem o amanhã, ele não se<br />

importa com o ontem. O passado ou o futuro não lhe interessam. O intercessor reclama para o<br />

AGORA tanto as promessas do PASSADO, quanto as profecias sobre o AMANHÃ.<br />

O Adorador medita na Nova Criação, na Jerusalém que chegará. Ele é cheio <strong>de</strong> esperança.<br />

O Intercessor quer saber no que a Nova Criação e a tal da Jerusalém celestial respon<strong>de</strong>m AGORA<br />

às suas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Ele é o médico habilidoso que pergunta ao participante <strong>de</strong> sua equipe qual a temperatura do paciente<br />

e quando respon<strong>de</strong> que estava com 39 graus há cerca <strong>de</strong> duas horas ele diz:<br />

- Não me interessa nem a temperatura <strong>de</strong>le no mês passado e nem a que ele vai ter na próxima<br />

semana. A única temperatura <strong>de</strong> um paciente que me importa é do paciente AGORA.<br />

O tempo do intercessor é HOJE. Ele é como o Espírito <strong>de</strong> Deus que quer uma RESPOSTA<br />

IMEDIATA a sua convocação ao arrependimento,<br />

“Se hoje ouvir<strong>de</strong>s a voz do Espírito <strong>de</strong> Deus, não endureçais a cerviz dos vossos corações”<br />

Diz o escritor <strong>de</strong> Hebreus.<br />

O intercessor é nascido do Espírito <strong>de</strong> Deus. Possui a mesma natureza espiritual daquele que o gerou.<br />

Ele necessita <strong>de</strong> uma RESPOSTA agora.


O tempo <strong>de</strong> Deus para um intercessor é sempre hoje.<br />

Para o intercessor todos os instantes <strong>de</strong> Eclesiastes ocorrem no mesmo momento.<br />

Eclesiastes 3:1 Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito <strong>de</strong>baixo<br />

do céu.<br />

Eclesiastes 3:2 Há tempo <strong>de</strong> nascer, e tempo <strong>de</strong> morrer; tempo <strong>de</strong> plantar, e tempo <strong>de</strong><br />

arrancar o que se plantou;<br />

Eclesiastes 3:3 tempo <strong>de</strong> matar, e tempo <strong>de</strong> curar; tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rribar, e tempo <strong>de</strong> edificar;<br />

Eclesiastes 3:4 tempo <strong>de</strong> chorar, e tempo <strong>de</strong> rir; tempo <strong>de</strong> prantear, e tempo <strong>de</strong> dançar;<br />

Eclesiastes 3:5 tempo <strong>de</strong> espalhar pedras, e tempo <strong>de</strong> ajuntar pedras; tempo <strong>de</strong> abraçar, e<br />

tempo <strong>de</strong> abster-se <strong>de</strong> abraçar;<br />

Eclesiastes 3:6 tempo <strong>de</strong> buscar, e tempo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r; tempo <strong>de</strong> guardar, e tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>itar<br />

fora;<br />

Eclesiastes 3:7 tempo <strong>de</strong> rasgar, e tempo <strong>de</strong> coser; tempo <strong>de</strong> estar calado, e tempo <strong>de</strong><br />

falar;<br />

Eclesiastes 3:8 tempo <strong>de</strong> amar, e tempo <strong>de</strong> odiar; tempo <strong>de</strong> guerra, e tempo <strong>de</strong> paz.<br />

Porque o aflito po<strong>de</strong> não ter amanhã, a enfermida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> não esperar mais um dia, porque o coração<br />

po<strong>de</strong> não mais suportar.<br />

Deus estabelece que o TEMPO DETERMINADO PARA O PROPÓSITO DA INTERCESSÃO<br />

SEJA O AGORA. Esse é o tempo que foi DETERMI-NADO por Deus para que nossas orações se<br />

baseiem.<br />

Pedi e dar-se-vos-á - remete-nos ao presente da oração. Batei e ABRIR-SE-VOS-Á nos coloca na<br />

expectativa IMEDIATA da abertura da porta. Buscai e achareis nos convida a certeza <strong>de</strong> que<br />

PRÓXIMO está o que procuramos. Quando a Jesus expõe sobre o filho que pe<strong>de</strong> ao pai um pão, já<br />

imaginamos o pai indo até a cozinha e trazendo o pão.


Quando observamos o ministério <strong>de</strong> Cristo percebemos que quase TODOS os milagres <strong>de</strong> Jesus são<br />

IMEDIATOS! A Exceção dos leprosos que vão sendo curados na medida em que caminham para se<br />

apresentar ao sacerdote, não há distancia a ser percorrida no tempo entre a intercessão <strong>de</strong><br />

Cristo e os milagres do Espírito <strong>de</strong> Deus. Jesus estava como MINISTRO e EXEMPLO, como<br />

PADRÃO <strong>de</strong> conduta a ser IMITADO por seus OBREIROS. Não foi como DEUS que ele operou<br />

seus sinais. Foi como HOMEM UNGIDO. JAMAIS Jesus USURPOU a sua condição divina,<br />

<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado a condição <strong>de</strong> SERVO para realizar qualquer ato sobrenatural. Tudo que Jesus<br />

realizou, fez porque recebeu do Espírito Santo a capacitação para realizá-lo. E toda vez que o Espírito<br />

ungiu-o com po<strong>de</strong>r ou MANIFESTAVA PODER através <strong>de</strong> CRISTO, o fazia<br />

IMEDIATAMENTE.<br />

Não havia PAUSA, tal qual o sinal musical, ou período <strong>de</strong> espera entre a sua intercessão e o milagre.<br />

Jesus jamais esperou o amanhã <strong>de</strong> suas orações. Porque o amanhã do PODER <strong>de</strong> Deus é o AGORA.<br />

Tal qual JESUS na carne, nós NÃO TEMOS TEMPO. Nossa vida é como a sombra. Depressa<br />

passamos.<br />

Não serão necessários NO POVIR, NA NOVA CRIAÇÃO OU NA ETERNIDADE, os milagres<br />

<strong>de</strong> cura, restauração, livramento ou <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias e prisões espirituais. Hoje é o tempo da<br />

libertação, da restauração, do CUMPRIMENTO da VONTADE DE DEUS no que diz respeito á<br />

cura, ao prodígio, á maravilha, ao ato sobrenatural.<br />

IMEDIATAMENTE. ENQUANTO ORANDO.<br />

Qualquer outro instante entre horas e anos <strong>de</strong>pois é ATRASO.<br />

É TARDE. O Intercessor não se interessa pelos motivos que levaram a cura a ser atrasada, a falta<br />

<strong>de</strong> fé que impediu o milagre, a falta <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> que fez com que o ministério profetizado aguardasse<br />

o crente amadurecer, a vocação que não foi abraçada por ausência <strong>de</strong> coragem.<br />

Por não existir o amanhã para o Intercessor, se a benção prometida não chegou hoje, se a luta não<br />

findou, se o milagre não se manifestou, quando amanhã o intercessor orar novamente, vai buscar<br />

para o seu PRESENTE, como se ajoelhasse pela primeira vez, como se o ontem não tivesse<br />

acontecido, com a mesma <strong>de</strong>terminação.<br />

O intercessor não vislumbra um dia no futuro enquanto ora. Ele reclama para o hoje o seu amanhã.<br />

Ele fecha os olhos orando pelo aleijado e quando os abre, o convida a tentar andar.<br />

Ele esten<strong>de</strong> as mãos e toca os olhos do cego, e quando abre os seus próprios olhos, pe<strong>de</strong> para que o<br />

cego diga o que está vendo.<br />

Ele imagina o hospitalizado sendo curado enquanto ora,<br />

Ele imagina a conversão <strong>de</strong> quem está sem cristo, enquanto ainda suplica a Deus.<br />

Ele não quer voltar <strong>de</strong> mãos vazias para casa. Ele possui urgência. E se não acontecer o que espera,<br />

ele lutará para que não haja atrasos.<br />

Ele olha para o relógio <strong>de</strong> sua vida, ele consulta os minutos do tempo <strong>de</strong> seu coração e quando orar<br />

novamente, o cronômetro <strong>de</strong> seu coração dirá<br />

- Hoje é tempo. Porque a VOZ do ZAMIR já se ouve em nossa terra.


Então abrirá sua boca como os pintainhos que aguardam receber o alimento <strong>de</strong> sua mãe.<br />

התאנה חנטה פגיה והגפנים סמדר נתנו ריח קומי לכי רעיתי יפתי ולכי־לך׃‎2:13‎ .1<br />

2. Hateenah khantah fageh yehagfanim semadar natnu reiakh kumi lakhi<br />

rayati yafati ulekhi-lakh:<br />

3. The fig tree puts forth her green figs, And the vines with the ten<strong>de</strong>r<br />

grapes Give a good smell. Rise up, my love, my fair one, And come<br />

away!


Apesar das vi<strong>de</strong>s estarem maduras, as figueiras ainda davam seus primeiros frutos. Ele olha par os<br />

frutos ver<strong>de</strong>s da Figueira e logo após para a vi<strong>de</strong>ira, para as suas flores.


Cada vi<strong>de</strong>ira possui seu próprio tipo <strong>de</strong> flor. E finalmente fala do aroma, do perfume que elas exalam.<br />

Então a convoca, com o levanta-te, MEU AMOR. Esse é o momento da <strong>de</strong>claração em que ele


evela seu coração. Ela já não pertencerá a mais <strong>de</strong> ninguém. Ela já não será concedida como esposa<br />

a mais ninguém. Ela lhe pertence. Essa linguagem amorosa é bem clara, o amado tem uma ligação <strong>de</strong><br />

posse, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, do direito indivisível <strong>de</strong> sua afeição. Ele não quer que ela reparta sua afeição<br />

maior, sua paixão, com mais ninguém, esse afeto do qual exige EXCLUSIVIDADE.<br />

Antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar FORMOSA mais uma vez, ele a consagra a ele.<br />

Na dimensão espiritual um ser eterno olha os dias da história, e vê Israel dando seus primeiros frutos,<br />

ainda amadurecendo. É a igreja primitiva, ainda completamente israelita, sãos os recentes<br />

movimentos messiânicos dos ju<strong>de</strong>us ao redor da terra. São os ju<strong>de</strong>us tornando-se vi<strong>de</strong>ira! Ou<br />

permanecendo figueira e dando frutos <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>, a renovação espiritual on<strong>de</strong> ao aceitar a Cristo<br />

como Messias recebem o beneficio que a <strong>de</strong>scrença lhes retira, da manifestação do Espírito <strong>de</strong><br />

Deus, conhecido da história <strong>de</strong> seu povo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong>. E nesses dias <strong>de</strong> primavera, do<br />

cumprimento da profecia <strong>de</strong> Joel, ele repete pela segunda vez o convite para a vida que lhes aguarda.<br />

Vem! Em<br />

QUATRO vezes em Cantares Ele a Convidará a ergue-se e vir com ele.<br />

Cantares 2:10<br />

O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.<br />

Cantares 2:13<br />

A figueira já <strong>de</strong>u os seus figos ver<strong>de</strong>s, e as vi<strong>de</strong>s em flor exalam o seu aroma; levanta-te,<br />

meu amor, formosa minha, e vem.<br />

Cantares 4:8<br />

Vem comigo do Líbano, ó minha esposa, vem comigo do Líbano; olha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o cume <strong>de</strong><br />

Amana, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o cume <strong>de</strong> Senir e <strong>de</strong> Hermom, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os covis dos leöes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os montes<br />

dos leopardos.<br />

No Evangelho <strong>de</strong> MATEUS que enfatiza a Descendência <strong>de</strong> Cristo <strong>de</strong> Davi e Salomão e<br />

seu direito ao REINO, Jesus repetirá QUATRO vezes o convite “VINDE”<br />

Mateus 4:19<br />

E disse-lhes: Vin<strong>de</strong> após mim, e eu vos farei pescadores <strong>de</strong> homens.


Mateus 11:28 Vin<strong>de</strong> a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.<br />

Mateus 22:4 Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho<br />

o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vin<strong>de</strong> às<br />

bodas.<br />

Mateus 25:34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vin<strong>de</strong>, benditos <strong>de</strong> meu<br />

Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação do mundo;<br />

O penúltimo verso da poesia das Escrituras repete esse convite poético diversas vezes,<br />

repetido por quatro pessoas. O Espírito, A Esposa, Os que Ouvem. E qualquer um que<br />

tiver SEDE.<br />

APOCALIPSE 22:17<br />

E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem se<strong>de</strong>,<br />

venha; e quem quiser, tome <strong>de</strong> graça da água da vida.<br />

יונתי בחגוי הסלע בסתר המדרגה הראיני את־מראיך הׁשמיעיני את־קולך כי־‎2:14‎ .1<br />

קולך ערב ומראיך נאוה׃<br />

2. Yonati bekhagvei hasela beseter hamadregah hareini et-marayikh<br />

hashemiini et-kolekh ki-kolekh arev umarekh nave:<br />

3. "O my dove, in the clefts of the rock, In the secret places of the cliff, Let<br />

me see thy face, Let me hear thy voice; For thy voice is sweet, And thy<br />

face is lovely."<br />

A moça <strong>de</strong> Sarom subia as escarpas e montanhas <strong>de</strong> Israel on<strong>de</strong> habitavam as pombas. Ela contoulhe<br />

segredos <strong>de</strong> seu passado. Falou <strong>de</strong> seus passeios <strong>de</strong> infância, <strong>de</strong> suas fantásticas viagens pelo<br />

interior da palestina. Lá no alto dos montes do Líbano e em diversas colinas há uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fauna. Engedi, que conhecia bem <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vinha a preciosa hena que pintava seus cabelos possui<br />

vales cujas pare<strong>de</strong>s eram <strong>de</strong> rocha com muitas reentrâncias e carvernas, escarpas rochosas escaladas<br />

por cabras selvagens, gamos e <strong>de</strong> difícil acesso. Nas partes mais altas das colinas em paredões <strong>de</strong><br />

pedras inacessíveis a predadores as pombas montavam seus ninhos. As pombas são célebres pelo<br />

cuidado com a prole e pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> orientação em relação a seu ninho. Um sistema <strong>de</strong><br />

navegação biológico permite que possam se afastar centenas <strong>de</strong> quilômetros e ainda assim retornarem<br />

para seus próprios ninhos. As reentrâncias ficavam em partes escondidas e mesmo subindo a pé não


eram fáceis <strong>de</strong> serem percebidas. A Sunamita em algum momento <strong>de</strong> sua vida havia se escondido<br />

numa <strong>de</strong>ssas la<strong>de</strong>iras, numa <strong>de</strong>ssas subidas das montanhas, brincando, fugindo ou se escon<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong><br />

alguém. Salomão nos mostrará outra característica da bela moça. Sua voz. Ela tem a voz doce, o que<br />

nos conduz ao fato <strong>de</strong> que ela canta! Por isso ele a convida insistentemente nos versos anteriores.<br />

Ela é uma exímia cantora. Sua voz excepcional o <strong>de</strong>ixou encantado. Percebemos agora como ele a<br />

percebeu nas vinhas. Como ele a achou com tamanha facilida<strong>de</strong>, como ele a buscou entre as vi<strong>de</strong>s e<br />

como ele a primeira vez a percebeu. Cantando. Ela cantava e dançava e quando seus olhos reparam<br />

sua face ele percebeu que jamais a esqueceria, ainda que assim <strong>de</strong>sejasse. Nesse momento ele fala <strong>de</strong><br />

como sua face o comove. Ele usará um termo que significa perfeição. Harmonia, seus traços finos<br />

são harmoniosos. Graciosida<strong>de</strong> é uma das virtu<strong>de</strong>s exaltadas no Oriente, que se traduz nos<br />

movimentos, no andar, no falar, nos gestos. A mulher chinesa e a japonesa da antiguida<strong>de</strong> possuem<br />

um rico ritual <strong>de</strong> gestos para aproximarem-se <strong>de</strong> seus amados, escolas <strong>de</strong> gesticulação existiam para<br />

as cortesãs gregas, chinesas e japonesas. As escolas <strong>de</strong> dança e tratados específicos sobre os gestos<br />

são ainda fonte da dança clássica Indiana.<br />

http://www.youtube.com/watch?v=bofVgC2b6lk<br />

http://www.youtube.com/watch?v=wacWAuRjvJQ<br />

Outra vez ele a compara a pomba.<br />

A Igreja possui um mistério que se traduz numa chamada <strong>de</strong> lugares <strong>de</strong> difíceis acessos. É dramático<br />

o testemunho daqueles que foram tocados por Cristo, que se encontravam sob o jugo das drogas, da<br />

prostituição, da perseguição, lares <strong>de</strong>struídos pelo álcool, pessoas sem vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver, sonhos<br />

<strong>de</strong>spedaçados, alguns com situações <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> gravíssimas, <strong>de</strong>sesperançados. Outros<br />

envolvidos em coisas sinistras, escondidas, fazendo coisas das quais sequer gostariam <strong>de</strong> mencionar<br />

<strong>de</strong> novo. Mas ele nos amou primeiro. As Escrituras falam que Deus prova o seu amor para conosco<br />

porque nos amou enquanto alguns <strong>de</strong> nós, ainda estávamos vivendo em plena <strong>de</strong>sobediência as suas<br />

leis. Os atos <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> gentileza, <strong>de</strong> coragem, <strong>de</strong> altruísmo, <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong> lhe<br />

são doces em todos os seres humanos. Deus é apaixonado pela beleza da alma humana, embora não<br />

suporte a sua vileza e para isso necessite transformá-la. Por isso ele a chama <strong>de</strong> pomba. Porque parte<br />

do mistério do Espírito <strong>de</strong> Deus é insuflar em nós a natureza <strong>de</strong> Deus. Colocar em nós a natureza<br />

que Ele possui. Uma natureza Espiritual.<br />

A amada <strong>de</strong> Cristo ainda se escon<strong>de</strong> pelas penhas. Pelos penhascos, ainda foge dos predadores, da<br />

enfermida<strong>de</strong>, da angustia, do medo, das prisões espirituais, das prisões psicológicas, da <strong>de</strong>pressão e<br />

da morte.<br />

Na Arábia, na China, na Ásia, no Japão. Na Índia. Na África, em Timor Leste.<br />

Nas praças <strong>de</strong> viciados da Grécia, nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>struídas pelo Crocodile na Rússia, nas comunida<strong>de</strong>s<br />

escravizadas pelo Opio, nas encostas andinas <strong>de</strong> gente viciada pela coca, nas trincheiras da guerra<br />

contra o narcotráfico mexicanas, nas ruas <strong>de</strong> prostituição <strong>de</strong> Hamburgo, nas avenidas <strong>de</strong> são Paulo,<br />

nas subidas <strong>de</strong> drogas dos morros do rio <strong>de</strong> janeiro, nos bolsões <strong>de</strong> pobreza da Europa, nas escolas,<br />

nos bairros, nas fazendas, seja no campo ou na cida<strong>de</strong>, o Espírito ouve a voz <strong>de</strong> sua Igreja, ouve a<br />

voz <strong>de</strong> seus amados, ouve a voz dos injustiçados, dos inocentes, dos <strong>de</strong>sesperados. E essa voz é doce,<br />

é um canto que o atrai.<br />

1. {Her Brothers}<br />

אחזו־לנו ‏ׁשועלים ‏ׁשועלים קטנים מחבלים כרמים וכרמינו סמדר׃ .2 2:15<br />

3. Ekhezu-lanu shualim shualim ketanim mekhablim keramim<br />

ukherameinu semadar:


4. Take us the foxes, the little foxes, that spoil the vines: for our vines<br />

[have] ten<strong>de</strong>r grapes.<br />

As raposas são animais astutos e inteligentes, já o exaltava o grego Esopo em suas fábulas. As<br />

pequenas eram vivazes, ariscas e extremamente rápidas. Elas amavam as vinhas, o gosto das uvas e<br />

até das folhas das parreiras. Comiam os brotos, atacavam os cachos e se as vi<strong>de</strong>iras estivessem<br />

brotando o estrago po<strong>de</strong>ria impedir até a coleta <strong>de</strong> uma safra inteira. Embora já não causassem tantos<br />

problemas numa safra já madura ou em vi<strong>de</strong>s crescidas, elas diminuíam o lucro da safra comendo<br />

cachos. Ou atrapalhando a floração, que po<strong>de</strong>ria impactar a geração futura <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>iras. As raposas<br />

eram mais um incomodo que uma praga ou uma doença das vinhas. As enfermida<strong>de</strong>s eram muito<br />

mais maléficas que as raposas. Mas as raposas perturbavam a vida dos vinhateiros. E lhe roubavam<br />

seus lanches, comiam a comida dos trabalhadores! As raposas são muito silenciosas. Tão silenciosas<br />

que geraram na atualida<strong>de</strong> um vi<strong>de</strong>o: “What does the foxes say”? O que as raposas falam? Nenhuma<br />

língua possui onomatopeias para o som <strong>de</strong> uma raposa. Porque ninguém sabe como é o som <strong>de</strong> uma<br />

raposa.<br />

Uma tarefa ingrata dada a Sulamita era a <strong>de</strong> correr atrás das raposas. Capturá-las! O inferno na terra.<br />

Não serviam como animal <strong>de</strong> estimação, não serviam <strong>de</strong> alimentos, eram animais “fofinhos”, tinham<br />

o olhar naturalmente “triste” o que lhes confere simpatia, era muito doloroso ter que abater uma<br />

raposa. As vi<strong>de</strong>iras em flor significam cuidados significativos pois logo após a floração vem a<br />

frutificação, e é nesse momento que a polinização acontece.<br />

Uma vi<strong>de</strong>ira tem, situada acima <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> flores, uma folha em forma <strong>de</strong> prato que aparece<br />

para ajudar os morcegos a encontrar a planta (e seu saboroso néctar).


A vi<strong>de</strong>ira, Marcgravia Evenia, cresce em árvores nas florestas tropicais do su<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Cuba. Suas flores<br />

são suspensas em um anel, acima <strong>de</strong> estruturas que seguram um copo <strong>de</strong> néctar adocicado que<br />

preten<strong>de</strong> atrair morcegos polinizadores, cujo pescoço e ombros são pulverizados com o pólen ao<br />

beberem o néctar. Os morcegos, em seguida, transportam o pólen entre as vinhas, fertilizando outras<br />

flores e ajudando a vi<strong>de</strong>ira a se reproduzir.<br />

UMA BOA VARIEDADE DE VIDEIRA DEVE ATENDER


Deve preencher os seguintes requisitos, uma boa varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ira :<br />

l.°) resistência às moléstias que lhe são mais prejudiciais, e cujo combate<br />

seja mais difícil e dispendioso ;<br />

2.°) apresentar adaptação às condições <strong>de</strong> clima da região, para que<br />

sua cultura possa expandir-se em vastas áreas;<br />

3.°) ser produtiva, fornecendo boas colheitas com regularida<strong>de</strong>;<br />

4.°) seus frutos <strong>de</strong>vem atingir completa maturação, e se apresentar<br />

livres <strong>de</strong> apodrecimento e <strong>de</strong> outros estragos, ser <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, com alto<br />

teor <strong>de</strong> açúcar e com aci<strong>de</strong>z relativamente baixa, bem como ter os <strong>de</strong>mais<br />

elementos constitutivos em equilíbrio harmônico ;<br />

5.°) preencher satisfatoriamente os diferentes estágios do ciclo biológico<br />

característico da vi<strong>de</strong>ira.<br />

Dentro <strong>de</strong>stas consi<strong>de</strong>rações<br />

A inflorescência da vi<strong>de</strong>ira é do tipo cacho composto, também chamada panícula. E <strong>de</strong> sua perfeita<br />

floração <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão os CINCO FATORES ANTERIORES.<br />

Muitas plantas que conhecemos são capazes <strong>de</strong> formar flores e frutos. Os frutos são, na<br />

verda<strong>de</strong>, o resultado <strong>de</strong> transformações que ocorrem na flor, após sua fecundação.<br />

A fecundação da flor acontece da seguinte forma: uma estrutura, o estame, produz o<br />

grão-<strong>de</strong>-pólen <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma região chamada antera.<br />

Quando a antera amadurece, ela libera esses grãos. Eles, se entrarem em outro local<br />

da flor, chamado estigma, vão até o ovário da flor, fecundando-o.<br />

Depois da fecundação, a flor sofre algumas modificações, transformando suas partes<br />

em fruto e semente.


Esse encontro entre o pólen e o ovário é chamado <strong>de</strong> polinização. Ela po<strong>de</strong> ocorrer<br />

entre o pólen e o ovário da mesma flor ou <strong>de</strong> flores diferentes. O vento ajuda bastante<br />

nessa missão, levando o pólen consigo para outras plantas.<br />

Além do vento e da água das chuvas, alguns animais também po<strong>de</strong>m fazer a<br />

polinização, sabe como?<br />

As flores geralmente possuem cheiro e cores chamativas. Além disso, po<strong>de</strong>m ter um<br />

nectário, que é o local on<strong>de</strong> são encontradas substâncias com sabor bem agradável<br />

para muitos animais (néctar).<br />

Ao visitarem a flor, seja para se alimentarem do néctar, do pólen ou mesmo <strong>de</strong> outras<br />

estruturas, como as pétalas, o pólen po<strong>de</strong> grudar no corpo <strong>de</strong>sses animais. Assim, ao<br />

se direcionarem para outra planta da mesma espécie, po<strong>de</strong>m fazer com que pólens<br />

entrem em seu estilete, fecundando o ovário!<br />

Alguns animais polinizadores são: abelhas, joaninhas e outros besouros, moscas,<br />

mariposas, borboletas, pássaros (como o beija-flor) e certos morcegos.


Quando a polinização é feita pelo vento, ela é chamada <strong>de</strong> anemofilia. Quando é feita<br />

pela água, hidrofilia. No caso <strong>de</strong> animais efetuando a polinização, o nome dado a<br />

esse fenômeno é zoofilia.<br />

Se as raposas comem as flores, A VIDEIRA NÃO GERA FRUTOS!!!!!!!!!!<br />

Raposas não são doenças, não simbolizam PECADO, como tantas representações das pobre-coitadas<br />

em milhares <strong>de</strong> estudos bíblicos, para as quais neste gostaria <strong>de</strong> resgatar-lhes um pouco da honra<br />

<strong>de</strong>struída. Elas não são uma PRAGA. Mas causam o terror na plantação. Além do incomodo da<br />

vergonha. Imagine a Sunamita tendo que ouvir dos 20 caras que trabalhavam na Vinha piadinhas o<br />

dia todo. Para cada raposa perdida uma piada nova.<br />

Raposas simbolizam tudo aquilo que apesar <strong>de</strong> ser natural, apesar <strong>de</strong> ser licito, não convém. Simboliza<br />

tudo que não é <strong>de</strong> origem maligna, mas sua manifestação é <strong>de</strong>strutiva. Sua atuação é incomoda e sua<br />

interferência tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inutilizar os frutos da vi<strong>de</strong>ira espiritual. Paulo fala que aquele que<br />

faz as guerras <strong>de</strong> Deus não se embaraça ou se mistura com os negócios <strong>de</strong>sta vida. Na doutrina temos<br />

a filosofia, o humanismo exagerado, a <strong>de</strong>smitificação dos milagres, tantas teologias <strong>de</strong>stituídas <strong>de</strong><br />

coisas espirituais. Tratam a Cristo num plano psicológico e nada mais. As associações da Igreja com<br />

ativida<strong>de</strong>s comerciais, a mistura da Igreja com a politica. Na vida individual as questões pessoais que<br />

tomam o tempo essencial <strong>de</strong> uma vida <strong>de</strong> comunhão. A preguiça, a falta <strong>de</strong> disciplina, a raposa da<br />

acomodação. A raposa da vaida<strong>de</strong> humana, da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bens, conforto, fama, po<strong>de</strong>r,<br />

admiração. A raposa da autossuficiência. Jesus fala das sementes que caíram entre as pedras. Essa é<br />

a parte das raposas. Quando aquilo que é natural, humano, comum, toca o que não po<strong>de</strong> ser tocado,<br />

interfere-se com o que <strong>de</strong>veria ser protegido.<br />

A vinha é símbolo <strong>de</strong> um projeto sobrenatural, plantada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a eternida<strong>de</strong>. As flores falam dos<br />

ministérios, das operações sobrenaturais do espírito, dos sinais e maravilhas, da operação milagrosa,<br />

dos dons espirituais que se forem tocados pelas raposas impe<strong>de</strong>m os frutos do Espírito <strong>de</strong> Deus.<br />

Visões mal interpretadas, milagres usados como forma <strong>de</strong> justificar atitu<strong>de</strong>s ministeriais. Flores<br />

<strong>de</strong>struídas pela doutrina <strong>de</strong>stituída do sobrenatural, humanizada, a rejeição dos dons espirituais, a<br />

rejeição da profecia, a substituição <strong>de</strong> ferramentas espirituais por carnais.<br />

A polinização das flores é a prova <strong>de</strong> que o universo é um projeto inteligente e um argumento<br />

intransponível quanto um universo inteligente, propositalmente constituído. A maioria das plantas<br />

não po<strong>de</strong>m polinizar a si mesmas. Elas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> outros seres distintos <strong>de</strong> seu universo vegetal.<br />

Depen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> abelhas, besouros, morcegos e até <strong>de</strong> elementos físicos imprevisíveis como o vento. A<br />

formação <strong>de</strong> novas vi<strong>de</strong>iras fortes, que resistam a pragas e inimigos externos é fruto <strong>de</strong> um processo<br />

<strong>de</strong>slumbrante, maravilhoso. Profundamente mágico. Cientistas em <strong>de</strong>pressão não enxergam, mas o


cientista que ama a vida fica assombrado com a beleza do processo. Porque ele foi i<strong>de</strong>alizado para<br />

ser assim. Assombroso.<br />

A Igreja cresce <strong>de</strong> modo assombroso, ela amadurece e gera fruto a partir <strong>de</strong> recursos que ela não<br />

possui. Estão além <strong>de</strong>la. A cura, a operação milagrosa, o discernimento espiritual, a expulsão <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mônios, a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> fortalezas espirituais. A revelação, a palavra profética, a interpretação <strong>de</strong><br />

línguas. A palavra <strong>de</strong> sabedoria. Não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>la, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ministração angelical, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

processo invisível e maravilhoso.<br />

1. {The Shulamite}<br />

דודי לי ואני לו הרעה בׁשוׁשנים׃ .2 2:16<br />

3. Dodi li vaani lo haroeh bashoshanim:<br />

4. My Beloved [is] mine, and I [am] his: he fee<strong>de</strong>th among the lilies.<br />

A moça agora é ousada. A <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> amor <strong>de</strong> posse, <strong>de</strong> domínio, do direito <strong>de</strong> dispor,<br />

juridicamente falando. Dominium e Potestas do antigo Direito Romano para Proprieda<strong>de</strong> nascem do<br />

casamento. Ou do amor. E um amor que exige MUTUALIDADE. Ou correspondência. Ela<br />

relembra pensa nele pastoreando seu rebanho, que ele tem e não tem, diga-se <strong>de</strong> passagem, afinal ele<br />

é Rei e não Pastor, mas ao mesmo tempo sendo Rei é dono <strong>de</strong> inúmeros rebanhos. Aquela confusão<br />

criada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio da canção. Entre os lírios evocam uma <strong>de</strong>terminada planície. A planície <strong>de</strong> seu<br />

nascimento, Sarom, abundante <strong>de</strong> lírios que enchem os campos, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> beleza e muito brancos,<br />

mais brancos que as mais alvas vestes da antiguida<strong>de</strong>. As roupas brancas eram muito apreciadas e<br />

difíceis <strong>de</strong> serem conseguidas, com tecidos tratados com uso <strong>de</strong> agentes químicos tais como soda e<br />

potassa, conhecidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong>. Havia uma arte <strong>de</strong> embranquecimento <strong>de</strong> tecidos. Veja que<br />

o Amado apascenta entre os lírios, não entre os espinhos. A visão é muito lírica, bela, pastoril, e<br />

relembra o cuidado, o pastor cuidadoso não leva suas ovelhas para campos on<strong>de</strong> as ovelhas possam<br />

ser feridas ou se ferir. É complicado para os lobos ficarem se arrastando entre os lírios para pegarem<br />

traiçoeiramente as ovelhas. É um bom local para pastorear. Lírios não são venenosos, as ovelhas<br />

eventualmente irão comer os lírios além do pasto. Ovelhas são criaturas sem-noção. Ela já antevê<br />

um esposo TRABALHADOR e CUIDADOSO. E que pertence a ela, tirem a mão <strong>de</strong>le, meninas.<br />

Achem um igual para vocês que este aqui já tem DONA.<br />

Cristo é o Amado para o qual a Igreja entregou seu coração e que confia em sua Palavra, no seu<br />

Cuidado, em seu Amor. Confia nele para ser Protegida, para ser conduzida. A Palavra <strong>de</strong> Cristo<br />

formaliza seu cuidadopara com a Igreja, sua proteção. Sua presença continua. “Eis que estarei<br />

convosco até o final dos séculos”. “Não temais pequeno rebanho <strong>de</strong> meu pai, porque <strong>de</strong> vós ele se<br />

agradou para vos dar o reino.”<br />

1. {to her Beloved}


עד ‏ׁשיפוח היום ונסו הצללים סב דמה־לך דודי לצבי או לעפר האילים על־הרי .2 2:17<br />

בתר׃<br />

3. Ad sheyafuakh hayom venasu hatzelalim sov <strong>de</strong>meh-lekha Dodi litzvi o<br />

leofer haayalim al-harei vater:<br />

4. Until the day breaks, and the shadows flee away, turn, my beloved, and<br />

be like a gazelle or a young stag upon the mountains of Beter.<br />

Beter - Montanhas <strong>de</strong> Beth´er. (Beth´Er - Casa <strong>de</strong> Er) Montanhas da casa <strong>de</strong> Er...O significado da<br />

palavra em é Divisão. Separação<br />

É um lugar que ninguém sabe on<strong>de</strong> é que fica. O nome da montanha evoca um antigo e conhecido<br />

personagem das Escrituras, conhecido como Er. Chegamos a outra história <strong>de</strong> amor, uma que não<br />

<strong>de</strong>u certo... Er foi o primeiro filho <strong>de</strong> Judá, que morreu por fazer algo que não se sabe o que foi, mas<br />

que não era boa coisa. Er é filho <strong>de</strong> Sua pois é...o nome da mãe é Sua) filha <strong>de</strong> um cananeu<br />

<strong>de</strong>sconhecido, que foi <strong>de</strong>sposada num "casamento forçado" por Judá, Judá por sua vez realiza outro<br />

"casamento forçado" <strong>de</strong> Er com uma moça chamada Tamar. É a versão da antiguida<strong>de</strong> dos<br />

casamentos da India, on<strong>de</strong> quem escolhe os cônjuges são os pais e não os noivos.<br />

E aconteceu no mesmo tempo que Judá <strong>de</strong>sceu <strong>de</strong> entre seus irmãos e entrou<br />

na casa <strong>de</strong> um homem <strong>de</strong> Adulão, cujo nome era Hira, E viu Judá ali a filha <strong>de</strong> um homem<br />

cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a possuiu. E ela concebeu e <strong>de</strong>u à luz<br />

um filho, e chamou-lhe Er. Judá, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o<br />

seu nome era Tamar. Er, porém, o primogênito <strong>de</strong> Judá, era mau aos olhos do Senhor, por<br />

isso o Senhor o matou.<br />

Montanhas <strong>de</strong> Bether, creio, trazem a memória essas cenas, a um leitor ju<strong>de</strong>u. A Amada <strong>de</strong> Cantares<br />

quer que o Amado que se distanciou retorne rapidamente, veloz que nem um gamo pulando as<br />

montanhas, montanhas cujo nome lembram uma trágica história <strong>de</strong> amor do passado, que envolve a<br />

tribo que <strong>de</strong>u origem a realeza, Judá é o patriarca da tribo da qual nascerá Davi, pai do enamorado<br />

autor <strong>de</strong> Cantares, Salomão.<br />

Até que refresque o dia, e fujam as sombras, volta, amado meu; faze-te semelhante<br />

ao gamo ou ao filho dos veados sobre os montes <strong>de</strong> Beter.<br />

Em <strong>cantares</strong> há uma sucessão <strong>de</strong> períodos do dia manhãs, tar<strong>de</strong>s, noites, madrugadas, manhã<br />

novamente, etc. Eu creio que esse momento - até que refresque o dia é o entar<strong>de</strong>cer - e que fujam as<br />

sombras - o anoitecer -<br />

Esclarecendo: Anoitecendo, tudo vai escurecendo, então aparece a luz das estrelas e o luar. O dia vai<br />

refrescando, escurecendo, então uma luz suave toma conta do mundo, a luz lua e das estrelas.<br />

O próximo capitulo começa com "De noite".


Ela quer que o dia passe rápido para po<strong>de</strong>r estar com ele, quer que sua história seja melhor que a <strong>de</strong><br />

Tamar. E <strong>de</strong> Sua. Diferente das duas mulheres evocadas pelo nome das montanhas, ela quer viver<br />

a dita situação, é apaixonada, é voluntária. E ansiosa. E impaciente.<br />

Na dimensão humana dá até pra ver a menina <strong>de</strong>sesperada aguardando o contato do namorado,<br />

antigamente o telefonema. Atualmente o SMS.<br />

Na dimensão espiritual a moça ansiosa é a Igreja <strong>de</strong> Cristo, que anseia sua presença, seu amor, seu<br />

retorno. O tempo em Cantares retrata o tempo da eternida<strong>de</strong>. Mil anos são como um dia e um dia<br />

como mil anos para Deus, já dizia cantava Moisés. João no final <strong>de</strong> Apocalipse exclama<br />

MARANATA, uma expressão que antigamente significava somente: Volta logo! Ora, vem! Depois<br />

que uma visita estava indo embora e o anfitrião já incitava seu retorno. Maranata foi resignificado<br />

para a igreja antiga que lia: Ora vem Senhor Jesus! Volta logo Senhor!<br />

Sunamita não anseia por divisão ou separação, ela não quer ficar separada <strong>de</strong> seu amor. A palavra<br />

separação lembra distancia, briga, <strong>de</strong>savença. Um casal brigado, separado, irreconciliado. Nos montes<br />

da Beter a ultima coisa que ela anseia é viver uma separação. Fala <strong>de</strong> reconciliação para os casais, <strong>de</strong><br />

afastar-se <strong>de</strong> se afastar. Para a Igreja, do mesmo modo, como é duro o divisionismo. A separação, a<br />

<strong>de</strong>sarmonia. Lí<strong>de</strong>res que não ce<strong>de</strong>m <strong>de</strong> suas posições, do outro lado pessoas que não aceitam serem<br />

aconselhadas. Que não se perturbam com em viver em <strong>de</strong>sunião.<br />

As montanhas <strong>de</strong> Beter são o lugar em que escombros <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> ministérios, profeticamente<br />

falando, po<strong>de</strong>m ser avistados. Das montanhas <strong>de</strong> Beter se vêem os lares divididos, as amiza<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>sfeitas, o vínculo entre o coração do doutrinador e a essência das Escrituras sendo dividido pelo<br />

conceito humano, leviano, religioso ou mundano. Quando o profeta se separa da humilda<strong>de</strong> e c do<br />

coração amoroso e abraça sua auto-divinização. Quando a o homem se insurge contra sua própria<br />

natureza e batalha contra sua própria sexualida<strong>de</strong>. Sua mente não concorda com seu corpo e ele age<br />

contra seu próprio corpo. De lá se avistam os políticos que abandonaram seus i<strong>de</strong>ais, e divididos pela<br />

ganacia correrão atrás <strong>de</strong> financiadores. Eles que amavam a pátria agora partem para apoiar o capital<br />

estrangeiro, o interesse mesquinho, ainda que o resultado seja a morte da amada pátria.<br />

E <strong>de</strong> lá que se vê o profeta alucinado, o mestre que ergueu altares às doutrinas que ele mesmo<br />

compilou.<br />

E antes que haja tal separação a Sunamita grita:<br />

Vem correr comigo, Espírito, pelas colinas, pelos montes, aproxima-te. Eu sei que este lugar se chama<br />

separação. Mas é sobre ele que quero viver agora um gran<strong>de</strong> encontro. E dar inicio a uma vida nova.<br />

Junto a ti.


Capítulo 3 A separação e o Casamento<br />

1. {The Shulamite}<br />

על־מׁשכבי בלילות בקׁשתי את ‏ׁשאהבה נפׁשי בקׁשתיו ולא מצאתיו׃‎3:1‎ .2<br />

3. Al-mishkavi baleilot bikashti et sheahavah nafshi bikashtiv velo<br />

metzativ:<br />

4. By night on my bed I sought him whom my nefesh loveth: I sought<br />

him, but I found him not.<br />

Esse é o momento do pesa<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Sunamita. Ela adormeceu e quando abriu seus olhos na madrugada<br />

seu Amado já não estava lá. A <strong>de</strong>claração é profunda, ela evoca uma palavra nova, a palavra alma.<br />

Alma é em hebraico Nefesh. É sinônimo <strong>de</strong> vida, da essência humana, traduzida no Novo<br />

Testamento por Psique <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>riva psicológico, a psicologia é a ciência que cuida da alma humana,<br />

da mente do ser humano. Ela o ama com sua imaginação, até on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, ou compreen<strong>de</strong>r,<br />

ela o ama. Ele é o objeto <strong>de</strong> seus pensamentos. Por ele ela “per<strong>de</strong>u a cabeça”, ele é o que impacta seu<br />

raciocínio. Só que a razão <strong>de</strong> sua vida não está mais ao seu lado. Lembra a dor dos discípulos após a<br />

morte <strong>de</strong> Cristo, lembra a angustia do povo ju<strong>de</strong>u após a <strong>de</strong>struição do templo <strong>de</strong> Jerusalém, lembra<br />

a moça que chora no meio da noite porque <strong>de</strong>smanchou o namoro e tenta se consolar no travesseiro.<br />

Jesus fala <strong>de</strong> uma cena em que estarão dois <strong>de</strong>itados numa cama em certa noite e que um dos<br />

membros do casal será <strong>de</strong>ixado e o outro tomado. A cena que se apresenta representa também este<br />

instante profético, a cena da pessoa que vê a outra <strong>de</strong>saparecer e a busca freneticamente sem saber<br />

o que aconteceu.<br />

A canção mudou, a cena mudou <strong>de</strong> uma momento <strong>de</strong> alegria, uma esperança <strong>de</strong> permanecerem<br />

juntos, para uma súbita separação.<br />

BETER aconteceu nessa noite para Sunamita!<br />

Ao menos em seus sonhos. Salomão não podia estar neste momento o tempo integral com ela. E<br />

afinal a canção é um drama. Ela <strong>de</strong>sperta e vai a luta. Não, <strong>de</strong> jeito algum. Ela o buscou no lugar<br />

errado, em sua cama. Não o encontrou. A fé exige atitu<strong>de</strong>s, trabalho. Nós ansiamos <strong>de</strong>scansar. Mas<br />

a Igreja é sacerdotal, ela é sacerdócio, significa que trabalha as vezes em turnos. Descansar, dormir,<br />

neste contexto <strong>de</strong> Cantares, significava não aproveitar o momento único que viviam. A igreja<br />

necessita permanecer interce<strong>de</strong>ndo, orando, buscando, crendo, perseverando. Ela não se <strong>de</strong>ixa abater<br />

pelo cansaço. Mas a moça não parou por ali.<br />

אקומה נא ואסובבה בעיר בׁשוקים וברחבות אבקׁשה את ‏ׁשאהבה נפׁשי בקׁשתיו .1 3:2<br />

ולא מצאתיו׃<br />

2. Akumah na vaasovvah vair bashvakim uvarkhovot avakshah et<br />

sheahavah nafshi bikashtiv velo metzativ:<br />

3. I will rise now, and go about the city in the streets, and in the broad<br />

ways I will seek him whom my nefesh loveth: I sought him, but I found<br />

him not.


Ela tomou uma atitu<strong>de</strong> corajosa. No meio da madrugada, <strong>de</strong>sprezando os bêbados, ela correu e rodou<br />

a cida<strong>de</strong>. Não satisfeita correu pelo meio das Praças. Mas ele não estava em nenhum <strong>de</strong>sses lugares.<br />

A cida<strong>de</strong> como lugar <strong>de</strong> sofrimento<br />

Paradoxalmente, Jerusalém em Cantares não é celebrada, não é chamada <strong>de</strong> “graciosa” nem<br />

é exaltada sua pompa e luxo. As referências a Salomão que é, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Davi, o rei mais<br />

tradicionalmente ligado a Jerusalém, nas duas das três vezes que acontecem, são negativas<br />

vinculadas a <strong>de</strong>núncias (cf. Ct 8,11-12).<br />

O imaginário <strong>de</strong>ste verso, a cida<strong>de</strong>, suas habitações, ruas, praças, guardas, muralhas e até sua<br />

simbologia como centro <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r (Salomão), compõe um quadro <strong>de</strong> frustração e sofrimento.<br />

Descrições semelhantes à feita pelas filhas <strong>de</strong> Jerusalém aparecem em outros textos<br />

jerusalemitas do Antigo Testamento. Em Jr 5,1 on<strong>de</strong> possivelmente se <strong>de</strong>screve uma<br />

Jerusalém pré-exílica com ruas e praças, se lê?<br />

Dai voltas às ruas (“behutzôt”) <strong>de</strong> Jerusalém, e ve<strong>de</strong> agora, e informaivos, e buscai<br />

pelas tuas praças (“rehaboteka”), para ver se achais alguém ou se há um homem que<br />

pratique a justiça ou busque a verda<strong>de</strong>; e eu lhe perdoarei.<br />

Em Zacarias 8,4 se <strong>de</strong>screve a Jerusalém pós-exílica:<br />

“Ainda nas praças <strong>de</strong> Jerusalém (berehabôt iyerúshálám) habitarão velhos e velhas,<br />

levando cada um na mão o seu bordão, por causa da sua muita ida<strong>de</strong>”.<br />

Mas, diferentemente do que nos textos citados acima, a cida<strong>de</strong> não é o lugar da utopia para<br />

as filhas <strong>de</strong> Jerusalém. A cida<strong>de</strong> não aparece como metáfora para a amada como acontece<br />

nos poemas <strong>de</strong> Lamentações (2,12-13a):<br />

Para suas mães (‘imotám) eles diziam, on<strong>de</strong> estão o trigo e o vinho?<br />

Estando eles a enfraquecer, como feridos mortalmente, nas praças<br />

(rehobôt) A cida<strong>de</strong> (` iyr) a <strong>de</strong>rramar sua vida (nafeshám) sobre o peito<br />

das suas mães (‘imotám). Qual seria o testemunho? Com que te<br />

compararia, ó filha <strong>de</strong> Jerusalém (habat yerûshálam)?.<br />

A cida<strong>de</strong> é a mãe do ESTADO MODERNO. Todos os gran<strong>de</strong>s problemas urbanos hoje são<br />

vinculados às gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Os índices <strong>de</strong> violência, as quadrilhas, o tráfico <strong>de</strong> drogas, os gran<strong>de</strong>s<br />

currais eleitorais, os gran<strong>de</strong>s gastos públicos, a tremenda quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poluição gerada, a<br />

<strong>de</strong>spersonalização, a <strong>de</strong>sivindualização. A prostituição, as questões ambientais, socais, <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

ensino.<br />

Jerusalém já era uma grandiosa metrópole na época <strong>de</strong> Salomão. Um centro administrativo e politico.<br />

Não é citada o nome da cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> ocorrem os eventos <strong>de</strong>scritos até este capítulo <strong>de</strong> Cantares. Po<strong>de</strong><br />

ser uma outra próxima ao Líbano, po<strong>de</strong>ria ser inclusive uma cida<strong>de</strong> costeira. Cesárea, ou Cafarnaum.<br />

Mas é uma gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> cercada <strong>de</strong> muros e com praças. O leitor em seu coração viaja até a cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Jerusalém, pois a todo instante são citadas “as filhas <strong>de</strong> Jerusalém”.<br />

Na dimensão espiritual a representação <strong>de</strong> que não está nas bases da economia, da antropologia, das<br />

ciências sociais, não está no escopo da tecnologia ou na indústria do entretenimento o lugar do<br />

Amado. As coisas do Espírito não estão na construção do mundo. Porque o mundo rejeitou a Deus.<br />

A indústria, o progresso, a economia mundial, os mo<strong>de</strong>los políticos que hoje norteiam a vida das<br />

nações, nelas não se encontrará ao Amado. Por toda parte o espírito que endossa nossa era é o da


especulação, não o da sincerida<strong>de</strong>. São praças aon<strong>de</strong> o que se vê é a injustiça social. Não há praça <strong>de</strong><br />

uma cida<strong>de</strong> do mundo que não tenha testemunhado um assassinato. Poucas ruas não testemunharam<br />

tragédias. E certamente nenhuma construção humana <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> testemunhar alguma mentira.<br />

No livro A Cida<strong>de</strong> Antiga o prof. Fustel <strong>de</strong> Coulanges (1830-1889) fez um tratado do<br />

<strong>de</strong>snvolvimento das instituições que dão base à socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna.<br />

Trecho <strong>de</strong> A cida<strong>de</strong> Antiga<br />

Essas crenças logo <strong>de</strong>ram lugar a regras <strong>de</strong> conduta. Des<strong>de</strong> que o morto tinha necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento<br />

e <strong>de</strong> bebida, pensou-se que era <strong>de</strong>ver dos vivos satisfazer às suas necessida<strong>de</strong>s. O cuidado <strong>de</strong> levar<br />

alimentos aos mortos não foi abandonado ao capricho, ou aos sentimentos mutáveis dos homens;<br />

era obrigatório. Estabeleceu-se <strong>de</strong>sse modo uma verda<strong>de</strong>ira religião da morte, cujos dogmas logo se<br />

reduziram a nada, mas cujos ritos duraram até o triunfo do Cristianismo.<br />

Os mortos eram consi<strong>de</strong>rados criaturas sagradas. Os antigos davam-lhes os epítetos mais respeitosos<br />

que podiam encontrar; chamavam-nos <strong>de</strong> bons, <strong>de</strong> santos, <strong>de</strong> bem-aventurados. Tinham por eles<br />

toda a veneração que o homem po<strong>de</strong> ter para com a divinda<strong>de</strong>, que ama e teme. Segundo seu modo<br />

<strong>de</strong> pensar, cada morto era um <strong>de</strong>us.<br />

Essa espécie <strong>de</strong> apoteose não era privilégio dos gran<strong>de</strong>s homens; não se faziam distinções entre os<br />

mortos. Cícero afirma: “Nossos ancestrais quiseram que os homens que <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> viver fossem<br />

contados entre os <strong>de</strong>uses.” — Não era necessário ter sido um homem virtuoso; o mau tornava-se<br />

<strong>de</strong>us tanto quanto o homem <strong>de</strong> bem; apenas continuava, nessa segunda existência, com todas as más<br />

inclinações que tivera na primeira.<br />

Os gregos <strong>de</strong> boa mente davam aos mortos o nome <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses subterrâneos. Em Ésquilo um filho<br />

invoca <strong>de</strong>ste modo o pai morto: “Ó tu, que és um <strong>de</strong>us sob a terra.” — Eurípi<strong>de</strong>s diz, falando <strong>de</strong><br />

Alceste: “Junto a seu túmulo o viandante há <strong>de</strong> parar, e dizer: Esta é agora uma divinda<strong>de</strong> feliz.” —<br />

Os romanos davam aos mortos o nome <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses manes: “Prestai aos <strong>de</strong>uses<br />

manes as honras que lhes são <strong>de</strong>vidas — diz Cícero — pois são homens que <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> viver;<br />

reverenciai-os como criaturas divinas.”<br />

Os túmulos eram os templos <strong>de</strong>ssas divinda<strong>de</strong>s. Assim exibiam eles, em latim e em grego, a inscrição<br />

sacramental: Dis Manibus, theõis ethoníois. — Era lá que o <strong>de</strong>us permanecia sepultado: Manesque sepulti<br />

— diz Virgílio. Diante do túmulo havia um altar para os sacrifícios, como diante do túmulo dos<br />

<strong>de</strong>uses.<br />

Encontramos o culto dos mortos entre os helenos, entre os latinos, entre os sabinos e entre os<br />

etruscos; encontramo-lo também entre os árias da Índia, como mencionam os hinos do Rig-Veda.<br />

Os livros das Leis <strong>de</strong> Manu falam <strong>de</strong>sse culto como do mais antigo entre os homens. Vê-se por esse<br />

livro que a idéia da metempsicose <strong>de</strong>sconheceu essa velha crença; mesmo antes disso já existia a<br />

religião <strong>de</strong> Brama, e, contudo, tanto sob o culto <strong>de</strong> Brama como sob a doutrina da metempsicose a<br />

religião das almas dos ancestrais subsiste ainda, viva e in<strong>de</strong>strutível, e força o redator das Leis <strong>de</strong><br />

Manu a levá-la em conta, e a admitir ainda suas prescrições no livro sagrado. Não é esta a menor<br />

singularida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse livro estranho: conservar regras relativas a crenças antigas quando foi redigido,<br />

evi<strong>de</strong>ntemente, em época na qual outras crenças opostas prevaleciam. Isso prova que, se é necessário<br />

muito tempo para que as crenças humanas se transformem, é necessário mais tempo ainda para que<br />

as práticas<br />

exteriores e as leis se modifiquem. Hoje mesmo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tantos séculos e revoluções, os hindus<br />

continuam a oferecer dádivas aos antepassados. Essas idéias e ritos são o que há <strong>de</strong> mais antigo na<br />

raça indo-européia, assim como o que há <strong>de</strong> mais persistente.<br />

Esse culto era idêntico tanto na Índia quanto na Grécia e na Itália. O hindu <strong>de</strong>via oferecer aos manes<br />

a refeição chamada sraddha: “Que o chefe da casa faça o sraddha com arroz, leite, raízes, frutos, a fim<br />

<strong>de</strong> atrair sobre si a proteção dos manes”. — O hindu acreditava que no momento em que oferecia<br />

esse banquete fúnebre, os manes dos antepassados vinham sentar-se a seu<br />

lado, e recebiam os alimentos que lhes eram oferecidos. Acreditava também que esse banquete<br />

proporcionava gran<strong>de</strong> alegria aos mortos: “Quando o sraddha é oferecido <strong>de</strong> acordo com o ritual, os<br />

antepassados daquele que oferece o banquete experimentam uma satisfação inalterável.” Assim os<br />

árias do Oriente, em sua origem, pensaram como os do Oci<strong>de</strong>nte com relação ao mistério do <strong>de</strong>stino<br />

<strong>de</strong>pois da morte. Antes <strong>de</strong> acreditar na metempsicose, que supunha absoluta distinção entre a alma e


o corpo, acreditaram na existência vaga e in<strong>de</strong>cisa da criatura humana, invisível, mas não imaterial, e<br />

exigindo dos mortais comida e bebida. O hindu, como o grego, olhava para os mortos como seres<br />

divinos, que gozavam <strong>de</strong> existência bem-aventurada. Mas havia uma condição para sua felicida<strong>de</strong>: era<br />

necessário que as ofertas fossem levadas regularmente. Se <strong>de</strong>ixavam <strong>de</strong> oferecer o sraddha por um<br />

morto, sua alma saía <strong>de</strong> sua morada <strong>de</strong> paz, e tornava-se errante, atormentando os vivos; <strong>de</strong> sorte que<br />

os manes só eram consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>uses em razão das ofertas que lhes eram feitas pelo culto. Os gregos<br />

e romanos tinham exatamente as mesmas opiniões. Se <strong>de</strong>ixassem <strong>de</strong> oferecer aos mortos o banquete<br />

fúnebre, logo estes saíam <strong>de</strong> seus túmulos, e, como sombras errantes, ouviam-nos gemer na noite<br />

silenciosa. Censuravam os vivos por sua impiedosa negligência; procuravam então castigá-los,<br />

mandavam-lhes doenças, ou castigavam-lhes as terras com a esterilida<strong>de</strong>. Enfim, não davam <strong>de</strong>scanso<br />

aos vivos até o dia em que voltassem a oferecer-lhes o banquete fúnebre. O sacrifício, a oferta <strong>de</strong><br />

alimentos e a libação levavam-nos <strong>de</strong> volta ao túmulo, e proporcionavam-lhes o repouso e atributos<br />

divinos. O homem assim estava em paz com eles.<br />

A casa do grego ou do romano obrigava um altar; sobre esse altar <strong>de</strong>via haver sempre um pouco <strong>de</strong><br />

cinza e carvões acesos. Era obrigação sagrada, para o chefe <strong>de</strong> cada casa, manter aceso o fogo dia e<br />

noite. Infeliz da casa on<strong>de</strong> se apagasse! Cada noite cobriam-se <strong>de</strong> cinza os carvões, para impedir que<br />

se consumissem por completo; pela manhã, o primeiro cuidado era reavivar o fogo, e alimentá-lo<br />

com ramos. O fogo não cessava <strong>de</strong> brilhar diante do altar senão quando se extinguia toda uma família;<br />

a extinção do fogo e da família eram expressões sinônimas entre os antigos.<br />

Há três coisas que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as mais antigas eras, encontram-se fundadas e solidamente estabelecidas nas<br />

socieda<strong>de</strong>s grega e itálica: a religião doméstica, a família, o direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>; três coisas que<br />

tiveram entre si, na origem, uma relação evi<strong>de</strong>nte, e que parecem terem sido inseparáveis.<br />

A idéia <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> privada fazia parte da própria religião. Cada família tinha seu lar e seus<br />

antepassados. Esses <strong>de</strong>uses não podiam ser adorados senão por ela, e não protegiam senão a ela; eram<br />

sua proprieda<strong>de</strong> exclusiva<br />

Ora, entre esses <strong>de</strong>uses e o solo, os homens das épocas mais antigas divisavam uma relação misteriosa.<br />

Tomemos, em primeiro lugar, o lar; esse altar é o símbolo da vida se<strong>de</strong>ntária, como o nome bem o<br />

indica. Deve ser colocado sobre a terra, e, uma vez construído, não o <strong>de</strong>vem mudar mais <strong>de</strong> lugar. O<br />

<strong>de</strong>us da família <strong>de</strong>seja possuir morada fixa; materialmente, é difícil transportar a terra sobre a qual ele<br />

brilha; religiosamente, isso é mais difícil ainda, e não é permitido ao homem senão quando é premido<br />

pela dura necessida<strong>de</strong>, expulso por um inimigo, ou se a terra não o pu<strong>de</strong>r sustentar por ser estéril.<br />

Quando se constrói o lar, é com o pensamento e a esperança <strong>de</strong> que continue sempre no mesmo<br />

lugar. O <strong>de</strong>us ali se instala, não por um dia, nem pelo espaço <strong>de</strong> uma vida humana, mas por todo o<br />

tempo em que dure essa família, e enquanto restar alguém que alimente a chama do sacrifício. Assim<br />

o lar toma posse da terra; essa parte da terra torna-se sua, é sua proprieda<strong>de</strong>. A casa situava-se sempre<br />

no recinto sagrado. Entre os gregos, dividia-se em duas partes o quadrado formado pela cerca: a<br />

primeira parte era o pátio; a casa<br />

ocupava a segunda parte. O altar, colocado mais ou menos no centro da área total, encontrava-se<br />

assim no fundo do pátio, e perto da entrada da casa. Em Roma a disposição era diferente, mas o<br />

princípio era o mesmo. O altar ficava colocado no meio do recinto, mas as pare<strong>de</strong>s elevavam-se ao<br />

seu redor pelos quatro lados, <strong>de</strong> maneira a fechá-lo no meio <strong>de</strong> um pequeno pátio. Vê-se claramente<br />

o pensamento que inspirou esse sistema <strong>de</strong> Construção: as pare<strong>de</strong>s levantam-se ao redor do altar,<br />

para isolá-lo e protegê-lo; e po<strong>de</strong>mos afirmar, como diziam os gregos, que a religião ensinou a<br />

construir casas. Como o caráter <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> privada está manifesto em tudo isso! Os mortos são<br />

<strong>de</strong>uses que pertencem apenas a uma família, e que apenas ela tem o direito <strong>de</strong> invocar. Esses mortos<br />

tomaram posse do solo, vivem sob esse pequeno outeiro, e ninguém, que não pertença à família,<br />

po<strong>de</strong> pensar em unir-se a eles. Ninguém, aliás, tem o direito <strong>de</strong> privá-los da terra que ocupam; um<br />

túmulo, entre os antigos, jamais po<strong>de</strong> ser mudado ou <strong>de</strong>struído; as leis mais severas o proíbem. Eis,<br />

portanto, uma parte da terra que, em nome da religião, torna-se objeto <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> perpétua para<br />

cada família. A família apropriou-se da terra enterrando nela os mortos, e ali se fixa para sempre. O<br />

membro mais novo <strong>de</strong>ssa família po<strong>de</strong> dizer legitimamente: Esta terra é minha. — E ela lhe pertence<br />

<strong>de</strong> tal modo, que lhe é inseparável, não tendo nem mesmo o direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfazer-se <strong>de</strong>la. O solo on<strong>de</strong><br />

repousam seus mortos é inalienável e imprescritível. A lei romana exige que, se uma família ven<strong>de</strong> o<br />

campo on<strong>de</strong> está o túmulo, continua no entanto proprietária <strong>de</strong>sse túmulo, e conserva eternamente


o direito <strong>de</strong> atravessar o campo para nele cumprir as cerimônias do culto Era antigo costume enterrar<br />

os mortos, não em cemitérios, ou à beira das estradas, mas no campo <strong>de</strong> cada família. Esse costume<br />

dos tempos antigos é confirmado por uma lei <strong>de</strong> Sólon, e por diversas passagens <strong>de</strong> Plutarco. Lemos<br />

em um discurso <strong>de</strong> Demóstenes que, ainda em seu tempo, cada família enterrava seus mortos no<br />

próprio campo, e que quando se comprava uma proprieda<strong>de</strong> na Ática, nela encontravam a sepultura<br />

dos antigos proprietários . Quanto à Itália, esse mesmo costume nos é atestado por uma lei das Doze<br />

Tábuas, pelos textos <strong>de</strong> dois jurisconsultos, e por esta frase <strong>de</strong> Siculo Flaco: “Antigamente havia duas<br />

maneiras <strong>de</strong> colocar os túmulos: uns punhamnos no limite dos campos, outros no meio.”<br />

É bastante evi<strong>de</strong>nte que a proprieda<strong>de</strong> privada era uma instituição da qual a religião doméstica não<br />

se podia eximir. Essa religião prescrevia que se isolasse o domicílio e a sepultura: a vida em comum,<br />

portanto, tornava-se impossível. A mesma religião or<strong>de</strong>nava que o altar fosse fixado ao solo, e que a<br />

sepultura não fosse nem mudada, nem <strong>de</strong>struída. Suprimi a proprieda<strong>de</strong>, e o altar ficará errante, as<br />

famílias confundir-se-ão, os mortos ficarão abandonados e sem culto. Por causa do altar irremovível<br />

e da sepultura permanente, a família tomou posse do solo; a terra, <strong>de</strong> certo modo, foi imbuída e<br />

penetrada pela religião do lar e dos antepassados Abarquemos com o olhar o caminho percorrido<br />

pelos homens. Na origem, a família vive isolada, e o homem não conhece senão <strong>de</strong>uses domésticos,<br />

theòi patrõi, dii gentiles. Acima da família forma-se a fratria, com seu <strong>de</strong>us, theòs<br />

phrátrios, Juno curialis. Em seguida vem a tribo, e o <strong>de</strong>us da tribo theòs phylios. Chega-se, enfim, à cida<strong>de</strong>,<br />

e imagina-se um <strong>de</strong>us que abraça toda a cida<strong>de</strong>, theòs polièus, penates publici. Hierarquia <strong>de</strong> crenças,<br />

hierarquia <strong>de</strong> associações. A idéia religiosa foi, entre os antigos, o sopro inspirador e organizador da<br />

socieda<strong>de</strong>. As tradições dos hindus, dos gregos, dos etruscos, contavam que os <strong>de</strong>uses haviam<br />

revelado aos homens as leis sociais. Sob essa forma legendária há uma verda<strong>de</strong>. As leis sociais foram<br />

obra dos <strong>de</strong>uses; mas esses <strong>de</strong>uses, tão po<strong>de</strong>rosos e tão benfajezos, não eram nada mais que as crenças<br />

dos homens.<br />

Não <strong>de</strong>vemos imaginar as cida<strong>de</strong>s antigas <strong>de</strong> acordo com as que costumamos ver nos dias <strong>de</strong> hoje.<br />

Constroem-se algumas casas, e temos uma al<strong>de</strong>ia. Insensivelmente o número <strong>de</strong> casas aumenta, e<br />

temos a cida<strong>de</strong>; e, se for o caso, acabamos por ro<strong>de</strong>á-la por um fosso e uma muralha. Uma cida<strong>de</strong>,<br />

entre os antigos, não se formava com o tempo, pelo lento crescimento do número dos homens e das<br />

construções. Fundava-se uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um só golpe, inteiramente, em um dia.<br />

Mas era necessário que a cida<strong>de</strong> fosse constituída antes, o que era a obra mais difícil, e ordinariamente<br />

a mais longa. Uma vez que as famílias, as fratrias e as tribos concordavam em se unir, e em adotar o<br />

mesmo culto, logo se fundava a cida<strong>de</strong>, para ser o santuário <strong>de</strong>sse culto comum. Também a fundação<br />

<strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> sempre constituiu ato religioso.<br />

O primeiro cuidado do fundador é escolher o local da nova cida<strong>de</strong>. Mas essa escolha, coisa grave, e<br />

da qual se crê <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r o <strong>de</strong>stino do povo, sempre foi <strong>de</strong>ixada à <strong>de</strong>cisão dos <strong>de</strong>uses. Se Rômulo fosse<br />

grego, teria consultado o oráculo <strong>de</strong> Delfos; se fosse samnita, teria seguido o animal sagrado, o lobo<br />

ou o picanço. Latino, muito vizinho dos etruscos, iniciado na ciência augural, pe<strong>de</strong> aos <strong>de</strong>uses que<br />

lhe revelem sua vonta<strong>de</strong> pelo vôo dos pássaros. Os <strong>de</strong>uses apontam-lhe o Palatino.<br />

Depois que essa cerimônia preliminar preparou o povo para o gran<strong>de</strong> ato da fundação, Rômulo cava<br />

um pequeno fosso <strong>de</strong> forma circular, on<strong>de</strong> lança um torrão, por ele trazido da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alba. Depois,<br />

cada um <strong>de</strong> seus companheiros, um por um, lança no mesmo lugar um pouco <strong>de</strong> terra, trazida <strong>de</strong> seu<br />

país <strong>de</strong> origem. Esse rito é notável, e revela nesses homens um pensamento que é preciso assinalar.<br />

Antes <strong>de</strong> chegar ao Palatino, eles moravam em Alba, ou em alguma outra cida<strong>de</strong> vizinha. Lá estava<br />

seu lar, lá seus pais haviam vivido, e estavam sepultados. Ora, a religião proibia abandonar a terra<br />

on<strong>de</strong> o lar estava fixado e on<strong>de</strong> repousavam os antepassados divinos. Era preciso, pois, para se<br />

livrarem <strong>de</strong> toda impieda<strong>de</strong>, que cada um daqueles homens usasse <strong>de</strong> uma ficção, e que levasse<br />

consigo, sob o símbolo <strong>de</strong> um torrão <strong>de</strong> terra, o solo sagrado em que seus antepassados estavam<br />

sepultados, e ao qual estavam ligados os manes. O homem não podia mudar se sem levar consigo a<br />

terra e seus ancestrais. Era necessário que observasse esse rito para que pu<strong>de</strong>sse dizer, mostrando o<br />

novo lugar que adotara: Esta é ainda a terra <strong>de</strong> meus pais: Terra patruum, patria, aqui é minha pátria,<br />

porque aqui estão os manes <strong>de</strong> minha família. O fosso on<strong>de</strong> cada um lançara um pouco <strong>de</strong> terra<br />

chamava-se mundus; ora, essa palavra <strong>de</strong>signava, especialmente na antiga língua religiosa, a região dos<br />

manes. Desse mesmo lugar, segundo a tradição, os manes dos mortos escapavam três vezes por ano,<br />

<strong>de</strong>sejosos <strong>de</strong> rever a luz por um momento. Não vemos ainda, nessa tradição, o verda<strong>de</strong>iro<br />

pensamento dos homens antigos? Lançando ao fosso um torrão <strong>de</strong> terra da antiga pátria, acreditavam


encerrar nela também as almas dos antepassados. Essas almas, ali reunidas, <strong>de</strong>viam receber culto<br />

perpétuo, e velar sobre seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. Rômulo, nesse mesmo lugar, levantou um altar, e acen<strong>de</strong>u<br />

o fogo. Este foi o fogo sagrado da nova cida<strong>de</strong>.<br />

Não estão distantes as tradições referentes das cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Israel. As que foram tomadas tinham casas<br />

construídas segundo tais preceitos. O direito à proprieda<strong>de</strong> da antiguida<strong>de</strong> nasce do culto aos<br />

morros. A limitação das proprieda<strong>de</strong>s era feita por pedras consagradas <strong>de</strong>nominadas termos. Os<br />

parentes eram enterrados na proprieda<strong>de</strong> em que moravam e era necessário que tivesse acesso livre<br />

até o túmulo para oferecerem libações aos mortos, e isso não po<strong>de</strong>ria ser interrompido pelas gerações<br />

futuras, tornando-se uma obrigação sucessória, e ao mesmo tempo dando origem ao conceito <strong>de</strong><br />

herança e do direito á herança, direito sucessório, já que seria <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> do filho mais velho<br />

a obrigação <strong>de</strong> alimentar aos mortos.<br />

É neste mundo mágico, <strong>de</strong> crenças que exaltavam a morte e que <strong>de</strong>la faziam sua religião que as<br />

cida<strong>de</strong>s e a civilização foi inspirada.<br />

Não é nessa cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> pessoas fazem culto aos espíritos familiares que Sunamita encontrará seu<br />

Amado. Não numa cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> exercem um sacerdócio baseado em tradições religiosas que as<br />

pren<strong>de</strong>m a ritos <strong>de</strong> culto funerário, contendo um “fogo sagrado” cujo o símbolo é belíssimo mas que<br />

não é <strong>de</strong>dicado a Vida,<br />

Vivemos num mundo religioso cheio <strong>de</strong> tradições, rituais, ritos, mistificações e mágica.<br />

Com belíssimas representações da realida<strong>de</strong> espiritual, corrompidas pelo erro, poluídas pela<br />

imaginação, enganando os homens e os conduzindo na direção do cemitério. Literalmente falando.<br />

O conceito <strong>de</strong> Estado parece ter origem nas antigas cida<strong>de</strong>s-estados que se <strong>de</strong>senvolveram na<br />

antiguida<strong>de</strong>, em várias regiões do mundo, como a Suméria, a América Central e no Extremo Oriente.<br />

Em muitos casos, estas cida<strong>de</strong>s-estados foram a certa altura da história colocadas sob a tutela do<br />

governo <strong>de</strong> um reino ou império, seja por interesses económicos mútuos, seja por dominação pela<br />

força. O estado como unida<strong>de</strong> política básica no mundo tem, em parte, vindo a evoluir no sentido<br />

<strong>de</strong> um supranacionalismo, na forma <strong>de</strong> organizações regionais, como é o caso da União Europeia<br />

A quem pertence, legitimamente a terra?<br />

O que legitima o direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> humana ao solo em que vive e habita?<br />

O mundo e a terra pertencem ao Senhor. Criada, Arrendada, Roubada e Retomada.<br />

Criada em Genesis<br />

Arrendada ao Homem no Jardim<br />

Roubada por Satanás na Queda


Retomada na Ressurreição.<br />

Mas para todos os efeitos, SEMPRE pertenceu a um único possuidor. Deus. E só este po<strong>de</strong>ria<br />

entregá-la, <strong>de</strong>legá-la, reparti-la ao ser humano. O modo como Deus estabeleceu essa partilha, é a<br />

Profecia. A Profecia é uma instituição anterior à existência da LEI, qualquer que seja o código<br />

humano. E anterior às religiões e ao culto aos mortos.<br />

O único pedaço <strong>de</strong> terra do mundo em que vivemos, <strong>de</strong>legado por Deus a alguém, que possui<br />

uma PROFECIA DECLANDO POSSE até a presente data, 2014, é a terra <strong>de</strong> Israel. Fora um<br />

ou outro local que habitem anjos, ou separados por Deus para o exercício da cidadania celestial,<br />

alguns acampamentos, alguns terrenos que foram doados por Profecia para alguma finalida<strong>de</strong> em<br />

alguma geração. Mas, genericamente falando, nós, egípcios, gregos, romanos, brasileiros, argentinos,<br />

ingleses e franceses ou porto-riquenhos somos no máximo “posseiros”. Os papéis que legitimam<br />

nosso direito a proprieda<strong>de</strong> não tem valor algum, diante da Eternida<strong>de</strong>.<br />

Não foi dado a nenhum Estado o Direito Absoluto sobre a Proprieda<strong>de</strong>. Inclusive o mundo <strong>de</strong><br />

amanhã sofrerá uma redistribuição <strong>de</strong> terras. Embora o Direito Romano nos tenha influenciado.<br />

A profecia já <strong>de</strong>finiu a quem pertence à terra, terra como sinônimo <strong>de</strong> mundo, há muito tempo atrás:<br />

“Os justos herdarão a terra”.<br />

Mas, antes <strong>de</strong> chegar esse “amanhã”, as Escrituras <strong>de</strong>terminaram um pedaço <strong>de</strong> terra para os israelitas.<br />

A Sunamita não po<strong>de</strong> encontrar o Amado na cida<strong>de</strong> porque a cida<strong>de</strong> e suas praças lembram essa<br />

origem religiosa, possuem uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> que a i<strong>de</strong>ntificam a busca dos mortos, com a necromancia,<br />

com a adoração aos mortos. Ela evoca a morte. Ela é lugar <strong>de</strong> violência, ela é uma referencia a práticas<br />

<strong>de</strong> injustiça.<br />

Por isso é que também um dia <strong>de</strong>scerá dos céus uma cida<strong>de</strong> CELESTIAL.<br />

E eu, João, vi a santa cida<strong>de</strong>, a nova Jerusalém, que <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>scia do céu, a<strong>de</strong>reçada<br />

como uma esposa ataviada para o seu marido.<br />

E ouvi uma gran<strong>de</strong> voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo <strong>de</strong> Deus com os<br />

homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com<br />

eles, e será o seu Deus.<br />

E Deus limpará <strong>de</strong> seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem<br />

clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.<br />

Apocalipse 21:2-4<br />

Uma cida<strong>de</strong> que não possui CEMITÉRIOS. Os fundamentos <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> não é a morte. Ela não<br />

tem pranto e nem choro, porque não viu e nem jamais verá procissões <strong>de</strong> sepultamento. Porque ela<br />

é baseada em VIDA. As casas da antiguida<strong>de</strong> eram imaginadas para serem possessão perpétua <strong>de</strong> uma<br />

família. Pois esta cida<strong>de</strong> será. A referencia a “não haverá mais morte” associado a uma cida<strong>de</strong> divina<br />

fica bem mais profunda lendo um pouco sobre a origem das cida<strong>de</strong>s da antiguida<strong>de</strong>.<br />

As casas da antiguida<strong>de</strong> possuíam um altar. Eram inspiradas em templos. Tinham até o fogo sagrado<br />

acesso em suas salas. Mas sublimavam, exaltavam a morte, substituíam o Espírito da Vida, pelos<br />

espírito dos mortos.<br />

Porém, é numa <strong>de</strong>ssas nossas cida<strong>de</strong>s cobertas <strong>de</strong> violência que a Sunamita está correndo, aflita e<br />

chorando.<br />

מצאוני הׁשמרים הסבבים בעיר את ‏ׁשאהבה נפׁשי ראיתם׃‎3:3‎ .1<br />

2. Metsauni hashomrim hasovvim bair et sheahavah nafshi reitem:<br />

3. The shomrim (watchmen) that go about the city found me: [to whom I<br />

said], Saw ye him whom my nefesh loveth?


A palavra guarda em hebraico é Shamar, significa Sentinela, Vigia, Observador, Protetor.<br />

Os guardas a encontram, e não a tratam mal. São dois grupos distintos. Este ao ver a moça<br />

chorando se preocupam e vão socorrê-la. O segundo, um grupo <strong>de</strong> guardas bêbados a colocará<br />

numa situação embaraçosa. Eles são profissionais corretos exercendo dignamente sua função<br />

<strong>de</strong> patrulhamento da cida<strong>de</strong> e logo percebem que não se trata <strong>de</strong> um caso policial. Eles,<br />

infelizmente, não têm meios <strong>de</strong> ajudá-la, não são versados em problemas do coração. Tão pouco<br />

eles fazem i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quem ela realmente está procurando. Simplesmente ela procura ao chefão,<br />

the Big Boss, ao rei, <strong>de</strong>vidamente disfarçado. Os guardas neste momento representam um papel<br />

digno. Limitados ao seu ofício, as obrigações e a escala <strong>de</strong> serviço, não serão <strong>de</strong> muito auxilio.<br />

Se ao menos entre eles houvesse um <strong>de</strong>tetive ao nível <strong>de</strong> um Sherlock Holmes...Mas a moça<br />

está com pressa. A pergunta que ela faz é bem interessante. Ela não o DESCREVE. Ela não diz<br />

como ele está vestido, sua altura, ela dá um retrato falado que lembra o quadro “Depoimento”<br />

<strong>de</strong> Porta-dos-Fundos, canal <strong>de</strong> comédia brasileiro no Youtube.<br />

https://www.youtube.com/watch?v=T3UiOCry06w<br />

Na dimensão espiritual os guardas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>signam aqueles que protegem a integrida<strong>de</strong><br />

intelectual da socieda<strong>de</strong>. Os que a cercam e a vigiam. O saber acadêmico, a filosofia, as artes, a<br />

tecnologia e as ciências. A politica, o sentimento religioso, o direito, a cultura. A cida<strong>de</strong> é uma<br />

representação do Estado, representa o mundo humano e suas complicadas relações. O que<br />

guarda sua integrida<strong>de</strong>? O que faz com que a civilização permaneça digna do nome civilização?<br />

Os civilizadores. Os filósofos, os poetas, seus músicos. Seus intelectuais, seus políticos, seus<br />

historiadores, seus químicos e físicos, engenheiros e estadistas, teólogos e sacerdotes. Seus<br />

legisladores. Um dos pilares da socieda<strong>de</strong> humana é o direito, as leis, as normas <strong>de</strong> conduta, a<br />

jurisprudência, as regras que estabelecem as relações. Essas regras agem como guardas. A


constituição é um guarda dos direitos e da integrida<strong>de</strong> dos indivíduos <strong>de</strong> uma nação. As regras<br />

econômicas, protegem-nos dos processos comerciais ilícitos, impe<strong>de</strong>m até certo ponto as<br />

práticas <strong>de</strong>sleais da concorrência. Nem todos os guardas são fiéis, of course. Platão, Aristóteles,<br />

Wittgenstein, Quine, Émile Durkheim, Tzvetan Todorov, Jakob Bernoulli, Pierre Simon Laplace<br />

ou Srinivasa Ramanujan, po<strong>de</strong>riam respon<strong>de</strong>r-nos coisas espetaculares. Mas não<br />

compreen<strong>de</strong>riam os mistérios do Reino, se o Espírito <strong>de</strong> Deus para eles não o revelasse. Os<br />

guardas não são o suficiente, todo o conhecimento humano não é suficiente para saciar a alma<br />

da Sunamita Celestial. Ela só é plena nEle, ao ouvir sua Voz, ao conhecer seus segredos, seus<br />

mistérios, só fica encantada com a sua Sabedoria.<br />

É importante frisar este aspecto. Nenhum outro ser humano na terra recebeu <strong>de</strong> Deus uma<br />

profecia que dissesse a ele que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le ninguém seria tão sábio. Os especialistas em<br />

muitas áreas <strong>de</strong>scobriram coisas maravilhosas, certamente DESCONHECIDAS por Salomão. Mas<br />

certamente ele recebeu <strong>de</strong> modo sobrenatural a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apreendê-las, <strong>de</strong> compreendêlas<br />

e ir além <strong>de</strong> todos estes, mestres em suas respectivas ca<strong>de</strong>iras, se ele lhes fosse<br />

contemporâneo. Nenhum <strong>de</strong>les havia nascido ainda na época <strong>de</strong> Salomão. E mesmo após eles,<br />

ninguém recebeu alguma <strong>de</strong>claração que mudasse o julgamento divino sobre a sabedoria <strong>de</strong><br />

Salomão. Continua valendo hoje, em meio a uma socieda<strong>de</strong> tecnológica, que diante do Espírito<br />

<strong>de</strong> Deus não se levantou na terra homem tão sábio quanto Ele. (Jesus não conta na premissa<br />

anterior, que senão é covardia).<br />

A moça está atrás do homem mais inteligente da terra. Se ele se escon<strong>de</strong>r os guardas não<br />

saberão como achá-lo.<br />

A Igreja também. Cristo é a Sabedoria divina em forma humana. Nele estão escondidos os<br />

segredos e mistérios da Sabedoria. Os guardas do É<strong>de</strong>n eram querubins. Os guardas da Cida<strong>de</strong><br />

Celestial, da Nova Jerusalém, são anjos. Mas, nem eles sabem as respostas que habitam somente<br />

o coração <strong>de</strong> Cristo. Na verda<strong>de</strong> os anjos são mensageiros justamente porque somente Nele<br />

estão os mistérios da Criação, da Eternida<strong>de</strong>, da Salvação.<br />

כמעט ‏ׁשעברתי מה .1 3:4<br />

ם עד ‏ׁשמצאתי את ‏ׁשאהבה נפׁשי אחזתיו ולא ארפנו עד־<br />

‏ׁשהביאתיו אל־בית אמי ואל־חדר הורתי׃<br />

2. Kimat sheavarti mehem ad shematzati et sheahavah nafshi akhaztiv<br />

velo arpenu ad-shehaveitiv el-beit imi veel-khe<strong>de</strong>r horati:<br />

3. [It was] but a little that I passed from them, but I found him whom<br />

my soul loveth: I held him, and would not let him go, until I had<br />

brought him into my mother's house, and into the chamber of her that<br />

conceived me.


Não foi necessário ir muito longe. A moça enamorada encontrou ao amado e o agarrou disposta<br />

a nunca mais <strong>de</strong>ixa-lo. Sunamita possui irmãos e mãe, embora não seja referido no poema seu<br />

pai, fazendo os leitores enxerga-la como uma órfã, como a princesa que um dia nasceria no reino<br />

da Persa, como Ester. A primeira provi<strong>de</strong>ncia da moça é conduzi-la até a morada <strong>de</strong> sua mãe. A<br />

antiga casa <strong>de</strong> seus pais. O lugar on<strong>de</strong> seus pais a geraram. On<strong>de</strong> sua existência teve inicio.<br />

Ousadamente ela o conduz até o lugar on<strong>de</strong> ela começou, por assim dizer, na história anterior<br />

a própria história, a história <strong>de</strong> amor <strong>de</strong> seus pais, do qual somente uma testemunha restava,<br />

que era sua mãe. A moça orgulhosamente apresenta o “<strong>de</strong>sconhecido” a sua mãe. Seu<br />

preten<strong>de</strong>nte. A mãe o saúda, lhe enche <strong>de</strong> mimos, põe ele para comer até quase arrebentar,<br />

conta histórias. E o rei fica ali naquela casa humil<strong>de</strong> se divertindo com a mãe <strong>de</strong> Sunamita.<br />

A Igreja não necessita <strong>de</strong>sprezar a sabedoria humana para contemplar os mistérios divinos ou<br />

receber revelações do Espirito. Só necessita “afastar-se um pouco”. Ela não po<strong>de</strong> permanecer<br />

sob sua “proteção”, sob sua “vigilância”. Não é a sabedoria humana que tem analisa ou<br />

interpreta as coisas das Escrituras. Só o Espírito <strong>de</strong> Deus é o interprete autorizado. Os limites da<br />

inteligência são as profun<strong>de</strong>zas das Escrituras, seus mistérios e as coisas sequer sonhadas ou<br />

imaginadas. O mundo <strong>de</strong> Deus é vasto e maravilhoso, suas dimensões, seus planos, suas<br />

realida<strong>de</strong>s transcen<strong>de</strong>ntes.<br />

Jesus ao falar das realida<strong>de</strong>s espirituais proclama para um versado doutor da Lei: “necessário te<br />

é nascer <strong>de</strong> novo”<br />

Porque quem é nascido e criado a luz somente do que a socieda<strong>de</strong> sabe, não está capacitado<br />

para compreen<strong>de</strong>r as coisas espirituais. Ou indo mais longe: O espírito humano necessita sofrer<br />

uma transformação profunda em sua natureza, uma mudança tão radical, tão incomparável,<br />

para compreen<strong>de</strong>r a profecia, os dons espirituais, o batismo com espirito santo, a Eternida<strong>de</strong>,<br />

os mistérios da Salvação, a Nova Criação, os mistérios da Autorida<strong>de</strong> e da Fé, que sem<br />

RECOMEÇAR lhe é impossível. Sunamita conduz Salomão até o local mais primordial, mais<br />

primevo, mais inicial <strong>de</strong> sua carreira como ser humano.<br />

É um símbolo. É óbvio, uma INDIRETA, uma insinuação, eu quero ter filhos, casar-me como meus<br />

pais e você é a pessoa com a qual eu quero ter uma história <strong>de</strong> vida.<br />

E na dimensão espiritual esse símbolo se reveste <strong>de</strong> muitos outros.<br />

II CO 5:14 “Aquele que está em Cristo Nova Criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo<br />

se fêz novo”<br />

3:5 {Refrão}<br />

הׁשבעתי אתכם בנות ירוׁשלם בצבאות או באילות הׂשדה אם־תעירו ואם־תעוררו את־ .1<br />

האהבה עד ‏ׁשתחפץ׃<br />

2. Hishbati etkhem benot Yerushalayim bitzvaot o beailot hasa<strong>de</strong>h imtairu<br />

veim-teorru et-haahavah ad shetekhpatz:


3. I charge you, O ye Daughters of Yerushalayim, by the roes, and by<br />

the hinds of the field, that ye stir not up, nor awake [my] love, till he<br />

please.<br />

Por quatro vezes essa expressão será concedida, como explicado na parte “A Magia <strong>de</strong><br />

Cantares”. A cada vez que aparecer no texto nós acrescentamos algumas cores ao texto. Outra<br />

vez sua mente se volta às ricas jovens <strong>de</strong> Jerusalém. Ela está num lugar humil<strong>de</strong>. Sua casa é uma<br />

casa <strong>de</strong> uma família que vive da agricultura, dona <strong>de</strong> uma única Vinha da qual retira todo o<br />

sustento. Ela pensa em na nobreza e riqueza das adversárias e como seria fácil para elas<br />

impressionar ao seu preten<strong>de</strong>nte. Não sabe ela que ele é o dono, poeticamente falando, <strong>de</strong> toda<br />

a terra. Ele não está ali por causa da casa. Ele esta ali por causa <strong>de</strong>la.<br />

1. {The Shulamite}<br />

מי זאת עלה מן־המדבר כתימרות עׁשן מקטרת מור ולבונה מכל אבקת רוכל׃‎3:6‎ .2<br />

3. Mi zot olah min-hamidbar ketimarot ashan mekuteret mor ulevona<br />

mikol avkat rokhel:<br />

4. Who [is] this that cometh out of the wil<strong>de</strong>rness like pillars of smoke,<br />

perfumed with myrrh and Levonah (frankincense), with all<br />

pow<strong>de</strong>rs of the merchant?<br />

Ainda ao sair da casa humil<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua mãe. Ela se <strong>de</strong>para com um dos maiores espetáculos do<br />

mundo da antiguida<strong>de</strong>. Salomão era extremamente vaidoso. Ele não tinha na sua juventu<strong>de</strong> um<br />

pingo <strong>de</strong> senso <strong>de</strong> sobrieda<strong>de</strong>. Todas as suas obras eram embriagantes. Eram soberbas,<br />

grandiosas. Por causa da falta <strong>de</strong> comedimento nos gastos reais <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sua morte o povo<br />

reclamará dos elevados gastos públicos criados pela gigantesca administração dos enormes,<br />

suntuosos e variados palácios reais, casas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, navios, cavarias e monumentos<br />

espalhados em todo o reino. As dividas com governos estrangeiros, a manutenção do staf<br />

publico, dos serviços administrativos, da cavalaria, do imenso exército. E por alguma razão ele a<br />

havia convocado a sua liteira real, sua carruagem humana, levada por <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> escravos,<br />

cercada <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> soldados uniformizados, seguida <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> carros <strong>de</strong> guerra, com<br />

serventes para molhar a região por on<strong>de</strong> passava, outros para purificar com queima <strong>de</strong> incenso<br />

os lugares por on<strong>de</strong> trafegaria, para que o rei não fosse incomodado com os cheiros proveniente


da falta <strong>de</strong> asseio ou higiene das pequenas comunida<strong>de</strong>s, ou com o cheiro do excrementos dos<br />

bois, cavalos e animais, para que não se importunasse com o cheiro do adubo das fazendas.<br />

Anunciada sua chegada por arautos, precedida <strong>de</strong> danças e <strong>de</strong> musica. Não um liteira comum,<br />

mas uma liteira que mais parecia ser uma embarcação terrestre. Quase um ônibus-liteira. Era<br />

tão comprida que sessenta pessoas podiam ficar ao seu redor, munidas <strong>de</strong> escudos e lanças.<br />

E ela estava anunciando que em breve o rei estaria partindo. Para todos os efeitos, nela estava<br />

Salomão. Ela é transportada como se o rei ali estivesse. Porque Sunamita não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconfiar<br />

que o rei está justamente ao seu lado. A comitiva parece uma caravana <strong>de</strong> mercadores, faz<br />

alusão as tribos dos árabes. Sua grandiosida<strong>de</strong> evoca os <strong>de</strong>sfiles do Faraó do Egito. Quem a<br />

carrega são escravos das nações subjugadas, <strong>de</strong> diversas nacionalida<strong>de</strong>s, todos estrangeiros. A<br />

Liteira é uma obra <strong>de</strong> engenharia feita com ma<strong>de</strong>ira caríssima das montanhas do Líbano, país<br />

que fazia divisa com Israel. A liteira tem outra representação também. Ela ao longe lembra ao<br />

tabernáculo sendo transportado no <strong>de</strong>serto, precedido por colunas <strong>de</strong> fumaça gigantescas e<br />

seguido <strong>de</strong> colunas <strong>de</strong> fogo. Ela é perfumada <strong>de</strong> mirra, da mesma mirra que Sunamita carrega<br />

entre os seios para se perfumar. Ela tem o cheiro <strong>de</strong> Sunamita. A procissão real parece uma<br />

procissão sacerdotal.<br />

הנה מטתו ‏ׁשלׁשלמה ‏ׁשׁשים גברים סביב לה מגברי יׂשראל׃‎3:7‎ .1<br />

2. Hineh mitato sheliShlomoh shishim giborim saviv lah migiborei<br />

Yisrael:<br />

3. Behold his bed, which [is] Shlomoh's; threescore valiant men [are]<br />

about it, of the valiant of Yisrael.<br />

Então… quebrando o silencio da cena Salomão fala em terceira pessoa... Como se falasse <strong>de</strong><br />

outro... Aponta o <strong>de</strong>do e comenta <strong>de</strong> quem é a liteira...mas exagera um pouco...ele conce<strong>de</strong><br />

MUITAS INFORMAÇÕES sobre ela... <strong>de</strong>talhes que um pastor comum... não <strong>de</strong>veria ter<br />

conhecimento... Ele sabe, por exemplo que TODOS os soldados ao redor são CAPACITADOS e<br />

que possuem larga EXPERIENCIA (<strong>de</strong>stros na guerra); reconhece o tipo <strong>de</strong> armamento que<br />

usam, on<strong>de</strong> eles o carregam ainda conhece bem o motivo, o porquê <strong>de</strong>les estarem tão<br />

fortemente armados...<br />

Salomão afirma que viajar a noite era muitíssimo perigoso (ele fala dos temores noturnos). Por<br />

dois gran<strong>de</strong>s motivos. Ladrões <strong>de</strong> caravanas e por causa dos animais selvagens. Havia leões,<br />

chacais, lobos, ursos. A terra da antiguida<strong>de</strong> é repleta <strong>de</strong> animais selvagens próximas aos centros<br />

urbanos, próximos às comunida<strong>de</strong>s e vilas. É o interior do Brasil <strong>de</strong> 1950. A guarda pessoal <strong>de</strong><br />

Davi possuía 37 homens. Salomão possuía 23 a mais. Esta equipe selecionada eram os guardas<br />

do presi<strong>de</strong>nte. A carruagem é um veículo <strong>de</strong> luxo, caríssimo e basicamente reservado ao<br />

transporte <strong>de</strong> reis. A liteira era usada pelas jovens noivas, em festas. Esse hibrido <strong>de</strong> Salomão é<br />

um exagero <strong>de</strong> liteira.


Era realmente uma liteira diferente, única. Trazida com pompa e também usada nos<br />

casamentos reais. O sonho <strong>de</strong> uma menina israelita seria estar sentada naquela liteira ao lado<br />

<strong>de</strong> Salomão <strong>de</strong>sfilando diante da multidão.<br />

A palavra “liteira” só aparece aqui em toda a Escritura.<br />

A quantida<strong>de</strong> “60” é um numero bem presente em diversas listas das Escrituras, individualmente<br />

ou somado à alguma quantida<strong>de</strong>. Uma em especifico nos interessa bastante. Cercado pelos<br />

guardas do templo, os discípulos iniciam um combate <strong>de</strong>sigual, Pedro com uma espada arranca<br />

a orelha do filho <strong>de</strong> um dos sacerdotes. Jesus para a batalha, e mesmo sabendo que seria preso,<br />

cura a orelha <strong>de</strong>cepada do rapaz. Logo após afirma que se Ele reivindicasse o Pai enviaria legiões<br />

<strong>de</strong> anjos.<br />

53 Ou pensas tu que eu não po<strong>de</strong>ria rogar a meu Pai, e que ele não me mandaria agora mesmo<br />

mais <strong>de</strong> doze legiões <strong>de</strong> anjos?<br />

Cada legião da época <strong>de</strong> Cristo tinha no máximo 6000 soldados. O que nos remeteria a 72000<br />

anjos. Que é um múltiplo <strong>de</strong> 60. 1200 x 60.<br />

Na dimensão espiritual há uma simbologia profunda neste texto. Salomão representa o Espírito<br />

<strong>de</strong> Deus, e on<strong>de</strong> ele se move, habita, transita é cercado por uma multidão <strong>de</strong> anjos. A primeira<br />

função <strong>de</strong>signada para um ser celestial que vemos nas Escrituras é <strong>de</strong> SENTINELA, ou guarda. A<br />

primeira vez que lemos sobre anjos, os veremos na figura <strong>de</strong> Querubins, uma classe especial <strong>de</strong><br />

anjos, próximos a uma espada flamejante e guardando o caminho para a árvore da vida. A cena<br />

é uma tragédia, a da expulsão do homem e da mulher do paraíso, mas o que nos salta os olhos<br />

é a disparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r entre duas criaturas mortais e os seres imortais <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sconhecido<br />

impedindo-o os <strong>de</strong> retornarem.<br />

O que não havia entendido é que tamanho po<strong>de</strong>r tinha uma razão <strong>de</strong> ser. Não era por causa do<br />

ser humano que eles foram ali colocados. Estavam ali para impedir que os homens retornassem<br />

munidos <strong>de</strong> forças sobrenaturais e espirituais e tentassem pela força, numa associação maligna,<br />

homem mais inferno, tomar o que não lhes pertencia por direito.<br />

Durante o ministério <strong>de</strong> Cristo tremenda oposição maligna lhe será impetrado. É nos dito que o<br />

a maior <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r divino é uma confrontação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res, uma realização na qual<br />

Deus impõe força, em que há uma resistência á sua operação, o que não ocorreu na criação do<br />

universo, mas que aconteceu na ressurreição. Algo, alguém, po<strong>de</strong>res, forças, antagonizaram,<br />

lutaram, resistiram, intentaram impedir a ressurreição. Algo resistiu a voz divina <strong>de</strong> tal modo<br />

que o Espírito consi<strong>de</strong>ra esse momento a maior manifestação da gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r. Um<br />

dos mistérios que envolvem a Igreja é a proteção, é a guarda, é a presença e participação <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>res espirituais que PELEJAM em seu favor. Há uma guerra, uma resistência feroz,<br />

animalesca, <strong>de</strong> ódio as coisas <strong>de</strong> <strong>de</strong>us que anseiam ver a <strong>de</strong>struição das coisas relacionadas ao<br />

Espírito <strong>de</strong> Deus. A liteira era um símbolo do reino <strong>de</strong> Israel, um símbolo da realeza e da riqueza<br />

<strong>de</strong> Salomão. Era um insulto a todos as nações conquistadas e uma máquina <strong>de</strong> propaganda, uma<br />

obra que engran<strong>de</strong>cia e tornava ao rei mais famoso ainda.<br />

O <strong>de</strong>sejo dos inimigos <strong>de</strong> Israel era que aquela liteira ar<strong>de</strong>sse em chamas.<br />

Salomão chama atenção para os salteadores. Do mesmo modo o Espírito chama atenção para<br />

as realida<strong>de</strong>s espirituais que estão presentes na escuridão. Os anjos não estão ao redor da Igreja<br />

por uma simples referencia. Estão organizados e preparados para fazer o que for necessário<br />

para que a liteira não seja danificada.<br />

כלם אחזי חרב מלמדי מלחמה איׁש חרבו על־ירכו מפחד בלילות׃‎3:8‎ .1<br />

2. Kulam akhuzei kherev melum<strong>de</strong>i milkhamah ish kharbo al-yerekho<br />

mipakhad baleilot:


3. They all hold swords, [being] expert in war: every man [hath] his<br />

sword upon his thigh because of fear in the night.<br />

A carruagem é fortemente armada. Protegida, guarnecida e projetada como um pequeno tanque <strong>de</strong><br />

guerra. La é assim por causa da importância <strong>de</strong> quem ela conduz. A carruagem ou liteira não tocava<br />

o solo. Ela era erguida pelos braços <strong>de</strong> escravos que a pisavam no chão, nas poças, na lama e nas<br />

pedras, por isso com botas e sapatos apropriados. Havia um rito para erguer, para parar e para <strong>de</strong>scer<br />

a carruagem. Uma estratégia que envolveria a comitiva e os soldados.<br />

Há um eco distante neste texto. Destros na guerra vai falar-nos <strong>de</strong> preparo físico e estratégico que os<br />

guerreiros necessitavam, algo que só po<strong>de</strong>ria ser conseguido em campo <strong>de</strong> batalha. Na dimensão<br />

espiritual fala-nos da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experiências na guerra que agora se trava no mundo espiritual<br />

Experiências que só são conseguidas por meio da intercessão. Por meio da vivencia e<br />

amadurecimento ministerial. A espada nas Escrituras simboliza espiritualmente a ela mesma. A<br />

Palavra, do conhecido texto <strong>de</strong> Hebreus do Novo Testamento. A guerra espiritual não é uma<br />

parábola. Ou uma invenção psicológica. O ser humano guerreia para sobreviver <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o instante <strong>de</strong><br />

seu nascimento. O processo <strong>de</strong> amadurecimento é uma guerra que ocorre na alma, a saú<strong>de</strong> é o<br />

resultado <strong>de</strong> muitas vitórias ganhas contra enfermida<strong>de</strong>s. Pais lutam para sobreviver contra situações<br />

econômicas contrárias, há lutas para obter-se a formação acadêmica. Muitas vezes a sanida<strong>de</strong><br />

psicológica é obtida por resistir a insultos, a coação, a tragédias familiares, a <strong>de</strong>cepções sentimentais,<br />

a perda <strong>de</strong> pessoas que amamos. A guerra espiritual é um <strong>de</strong>sdobramento das realida<strong>de</strong>s que já nos<br />

acostumamos a viver, as guerras da alma. Ela é tão real quanto as <strong>de</strong>mais, tão po<strong>de</strong>rosa em relação<br />

ao ser humano quanto po<strong>de</strong>ríamos acreditar. Por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong> inúmeras guerras há claros envolvimentos<br />

como ocultismo, em muitos lugares homens tomados por forças espirituais agem realizando atos<br />

malignos, <strong>de</strong> origem humana e <strong>de</strong> origem maligna. Desprezar que há um mundo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res malignos<br />

é o suicídio que parte da humanida<strong>de</strong> cometeu ao rejeitar a espiritualida<strong>de</strong> em nome do cientificismo.<br />

Abolindo a alma, renegando a existência do espírito, negando a dimensão espiritual, e a quaisquer<br />

eventos sobrenaturais, juntamente o ser humano negou a si mesmo as únicas armas que lhe<br />

conce<strong>de</strong>riam capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vencer.<br />

http://www.youtube.com/watch?v=APptOuDHUD8<br />

O rei não havia feito para mais ninguém. Era <strong>de</strong> seu uso exclusivo e fez questão que a ma<strong>de</strong>ira fosse<br />

das montanhas libanesas.<br />

עמודיו עׂשה כסף רפידתו זהב מרכבו ארגמן תוכו רצוף אהבה מבנות ירוׁשלם׃‎3:10‎ .1<br />

2. Amudav asah khesef refidato zahav merkavo argaman tokho ratzuf<br />

ahavah mibanot Yerushalayim:<br />

3. He ma<strong>de</strong> the pillars thereof [of] silver, the bottom thereof [of] gold, the<br />

covering of it [of] purple, the midst thereof being paved [with] love, for<br />

the Daughters of Yerushalayim.


צאינה וראינה בנות ציון במלך ‏ׁשלמה בעטרה ‏ׁשעטרה־לו אמו ביום חתנתו .1 3:11<br />

וביום ‏ׂשמחת לבו׃<br />

2. Tzeeinah ureeinah benot Tziyon baMelekh Shelomoh baatarah<br />

sheitra-lo imo beyom khatunato uveyom simkhat libo:<br />

3. Go forth, O ye Daughters of Tzyon, and Behold King Shelomoh<br />

with the crown wherewith his mother crowned him in the day of his<br />

espousals, and in the day of the gladness of his heart.<br />

A beleza da Liteira começa a ser-nos <strong>de</strong>svendada. Suas colunas são <strong>de</strong>itas <strong>de</strong> prata, ela possui um piso<br />

coberto <strong>de</strong> placas <strong>de</strong> ouro e e assentos ou tronos que tem uma forração especial revestida <strong>de</strong> púrpura.<br />

Vinho. Ela era uma obra <strong>de</strong> tingimento <strong>de</strong> tecidos caros, que foram tecidos e costurados pelas moças<br />

nobres da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém. Cada pedaço da liteira lembra o interior do templo <strong>de</strong> algum modo,<br />

evoca a imagem do tabernáculo e <strong>de</strong> um dos estofos da cortinada que separava o átrio do santo dos<br />

santos. A cobertura <strong>de</strong> ouro fica sustentada por colunas <strong>de</strong> prata, como as peças especiais da antiga<br />

tenda que fixavam os tecidos das pare<strong>de</strong>s nos postes fincados no chão. O tabernáculo tinha uma<br />

cerca feita <strong>de</strong> tecido, amarrada a postes ou colunas através <strong>de</strong> ganchos <strong>de</strong> prata. O assento <strong>de</strong> Salomão<br />

era uma obra <strong>de</strong> finíssima tapeçaria, e a tintura utilizada era muito difícil <strong>de</strong> se conseguir. A púrpura<br />

<strong>de</strong>signa os mais importantes e mais caros corantes da História, utilizados pelas elites até à queda <strong>de</strong><br />

Constantinopla em meados do século XV. A púrpura era obtida a partir da secreção mucosa<br />

produzida pela glândula hipocondrial situada junto do tracto respiratório <strong>de</strong> moluscos do género<br />

Purpura, por exemplo purpura haemostoma, e do género Murex. Encontram-se enormes pilhas <strong>de</strong> cascas<br />

<strong>de</strong>stes moluscos em alguns sítios históricos na costa grega já que se estima que eram necessários cerca<br />

<strong>de</strong> 10 000 <strong>de</strong>stes elusivos moluscos para produzir 1 grama <strong>de</strong> corante, cujos diferentes tons <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

do tipo <strong>de</strong> molusco e extracção utilizados. Não é por isso <strong>de</strong> espantar que o seu preço fosse muitas<br />

vezes mais elevado que o ouro e que apenas pessoas muito abastadas se pu<strong>de</strong>ssem dar ao luxo <strong>de</strong><br />

usar roupa tingida com estes corantes, normalmente associados à realeza e ao clero.<br />

Durante o Império Romano, apenas o imperador Romano podia aparecer em público com um manto<br />

tingido <strong>de</strong> púrpura imperial, enquanto que aos senadores imperiais estaria reservado apenas o uso <strong>de</strong><br />

uma barra púrpura na toga branca. já os textos bíblicos referem o púrpura, argaman, que <strong>de</strong>veria<br />

tingir as cortinas do tabernáculo e as vestes sacerdotais, e o tekhelet, um corante azul obtido <strong>de</strong> uma<br />

criatura marinha que a Torah refere como chilazon.<br />

Aqui o reconhecimento do trabalho esmerado e do amor das meninas <strong>de</strong> Jerusalém. Elas amam o rei,<br />

apesar <strong>de</strong> seus exageros. Participaram efetivamente da construção <strong>de</strong> sua liteira, que simboliza o<br />

engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> seu Reino. A púrpura simboliza <strong>de</strong>ntro e fora das Escrituras à realeza, ela era a<br />

cor das vestes dos governantes. Tão caro era um manto tingido inteiramente por essa cor que somente<br />

reis tinham o privilégio <strong>de</strong> usar tal vestimenta. É um trabalho preciosíssimo, por assim dizer, <strong>de</strong> valor<br />

tão alto para um camponês, que para ele é <strong>de</strong> imensurável valor. Enfim temos uma visão majestosa,<br />

das obras <strong>de</strong> Salomão. A Liteira simboliza a Obra do Espírito, seus ministérios, seus serviços, as<br />

Operações espirituais. Simboliza o Reino. A Sunamita representa a Igreja vendo <strong>de</strong>sfilar diante <strong>de</strong>la,<br />

enfeitada por colunas <strong>de</strong> areia e pó que ascen<strong>de</strong>m aos céus, perfumada com incenso e revestida <strong>de</strong><br />

amor, ao Ministério do Espírito. Que possui o seu perfume. A Igreja não é o Ministério. A Igreja não<br />

é o Serviço. A Igreja não é sua Obra. O Reino é eterno, não tem inicio nem fim, mas sua existência<br />

só tem significado no amor que o Espírito possui pela Igreja. A glória <strong>de</strong> Deus é tremenda, sua


magnificência chega a ser ultrajante. O universo é criado pela palavra <strong>de</strong> sua boca, esten<strong>de</strong>ndo-se pelo<br />

cosmos, em trilhões <strong>de</strong> quilômetros. Centenas ou milhares <strong>de</strong> galáxias <strong>de</strong>claram em alto e bom som<br />

a sua gran<strong>de</strong>za. Mas o que mais nos emociona em toda a existência é o amor com que as filhas <strong>de</strong><br />

Jerusalém tecem um manto <strong>de</strong> púrpura. O universo toma outro sentido diante do amor. Diante da<br />

vida e da perspectiva da vida eterna, não baseada na servidão, na obrigação, antes no amor. Não nos<br />

perturba a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> Deus, o homem nasce nela, vive nela e morre nela. Mas <strong>de</strong>slumbra-nos o seu<br />

tremendo amor. As colunas <strong>de</strong> prata chama a atenção para um gesto <strong>de</strong> sacrifício. Elas lembram as<br />

30 dracmas <strong>de</strong> prata atiradas no chão do santuário por um homem que se <strong>de</strong>u conta da vilania<br />

<strong>de</strong> seu ato, lembram os pratos que conduziam o sangue das vitimas até o interior do santo<br />

dos santos. Lembram o preço <strong>de</strong> um irmão vendido pelos seus irmãos a um grupo <strong>de</strong><br />

comerciantes. A um grupo <strong>de</strong> mercadores, do mesmo tipo que eleva o pó aos céus ao passar com<br />

suas grandiosas caravanas cheias <strong>de</strong> objetos, mirra, tapeçaria e até escravos.<br />

As colunas da Obra, do Ministério, do Serviço, das Realizações, do Reino, são <strong>de</strong> PRATA. Apontam<br />

para o preço paga para Salvação, preço pago para Re<strong>de</strong>nção, num ato <strong>de</strong> amor intencional. E<br />

espetacular.<br />

A púrpura exalta a REALEZA. Que nos evoca o PODER e a AUTORIDADE. Uma das características<br />

do Ministério é a cor púrpura. Demônios se ajoelham, gritam, são expelidos, po<strong>de</strong>res malignos<br />

são <strong>de</strong>struídos, pela manifestação <strong>de</strong>ssa Autorida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ste Po<strong>de</strong>r. O Evangelho é revestido <strong>de</strong><br />

Autorida<strong>de</strong> e as filhas <strong>de</strong> Jerusalém o revestiram. De Jerusalém sairão os apóstolos, lá a Igreja<br />

receberá a Autorida<strong>de</strong> e o Po<strong>de</strong>r.<br />

“Ficai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos <strong>de</strong> PODER”<br />

E nos evoca uma Jerusalém celestial <strong>de</strong> on<strong>de</strong> anjos, espíritos ministradores, foram enviados<br />

para <strong>de</strong>rramarem o po<strong>de</strong>r sobre a Igreja que nascia no último dia <strong>de</strong> uma festa movida a<br />

VINHO. A festa <strong>de</strong> Pentecostes ou festa das semanas é a festa da colheita e na época <strong>de</strong><br />

Sunamita é profundamente associada a festa <strong>de</strong> Benjamim. Comparo os anjos às filhas <strong>de</strong><br />

Jerusalém neste instante, quando refiro-me a Jerusalém celestial. A palavra “espírito” tanto em<br />

grego como em hebraico são do gênero feminino. Ainda guardamos a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> feminina para<br />

a palavra “alma” na língua portuguesa. Embora o conceito <strong>de</strong> masculino ou feminino não se<br />

aplique aos anjos, fica uma sombra, lúdica, porque em relação a Igreja Terrena que é a Sunamita,<br />

os anjos são certamente as filhas <strong>de</strong> Jerusalém. Eles são nobres, separados, pertencem a cida<strong>de</strong>,<br />

moram nela, habitam nela, possuem casas e proprieda<strong>de</strong>s hereditárias. Nós ansiamos viver a<br />

riqueza celestial. Os anjos VIVEM nela. Nós ansiamos alcançar a Jerusalém que é do alto. Os<br />

anjos MORAM nela. O mistério do PODER concedido à IGREJA está profundamente associada a<br />

ministração angelical. E fica uma outra grandiosa revelação neste texto. As filhas <strong>de</strong> Jerusalém<br />

não enfeitaram o assento por obrigação. Mas porque amavam a Salomão.<br />

Assim como o púrpura evoca o Po<strong>de</strong>r do Espírito, o “amor” das filhas <strong>de</strong> Jerusalém evoca algo<br />

que foi falado poucas vezes. Ou quase e nunca. Os anjos eleitos AMAM a Deus. E seus atos são<br />

movidos não por SUBORDINAÇÃO. Mas por lealda<strong>de</strong>, fruto <strong>de</strong> amor profundo.<br />

Os materiais neste texto são o tecido tingido <strong>de</strong> púrpura, ouro, prata, ma<strong>de</strong>ira do Líbano.


Essa cor do interior da Liteira, é a mesma das tranças da Sulamita (Cantares 7:5).<br />

O INTERIOR da Liteira é púrpura. Seu exterior é ma<strong>de</strong>ira do Líbano. O ministério não OSTENTA<br />

o PODER, não APARENTA o que seu interior REVELA. O PODER ministerial é exercido a partir do<br />

homem interior e não <strong>de</strong> seus pensamentos, é manifesto a partir do Espírito <strong>de</strong> Deus para o seu<br />

espírito, é fruto <strong>de</strong> uma busca “secreta”, vem <strong>de</strong> um lugar oculto, escondido à vista só percebível<br />

<strong>de</strong> quem se aproxima. Não aparentar é uma escolha da humilda<strong>de</strong>. Um gran<strong>de</strong> professor não<br />

humilha seus alunos <strong>de</strong>baixo da glória <strong>de</strong> seus gran<strong>de</strong>s conhecimentos. Uma das cenas mais<br />

tristes que po<strong>de</strong>mos assistir é a <strong>de</strong> um homem o qual após honrado com um cargo por uma<br />

instituição age como se fosse uma divinda<strong>de</strong>, como uma celebrida<strong>de</strong>. A igreja não celebra seus


pregadores, não apresenta seus fabulosos apóstolos. Porque o po<strong>de</strong>r espiritual vem do coração,<br />

se estabelece através da comunhão, é exercido <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora. Do coração ele é manifesto,<br />

inunda a mente e daí se <strong>de</strong>rrama. Os cabelos <strong>de</strong> Sunamita também são tingidos <strong>de</strong> púrpura.<br />

Significa que quem olha para ela vê a beleza <strong>de</strong>ssa Autorida<strong>de</strong> real retratada sobre a sua cabeça.<br />

Muitas visões são dadas que representam os cabelos como uma extensão dos pensamentos. O<br />

Israelita ao mostrar extremo sofrimento da alma, da mente, arrancava seus cabelos. Os cabelos<br />

representavam a dignida<strong>de</strong> feminina. Eram tratados com esmero, são diferenciadores <strong>de</strong> povos,<br />

nacionalida<strong>de</strong>s, culturas. As moças indianas oferecem ainda hoje os cabelos em oferenda a uma<br />

<strong>de</strong>terminada <strong>de</strong>usa. A maioria das perucas do mundo é feita com cabelos das mulheres da Índia.<br />

Um profeta recebe uma visão em que o Espírito o toma pelos cabelos e assim o transporta<br />

espiritualmente. Eles refletem carinho das mães, o amor do esposo e da esposa. A cabeça da<br />

mulher israelita nessa época só po<strong>de</strong> ser tocada pelo seu esposo, ou familiares próximos. O<br />

cuidado pelo ser humano é retratado por Cristo em que até os fios <strong>de</strong> cabelos da cabeça <strong>de</strong><br />

qualquer <strong>de</strong> seus discípulos fora contabilizado por Deus. E nenhum cairia sem uma permissão<br />

divina.<br />

Esdras 9:3<br />

E, ouvindo eu tal coisa, rasguei as minhas vestes e o meu manto, e arranquei os cabelos<br />

da minha cabeça e da minha barba, e sentei-me atónito.<br />

Jó 4:15<br />

Então um espírito passou por diante <strong>de</strong> mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne.<br />

Lucas 12:7<br />

E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis<br />

vós do que muitos passarinhos.<br />

Ezequiel 8:3<br />

E esten<strong>de</strong>u a forma <strong>de</strong> uma mão, e tomou-me pelos cabelos da minha cabeça; e o<br />

Espírito me levantou entre a terra e o céu, e levou-me a Jerusalém em visöes <strong>de</strong> Deus, até à<br />

entrada da porta do pátio <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro, que olha para o norte, on<strong>de</strong> estava o assento da imagem<br />

do ciúmes, que provoca ciúmes.<br />

O Espírito vê essa parcela do ser humano, seus pensamentos, seus sentimentos, sua dignida<strong>de</strong>,<br />

sua essência, púrpura. Revestido <strong>de</strong> AUTORIDADE. Revestido <strong>de</strong> REALEZA. Revestido <strong>de</strong> PODER.<br />

De modo poético, a pomba <strong>de</strong> penas púrpuras evoca o textos:<br />

I Pedro 2:9<br />

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para<br />

que anuncieis as virtu<strong>de</strong>s daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;<br />

A PROFECIA <strong>de</strong> PEDRO é reveladora. Um hibrido <strong>de</strong> dois ministérios, a REALEZA e o SACERDÓCIO<br />

unidos num mesmo ministério. Porque a Igreja foi chamada para Reinar através da Oração, para<br />

chamar a existência as coisas que não são, através da Intercessão. Ela possui o corção <strong>de</strong> um<br />

intercessor e a ousadia <strong>de</strong> um operador <strong>de</strong> milgres. Ela é partícipe <strong>de</strong> um ministério que une a<br />

unção que era <strong>de</strong>rramada sobre o rei com o óleo perfumado que era <strong>de</strong>rramado sobre o<br />

sacerdote.


Em Cristo, unidos a ele, nos tornamos filhos da fé, filhos <strong>de</strong> Abraaão, her<strong>de</strong>iros da promessa.<br />

Jesus nos chama <strong>de</strong> irmãos, co-her<strong>de</strong>iros. Ele como <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Judá é a pessoa que os<br />

profetas disseram que se assentaria no trono <strong>de</strong> Davi para sempre. Jesus é o her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> um<br />

reino que foi dito ETERNO, ele dá CONTINUIDADE ao REINADO <strong>de</strong> SALOMÃO. Ele é segundo a<br />

carne, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte real. Se Israel continuasse a existir como nação Jesus po<strong>de</strong>ria reclamar para<br />

si o direito a soberania, porque segundo o talmu<strong>de</strong> somente o messias tem direito ao governo<br />

<strong>de</strong> Israel.<br />

Também há um grupo <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us ultraortodoxos, chamado Neturei Karta (Guardiões da Cida<strong>de</strong>).<br />

São antissionistas, por assim dizer, que se opõem à existência do Estado israelense por razões<br />

religiosas: eles acreditam que, até a vinda do Messias, estão proibidos <strong>de</strong> ter seu próprio<br />

Estado.<br />

Jesus repartiu o REINO com sua IGREJA.<br />

Lucas 12:32<br />

Não temas, ó pequeno rebanho! porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino.<br />

Literalmente, se refeito o cerimonial da ungidura do rei, todos os crentes em Cristo teriam que<br />

se ajoelhar e receber sobre suas cabeças o mesmo óleo que Jesus receberia ao ser ungido rei.<br />

E isso já foi feito ESPIRITUALMENTE.<br />

O casamento <strong>de</strong> Salomão com Sunamita ainda ocorrerá no futuro. Esse texto quebra a<br />

linearida<strong>de</strong> da estória, ele distorce o tempo, ele muda os períodos, trás do futuro da poesia para<br />

o seu presente uma esperança que adornava o coração <strong>de</strong> Sunamita. Ela vê algo fabuloso,<br />

excepcional, como se num sonho em que ela vê o mais extraordinário casamento. A cena é <strong>de</strong><br />

um casamento oriental on<strong>de</strong> a mãe coroa seu “príncipe” para que ele possa como assim receber<br />

as mãos <strong>de</strong> sua princesa. Todo israelita era assim tratado, o cerimonial não mudava do<br />

camponês para o nobre, do sacerdote para o rei, senão a pompa e os <strong>de</strong>talhes com que seria<br />

realizado, mas na essência era essa a cena que aconteceria com todos. O casamento israelita<br />

durava sete dias.<br />

Tradições do casamento hebraico antigo<br />

O Noivado


De acordo com costumes antigos, a cerimônia do noivado (ou Desposório) ocorreria um<br />

ano ou mais, antes <strong>de</strong> chegar o dia das Bodas. Durante o noivado (ou Desposório) as<br />

famílias da noiva e do noivo reunir-se-iam com algumas pessoas que não eram membros<br />

da família, as quais serviriam como testemunhas. O noivo daria à noiva um anel <strong>de</strong> ouro<br />

ou outros itens <strong>de</strong> valor. E se eles eram pobres, e tais coisas estivessem além <strong>de</strong> sua<br />

capacida<strong>de</strong>, simplesmente o noivo daria para a noiva um documento que no qual se<br />

comprometia a casar com ela. O noivo em seguida diria para a noiva: "Olha, com esse<br />

anel (ou com este sinal) <strong>de</strong>claro que você está reservada para mim, <strong>de</strong> acordo com a lei<br />

<strong>de</strong> Moisés e Israel”. A família e amigos, então, conce<strong>de</strong>riam presentes para a noiva.


Após esta cerimônia, a noiva voltava para a casa <strong>de</strong> seu pai e o noivo <strong>de</strong> volta para a <strong>de</strong>le.<br />

A vida continuaria como antes, no entanto, a partir <strong>de</strong>ste dia ela seria sua noiva e legítima<br />

esposa do noivo.<br />

Foi durante este período <strong>de</strong> noivado que Maria <strong>de</strong>scobriu que tinha concebido um filho.<br />

José profundamente magoado, sem dúvida, teria diversas opções <strong>de</strong> acordo com a lei. Já<br />

que Maria era sua esposa legítima, José po<strong>de</strong>ria ter permitido que ela fosse punida com a<br />

morte. (Levítico 20:10), ou po<strong>de</strong>ria ter concedido imediatamente um certificado <strong>de</strong><br />

divórcio. (Deuteronômio 24:1). A Bíblia nos diz que porque José era um homem justo e<br />

reto escolheu assumir a culpa, não arriscando a vida <strong>de</strong> Maria. No entanto, ele po<strong>de</strong>ria ter<br />

escolhido contar a comunida<strong>de</strong> o que aconteceu a uma mulher casada que foi <strong>de</strong>scoberta<br />

em aparente infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. Mas ele preferiu que a sua conduta ilícita fosse mantida em<br />

segredo, seguindo para longe e após <strong>de</strong>ixá-la silenciosamente. Foi neste momento um<br />

anjo do Senhor lhe assegurou que Maria tinha sido fiel e que a criança que esperava fora<br />

gerada pelo Espírito Santo. (Mateus 1:18-25)<br />

Procissão <strong>de</strong> casamento<br />

Um ano <strong>de</strong>pois, mais ou menos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido realizado a cerimônia <strong>de</strong> noivado, a<br />

noiva sabia que o dia do casamento se aproximava. PORÉM não tinha certeza sobre o<br />

dia e a hora exata que seu namorado voltaria para ela. Todas as moças da época <strong>de</strong> Jesus<br />

estavam familiarizadas com o termo, "Corra! Apresse-se! Apronte-se! ", que parece<br />

<strong>de</strong>screver a situação da noiva enquanto ela verificava seu calendário e contava os dias até<br />

que ele completasse o ano <strong>de</strong> noivado. Ela sabia que o tempo <strong>de</strong> sua partida estava se<br />

aproximando. A noiva sabia que tinha que estar pronta para ser "levada" a qualquer<br />

momento, mas não sabia a data exata ou o dia exato em que o noivo viria para ela. Pois,<br />

segundo a cultura judaica, o dia começa ao pôr do sol. O noivo chegaria em geral à noite.<br />

Muitos meses antes do dia do casamento, a noiva faria todo o possível para suavizar a sua<br />

pele e fazer o seu cabelo brilhar. Quando consi<strong>de</strong>rava que o dia do casamento já estava<br />

perto, estaria usando o vestido <strong>de</strong> casamento durante os dias próximos, pois não tinha<br />

certeza se o noivo viria para buscá-la na noite anterior ou posterior. Possivelmente seu


cabelo seria trançado com ouro e pérolas. Colocaria uma coroa em sua cabeça e pulseiras<br />

e brincos e enfeitaria a sua cabeça com jóias e pedras preciosas da família. Se o pai da<br />

noiva era um homem pobre, então ela iria pedir que fossem presenteados a ela por seus<br />

amigos, a<strong>de</strong>reços, para que ela se apresentasse mais bonita.<br />

O pai do noivo após haver verificado que todos os preparativos na casa da noiva foram<br />

realizados, daria permissão para o seu filho para trazer a noiva à sua casa. O noivo<br />

reuniria os seus amigos que o ajudariam a se vestir com roupas bonitas. Seria perfumado<br />

com incenso e mirra. Usaria uma coroa <strong>de</strong> ouro ou teria uma guirlanda <strong>de</strong> flores<br />

colocada em sua cabeça para que pu<strong>de</strong>sse se parecer o mais próximo possível com<br />

um rei.<br />

Os amigos estariam fazendo uma brinca<strong>de</strong>ira - iriam se curvar diante <strong>de</strong>le como se o noivo<br />

fosse um membro da realeza - Uma banda <strong>de</strong> músicos e cantores iria acompanhá-los.<br />

Alguns convidados do casamento estariam esperando ao longo do caminho para levar o<br />

grupo <strong>de</strong> amigos e ao noivo para a casa da noiva e o cortejo nupcial se juntaria aos amigos<br />

do noivo Quando chegassem à casa da noiva, o noivo, seus amigos e os convidados<br />

expressariam sua alegria cantando. o Esposo "tomaria" a sua esposa e a levaria para fora<br />

da casa <strong>de</strong> seu pai. Hoje, é normal aquele que presi<strong>de</strong> uma cerimônia <strong>de</strong> casamento dizer:<br />

"Você toma esta mulher como sua legítima esposa?" Provavelmente a parte mais<br />

emocionante da cerimônia <strong>de</strong> casamento é quando o noivo<br />

"Toma ou recebe" a noiva. On<strong>de</strong> o noivo vai fazer isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> sua condição<br />

social. Se você fosse rico, provavelmente já teria um lugar preparado para dois. Se fosse<br />

pobre iria para a casa dos pais do noivo.<br />

O cortejo nupcial partiria da casa dos pais da noiva e iria para a casa do noivo, on<strong>de</strong> se<br />

realizaria o banquete <strong>de</strong> casamento. Esperando a procissão e atentos à voz <strong>de</strong> alegria e<br />

celebração, os outros convidados da noiva e suas madrinhas se juntariam ao cortejo<br />

nupcial ao longo do caminho.


Uma vez que as ruas eram muito escuras, era necessário para quem viaja à noite, levasse<br />

uma lanterna ou uma lâmpada. O termo "tomar as suas lâmpadas" significava que os<br />

convidados estavam prontos e esperando para fazer parte da celebração. Algo como ter<br />

feito um convite. Sem uma tocha ou uma lâmpada não po<strong>de</strong>riam juntar-se a procissão<br />

nem entrar na casa do noivo. Uma vez <strong>de</strong>ntro da casa, o anfitrião da festa <strong>de</strong> casamento,<br />

que era geralmente o pai do noivo, daria aos convidados preciosas roupas para vestir.<br />

Baseado<br />

em<br />

Fred H. Wight , Maneras & Costumbres <strong>de</strong> las Tierras Bíblicas (Chicago, Illinois: Moody<br />

Press 1953), p. 130-134; 235<br />

Sunamita estava vendo em sua mente, sonhando com algo que levaria pelo menos 1 ano para<br />

ocorrer!<br />

Mesmo que Salomão a <strong>de</strong>sposasse naquela semana, só retornaria <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1 ano para finalizar<br />

o casamento.<br />

Poeticamente ela antevia um amanhã maravilhoso.<br />

Há uma surpresa profunda no texto, <strong>de</strong> beleza ímpar. A mãe do esposo é nada mais nada menos<br />

do que Betseba. A moça que foi privada <strong>de</strong> seu casamento, que teve o marido morto pela<br />

vergonha <strong>de</strong> um rei. A moça que per<strong>de</strong>u seu primeiro filho concebido a partir <strong>de</strong> um adultério.<br />

Agora era ela que <strong>de</strong> modo LEGITIMAVA a união voluntária e amorosa <strong>de</strong> seu amado filho<br />

Salomão. As mãos que colocam a coroa <strong>de</strong> flores na cabeça <strong>de</strong> seu filho são <strong>de</strong> uma dupla viúva,<br />

que testemunhou uma vida cheia <strong>de</strong> problemas familiares, que intimamente ela sabia que era<br />

parcialmente a culpada. Tinha responsabilida<strong>de</strong>, ainda que involuntária na morte <strong>de</strong> Urias, na<br />

morte <strong>de</strong> seu filho, e até nas consequências espirituais <strong>de</strong>sastrosas que culminariam na morte<br />

<strong>de</strong> Absalão, Amon e no isolamento <strong>de</strong> Tamar.<br />

É a representação do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Salomão ver sua mãe sendo honrada.<br />

Num dos mais belos trechos das Escrituras.<br />

Nesse momento Betseba representa-nos, representa a Igreja, sendo dignificada, honrada, no<br />

mesmo instante que dignifica ao Espirito <strong>de</strong> Deus. É o cumprimento da palavra <strong>de</strong> Jesus dada a<br />

samaritana, “porque o Pai busca aqueles que o adoram em Espírito e Verda<strong>de</strong>” é o momento<br />

em que a Igreja o adora, glorifica, ENTRONIZA ao rei. O coroa com flores, com seus dons, com


seus talentos. Foi Betseba que teceu a coroa <strong>de</strong> flores, ela que escolheu cada uma das flores que<br />

compõe a coroa. Quando isso acontece, o passado já não é levado em conta. Porque as coisas<br />

velhas já passaram e eis que tudo se fez novo, diria Paulo.

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