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Susana Isabel Ferreira da Silva de Sá ESTROGÉNIOS E ...

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influências excitatórias que sobre os <strong>da</strong>s fêmeas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> fase do ciclo ovárico<br />

em que estas se encontrem.<br />

Sabe-se que os esterói<strong>de</strong>s sexuais levam à formação e à per<strong>da</strong> cíclica <strong>de</strong> sinapses não só no<br />

VMNvl, mas também em áreas que não têm conotação funcional com a reprodução, como é o<br />

caso <strong>da</strong> formação do hipocampo. Os estudos realizados nesta região revelaram que os dois<br />

esterói<strong>de</strong>s sexuais mais abun<strong>da</strong>ntes nas fêmeas, os estrogénios e a progesterona, estão ambos<br />

envolvidos na variação do número <strong>de</strong> sinapses que ocorre em ca<strong>da</strong> ciclo ovárico. Com efeito,<br />

foi <strong>de</strong>monstrado que a administração <strong>de</strong> estrogénios a ratos adultos ovariectomizados estimula<br />

a formação <strong>de</strong> novos contactos sinápticos sobre as espinhas <strong>de</strong>ndríticas dos neurónios <strong>da</strong><br />

região CA1 do hipocampo (Woolley e McEwen, 1992) e que a subsequente administração <strong>de</strong><br />

progesterona provoca, numa fase inicial, aumento do número <strong>de</strong> espinhas <strong>de</strong>ndríticas e<br />

ulteriormente, 12 a 24 horas mais tar<strong>de</strong>, redução do número <strong>de</strong> sinapses cuja formação tinha<br />

sido induzi<strong>da</strong> pela administração <strong>de</strong> estrogénios (Gould et al., 1990; Woolley e McEwen,<br />

1993). Pelo contrário, no núcleo arqueado on<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> sinapses axossomáticas também<br />

flutua ao longo do ciclo ovárico, com valores mínimos na fase <strong>de</strong> estro e máximos na <strong>de</strong><br />

metestro, verificou-se que os níveis circulantes <strong>de</strong> estrogénios eram o único factor regulador<br />

<strong>de</strong>sta variação (Naftolin et al., 1996). Estas observações são particularmente interessantes<br />

porque, ao contrário do hipocampo, on<strong>de</strong> apenas um número mo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> células expressa o<br />

mRNA dos receptores para a progesterona, no núcleo arqueado o número <strong>de</strong> neurónios<br />

positivos para o mRNA <strong>de</strong>stes receptores é elevado (Hagihara et al., 1992).<br />

70<br />

Apesar <strong>de</strong> no VMNvl a expressão <strong>de</strong> receptores para a progesterona ser, tal como no<br />

núcleo arqueado, eleva<strong>da</strong> (Warembourg et al., 1986; Olster e Blaustein, 1990; Hagihara et al.,<br />

1992), sobretudo após exposição aos estrogénios (Parsons et al., 1982), a progesterona não<br />

está envolvi<strong>da</strong> nas variações que ocorrem ao longo do ciclo ovárico no número <strong>de</strong> sinapses<br />

estabeleci<strong>da</strong>s sobre os neurónios do VMNvl. Com efeito, os resultados apresentados no<br />

TRABALHO 3 mostram que a administração <strong>de</strong> progesterona a ratos ovariectomizados não<br />

altera o número <strong>de</strong> sinapses relativamente ao observado em ratos injectados apenas com<br />

veículo, e que a administração <strong>de</strong> progesterona após tratamento com benzoato <strong>de</strong> estradiol não<br />

modifica o número <strong>de</strong> sinapses relativamente ao <strong>de</strong>tectado em ratos injectados apenas com<br />

benzoato <strong>de</strong> estradiol. A observação <strong>de</strong> que a administração <strong>de</strong> benzoato <strong>de</strong> estradiol<br />

precedi<strong>da</strong> <strong>de</strong> RU486, um bloqueador dos receptores <strong>da</strong> progesterona, provocava um aumento

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