Susana Isabel Ferreira da Silva de Sá ESTROGÉNIOS E ...
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numerosos que os estabelecidos sobre as espinhas <strong>de</strong>ndríticas. Apenas nos machos o número<br />
<strong>de</strong> sinapses axo<strong>de</strong>ndríticas era cerca <strong>de</strong> 2 vezes superior ao <strong>da</strong>s sinapses axospinhosas. Os<br />
<strong>da</strong>dos obtidos permitiram ain<strong>da</strong> concluir que as sinapses axossomáticas, que são<br />
predominantemente inibitórias, são em número muito reduzido, representando apenas 2-3%<br />
do número total <strong>de</strong> sinapses estabeleci<strong>da</strong>s sobre ca<strong>da</strong> neurónio do VMNvl.<br />
Os resultados <strong>de</strong>ste estudo permitiram também <strong>de</strong>monstrar que o aumento dos níveis<br />
<strong>de</strong> esterói<strong>de</strong>s sexuais entre a fase <strong>de</strong> diestro 1 e a <strong>de</strong> proestro provoca um aumento <strong>de</strong><br />
aproxima<strong>da</strong>mente 40% no número total <strong>de</strong> sinapses por neurónio, sendo semelhante a<br />
contribuição <strong>da</strong>s sinapses axospinhosas e axo<strong>de</strong>ndríticas para este aumento. Embora sendo<br />
expectáveis, <strong>de</strong>vido aos relatos existentes na literatura sobre as variações no número <strong>de</strong><br />
espinhas <strong>de</strong>ndríticas em resposta aos estrogénios (Frankfurt et al., 1990; McEwen e Wooley,<br />
1994; Calizo e Flanagan-Cato, 2000; Ma<strong>de</strong>ira et al., 2001), estes resultados permitiram<br />
<strong>de</strong>monstrar pela primeira vez que o aumento dos níveis circulantes <strong>de</strong> esterói<strong>de</strong>s sexuais se<br />
associa à formação <strong>de</strong> novos contactos sinápticos sobre as espinhas <strong>de</strong>ndríticas dos neurónios<br />
do VMNvl. De facto, os resultados obtidos por Nishizuka e Pfaff (1989) mostravam que a<br />
administração <strong>de</strong> 17β-estradiol a ratos ovariectomizados não alterava a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sinapses<br />
axospinhosas e levava apenas a um aumento discreto <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s sinapses<br />
axo<strong>de</strong>ndríticas.<br />
Verificou-se também que o número <strong>de</strong> sinapses axossomáticas era maior nas fêmeas<br />
em proestro que em diestro 1, mas esta variação era <strong>de</strong> 32% e, portanto, proporcionalmente<br />
menor que a observa<strong>da</strong> nos restantes tipos <strong>de</strong> sinapses. Dado que no VMNvl praticamente<br />
todos os contactos sinápticos sobre as espinhas <strong>de</strong>ndríticas e a gran<strong>de</strong> maioria dos que se<br />
estabelecem sobre os troncos <strong>de</strong>ndríticos são excitatórios, os resultados que constam do<br />
TRABALHO 2 permitiram concluir que o aumento dos níveis circulantes <strong>de</strong> esterói<strong>de</strong>s sexuais<br />
entre as fases <strong>de</strong> diestro 1 e <strong>de</strong> proestro do ciclo ovárico está associado a um aumento<br />
importante <strong>da</strong>s influências excitatórias exerci<strong>da</strong>s sobre os neurónios do VMNvl.<br />
Curiosamente, nos machos, as sinapses axo<strong>de</strong>ndríticas e axospinhosas eram em<br />
número idêntico ao <strong>da</strong>s fêmeas em diestro 1, ao contrário <strong>da</strong>s axossomáticas cujo número não<br />
diferia significativamente do <strong>da</strong>s fêmeas em proestro. Por outro lado, a dimensão <strong>da</strong>s sinapses<br />
e a percentagem <strong>de</strong> plasmalema ocupa<strong>da</strong> por estas <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s eram significativamente<br />
maiores nos machos, sobretudo no caso dos contactos sinápticos estabelecidos sobre os<br />
somas. Estas observações <strong>de</strong>monstram que o padrão <strong>de</strong> organização sináptica do VMNvl é<br />
sexualmente dimórfico e sugerem que sobre os neurónios dos machos se fazem sentir menos<br />
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